Agora, é só escolher
Portugueses entregam hoje proposta para a Arena
Após análises das propostas, o grupo de estudos do projeto (composto pelo presidente do Grêmio, Paulo Odone, pelo diretor de planejamento do clube, Eduardo Antonini, além dos conselheiros Antônio Britto, Jorge Gerdau Johannpeter e Alexandre Grendene) exigiu dos consórcios melhores condições para o clube – como maior percentual de participação nos primeiros 20 anos de exploração da Arena.
Entre os dias 11 e 20 de fevereiro, o Conselho Deliberativo será convocado para escolher o local de construção da Arena. A oferta da Odebrecht é a favorita. Após a escolha do local, o contrato deverá ser assinado até maio. Depois, serão necessários pelo menos nove meses até que o município e o governo do Estado emitam autorizações definitivas para a construção. Neste intervalo, será criada a Grêmio Empreendimentos – empresa do próprio clube, que gerenciará a Arena e da qual Paulo Odone dificilmente será presidente.
A proposta da Odebrecht prevê divisão de lucros em 50% pelos primeiros 20 anos: bilheteria, aluguel de espaços, shows, estacionamento, entre outras formas de arrecadação. Depois deste prazo, a Grêmio Empreendimentos ficará com 100%.
A obra terá um custo total de R$ 300 milhões, sendo R$ 190 milhões financiados pela Odebrecht. Dos R$ 110 milhões restantes, metade sairá da venda do Olímpico – já há um investidor interessado no estádio, que seguirá sendo utilizado pelo Grêmio durante os três anos de construção da Arena – e os demais R$ 55 milhões serão investidos pela própria empreiteira. A Odebrecht acertou a compra do terreno da Habitasul – junto à Avenida Castelo Branco, no bairro Humaitá – por R$ 40 milhões.
Já o projeto da TBZ-OAS prevê a demolição do Olímpico. Levará três anos para ser concluída. O consórcio construirá um estádio para 14 mil pessoas em Eldorado do Sul. A obra terá um custo de R$ 280 milhões, e a TBZ-OAS assumirá o financiamento junto ao banco português Efisa. Nos primeiros 20 anos, os lucros da Arena serão 65% para o Grêmio e 35% para o consórcio.
Ambos os projetos prevêem estádio coberto, para 50 mil torcedores sentados em cadeiras e três andares de arquibancadas. O modelo é o Emirates Stadium, do Arsenal, erguido pela companhia aérea Fly Emirates. O Grêmio venderá o nome da Arena para uma multinacional por R$ 5 milhões anuais. O ingresso mais barato ficará entre R$ 25 e R$ 30.
– Ambos os projetos são viáveis. O clube manterá a sua autonomia no futebol e em receitas advindas da marca Grêmio, bem como a venda de jogadores – disse o diretor de planejamento gremista, Eduardo Antonini.
( leandro.behs@zerohora.com.br )
LEANDRO BEHS
As opções
ODEBRECHT:
-Arena no bairro Humaitá (em 34 hectares)
-Custo: R$ 300 milhões
-Previsão de construção: três anos
-Complexo com estádio, centro empresarial, lojas, hotel, e estacionamento para sete mil veículos
-A proposta da Odebrecht prevê divisão de lucros em 50% pelos primeiros 20 anos: bilheteria, aluguel de espaços, shows, estacionamento, entre outras formas de arrecadação
TBZ-OAS:
-Arena na Azenha (em oito hectares)
-Custo: R$ 280 milhões
-Previsão de construção: dois anos (mas o Grêmio já projeta em três anos)
-Complexo com estádio, centro de convenções, shopping, hotel, edifício residencial, e estacionamento para cinco mil veículos
– Nos primeiros 20 anos, os lucros da Arena serão 65% para o Grêmio e 35% para o consórcio