Com vários desfalques,
Silas parece ter optado pela
tática do “já que tá no inferno, abraça o
capeta“. Há alguns jogos o
Grêmio vinha carecendo de maior poder de marcação. O técnico ignorou isso, e, levando em conta o meio campo igualmente
faceiro do São Paulo, escalou somente um volante,
colocando o time num 4-1-3-2. É preciso dizer que a postura
kamikaze teve relativo sucesso. O
Grêmio iniciou o jogo muito bem, tocando a bola no campo de ataque, criando oportunidades e abrindo o
placar logo aos 7 minutos: Cruzamento de
Collaço, insistência de
Roberson e oportunismo de Hugo, que, de virada, marcou o 1×0. Quatro minutos mais tarde, era possível ver um dos problemas dessa formação ousada.
Marlos foi lançado, completamente livre, e tentou por cobertura, por cima de Victor. Aos 17, Rodrigo teria neutralizado ataque do São Paulo ao se antecipar a
Marlos, mas o
zagueiro gremista resolveu brincar na frente do adversário e acabou perdendo a bola. O meia são
paulino aproveitou o presente, cruzou para área, a bola passou por
Fernandão e
Ozeia e terminou nos
pés de Dagoberto, que empatou o jogo. Aos 25, nova
bobeira de Rodrigo,
que se esqueceu que não é zagueiro do Santos e ficou agarrado na camisa de
Alex Silva.
Gutemberg de Paula Fonseca marcou e
Rogérico Ceni desperdiçou o pênalti, batendo no travessão. O guarda-metas são-
paulino começou a se redimir segundos depois, quando fez boa defesa no chute de William.
Ceni ainda faria mais duas grande defesas, ainda no primeiro tempo, no chute de Hugo, aos 35, e na cabeçada de Douglas (foto abaixo), aos 41. O
Grêmio ainda teve outra boa chance de ampliar aos 31, quando foi marcado um pé alto dentro da área do São Paulo.
Mas, como sói acontecer, o árbitro recuou o lugar da cobrança, permitiu o adiantamento da barreira e o atletas
gremistas desperdiçaram o chute.
O segundo tempo também começou com superioridade
gremista. Aos 2 minutos, Douglas recebeu na área, cortou a
zaga e chutou por cima. A bola rondava a área são
paulina. Aos 12,
Maylson recebeu de
Roberson e chutou forte, para mais uma boa defesa de
Ceni. Era de se lamentar as chances perdidas e o “quem não faz leva” mais uma vez se fez presente.
Hernanes tentou o passe pelo alto, a bola bateu em
Collaço e
sobrou para Dagoberto chutar com a parte de fora do pé, virando o jogo aos 21 da segunda etapa. Três minutos mais tarde a
fatura foi liquidada quando
Marlos arrancou do meio do campo, passou por Rodrigo, chutou na trave e
Dagoberto apanhou o rebote, anotando o 3×1 final. A partir daí tudo ficou fácil para o São Paulo e difícil para o
Grêmio, que ainda tentou diminuir. O mais perto que chegou foi em novo chute de
Maylson, que mandou a bola no ângulo, para Rogério
Ceni fazer sua melhor defesa no jogo.


Uma das maiores virtudes que Rodrigo mostrou com a camisa do Grêmio foi a de jogar com muita seriedade. O fatídico lance de hoje não condiz com seu futebol.
8 pontos em 7 jogos. A campanha segue sendo de zona de rebaixamento.
Por falar em
descritério, acho que hoje era um bom dia para reclamar (com veemência)
dos desmandos do STJD.

Fotos: Bruno Miani (VIPCOMM), Robson Ventura (Folhapress), Nelson Almeida (UOL) e Ricardo Matsukawa (Terra)
São Paulo 3 x 1 Grêmio
Hugo 7′
Dagoberto 17′
Dagoberto 66′
Dagoberto 69′
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Xandão, Alex Silva e Richarlyson; Cicinho (Wellington), Rodrigo Souto, Hernanes, Marlos (Marcelinho Paraíba) e Junior Cesar; Dagoberto e Fernandão (Fernandinho)
Técnico: Ricardo Gomes
GRÊMIO: Victor; Edílson, Ozeia (Rafael Marques), Rodrigo e Bruno Collaço; Fábio Rochemback, Maylson, Douglas e Hugo; Roberson (Fernando) e William
Técnico: Silas
7ª Rodada – Campeonato Brasileiro 2010
Data: 6/6/2010, domingo, 16h00min
Local: estádio do Morumbi, em São Paulo – SP
Público: 14.408 pagantes
Renda: R$ 309.541,87
Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca (RJ)
Assistentes: Hilton Moutinho Rodrigues (Fifa–RJ) e Lilian da Silva Fernandes (RJ)
Cartões amarelos: Alex Silva, Richarlyson (SP); Ozeia, Rodrigo, Edílson (G)
Gols: Hugo (G), aos 7 min, Dagoberto, aos 17 min do primeiro tempo; Dagoberto, aos 21 min e aos 24 min do segundo tempo