O goiano Paulo Nunes convocou a torcida do Vila Nova, seu time do coração, para ajudar o Grêmio na arquibancada. No campo, o tricolor freou o entusiasmo esmeraldino e construiu o placar numa atuação madura, com direito a golaço de Arce.
Abaixo algumas matérias da Folha de São Paulo, Correio do Povo e Zero Hora.
Grêmio derrota Goiás, amplia a vantagem e é virtual finalista
Agora, o Grêmio pode até perder por dois gols de diferença no próximo domingo, em Porto Alegre, que garantirá sua classificação para a final do campeonato.
A postura tática adotada pelo técnico Luiz Felipe, do Grêmio, deu resultado.
O treinador colocou seu time na defesa, deixando apenas o atacante Paulo Nunes na frente para tentar contra-ataques. Após o primeiro gol do Grêmio, o time goiano deu mostras de um bom futebol, concentrando as jogadas pelo lado direito do seu ataque, com o apoio constante do lateral Índio.
Mas os atacantes falharam muito nas finalizações. O segundo gol do Grêmio, que surgiu de uma falha de marcação da zaga do Goiás, praticamente acabou com o ímpeto dos goianos.
O Grêmio reforçou seu perfil defensivo no segundo tempo e contou com uma mais uma falha da defesa goiana para marcar o terceiro gol. O Goiás só conseguiu marcar seu gol nos descontos, quando não tinha mais chances de reverter o placar. (Folha de São paulo)
ZERO HORA “Contra o cerco: o meia Emerson, autor do segundo gol, enfrenta dois adversários ao tentar organizar um dos ataques do Grêmio” (Foto: Cacalos Garrastazu)
“Goiano de nascimento, era natural que Paulo Nunes fosse o mais visado pela torcida do Goiás. As brincadeiras protagonizadas por ele durante a semana ampliaram a fúria do adversário. Prometer um gol para a torcida do Vila Nova, o grande inimigo do Goiás, convenhamos, foi a superema provocação. O mais odiado dos últimos dias, o mais assediado durante o dia de ontem, o mais xingado a cada toque na bola. Paulo Nunes acabou cometendo também o supremo desaforo. Fez o “gol Vila Nova”, o terceiro do Grêmio, comemorou com a coreografia de uma música de Leandro e Leonardo, e mandou embora boa parte dos torcedores. Aquilo fora demais para eles.
“Todo o povo de Goiás está em meu coração”, afirmou ao final da partida, enquanto tentava livras-se da briga por sua camiseta que envolveu até integrantes do policiamento” (Eliziário Goulart Rocha, Zero Hora , 6 de dezembro de 1996)
ZERO HORA: “Disputa: Carlos Miguel fica prensado entre o goleiro Cléber (D) e o lateral Índio (E)” (Foto: Cacalos Garrastazu)
A voz embargada denunciava tudo aquilo que o técnico do Goiás, Paulo Gonçalves, procurava esconder depois da derrota de 3 a 1. Ainda perplexo com a a marcação implacável do Grêmio, Gonçalves estava desolado, sem esperanças em uma vitória por diferença de três gols no Estádio Olímpico. “Mas ainda faltam 90 minutos”, lembrou, desanimado.
Para o técnico goiano, predmoniou a experiência e o aspecto coletivo do Grêmio na partida. Ele enalteceu a a marcação exercida pelos gaúchos, principalmente no primeiro tempo, que anulou as investidas dos rápidos Lúcio e Evandro. “Nesse aspecto, o Grêmio é a melhor equipe do Brasil”, elogiou” (Zero Hora – 6 de dezembro de 1996)
“Na primeira cobrança de Arece a casa caiu. Aos 6 minutos, Émerson recuperou o primeiro de um balaio de passes errados do Goiás e sofreu falta de Índio. O goleiro Cléber colocou a barreira em um canto e foi para o outro. Foi um erro fatal. O paraguaio fez a bola colar na trave direita de Cléber. Era o 1 a 0.” (Zero Hora , 6 de dezembro de 1996)
Placar – O JOGO: O Goiás partiu para cima desde o início, acertando duas bolas na trave. Porém, esbarrou num adversário experiente e mortal nos contra-ataques. Muito bem armado pelo técnico Luiz Felipe e com Paulo Nunes em noite inspirada. (Placar)
Zero Hora – O jogo: O Grêmio entrou na semifinal com a vantagem de ser uma equipe mais madura que o Goiás. E isso foi fundamental. Eufóricos, os goianso foram surpreendidos pelo Grêmio e desmoronaram já no primeiro gol, em uma bela cobrança de Arce. A vitória de 3 a 1 no Serra Dourada garantiu a vaga na final.
GOIÁS: Kléber; Índio, Sílvio Criciúma, Richard e Augusto; Romeu, Reidner, Lúcio e Evandro; Alex (Maurílio 25 do 2º) e Dill (Jacques 25 do 2 º)
Técnico: Paulo Gonçalves
GRÊMIO: Danrlei; Arce, Rivarola, Adílson e Roger; Dinho, Goiano, Carlos Miguel (João Antônio 33 do 2º) e Émerson (Aílton intervalo); Paulo Nunes (Rodrigo Gral 30 do 2º) e Zé Alcino.
Técnico: Luis Felipe Scolari
Campeonato Brasileiro 1996 – Semifinal – jogo de ida
Data: 5 de dezembro de 1996, quinta-feira, 21h40min
Local: Serra Dourada em Goiânia
Público: 38.126
Renda: R$ 569.540,00
Juiz: Carlos Elias Pimentel (RJ)
Cartão Amarelo: Romeu, Lúcio, Dinho, Rodrigo Gral, Paulo Nunes, Aílton e Goiano
Gols: Arce aos 6 e Émerson aos 40 do 1º; Paulo Nunes 21 e Evandro 47 do 2º tempo
December 7, 2011 at 7:56 pm |
Arce fatal na falta. Danrlei milagreiro. Paulo Nunes fanfarrão.
December 8, 2011 at 1:58 pm |
3 a zero para nós, aos 49 do 2° tempo gol do goias, parece, que nossos jogadores iriam se pegar no cacete.Que diferença um time de homens, e esta boiolagem que tivemos que aguentar em 2011,rafael marques,rochembarg,douglas andre lima e outros,