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Gauchão 1958 – Grêmio 4×1 Aimoré

February 3, 2023
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Foto: Correio do Povo

No Gauchão de 1958, o Grêmio venceu o Aimoré por 4×1 no Olímpico.

O jogo era válido pelo última rodada do segundo turno da fase citadina/metropolitana da competição, que tinha uma fórmula sui generis. 11 times, todas contra todos em turno e returno. Ao final disso, os 5 primeiros colocados fariam mais 4 rodadas entre si, somando os pontos dessa fase com a anterior.

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Foto: Correio do Povo

AIMORÉ FOI PRESA FÁCIL PARA O LÍDER: 4 X 1
Elton (2), Milton e Gessi marcaram para os vencedores e Marino para os vencidos — No segundo tempo foi absoluta a superioridade do Grêmio — Renda regular em sol escaldante: Cr$ 83.640,00

O Grêmio Pôrto Alegrense encerrou, com méritos, o 2.° turno do campeonato da cidade.

Levando de roldão ao bem preparado esquadrão do Aimoré, os tricolores evidenciaram, mais uma vez, que possuem todas as condições necessárias à conquista do tricampeonato metropolitano. Se, por momentos, no decorrer dos jogos, o onze do Estádio Olímpico parece fraquejar, subitamente vêmo-lo reunir energias e partir em busca de novos triunfos e de novas glórias.

Entendem-se muito bem os integrantes da equipe das três côres e o excelente preparo
físico dos seus atletas, aliado a vem sendo vontade férrea de vencer, a pedra de toque da sua brilhante campanha nas últimas temporadas.

Ainda anteontem, frente ao Aimoré, os gremistas, após contemporizarem com o adversário durante o 1.° tempo, voltaram, para o período derradeiro, com as energias intatas, ostentando bom preparo e, com relativa facilidade, foram marcando mais dois goals, que lhe assegurariam nítido triunfo.

Enquanto isso, os leopoldenses só foram time nos primeiros 45 minutos, quando jogaram de igual para igual e, por vezes, especialmente nos instantes que precederam a conquista do seu único tento, deram intenso trabalho aos defensores do Grêmio.

Na hora, porém, de prevalecer a melhor disposição, mostraram os visitantes não estarem devidamente preparados para aguentar o tirão, mormente sob um calor senegalesco, a coluna de mercúrio girando por volta dos 40 graus centígrados.

Venceu, pois, o melhor, o mais técnico e o mais resistente enquanto os vencidos apareceram apenas pelo entusiasmo, pela vibração e, principalmente, pela vontade de acertar. Um goal-relâmpago do Grêmio, logo aos dois minutos de ações, derrubou por terra as aspirações dos “índios”: Mourão cobrou uma falta, junto à área leopoldense, Gessi atrapalhou a Marinho, êste, com as duas mãos, deteve a trajetória da bola. O penalty, cobrado por Elton, colocou os tricolores em vantagem.

O Aimoré, que vinha jogando bem, na base de passes rasteiros e rápidos, principalmente entre a “tabelinha” Marino-Amaro, conseguiu empatar o cotejo, quando decorriam 31 minutos do tempo inicial: Marino chutou, rente ao chão, indo o couro se aninhar nas redes, pelo lado direito da meta de Germinaro.

Ainda nesse meio-tempo, o Grêmio aumentou para dois, aos 39 minutos, desta vez por intermédio de Gessi.

Coube ao Grêmio marcar mais dois goals, no 2º tempo: um aos23 minutos, de bonita feitura e de autoria do insider Milton, o outro, quando decorriam 37 minutos, por intermédio de Elton, ao receber uma centrada de Giovani.

Desarte, pela contagem convincente de 4 a 1, o Grêmio sagrou-se vencedor da pugna, aproximando-se, ainda mais, da. meta que vem colimando: a conquista do tricampeonato da cidade.

As equipes estiveram assim constituídas:
GREMIO – Germinaro; Orlando, Airton Mourao; Enio Rodrigues e Elton; Giovani, Gessi, Rudimar, Milton e Juarez.
AIMORÉ – Suli; Cido, Toruca e Afonso; Kim e Marinho; Darci, Marino, Amaro, Mujica e Gilberto.

