Julio Camargo falou sobre “A Montagem de um Time de Futebol”:
– Disse que um time deve contar com cerca de 40% de atletas oriundos da base
– Explicou as diferenças de métodos e fases de aprendizagem através das idades
– Falou que a melhor fase para “trabalhar” um jogador é dos 7 aos 11 anos, mas que os atletas fatalmente chegam nos clubes mais tarde
– Lembrou que hoje as comissões técnicas são composta por diversos profissionais, de diversas áreas, e que todos devem ser valorizados.
– Concordou com a dificuldade dos times do sul em formar atacantes, muito embora tenha sido perguntado especificamente sobre o Grêmio e centroavantes.
– Falou sobre a questão do jogador estar pronto ou não. Lembrou os caso do Lucas e Carlos Eduardo, ambos nascidos em 1987, mas o volante foi lançado em 2005 enquanto o meia só subiu para os profissionais em 2007.
– Nos profissionais, disse que prefere iniciar trabalhando com um grupo menor, e depois ir somando atletas. Lembrou a máxima “jogador ruim, cedo ou tarde, acaba jogando”
– Na base, disse que quanto menor a idade, maior deve ser o grupo de jogadores, pois a margem de erro é maior. Lembrou o caso do Douglas Costa, que vindo do Futsal (Cepe de Canoas) demorou a se firmar.
Rodrigo Caetano, falou sobre “Organização e Estrutura do Departamento de Futebol Profissional”:
– Iniciou falando sobre a sua formação, ressaltando que vinha da área da Administração, e não da Educação Física, como a maioria dos profissionais do futebol.
– Lembrou que trabalhos como o seu normalmente são feitos em clubes em crise, e que o profissional tem que estar preparado para isso, levando com ele um modelo a ser implementado
– Disse que o profissional tem que conhecer o clube, o estatuto o organograma, e entender as diferenças de cada time. Lembrou que o Vasco tem os esportes olímpicos até no hino.
– Por diversas vezes disse que o gestor do futebol deve respeitar o orçamento apresentado, bem como trabalhar em conjunto com os departamentos jurídico e financeiro.
– Disse que é possível trabalhar com orçamento limitado, sendo necessário o uso de criatividade.
– Disse que pior do trabalhar com pouco dinheiro é trabalhar com pouca estrutura.
– Saudou o Grêmio por desenvolver seus próprios softwares de gestão. Lamentou que o Vasco não faça o mesmo.
-Valorizou a profissionalização no futebol, mas disse que os dirigentes políticos são fundamentais.
– Disse que era preciso saber trabalhar com empresários. Sobre parcerias em direitos de jogadores, disse que é preciso que os clubes estabeleçam critérios claros sobre o tema (uma espécie de cartilha)
– Lembrou que é preciso valorizar os profissionais que trabalham na base, que por vezes recebem pouco, comparado com os valores que acabam gerando pro clube. Cogitou a idéia de alguma participação dos mesmo em resultados.
– Também cogitou a possibilidade de se remunerar os atletas profissionais com um salário fixo e outro variável, de acordo com metas e etc…
– Disse que os clubes precisam abrir espaço para jogadores da base. Disse que o ideal é trabalhar com um grupo de 30 atletas, onde cerca de 25 seriam fixos e as outras 5 vagas iriam sendo preenchidas por jogadores da base (Aqueles atletas que o treinador puxa da base para observar melhor) .
Enfim, acho que era isso. Sei que a palestra departamento de futebol, e não sobre a vida do Rodrigo Caetano, mas acho que ele poderia ter falado um pouco mais sobre a sua trajetória no futebol. Abaixo segue uma reportagem da Zero Hora, do ano de 1995, falando a carreira dele até então:
