
Foto: Correio do Povo
No Gauchão de 1958, o Grêmio venceu o Aimoré por 4×1 no Olímpico.
O jogo era válido pelo última rodada do segundo turno da fase citadina/metropolitana da competição, que tinha uma fórmula sui generis. 11 times, todas contra todos em turno e returno. Ao final disso, os 5 primeiros colocados fariam mais 4 rodadas entre si, somando os pontos dessa fase com a anterior.

Foto: Correio do Povo
“AIMORÉ FOI PRESA FÁCIL PARA O LÍDER: 4 X 1
Elton (2), Milton e Gessi marcaram para os vencedores e Marino para os vencidos — No segundo tempo foi absoluta a superioridade do Grêmio — Renda regular em sol escaldante: Cr$ 83.640,00O Grêmio Pôrto Alegrense encerrou, com méritos, o 2.° turno do campeonato da cidade.
Levando de roldão ao bem preparado esquadrão do Aimoré, os tricolores evidenciaram, mais uma vez, que possuem todas as condições necessárias à conquista do tricampeonato metropolitano. Se, por momentos, no decorrer dos jogos, o onze do Estádio Olímpico parece fraquejar, subitamente vêmo-lo reunir energias e partir em busca de novos triunfos e de novas glórias.
Entendem-se muito bem os integrantes da equipe das três côres e o excelente preparo
físico dos seus atletas, aliado a vem sendo vontade férrea de vencer, a pedra de toque da sua brilhante campanha nas últimas temporadas.Ainda anteontem, frente ao Aimoré, os gremistas, após contemporizarem com o adversário durante o 1.° tempo, voltaram, para o período derradeiro, com as energias intatas, ostentando bom preparo e, com relativa facilidade, foram marcando mais dois goals, que lhe assegurariam nítido triunfo.
Enquanto isso, os leopoldenses só foram time nos primeiros 45 minutos, quando jogaram de igual para igual e, por vezes, especialmente nos instantes que precederam a conquista do seu único tento, deram intenso trabalho aos defensores do Grêmio.
Na hora, porém, de prevalecer a melhor disposição, mostraram os visitantes não estarem devidamente preparados para aguentar o tirão, mormente sob um calor senegalesco, a coluna de mercúrio girando por volta dos 40 graus centígrados.
Venceu, pois, o melhor, o mais técnico e o mais resistente enquanto os vencidos apareceram apenas pelo entusiasmo, pela vibração e, principalmente, pela vontade de acertar. Um goal-relâmpago do Grêmio, logo aos dois minutos de ações, derrubou por terra as aspirações dos “índios”: Mourão cobrou uma falta, junto à área leopoldense, Gessi atrapalhou a Marinho, êste, com as duas mãos, deteve a trajetória da bola. O penalty, cobrado por Elton, colocou os tricolores em vantagem.
O Aimoré, que vinha jogando bem, na base de passes rasteiros e rápidos, principalmente entre a “tabelinha” Marino-Amaro, conseguiu empatar o cotejo, quando decorriam 31 minutos do tempo inicial: Marino chutou, rente ao chão, indo o couro se aninhar nas redes, pelo lado direito da meta de Germinaro.
Ainda nesse meio-tempo, o Grêmio aumentou para dois, aos 39 minutos, desta vez por intermédio de Gessi.
Coube ao Grêmio marcar mais dois goals, no 2º tempo: um aos23 minutos, de bonita feitura e de autoria do insider Milton, o outro, quando decorriam 37 minutos, por intermédio de Elton, ao receber uma centrada de Giovani.
Desarte, pela contagem convincente de 4 a 1, o Grêmio sagrou-se vencedor da pugna, aproximando-se, ainda mais, da. meta que vem colimando: a conquista do tricampeonato da cidade.
As equipes estiveram assim constituídas:
GREMIO – Germinaro; Orlando, Airton Mourao; Enio Rodrigues e Elton; Giovani, Gessi, Rudimar, Milton e Juarez.
AIMORÉ – Suli; Cido, Toruca e Afonso; Kim e Marinho; Darci, Marino, Amaro, Mujica e Gilberto.Dirigiu o encontro o juiz Miguel Comesaña, que teve bom desempeho e, mais uma vez, fazendo praça dos seus sentimentos humanitários, paralisou a partida, no 2º tempo para que jogadores pudessem beber água e renovarem as energias, desgastadas com o calor insuportável da tarde de domingo.
A renda não correspondeu à expectativa: Cr$ 83.640,00.” (Correio do Povo, terça-feira, 30 de dezembro de 1958)

“TORUCA salvou um tento certo, após rápida investida da vanguarda gremista, que terminou com violento e certeiro chute de Gessy, que não aparece na foto, onde se vêem o arqueiro Suly, já vencido, o zagueiro “índio” rebatendo e Rudimar, Juarez e Cido na expectativa.” (Diário de Notícias)
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Fonte: Diário de Notícias