Dirigiu o encontro o juiz Miguel Comesaña, que teve bom desempeho e, mais uma vez, fazendo praça dos seus sentimentos humanitários, paralisou a partida, no 2º tempo para que jogadores pudessem beber água e renovarem as energias, desgastadas com o calor insuportável da tarde de domingo.
A renda não correspondeu à expectativa: Cr$ 83.640,00.” (Correio do Povo, terça-feira, 30 de dezembro de 1958)

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TORUCA salvou um tento certo, após rápida investida da vanguarda gremista, que terminou com violento e certeiro chute de Gessy, que não aparece na foto, onde se vêem o arqueiro Suly, já vencido, o zagueiro “índio” rebatendo e Rudimar, Juarez e Cido na expectativa.” (Diário de Notícias)

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Fonte: Diário de Notícias

Gauchão 1958 – Grêmio 5×2 São José

January 29, 2023
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Foto: Correio do Povo

No Gauchão de 1958, o Grêmio venceu o São José no Passo d´areia por 5×2.

Interessante notar que as matérias transcritas abaixo sempre escalam o Grêmio num 3-2-5 (colocando Ênio Rodrigues no meio e Milton Kuelle no ataque) e não num 4-2-4.

Também é curiosa a reportagem do Diário de Notícias quando afirma que se registrou “pancadaria grossa” nas arquibancadas.

 

 


 

“GRÊMIO ACELERA SUA MARCHA RUMO AO TRI CAMPEONATO
Os tricolores ganhavam por 3 x 0, quando o São José fez dois goals, mexendo com a “abelheira”: então o escore subiu rapidamente para 5 x 2 — Grande renda — Arbitragem apenas regular de Mario Vecchio — Na preliminar os veteranos “zéquinhas ” perderam para o Lincoln: 1 x 0

O Grêmio Porto Alegrense provou à saciedade, domingo, que possui o melhor esquadrão da capital e que conta com reservas de energias suficientes para impor aos adversários os mais variados revezes. Dando combate no São José, no gramado do Passo da Areia e perante grande público, o onze tricolor jogou com as galas de autêntico campeão, de modo especial no período final, quando a reação zequinha parecia capaz de acabar com a pretensão dos líderes do certame. Foi exatamente a “virada” dos “santos” que possibilitou aos rapazes do Estádio Olímpico verdadeira demonstração de pujança e de espírito de luta, passando, rapidamente, de atacados a atacantes e conquistando mais dois goals magníficos, que lhes viriam dar esplendida vitória.

Jogou bens o S. José, sendo, mesmo, a ótima exibição dos seus defensores que possibilitou aos gremistas a prova provada de que, só mui dificilmente, poderão ser derrotados até o final deste movimentado campeonato de 58. É bem provável que os campeões não esperassem pela reação contraria, embora, desde o início da pugna, o S. José se mostrasse bens coordenado e com excelente disposição para a luta. Mas, quando o susto se aproximava da realidade, soube o Grêmio impor a sua maior classe e indiscutível categoria, para se adjudicar uns triunfo lídimo e altamente significativo.

Decorriam 10 minutos de ações, quando o placarde foi inaugurado: Silveira, ao segurar a Isola, depois de um corner da esquerda, cobrado por VI, viu-se forçado a largar o balão, ante a investida de Gessi e este último nada mais teve a fazer além de colocar o Grêmio em vantagem no marcador: 1 x 0.

O S. José não se deu par achado e passou a jogar de igual para igual, movimentando-se os seus defensores com entusiasmo e muita rapidez, a ponto de criar, por vezes, situações difíceis para a defensiva tricolor.

Um penalti, cobrado por Mario Vecchio com excesso de rigorismo, nos últimos instantes do 1.° tempo, veio favorecer ao Grêmio. Juarez entrou pela área, acossado por Osmar caiu, sem ser molestado pelo adversado, tendo o juiz assinalado o tiro máximo, que Elton converteu em goal.

Entretanto, o comece do 2.o tempo seria fatal para os zequinhas, porquanto, já no 3º minuto, Gessi, após uma defesa parcial de Silveira, obteve bonito tento, que parecia capaz de desconcertar à mais bem aparelhada defesa.

Os alvos, da sua parte, não esmoreceram e passaram a se valer do afrouxamento do sexteto gremista, passando a procurar avidamente o arco de Germinaro.

Foram bastante felizes os jogadores do Passo da Areia e Pinto, ao receber bom passe de Itamar, consignou o 1ºo goal do S. José, quando decorridas 32 minutos dessa fase.

O Grêmio titubeou um pouco, do que se valeu o clube do Passo da Areia, que, no 37.° minuto, obteve o seu 2.° goal, desta feita por intermédio de Tuta, que soube, aproveitar unia jogada lúcida de Gonzalez.

Foi, então, que o Grêmio mostrou-se dono de invejável controle e maior disposição, reagindo, de maneira fulminante, para Elton obter o 4.º goal, aos 38 minutos,

Não se satisfizeram os tricolores com o feito do seu centromedio e, ao apagar das luzes do cotejo – precisamente no 43.°minuto – Milton acolheu uma cabeçada de Juarez e fulminou o keeper zeqninha, estabelecendo o placarde definitivo de 5 x 2.
Estava selada a sorte do clube do Passo da Areia e assegurada nos defensores do Estadio Olímpico mais uma brecha para se infiltrarem à caça do tricampeonato da cidade, e quiçá, do Estado.

Os melhores do Grêmio Orlando, Elton, Airton, Gessi, Juarez e Milton, enquanto os zequinhas tiveram os seus melhoro mentos em Silveira, Maneca, Antônio, Itamar, Tuta e Pinto.

• Os quadros estiveram assim constituídos:

GREMIO – Germinaro, Orlando, Airton e Mourao, Elton e Ênio Rodrigues; VI, Gessi, Rudimar, Milton e Juarez.

S. JOSÉ – Silveira; Maneca, Osmar e Antonio; Louro e Itamar, Perereca, Tuta, Pinto, Jorge Farias Gonzalez.

Dirigiu o encontro o juiz Mário Vecchio, cuja arbitragem apenas pode ser taxada de regular, teve vários deslises durante o matche, merecendo a reprovação de torcedores dos dois bandos

Na preliminar, o Lincoln, do nosso futebol menor, por 1 x 0, derrotou os “aposentados” do S.José

A renda foi excelente: Cr$ 206.500,00.” (Correio do Povo, terça-feira, 9 de dezembro de 1958)

 

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LANCES QUE DECIDIRAM A PARTIDA

Dois lances fundamentais na peleja entre Grêmio e São José, que finalizou com o expressivo triunfo dos tricolores, pela contagem de 5 a 2. No primeiro, ao alto — registrou-se tento de abertura da contagem, por intermédio de Gessi, numa bola absolutamente legal, como demonstra a foto, no momento” em que Silveira, atropelado, deixou a pelota fugir de suas mãos; e no medalhão, a penalidade máxima indiscutível de Osmar em Juarez, que deu margem à conquista do gol número dois dos líderes. Agiu com precisão o Sr. Mário Vécchio nos dois lances que ora ilustramos, porque as fotos são provas de que s. s, nunca hesitou em cobrá-los e o fez com justiça.” (Diário de Notícias, 9 de dezembro de 1958)

 

Na fase final do embate entre Grêmio e São José pancadaria grossa registrou-se no pavilhão do Estádio do Passo da Areia. Motivo: quando o time Zequinha conquistou seu 2º tento, alguns espectadores (secadores) aplaudiram a reação e a torcida gremista revoltou-se, surgindo daí tumultos. A foto de José Alves registra uma das inúmeras cenas ocorridas no principal prélio da rodada domingueira.” (Diário de Notícias, 9 de dezembro de 1958)

 

Grêmio vencia fácil, levou um susto e acabou goleando o São José:5×2”(Jornal do dia, quarta-feira, 10 de dezembro de 1958)

 

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Juiz: Mário Vecchio
Auxiliares: Alfredo Belo e Guilherme Sroka