
O gol relâmpago decidiu o jogo e determinou os rumos da partida. Foi no mínimo curioso ouvir duas entrevistas de Vágner ontem: Antes do jogo disse que o time queria marcar gols cedo. No intervalo, disse que já conhecia a jogada do ponta-pé inicial do Grêmio.
A jogada ensaiada do Grêmio é manjada e foi mal executada. Guilherme tomou a bola, mas ainda assim era cercado por dois gremista na intermediária, de onde enfiou a bola pelo meio da zaga, e Wágner recebeu com liberdade para chutar para o gol e com pouco mais de 10 segundos mudar completamente o panorama da partida.
Nem deu pra saber se o esquema proposto por Roth era acertado ou não. Souza jogava de ala-esquerdo e Douglas Costa era atacante.
Para o Grêmio, o Gramado do mineirão ficou ainda maior e mais fofo. O jogo se inverteu, tendo o Grêmio que ir para cima e propor o jogo. Era o que o Cruzeiro precisava e queria. nos 25 minutos iniciais a pressão foi toda Cruzeirense, com destaque para a defesa de Victor após cabeçada.
O Cruzeiro tinha tempo e espaço para tocar a bola no seu campo de ataque, a marcação gremista não incomodava.
O tricolor tentava atacar., mas sem muita organização. A bola pouco passava por Tcheco (e tem sim que passar por ele). o Grêmio chegava perto do gol de Fábio, mas sempre faltava capricho. Era a conclusão ruim, domínio errado, bola que era adiantada, passe curto, etc… Ainda assim tivemos duas boas chances, na cabeçada de Réver e no chute de Felipe Mattioni.
Pereira sentiu lesão e o colombiano Perea entrou no seu lugar. 4-4-2. Souza já estava desconforável na ala, ficou ainda pior de lateral esquerdo.
No segundo tempo Paulo Sérgio ingressou na lateral-esquerda. Douglas Costa saiu e Souza foi para meia. o Grêmio melhorou e até teve boa chance, no voleio de Perea. Mas como castigo, numa bola jogada no costado esquerdo, Jonathan ingressou na área, tentou o cruzamento, mas a bola desviou em Victor e acabou indo para as redes.
O Cruzeiro tratou de administrar a vantagem. Aos 21, Fernandinho errou o chute, Guilherme que estava caído dentro da áre se levanta, domina, gira e bate para fazer o terceiro.
Confesso que a partir daí não me aguentei e mudei de canal para torcer por resultados paralelos (“secar”). Deu tempo de ver o São Paulo ser novamente beneficiado por um erro de arbitragem.

Duas declarações do vestiário gremista resumiram bem o que foi o jogo.
“Foi uma desatenção imperdoável. Houve desatenção e isso acabou definindo a partida. O Grêmio teve que tomar a iniciativa, se tornou mais vulnerável, e o Cruzeiro se aproveitou disso” André Krieger (ClicRBS – 30/10/2008)
CRUZEIRO: Fábio, Jonathan, Léo Fortunato, Espinoza e Jadilson (Thiago Martinelli, 22’/2ºT); Marquinhos Paraná, Fernandinho, Ramires e Wágner (Camilo, 27’/2ºT); Guilherme (Jajá, 39’/2ºT) e Thiago Ribeiro.
Técnico: Adilson Batista.
GRÊMIO: Victor, Leo, Pereira (Perea, 27’/1ºT), Réver e Felipe Mattioni; Rafael Carioca, William Magrão (Makelele, 22’/2ºT), Tcheco, Souza; Douglas Costa (Paulo Sérgio, intervalo) e Reinaldo .
Técnico: Celso Roth.
32ª Rodada – Campeonato Brasileiro 2008
Data: 29/11/2008, quarta-feira, 21h50min
Estádio: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Público: 35.560 pagantes
Renda: R$ 549.450,00
Árbitro: Heber Roberto Lopes (PR)
Assistentes: Roberto Braatz (PR) e Erich Bandeira (PE)
Cartões Amarelos: William Magrão, Rafael Carioca, Souza e Tcheco (GRE); Fernandinho, Ramires e Guilherme (CRU)
Gols: Wagner 14”/1ºT , Jonathan 9’/2ºT e Guilherme 21’/2ºT