A imagem acima circula(va) em um e-mail, uma hipótetica ilustração de como ficaria o símbolo do Gremio caso se resolvesse seguir o critério colorado de colocação de estrelas. Engraçado talvez, mas sem dúvida e algo que tinha parar por ali, na flauta, nao poderia ser levado a sério.
O problema começa quando essa “mudança” é cogitada no conselho do Grêmio. Conforme a coluna do Hiltor Mombach, no jornal Correio do Povo:
“Grêmio pretende colocar mais duas estrelas na sua camiseta.
Hoje são três: uma de ouro, que homenageia Everaldo (campeão do mundo pelo Brasil) e o título mundial; uma de prata simbolizando os títulos continentais, e uma de bronze, os nacionais.
Seriam cinco: uma de ouro homenageando Everaldo (campeão do mundo) e o Mundial; duas de prata representando as Libertadores e duas de bronze, os Brasileiros.”
Na mesma coluna, nos dias 16 e 17 as manifestações dos conselheiros Sergio de M. Ilha Moreira e Flavio Ernesto Jacobus:
“A respeito da proposição que fiz em nome da comissão que presidi, venho te prestar, e a todos os teus leitores, o seguinte esclarecimento:
A colocação de cinco estrelas tem a seguinte explicação: duas de bronze significando os dois títulos do Brasileiro; duas de prata, os dois títulos da Libertadores e uma de ouro, o de campeão do mundo. A proposição não visa imitar nenhum clube, mas somente definir, pela sua grandiosidade, os títulos que merecem ser destacados com expressão na gloriosa camiseta de nosso clube. A estrela de ouro, repito, significa o maior de todos os títulos: campeão do mundo. Afinal, poucos clubes no Brasil a ostentam, e no RS, somente nós.
A proposição está sendo examinada para ver se não colide com o estatuto. Caso não haja nenhum problema, os conselheiros já manifestaram seu apoio. Um abraço do leitor e amigo, Sérgio Ilha Moreira.”
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‘As estrelas da camiseta foram instituídas por mim em 1985 quando estava no cargo de vice-presidente de marketing da gestão Irany Sant’Anna. A razão de serem três e de cores diferentes (bronze, prata e ouro), era exatamente criar um símbolo genérico e definitivo das maiores conquistas do Grêmio sem a necessidade a cada novo título implementar-se uma nova estrela, o que viria a banalizar o significado.
Além disso, tratava-se de uma sutil flauta no tradicional rival que tinha três estrelas de ouro em sua camiseta, simbolizando títulos nacionais.
O significado das estrelas é: bronze, simbolizaria todas as conquistas nacionais; prata, todas as conquistas continentais; e ouro, as conquistas mundiais. Portanto, aquilo que para o tradicional rival valia ouro, para nós, gremistas, era bronze – o terceiro lugar na ordem de importância das conquistas. Flavio Jacobus.’
A manifestãção do conselheiro Flavio Jacobus me parece bem mais sensata. No Brasil, cada clube adota o critério que bem entender para colocar estrelas na sua camisa. O critério atual do Grêmio é bem razoavel: abrange todos títulos importantes, colocando em seu devido patamar e não é necessário mudar a camiseta a cada título conquistado.
Mudar agora, e principalmente mudar pra isso aí que está sendo proposto é tão somente dar uma resposta para o Inter. E uma resposta mal dada. Se o Inter não tem critério para estampar sua própria camisa, azar o deles. No passado recente, os piores momentos tricolores aconteceram quando o gremio se preocupou excessivamente com colorados. Deixem eles curtir a passgem do cometa. E deixem a camiseta tricolor como ela é. Creio que o conselho deliberativo do gremio deveria ter preocupações mais manobres. Me cheira a “factoide” essa proposta.