Gostei de duas declarações que li, vindas do Pereirão:
Sobre a arbitragem: “O árbitro apitou uma falta que não foi falta e ela acarretou no primeiro gol do Inter. É complicado, desequilibra. Os jogadores estão ali, sempre convivendo com isto. Toda a hora é uma faltinha. É um jogo difícil, complicado. Aí ele inventa uma falta e nela já sai o gol. Ele está contando a barreira e autoriza a cobrança da falta. Procuro não falar, mas estão brincando conosco” (GloboEsporte 29/09/2008)
Sobre a lesão e a pontuação: “Todos sabíamos que havia risco. Foi fatalidade. Agora, equipes com 42 pontos falam em título, o Grêmio tem 50” (Zero Hora, 30/09/2008)
Mas agora é bola pra frente, e tratar de jogar bem e se recuperar contra o Botafogo.
O Gre-nal não deve ser esquecido, mas sim superado. E não podemos acreditar nesse “papinho” de jogo divisor de águas. Vale lembrar que o novo líder Palmeiras (empatado em pontos com o tricolor) também perdeu pelos mesmos 4×1 para o Inter no Beira-rio, sem falar nos 3×0 em casa contra o Sport.
Ainda, penso que é válido lembrar de jogos que poderiam ser encarados como catastróficos, mas que não comprometeram a campanha dos campeões na história dos pontos corridos:
O jogo começou com uma certa pressão do Grêmio, mas não resultou em nenhuma grande opurtunidade. Na primeira “escapada” do Inter, D´alessandro cavou uma falta inexistente. Longe de ser um escandâlo, mas foi o primeiro de uma série de “equívocos” de Evandro Rogério Roman. Na cobrança, a bola é levantada da intermediária, a zaga do Grêmio corta, mas corta mal, e D´alessandro pega o rebote na entrada da área (ninguém do Grêmio por ali, erro de posicionamento) e acerta um belo voleio para abrir o placar.
O Grêmio não sentiou o golpe e foi para cima. Após tentativa de linha de impedimento mal executada pelo Inter, Pereira escorou de cabeça e Orteman cabeceou na trave, na sobre Leo chutou para fora (Um gol que não dava pra perder). O Inter respondeu em um rebote pego por Guiñazu, que chutou cruzado e com perigo.
Aos 18, Pico pega a sobra dentro da área gremista, com um toque sai jogando com Tcheco, que da intermediária defensiva arranca, passa por Edinho na velocidade. Ameaça abir na ponta com Pico, ganha espaço, ajeita-se e chuta, Bolívar se vira e Clemer não alcança. Partida empatada, e a perspectiva da continuidade de um bom jogo.
Mas Evandro Rogério Roman decidiu estragar tudo. Aos 28 deu toque de mão num lance em que Pico dominou a bola no peito. Mesmo que a bola tivesse tocado a sua mão, Pico não fez isso com intenção. Mas vamos ver o que diz a regra:
“REGRA 12 – FALTAS E INCORREÇÕES
Um tiro livre direto também é concedido à equipe adversária se um jogador comete uma das seguintes quatro faltas: · toca na bola com as mãos deliberadamente (exceto o goleiro dentro de sua própria área penal)”
Roman parolizou o jogo, e conversava com Pico, provavelmente explicando sua absurda marcação. Com o juiz de costas, Guiñazu jogou a bola no chão e D´alessandro chutou ela rolando, servindo Alex que mandou para o gol. Imaginava-se que o juiz apitaria, mandando voltar a jogada, e advertindo os jogadores colorados. Mas não, inexplicavelmente o juiz validou o gol ilegal.
“REGRA 13 – TIROS LIVRES Tipos de tiros livres Os tiros livres são diretos ou indiretos. Tanto para os tiros livres diretos como para os indiretos, a bola deve estar imóvel quando o tiro é executado e o executor não toca na bola pela segunda vez, até que essa toque em outro jogador.”
Ainda:
Posição do tiro livre Tiro livre fora da área penal: o tiro livre é executado do lugar onde ocorreu a infração
O Grêmio sentiu golpe (dado por Evandro Rogério Roman). Não se recuperou e não voltou mais para a disputa para partida. Levou dois gols em cruzamentos, em erros defensivos clamorosos.
Aos 45, Edinho derruba Tcheco e pisa em cima do jogador gremista na queda. Tcheco reclama, mas não faz muito mais além disso. Uma confusão se segue, sem nada além de leves empurrões e atuação da turma do deixa disso.
Terminada a confusão, o Juiz expulsa o pior jogador do Inter por agressão, mas também expulsa o capitão do Grêmio por ter sido agredido.
Pouca coisa acontece no segundo tempo, O Inter trata de administrar, e consegue.
Registra-se ainda o Pênalti em Marcel cometido por Clemer, que como não poderia deixar de ser, não foi marcado.
Talvez o Grêmio tenha merecido mesmo a derrota. As falhas defensivas em 3 dos gols são imperdoáveis. Alex e D´alessandro tiveram uma movimentação interessante somadas as suas boas atuações individuais. Mas todas essas análises são prejudicadas pela terrível atuação do juiz. O segundo gol colorado, ilegal, acabou por definir o rumo do jogo, e a absurda expulsão de Tcheco acabou por sepultar qualquer chance de reação gremista.
Perder, ganhar, ter sorte, ter azar,jogar bem e jogar mal, tudo isso faz parte do jogo. O que não dá pra aceitar é arbitragem determinando o resultado. E feitas todas as ressalvas,foi isso que aconteceu, mais uma vez.
É curioso, no mínimo curioso, ver o clássico paulista entre Santos e Portguesa sendo apitado por um árbitro da federação paulista (PAULO CESAR OLIVEIRA/SP). Também é curioso ver o clássico carioca entre Botafogo e Fluminense ser apitado por um árbitro da federação carioca (PERICLES BASSOLS PEGADO CORTEZ/RJ). A lógica, seguindo critérios era termos um árbitro da federação gaúcha apitando o clássico gáucho. Mas isso não aconteceu, por razões que não sabemos. (Ou sabemos e preferimos não acreditar).
Faltas puníveis com advertência: Um jogador é advertido e recebe o cartão amarelo se comete uma das seguintes sete faltas: 3. infringe persistentemente as Regras do Jogo
Aparantemente tal texto não se aplica a Guiñazu. “trezentas” faltinhas cometidas (pra ser exato, fez 6 das 19 faltas cometidas pelo Inter) e nem sinal de advertência. Estranho o critério para amarelos dados por Roman.
Claro que não dá pra fazer de conta que nada aconteceu, A derrota foi ruim, há de se entender as razões dela e fazer as correções necessárias. Mas também é hora de lamber as feridas, erguer a cabeça, lembrar exemplos, como em 2007, quando o campeão São Paulo perdeu para o rebaixado Corinthians.
Lembrar também que o Grêmio divide a ponta do tabela com o Palmeiras (perdendo o 1ºlugar nos critérios de desempate), e que temos uma boa seqüência nas próximas 4 rodadas, com um forte perspectiva de se retomar a liderança isolada.
Talvez eles sejam tão ruins como os demais, e eu esteja pegando no pé deles pelo coloradismo dos mesmos, mas acho que dá pra merecer coisa melhor do que ter que aguentar Paulo Britto e o Batista falando por 15 minutos sobre uma impossível “quarta substituição” pelo time do Grêmio. Ou ouvir o comentarista de arbitragem da Gáucha falar que o lance entre Tcheco e Edinho “generalizou” uma confusão no gramado.
Fotos: ClicRBS e Grêmio.net
Internacional 4 x 1 Grêmio D´alessandro 4´
Tcheco 18´
Alex 28´
Índio 39´
Nilmar 45´
INTERNACIONAL: Clemer; Ângelo (Danny Morais, 38’/2ºT), Indio, Bolívar e Gustavo Nery; Edinho, Magrão, Guiñazú e D’Alessandro (Taison 34/2ºT); Alex e Nilmar (Adriano, 44’/2ºT). Técnico: Tite
GRÊMIO: Victor; Leo, Pereira (Jean,11’/1ºT) e Réver; Paulo Sérgio (Souza, intervalo), Rafael Carioca, Orteman, Tcheco e Anderson Pico; Perea (William Magrão, intervalo) e Marcel. Técnico: Celso Roth
27ª Rodada – Campeonato Brasileiro 2008 Data: 28/09/2008, domingo, 18h10min Estádio: Beira-Rio, Porto Alegre (RS) Público: 42.590 (37.388 pagantes) Renda: R$ 718.200,00 Árbitro: Evandro Rogério Roman (PR) Auxiliares: Roberto Braatz (PR) e Wilton Otaviano dos Santos (RN) Cartões Amarelos: Gustavo Nery (Inter); Orteman, Leo, William Magrão(Grêmio) Cartões Vermelhos: Edinho, 50’/1ºT (Inter); Tcheco, 50’/1ºT (Grêmio)
Gols: D’Alessandro 4′; Tcheco 18′; Alex, 28′ ; Índio, 39′ e Nilmar, 45′ do 1ºtempo
Eu me lembro com carinho da extinta Supercopa. O jogo contra o Peñarol no Olímpico em 93, o gol por cobertura de Carlinhos contra o Racing em 94, o maldito Independiente de Usuriaga no mesmo ano, tudo isso são memórias minhas desta competição.
Dito isso, confesso que fique feliz em ler na Folha de São Paulo, a notícia que segue:
“Dias contados
A Conmebol informou aos clubes campeões da Libertadores que existe projeto para ressuscitar a extinta Supercopa dos Campeões, que teve sua última edição em 1997. A idéia é que o torneio substitua a Copa Sul-Americana, que ainda não emplacou e tem gerado críticas dos clubes grandes, que consideram baixas as cotas, de US$ 100 mil por jogo. Um dos problemas para extinguir a competição é o que fazer com as equipes de menor expressão. A Traffic, que comercializa o torneio, é contra a idéia de alterar o formato atual.” (Painel FC – Folha de São Paulo 11 de setembro de 2008)
Enquanto isso a Sulamericana segue desinteressante como sempre. Não bastasse o absurdo da datas e horários dos jogos do co-irmão (que por sinal, incoerente, escala reservas a partir de agora), que mudam conforme a maré, temos ainda isso:
“Adversário do Botafogo nesta quarta-feira, pela ida das oitavas-de-final da Copa Sul-Americana, o América de Cali disputará outra partida quase no mesmo horário no qual enfrentará os brasileiros. A equipe vermelha irá jogar diante do Tolima, na cidade de Ibagué, pelo Campeonato Colombiano. O jogo pelo campeonato nacional terá início às 20h30 locais (22h30 de Brasília), 30 minutos depois do horário previsto pelo compromisso continental, em Cali” (Terra)
Em trabalho jornalístico simples, mas digno de elogio, o site ZeroHora.com teve a inteligência de ir perguntar para os jogadores o que ocorreu no campo, e não ficar fazendo conjecturas sentados em uma mesa. A pergunta foi para Soares, e a resposta foi de causar espanto:
“– Quando acabou o jogo eu fui perguntar para ele por que não marcou o pênalti. Ele me respondeu que meu meião não estava sujo, por isso não marcou. Está de brincadeira – relatou Soares nesta terça-feira.” (ClicRBS – 23/09/2008 13h14min )
A frase é revoltante. Mas a partir dela, ainda se pode creditar a não marcação do pênalti à burrice do árbitro, e não uma má-intenção.
Contudo, segundo o Blog Grêmio Libertador, a frase é um pouco diferente:
“Voltei ontem no mesmo vôo do time e, conversando com os jogadores, fiquei sabendo da bela frase que teria sido dita pelo grandissíssimo feladasputa do Alício Pena Jr para os que foram reclamar o pênalti aos 43 do segundo tempo:
Notem que a postagem no blog é anterior a notícia do ClicRBS. A partir dessa versão, a conclusão que se tira é de que não só o árbitro estava mal intencionado, como também resolveu debochar dos jogadores.
Em um lugar sério, essa frase seria o suficiente para afastar o juiz do resto campeonato.
Aqui não, ele conta com crédito, segundo o comandante da arbitragem.
P.S.: E Ainda tem gente que diz que o Tcheco é “esquentadinho”. Tivesse eu escutado tal frase, garanto que o juiz não contaria mais como todos os dentes intactos.
Eu sou contra simplificações e radicalizações, mas quando os fatos são tão claros, fica difícil entender os motivos que levam pessoas a ter ‘opiniões” tão diametralmente distantes da realidade.
Cacalo foi definitivo na sua coluna no Diário Gaúcho:
“O pênalti não marcado sobre Soares, aos 43 minutos do segundo tempo, deveria decretar a imediata aposentadoria do árbitro por incapacidade técnica e por uma impressionante falta de coragem para marcar uma penalidade como aquela, cristalina como a mais límpida das águas.
Era contra o dono da casa e no finalzinho do jogo. Tem que ser muito valente para fazer valer a regra do jogo naquelas condições.
Equívoco técnico inexplicável, próprio de quem não conhece a regra ou se assusta contra times que jogam em casa. Mas nada vai assustar o líder do campeonato, que novamente fez uma grande partida e teve pelo menos cinco grandes chances de gol.” (CACALO SILVEIRA MARTINS – 22/09/2008 – Diário Gaúcho)
Incompreensivelmente não foi o entendimento do Presidente da CONAF, que fala em crédito e abre um precedente perigoso:
“O presidente da Comissão Nacional de Arbitragem concorda que o pênalti cometido em cima de Soares, no final da partida contra o Atlético-PR, deveria ter sido marcado. No entanto, descartou uma punição ao árbitro Alício Pena Júnior por ter deixado o jogo correr depois da entrada violenta de Zé Antônio. Sérgio Correa disse que o mineiro, que pertence ao quadro da Fifa, vem tendo boas atuações no campeonato Brasileiro e tem crédito junto a CBF.” (ClicRBS – 22/09/2008)
Independente de o jogador ter tocado a bola antes, ou ter tocado somente a bola, tal carrinho foi faltoso e o pênalti deveria ser marcado. É o que manda o ofício circular nº81, da comissão de árbitros da CBF, assinado pelo próprio Sérgio Corrêa da Silva e que diz, textualmente:
“Em resumo, dado o carrinho de modo imprudente, temerário ou com uso de força sempre haverá falta independentemente de qualquer resultado, ou seja, de haver ou não toque na bola; de o adversário ser ou não atingido”
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Mas olhem mesmo assim o vídeo, que deixa claro, Zé Antônio toca em Soares antes de alcançar a bola, como bem observa Mauro Betting:
“Não fosse o árbitro mineiro, a vitória poderia sair aos 42 minutos finais, quando Zé António carrinha a bola, mas, antes, imprudentemente, acerta o tornozelo esquerdo de Soares” (Blag do Mauro – 22/09/2008)
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Dito isso, fica realmente difícil de entender a posição do comentarista de arbitragem da Rádio Gaúcha. Não vou reproduzir o que ele escreveu aqui. Mas algumas coisas precisam ser ditas: 1º) Ele briga contra a imagem, chegando ao ponto de inventar um simulação de Soares. 2º) Ele desconhece por completo a circular da CBF.
O que só nos permite a chegar a duas conclusões. Ou ele é incompetente ou é mal-intencionado.
Pode ser incompetente pois alguma limitação na sua visão não o permite enxergar um lance que é claro. Pode ser incompetente, pois sendo um árbitro formado pela federação, desconhece as recomendações de arbitragem.
Pode ser mal-intencionado para fazer valer os sentimentos da paixão clubística. Pode ser mal-intencionado para chamar atenção, o que de fato conseguiu, bateu o recorde de comentários no seu blog e ganhou chamada na capa do site da empresa.
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Outro besteira sobre este lance tem sido dita sobre esse lance. Guerrinha falou no Sala de Redação, Vidarte escreveu em seu blog, que transcrevo aqui:
“A direção do Grêmio está revoltada com o juiz Alício Pena Júnior. pois foi ele, que num dos grenais deste ano, deu aquele pênalti de Renan no Rodrigo Mendes. é por isso que eu digo: a banca paga e recebe“
O lance do Grenal não tem nada a ver como esse. Além do mais foi marcado pelo bandeirinha AlessandroAlvaro Rocha de Matos(Fifa/BA), o mesmo qua validou um gol ilegal do Inter e anulou um gol legal do Grêmio. Alício viu o lance, deu as costas e só marcou depois da chamada do assistente.
O pior, é que nem há mais o que se discutir sobre este lance do Grenal, o próprio Renan já admitiu o pênalti:
“Foram três pênaltis estranhos. Tudo bem, o do Gre–Nal foi falta mesmo, mas os dois últimos foram lances normais. Todo mundo viu… – reclama Renan. ” (GloboEsporte – 21/07/2008)
Comparar um acerto do juiz (após aviso) com um erro do mesmo árbitro é de uma burrice sem tamanho.
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Não sei se deveria dar bola para isso. Mas fico realmente impressionado com tamanha distorção que profissionais, tidos com isentos, fazem em cima de fatos que são cristalinos.
Jogo duro em Curitba. Atlético Paranaense mais uma vez dando ao enfrentar o Grêmio. A torcida do furacão aparentemente foi ao jogo para xingar e Tcheco e reclamar e chiar em qualquer lance mais ríspido. O juiz parecia querer bater o recorde de faltas marcadas em um só jogo, qualquer bola retomada pelos gremistas era seguida por um apito do árbitro.
Boa parte da Arena da Baixada está virada num canteiro de obras. O gramado estava péssimo. Na defesa ninguém se arriscava. Ainda assim o Grêmio levava vantagem e tinha o domínio da bola no meio campo, por vezes faltava aproximação entre os jogadores, e também faltava a passagem dos alas. Foi o tricolor que teve as melhores chances, destaque para o chute de Perea que Galatto fez ótima defesa.
O segundo tempo também foi de domínio gremista, muito embora o Atlético tenha ameaçado em bolas cruzada na área. Mas o Grêmio jogava com mais naturalidade, e conseguia impor seu jogo, o gol não saiu em parte pelas boas defesas de Galatto (ou até pela orelha do zagueiroparanaense)
Além de Galatto, outro responsável pelo 0x0 foi o Juiz. Aos 42, Tcheco lançou Soares, o jogador Zé Antônio deu o carrinho com a única intenção de fazer a falta. Passou “por cima” das pernas e aí sim tocou a bola, o que foi mera casualidade do carrinho faltoso dado por ele. (Vídeo) Qualquer juiz em sã consciência marcaria o pênalti e mostraria o cartão vermelho para o jogador atleticano. A circular da comissão de arbitragem da CBF é claríssima em relação a isso. Fica realmente difícil não ficar “paranóico” com a decisão tomada por Alício Pena Júnior.
Excelente jornada de Rafael Carioca. Anulou Ferreira e ainda conseguiu sair pro jogo.
Orteman entrou bem, mas ainda prefiro William Magrão.
Novamente foi muito pequena a contribuição (ofensiva principalmente) dos laterais.
Acho que foi válida a tentativa de Souza pela esquerda, mas claramente não funcionou.
Fotos: Terra e ClicRBS
Atlético Paranaense 0 x 0 Grêmio
ATLÉTICO-PR:Galatto, Danilo, Rhodolfo e Antônio Carlos; Alberto, Chico, AlanBahia (Márcio Azevedo, 39’/ºT), Ferreira e Netinho; Júlio César (Pedro Oldoni, 20’/2ºT) e Rafael Moura (Zé Antônio, 29’/2ºT). Técnico:Geninho.
GRÊMIO: Victor; Leo, Jean e Réver; Paulo Sérgio, Rafael Carioca, Orteman, Tcheco e Anderson Pico (Souza, 22’2ºT); Perea (Soares, 41’/2ºT) e Marcel (Morales, 36’/2ºT). Técnico: Celso Roth
26ª Rodada – Campeonato Brasileiro 2008 Data: 21 de setembro de 2008, domingo, 16h00min Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR). Público pagante: 20.052. Renda: R$ 328.185,00. Árbitro: Alicio Pena Junior (FifaMG). Auxiliares:Jair Albano Felix (MG) e Rodrigo Otávio Baeta (MG). Cartões amarelos:Antônio Carlos, Rafael Moura e Ferreira (Atlético-PR); Anderson Pico, Orteman, Paulo Sérgio e Réver (Grêmio).
“O Estádio Olímpico foi inaugurado no dia 19 de setembro de 1954. O jogo inaugural foi realizado entre Grêmio e Nacional de Montevideo, vitória gremista por 2 a 0. Os gols foram anotados pelo atacante Vitor que entrou para a história por ter marcado o primeiro gol do estádio gremista” (Grêmio.net)
Da Caiu do Céu para o Olímpico
Sediado desde 1904 na Baixada, localizada no bairro Moinhos de Vento, o Grêmio trocou de casa em 19 de setembro de 1954, quando inaugurou o Olímpico. Foi um processo longo – cerca de 14 anos – e complicado, mas valeu a pena: ao fim, os gremistas podiam se orgulhar do maior estádio particular do Brasil à época.
Quem vai ao Olímpico, hoje, dificilment
e imagina a metamorfose proporcionada pelo estádio na Azenha. Enquanto o rival Inter ergueu o Beira-Rio onde antes havia apenas água, o Grêmio teve de desalojar uma vila e, ainda, encarar uma negociação com os herdeiros de parte da área – propriedade da viúva de Tibúrcio de Azevedo.
Os obstáculos dificultaram, mas não sepultaram a idéia de abandonar a Baixada – condenada pela prefeitura.
Em 1940, apoiado pelo colega Aneron Correia de Oliveira, o presidente Telêmaco Frazão de Lima iniciou tratativas com a prefeitura para a permuta do terreno do Moinhos de Vento por outro na Avenida Carlos Barbosa, oficializada em 16 de setembro de 1940. Acabou sendo a melhor opção para o Grêmio, mas não a primeira: cogitou-se levar o clube para a área do antigo Cine Castelo, ou a construção de um campo onde hoje está a Avenida Farrapos.
No ano seguinte, com Aneron Correia de Oliveira à frente do clube, o Grêmio depositou a pedra fundamental do Olímpico. Daí até o início da obra, porém, passaram-se mais de 10 anos, porque foi preciso retirar os moradores da Vila Caiu do Céu. (Zero, 29 de março de 2008)
Boa vontade gremista
Com tantos percalços, o Grêmio só tomou posse de seu terreno em 1948 – mas as famílias da Vila Cai do Céu só foram transferidas para outras áreas em 1951. Com o terreno limpo, foi possível iniciar as obras em 12 de dezembro do mesmo ano. Antes, porém, foi preciso planejar o Olímpico, definir como custeá-lo e chegar a um modelo de estádio. Tudo aconteceu na presidência de Saturnino Vanzelotti, que assumiu em 1949 e fez da casa nova uma prioridade. – Todo mundo achou que ele era louco – lembra o gremista histórico Salim Nigri. Em 8 de janeiro de 1951, Vanzelotti e uma comissão julgadora definiram o vencedor do concurso público para o anteprojeto do Olímpico – a proposta de Plínio Oliveira Almeida, Naum Turquenitch e Edison Ribeiro venceu. A arrecadação de verbas para financiar as obras envolveu campanhas como a Grande Tômbola Pró-Estádio Tricolor, de janeiro de 1951, e outras rifas, doações de torcedores e promoções. A previsão inicial de inauguração era em 1953, ano do cinqüentenário do Grêmio, mas dificuldades adiaram a data. A construção começou em 24 de abril daquele ano e foi relativamente rápida – terminou um ano e cinco meses depois. O comando dos trabalhos coube ao engenheiro Sylvio Toigo Filho, dono da construtora Toigo e que executou a obra de graça. Ele e seus operários erigiram um estádio que serviu como base para o Olímpico atual – nos anos 70, houve ampliação para o modelo com arquibancadas superiores completas. O estádio original contava com anel inferior fechado e um pavilhão coberto, onde ficavam tribuna de honra e duas mil cadeiras. A capacidade chegava a 38 mil pessoas. Sob o sol de 19 de setembro de 1954, os portões do estádio foram abertos ao meio-dia e começou a receber sócios e torcedores para a festa. A solenidade de inauguração começou às 15h, com desfiles da banda da Brigada Militar e de diversos representantes do Grêmio – entre eles, Pedro Carvalho Haeffner e Carlos Faedrich, da turma de fundadores em 1903. Em campo, o time venceu o Nacional por 2 a 0 – gols de Vitor. Foi a primeira das muitas comemorações do local que serve como morada gremista há quase 58 anos. (Zero Hora, 29 de março de 2008)
O arquiteto gremista
Plínio Oliveira Almeida, 85 anos, pode ser considerado um dos pais do Olímpico. Do traço de sua mão direita surgiram há mais de 50 anos as linhas do estádio do Grêmio. Ajudado por dois colegas, ele ganhou o concurso em 1951 para o anteprojeto do estádio.
Formado pela primeira turma de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Plínio bolou a casa gremista com base em referências estrangeiras. Em seu apartamento na Avenida Independência, o arquiteto lembra ter consultado publicações européias sobre estádios construídos no pós-guerra. Compilou dados e os juntou a um relatório detalhado da Bombonera, histórica casa do Boca Juniors em Buenos Aires.
– O Olímpico seguiu a tendência da época – diz.
Plínio, porém, deixou o clube antes da inauguração do estádio. Não chegou a tocar o próprio projeto, que sofreu pequenas modificações e ficou a cargo do engenheiro Armando Ballista, segundo colocado no concurso de 1951.
O arquiteto se afastou do Grêmio por desavenças, mas voltou mais tarde, na década de 70, e participou da ampliação. Ele conta ter mantido o máximo possível da harmonia do projeto original, coisa que pretendia repetir nos tempos atuais – receoso quanto à construção da Arena gremista, propôs melhorias no Olímpico que acabaram rejeitadas. (Zero Hora, 29 de março de 2008)
Faz muito tempo que eu esperava ler algo nesse sentido. Se vai mudar ou não, aí já é outra história:
“Grêmio quer bater rivais em patrocínio
Patrocinado pelo Banrisul desde 2001, o Grêmio inveja os valores de patrocínio de seus rivais, e pode criar um problema para o banco no próximo ano. De olho em um substancial aumento, o clube do Olímpico pretende inflacionar o mercado no Rio Grande do Sul com um novo contrato de um valor até quatro vezes maior que o do último compromisso.
A idéia do Grêmio é acompanhar o crescimento do mercado esportivo. Enquanto clubes do eixo Rio-São Paulo chegam a ganhar R$ 16,5 milhões por temporada (valor do contrato entre Corinthians e Medial Saúde), os dois rivais de Porto Alegre ganham pouco mais de R$ 3 milhões cada, mesmo com resultados tão ou até mais expressivos.
“Há alguns anos Grêmio e Inter deviam para o Banrisul, que fez um contrato que abatia um valor da dívida. Naquela situação de dificuldade o acerto foi bom, mas hoje eles têm publicidade em todo o estádio, conta-corrente de todos funcionários. No fim eles até saem no lucro com a gente”, disse César Pacheco, vice-presidente de marketing do Grêmio.
A insatisfação não é só tricolor. De acordo com o dirigente, Vitorio Píffero, presidente do Inter, já foi pleitear um aumento com o Banrisul, mas recebeu mais que um não como resposta. Além de negar o aumento do apoio, a entidade financeira ainda teria tripudiado com o fato de ser uma boa administradora, patrocinando os dois principais clubes do estado com apenas R$ 7 milhões anuais.
A preocupação com valores, inclusive, não fica restrita à estampa principal da camisa.. Apesar de se dizer muito satisfeito com os serviços prestados pela Puma, o Grêmio ouve com atenção propostas como a da Olympikus. O baixo valor da multa rescisória pode atrair rivais da marca alemã.
Na próxima quarta-feira, membros do clube gaúcho se reunirão com dirigentes da Puma para discutir, oficialmente, uma aproximação entre setores estratégicos das duas partes. Há a possibilidade, no entanto, de um aumento em valores do contrato, que vai até 2010, ser negociado.” (Máquina do Esporte, 26/08/2008)
Em ‘descrédito’, rivais gaúchos miram remodelar acordo com patrocinador
Parceiro de Grêmio e Inter, Banrisul estaria até ‘lucrando’ com o clube, na visão de cartola gremista
Atual líder do Campeonato Brasileiro e vice-campeão da edição de 2007 da Copa Libertadores da América, o Grêmio quer ser mais reconhecido em termos de valores de sua marca. O clube gaúcho busca um aumento substancial no seu contrato publicitário com o Banrisul, parceiro desde 2001.
O mercado local ficaria inflacionado com a proposta tricolor de um novo contrato por um valor até quatro vezes maior que o do último compromisso. A idéia do Grêmio é acompanhar o crescimento do mercado esportivo nacional e se equiparar às grandes forças do eixo Rio-São Paulo.
No Sudeste, o Corinthians, por exemplo, chega a faturar R$ 16,5 milhões por temporada com a Medial Saúde. Além do Grêmio, o rival Internacional recebe pouco mais de R$ 3 milhões. “Há alguns anos, Grêmio e Inter deviam para o Banrisul, que fez um contrato que abatia um valor da dívida. Naquela situação de dificuldade o acerto foi bom, mas hoje eles têm publicidade em todo o estádio, conta-corrente de todos funcionários. No fim eles até saem no lucro com a gente”, avalia César Pacheco, vice-presidente de marketing do Grêmio.
Quem também demonstra insatisfação e até chegou a reivindicar um acréscimo de valor no contrato com o banco regional é Vitorio Píffero, presidente do Inter. Entretanto, além de uma resposta negativa, teria recebido o argumento de que a entidade financeira é uma boa administradora, patrocinando as duas principais agremiações do Estado com apenas R$ 7 milhões anuais. (Cidade do Futebol)