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Brasileirão 1995 – Grêmio 2×1 São Paulo

February 12, 2021

Foto: José Doval (Zero Hora)

 

É fácil verificar algumas semelhanças entre esse próximo Grêmio Vs São Paulo e o confronto pelo Brasileirão de 1995. Nas duas ocasiões o jogo era o antepenúltimo compromisso do Grêmio no Campeonato Brasileiro. Em 1995, assim como hoje, o Grêmio estava com seu foco voltado para uma outra decisão.

Um elemento marcante daquele jogo foi um embate entre Felipão e Telê Santana. Na época o técnico são-paulino era também colunista da Folha de São Paulo e, antes das finais da Copa do Brasil, escreveu queO Grêmio, em certas ocasiões, mostra-se uma equipe desleal” e que “o time gaúcho é um reflexo do Luiz Felipe, seu treinador. Na época em que ele era jogador, sempre foi considerado um atleta violento. Tinha pouca técnica e fazia muitas jogadas agressivas.” Meses depois, Felipão respondeu em uma entrevista para Placar, apontando para a hipocrisia do seu acusador: “Telê não olha o próprio rabo. Quando era do Grêmio, em 1977, ele contratou o Oberdã só para dar porrada.

 

Foto: José Doval (Zero Hora)

 

LUIZ FELIPE LEVA A MELHOR NO DUELO COM TELÊ SANTANA

Desde a disputa pela Copa do Brasil, no primeiro semestre deste ano, Luiz Felipe tem sido criticado pelo técnico Telê Santana, do São Paulo. “Ele incita os seus jogadores à violência”, insiste Tele. Sábado, no Estádio Olímpico, vencer os paulistas era uma questão de honra para o treinador gremista. O Grêmio não fez um bom primeiro tempo, chegou a estar perdendo por 1 a 0, mas ao final da partida Luiz Felipe deixou o gramado de cabeça erguida, amparado na vitória de 2 a 1. Além da derrota, Telê não pode evitar a ironia do destino. O São Paulo fez 18 faltas, apenas duas a menos que o Grêmio, e ainda teve um jogador expulso por excesso de violência.

A tarde ensolarada de sábado levou mais de 10 mil pessoas ao estádio. Eufóricos com o clima de acerto de contas entre Luiz Felipe e Telê, os torcedores não resistiram e vaiaram o técnico do São Paulo toda a vez que o polêmico treinador deixou o banco de reservas para passar instruções aos jogadores.

Preocupado com a alta velocidade das jogadas, Luiz Felipe pedia mais atenção no meio-campo e na zaga, que perdiam o confronto com Cláudio, Almir e Sierra. Em 12 minutos de jogo, o Grêmio levou perigo ao gol de Rogério duas vezes, enquanto o São Paulo perdia uma boa chance. O time de Tele desperdiçou a primeira oportunidade, mas foi fulminante na segunda, aos 17 minutos: aparando um cruzamento baixo do lateral Cláudio, o atacante Luciano colocou no canto esquerdo de Danrlei. Cinco minutos mais tarde, Arilson empatou cobrando falta, mas o inseguro árbitro Jose Rabelo anulou o gol, alegando toque de mão. Pouco depois, Rabelo voltou a anular um gol, desta vez aquele que seria o segundo de São Paulo, por falta na defesa.

Com 10 homens em campo – Bordon foi expulso por fazer falta violenta em Carlos Miguel – o São Paulo voltou mais cauteloso, para a etapa final. Levado pela torcida, o time de Luiz Felipe mostrou determinação para buscar o empate, com ataques sucessivos. À insistência foi recompensada com uma falta sobre Paulo Nunes, dentro da área: pênalti. À torcida pediu que Dinho cobrasse: O volante chutou com força e empatou. Luiz Felipe começava a derrubar Telê Santana do alto do pedestal.

A 18 minutos do final da partida, Jardel, como de hábito, subiu mais que a defesa adversária e marcou: 2 a 1. Lume Felipe se vingou das provocações de Telê Santana com uma vitória de virada e o Grêmio subiu para 16 pontos no segundo turno e 28 na classificação geral. Agora, livre definitivamente da ameaça de rebaixamento, o time passa a pensar apenas em Tóquio.” (Zero Hora, segunda-feira, 13 de novembro de 1995)

OS DESEMPENHOS (Zero Hora, 13 de novembro de 1995)
GRÊMIO SÃO PAULO
Conclusões a gol 9 6
Escanteios cedidos 5 8
Faltas cometidas 20 18
Impedimentos sofridos 4 6

ADÍLSON É APROVADO E GARANTE A SUA VAGA

O zagueiro Adilson voltou ao time do Grêmio sábado, depois de um longo período longe dos gramados. Operado de um grave problema de coluna, o capitão gremista fez uma exibição cautelosa diante do São Paulo. O  suficiente entanto, para provar que estará em condições para a decisão do Mundial Interclubes contra o Ajax, dia 28.

 Adilson só jogou a segunda etapa. Entrou no lugar de Luciano para dar mais segurança ao setor defensivo do time. Além disso, Adilson tem uma missão importante no esquema de Luiz Felipe. Com ele na equipe, Dinho e Goiano não precisam recuar para dar início à jogada. O próprio zagueiro se encarrega de sair com a bola dominada e distribui-la para o meio-campo. “Isso deixa a equipe mais adiantada e, em consequência, melhora a marcação”, disse Adilson, logo depois da partida.

A torcida gremista que compareceu ao estádio sábado não viu o Adilson vigoroso e campo.  Mesmo assim, o zagueiro mostrou habilidade. O capitão do Grêmio aparou a bola no peito, deu um “chapéu” sobre um adversário, fez lançamentos e comandou a defesa e o meio-campo. Nof inal do jogo, foi muito aplaudido. “Quero agradece o carinho dos torcedores com uma grande vitória em Tóquio”, disse. “Em toda a minha carreira, nunca recebi tanto apoio de um clube e de uma torcida como neste período aqui no Grêmio.” (Zero Hora, segunda-feira, 13 de novembro de 1995)

 

“A boa fase do Grêmio, com a vitória de virada no Olímpico, foi suficiente para convencer até o técnico Telê Santana, do São Paulo, sobre as condições em que se encontra o bicampeão da Copa Libertadores, duas semanas antes da decisão em Tóquio. Telê não economizou elogios ao Grêmio. ” O sistema de marcação é muito bom, com dois zagueiros firmes, dois volantes de contensão e dois meias criativos, mas também um atacante rápido, o Paulo Nunes, que cria condições para um atacante perigoso, o Jardel, um ótimo cabeceador”, resumiu. Telê ressaltou que o Grêmio não têm destaques individuais e o que prevalece é o senso coletivo. “Isso que o Arce, que faz as jogadas para o Jardel, não atuou” (Zero Hora, segunda-feira, 13 de novembro de 1995)

 

Foto: José Doval (Zero Hora)

 

SÃO PAULO PERDE PARA GRÊMIO E FICA EM 7º

O São Paulo perdeu para o Grêmio por 2 a 1, ontem, em Porto Alegre (RS), e ficou em situação muito ruim na luta por uma vaga nas semifinais do Brasileiro.
O time está em sétimo no Grupo B, com sete pontos em sete jogos. O Grêmio lidera o Grupo A, com 16 pontos, ao lado do Corinthians, mas com três jogos a mais.
O São Paulo marcou o primeiro gol aos 16min. O lateral Cláudio cruzou da direita e Luciano mergulhou para cabecear.
Ainda no primeiro tempo, o juiz Jorge Rabelo anulou dois gols: um do Grêmio, aos 22min -Arílson bateu falta e Goiano teria tocado com a mão na bola-, e um do São Paulo, aos 29min -Pedro Luiz marcou após escanteio, mas foi marcada falta de Edmílson.
Aos 34min, o zagueiro Bordon, que já tinha um cartão amarelo, foi expulso.
No segundo tempo, o Grêmio conseguiu o empate aos 14min, por meio de um pênalti cobrado por Dinho. Aos 19min, o goleiro Rogério evitou de forma espetacular um gol de cabeça de Arílson, mas, aos 27min, Alexandre cruzou e Jardel cabeceou, na pequena área, para marcar o segundo gol.” (Folha de São Paulo, domingo, 12 de novembro de 1995)

GRÊMIO FESTEJA DERROTA DE TELÊ
O Grêmio já havia conseguido o que queria no Campeonato Brasileiro: afastar o risco de rebaixamento para a segunda divisão.
Anteontem, no entanto, o técnico Luiz Felipe e seus jogadores deram à vitória sobre o São Paulo a importância de um desabafo há muito desejado.
“Foi um ‘cala-boca’ para o Telê Santana, que passou todo o primeiro semestre dizendo que nosso time era violento e que só sabia vencer batendo no adversário”, disse o volante Dinho.
“O meu gol foi o ‘gol São Paulo’, para quem fala muito, mas não ganha nenhum título”, disse o atacante Jardel.
O técnico Luiz Felipe foi irônico: “Eles dizem que nós batemos, que somos indisciplinados. Acho que este São Paulo que perdeu para nós e que bateu o tempo todo não é o time do Telê, deve ser o time treinado pelo Muricy (auxiliar de Telê)”.
A exemplo dos jogadores do São Paulo, os do Grêmio também se queixaram da arbitragem de Jorge Rabelo. “Ele anulou um gol nosso e um gol deles. Foi muito mal”, disse Paulo Nunes.” (Léo Gerchmann, Folha de São Paulo, segunda-feira, 13 de novembro de 1995)

“O volante Alemão disse que o São Paulo foi “roubado”.
“O Luiz Felipe (técnico do Grêmio), mesmo assim, conseguiu ser mais decepcionante que o juiz. Sabia que eu tinha cartão amarelo e mandou o Arílson me provocar”, afirmou Alemão. Para ele, esse tipo de recomendação é “coisa de mau caráter” (Folha de São Paulo, segunda-feira, 13 de novembro de 1995)

 

Foto: José Doval (Zero Hora)

 

“O JOGO: O Grêmio teve a domínio da partida, mas a zaga demonstrava insegurança no primeiro tempo. No segundo tempo, os gaúchos atacaram mais e as paulistas procuraram se defender.” (Placar, Tabelão 95 n.º 10)


https://i.imgur.com/nKHXmks.png

Grêmio 2×1 São Paulo

GRÊMIO: Danrlei; Wágner Fernandes (Alexandre), Rivarola, Luciano (Adílson) e Roger; Dinho, Goiano, Arílson e Carlos Miguel; Paulo Nunes (Magno) e Jardel
Técnico: Luiz Felipe Scolari

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Cláudio, Pedro Luiz, Bordon e André; Alemão, Edmílson, Sierra (Gilmar) e Aílton; Almir (Alexandre) e Luciano
Técnico: Telê Santana

Campeonato Brasileiro 1995 – Segunda Fase – 7ª Rodada
Data: 11 de novembro de 1995, sábado, 16h00min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre, RS
Público: 10.298 (7.008 pagantes)
Renda: R$ 69.255,00
Juiz: Jorge Fernando Rabelo (RJ)
Cartões amarelos: Aílton, Pedro Luiz, Alemão, Gilmar e André (SP); Carlos Miguel, Paulo Nunes e Roger (G)
Cartão vermelho: Bordon, aos 38 minutos do 1º tempo
Gols: Luciano, aos 16min do primeiro tempo; Dinho (de pênalti), aos 14 minutos, e Jardel, aos 27 minutos do segundo tempo

1995 – Três meias diferentes nas três finais em casa

December 26, 2020

 

Uma curiosidade da temporada de 1995 é que o Grêmio jogou com três tipos diferentes de meias brancas nas três finais que fez em casa.

A mais peculiar foi a usada na partida de volta contra o Corinthians na final da Copa do Brasil. Elas foram usadas algumas vezes pelos goleiros nas partidas de Libertadores. Os jogadores de linha usaram ela no jogo contra o Flamengo pela Copa dos Campeões Mundiais (na qual Renato jogou um tempo pelo tricolor).

Como são poucos os jogos, são poucas as imagens e eu não consigo ter certeza do desenho. Suponho que esteja escrito Grêmio por cima da faixa preta da parte superior da meia, mas pode ser que esteja escrito Penalty e pode ser que fossem apenas listras.

 

Foto: Mauro Vieira (Folha de São Paulo)

 

Na final do Gauchão, o time usou a meia branca com listras pretas e azuis na parte de cima, com o logo da Penalty em branco. Essa meia já foi usada na campanha da Copa do Brasil de 1993 (por isso o tom de azul é bem mais escuro). Vale lembrar que essas meias também foram usadas nos jogos contra o Olimpia na Libertadores.

Foto: Placar

 

E na final da Libertadores foi usada a meia toda branca, com apenas o distintivo do Grêmio e escrito Penalty logo abaixo. Era meia que foi na maioria dos jogos da Copa do Brasil de 1994 e que era vendida para o público em geral.

Fonte: Zero Hora

Brasileirão 1995 – Grêmio 2×1 Vasco

December 4, 2020

Foto: Paulo Franken (Zero Hora)

No Brasileirão de 1995, o Grêmio venceu em casa o Vasco por 2 a 1, num dos seus último compromissos antes de enfrentar o Ajax no Mundial.

É interessante notar que as crônicas da Zero Hora e do Jornal do Brasil transcritas abaixo, bem como o infográfico da Placar, afirmam que Jardel marcou seu 45º gol na naquela temporada, superando a marca de Baltazar em 1980.

Ocorre que nenhuma dessas afirmativas é verdadeira. Jardel teve um gol erroneamente atribuído a ele, que na realidade foi marcado por Jacques (Jardel sequer entrou em campo na vitória do Grêmio contra o El Nacional, no Olímpico, pela Libertadores).

Jardel viria a fazer o seu gol de número 45 seis dias depois contra o São Paulo, mas com isso ele apenas empatou com Baltazar, que segundo diversas fontes, fez o mesmo número de gols na temporada de 1980.

Foto: Zero Hora

 

“GRÊMIO VENCE E DEIXA O GRUPO DE RISCO
O campeão da Libertadores pode vender Arílson depois da decisão de Tóquio por US$ 3,2 milhões

O domingo de verão em Porto Alegre foi aproveitado pela torcida do Grêmio para comemorar a vitória de 2 a 1 sobre o Vasco, no Estádio Olímpico, e a pontuação necessária para garantir a permanência na primeira divisão do campeonato Brasileiro. O Grêmio soma 25 pontos na classificação geral e elimina a possibilidade de rebaixamento. A partir de hoje o bicampeão da América passa a se preparar com mais tranquilidade para a decisão do Mundial interclubes, dia 28, contra o Ajax, em Tóquio. Talvez o último jogo do habilidoso meia-esquerda Arilson no Grêmio, praticamente vendido por US$ 3,2 milhões ao clube alemão Kaiserslautern.

O time carioca sentiu por que os atacantes Paulo Nunes e Jardel e o meia Arilson estão nos planos de equipes europeias e japonesas. Aos cinco minutos, Carlos Miguel lançou Arilson. O cruzamento foi desviado pelo goleiro Carlos Germano, mas o oportunista ponta Paulo Nunes concluiu no canto esquerdo e fez 1 a 0.

A disposição’) e a habilidade de Arilson, 22 anos, é que levaram os dirigentes do Kaiserslautern assistir a vídeos do Grêmio e mandar o seu gerente Rainer Geye conversar com o presidente -Fábio Koff. O dirigente gremista estipulou o preço em US$ 3,2 milhões. Geye voltou para a Alemanha, mas telefonou avisando que pode fechar o negócio até a próxima quinta-feira. “Mas Arilson joga na decisão com o Ajax”, garantiu Koff.

No segundo tempo, o técnico Luiz Felipe retirou Paulo Nunes, Arilson e Roger. O treinador colocou Magno, Nildo e Mancini. Manteve Jardel. Aos 40 minutos, o centroavante esperou Magno driblar três adversários e colocou no canto direito. Foi o 45º gol de Jardel na temporada, um a mais que o recorde de Baltazar e o primeiro contra o seu ex-clube. Enquanto comemorava Leonardo fez o único gol do Vasco.” (Álvaro Laranjeira, Zero Hora, segunda-feira, 6 de novembro de 1995)

O DESEMPEHO DAS EQUIPES (Zero Hora, 6 de novembro de 1995)
GRÊMIO VASCO
Conclusões a gol 16 16
Escanteios cedidos 3 5
Faltas cometidas 24 16
Impedimentos 2 1

OS PRINCIPAIS MOMENTOS
PRIMEIRO TEMPO

4min – Zinho cruza, Marcelo cabeceia fraco, sem perigo para o gol de Murilo

5min – O meia Arilson cruza, o goleiro Carlos Germano rebate para o lado e o ponta Paulo Nunes faz, de pé direito, 1 a 0 para o Grêmio.

7min – Marcelo dribla o zagueiro-central Luciano e chuta forte, mas desviado

14min – O centroavante do Vasco, Valdir, recebe na área e chuta. Murilo segura.

22min – O atacante Marcelo tenta acertar o ângulo esquerdo, mias Murilo espalma a bola e impede o gol do time carioca

26min – O arbitro Marcio Resende anula um gol do meia Carlos Miguel ao marcar uma falta anterior no centroavante Jardel

30min – O meia Padrinho cobra falta no ângulo e Murilo faz outra defesa

19min – Goiano domina um rebote e bate com força, mas muito alto

SEGUNDO TEMPO
3min – Arílson faz o passe e Jardel erra o gol na frente de Carlos Germano.

6min – Tabela de Pimentel, Valdir e Marcelo finaliza próximo do canto direito.

30min – O meia Carlos Miguel não consegue concluir ao lado da trave direita.

32min – Marcelo chuta na entrada da área, a bola bate trave esquerda e Murilo segura.

33min – O zagueiro Alex cabeceia dentro da área e coloca fora, pelo lado esquerdo.

34min – Magno lança Jardel, que dribla Alex e cruza. Pimentel salva

40min – Magno dribla três adversários e deixa Jardel concluir no canto direito: 2 a 0.

42min – O atacante Leonardo surpreende a defesa gremista e toca no canto esquerdo de Murilo, marcando para o Vasco: 2 a 1

45min – Magno passa por um zagueiro e acera o chute na trave direita.” (Zero Hora, segunda-feira, 6 de novembro de 1995)

 

Foto: Paulo Franken (Zero Hora)

 

“GRÊMIO DERROTA VASCO E FOGE DO REBAIXAMENTO
O Grêmio venceu o Vasco por 2 a 1 ontem à tarde no estádio Olímpico, em Porto Alegre.
Com isso, o time chegou aos 13 pontos ganhos e afastou o risco de rebaixamento à segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
Paulo Nunes abriu o placar, aos 5min, em rebote do goleiro Carlos Germano.
O Vasco teve dificuldade para entrar na área do Grêmio e somente arriscava em chutes de fora da área.
O segundo tempo começou num ritmo forte, com Jardel perdendo boa chance logo no primeiro minuto.
O Grêmio retomou o seu ritmo de jogo e, aos 42min, Jardel fez 2 a 0 após uma boa jogada de Magno. Um minuto depois, após tabelar com Valdir, Leonardo fez o único gol do Vasco.
Arílson confirmou após o jogo que poderá ser vendido ao Kaiserlautern, da Alemanha, por US$ 3,2 milhões.” (Carlos Alberto Fruet, Folha de São Paulo, segunda-feira, 6 de novembro de 1995)

 

O JOGO: O Grêmio atuou melhor que o Vasco e poderia ter vencido com uma diferença maior de gols. O time carioca tentou alguns ataques, mas perdeu o duelo pelo domínio do meio-campo.” (Tabelão Placar 1995 – n.º 10, página 206)

 

Foto: Jornal do Brasil

“VASCO, DERROTADO, AGORA DIVIDE A LIDERANÇA
Apesar da luta, time perde de 2 a 1 para o Grêmio, num jogo em que Jardel registra recorde de gols por temporada no Grêmio

PORTO ALEGRE — O Vasco bem que lutou, sob um calor carioca de 40 graus no Estádio Olímpico, mas não conseguiu evitar que o Grêmio, em sua 91ª partida da temporada, vencesse o jogo de ontem, por 2 a 1, gols de Paulo Nunes e Jardel, descontando Leonardo. O resultado impediu que o Vasco continuasse isolado na liderança do Grupo B, que agora divide com Fluminense, Goiás e Atlético, e permitiu que o Grêmio mantivesse a primeira posição no Grupo A, embora com três jogos a mais em relação aos outros concorrentes.

A atração maior da partida era a presença dos dois artilheiros, Valdir e Jardel. