Pouco antes do jogo começar, Renato, já na beira do campo, disse que seu time trataria de jogar quando tivesse a bola. E foi exatamente isso que o Grêmio fez. Desde o início da partida o tricolor parecia mais consciente em campo, tendo mais controle e mais volume de jogo. Claro que o domínio gremista também se explica pela falta de compactação e lentida na transição defensiva do Atlético, que praticamente atuou num 4-2-4. Os volantes gremistas, que sabem propor o jogo, raramente foram importundados pelos jogadores de frente do Galo, e por aí começou a vitória do Grêmio. Aos 29 minutos o Grêmio teve tempo para trocar passes e posiçoes no campo de ataque. Pedro Rocha inverteu seu posicionamento com Luan e correu pelo meio, entre os dois zagueiros do adverário para receber bom passe do capitão Maicon. Com um toque o camisa 32 tirou o zagueiro Gabriel da jogada e ficou cara a cara com Victor para fazer o 1×0. O Grêmio chegou a levar um susto na bola que Marcelo Grohe se obrigou a fazer grande defesa no chute de Junior Urso, mas o tricolor seguiu melhor e seguiu tendo as melhores chances.
O Atlético não conseguiu se reencontrar durante o intervalo e logo aos 9 minutos do segundo tempo o Grêmio chegou ao 2×0. Pedro Rocha aproveitou a falta batida rapidamente por Douglas, passou pelos zagueiros e mais uma vez tocou na saída de Victor. A breve reação do Galo passou mais pela injusta expulsão de Pedro Rocha (e pelo raro erro de Geromel que deixou Gabriel livre na área para marcar o 2×1) do que por uma melhora no futebol apresentado pelos mandantes. E os 45 minutos, Geromel arrancou pela ponta direita e cruzou para Everton fazer o 3×1, o que é um placar mais condizente com o que se viu durante os 90 minutos.
Renato foi muito lúcido e muito tranquilo na coletiva. Só discordei quando ele afirmou que a expulsão do Pedro Rocha foi justa. O juiz deixou de dar cartão em faltas muito mais duras do que a que rendeu o segundo amarelo para o Pedro Rocha.
Por falar na expulsão, gostei da postura dos demais atletas que foram pressionar o árbitro no momento em que ele mostrou o vermelho para Pedro Rocha.
O patrocínio da 4all quase passou despercebido, em compensação o da Havan ficou totalmente superdimensionado, maior do que o Banrisul. É pouco crível que as duas marcas tenham pago o mesmo valor para uma exposição tão diferente.
Muito legal o clima amistoso nas cercanias do Mineirão. Espero que isso se repita na Arena no dia 30.
Nunca é demais salientar que os três gols do Grêmio foram marcados por jogadores oriundos da categoria de base.
Fotos: Ramon Lisboa (Super Esportes), Lucas Uebel (Grêmio.net) e Jefferson Botega (Zero Hora)
Atlético-MG 1×3 Grêmio
ATLÉTICO-MG: Victor, Carlos César, Gabriel, Erazo e Fábio Santos; Leandro Donizete, Junior Urso (Marcos Rocha, 26’/2ºT), Cazares (Clayton, 13’/2ºT) e Maicosuel (Hyuri, 26’/2ºT); Robinho e Lucas Pratto
Técnico: Marcelo Oliveira
GRÊMIO: Marcelo Grohe, Edílson, Geromel, Kannemann e Marcelo Oliveira; Walace, Maicon, Ramiro (Jailson, 43’/2ºT), Douglas (Everton 35’/2ºT) e Pedro Rocha; Luan (Fred, 47’/2ºT)
Técnico: Renato Portaluppi
Copa do Brasil 2016 – Final – Jogo de ida
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte-MG
Data: 23 de novembro de 2016, quarta-feira, 21h40min
Público: 50.586 (47.944 pagantes)
Renda: R$ 4.082.175,00
Árbitro: Péricles Bassols (PE)
Assistentes: Rodrigo Henrique Correa (RJ) e Nadine Camara Bastos (SC)
Cartões amarelos: Gabriel, Hyuri; Edílson, Pedro Rocha, Marcelo Grohe
Cartão vermelho: Pedro Rocha, aos 21 minutos do 2º tempo
Gols: Pedro Rocha, aos 29 minutos do primeiro tempo, e aos nove minutos do segundo tempo. Gabriel, aos 36, e Everton, aos 45 minutos do segundo tempo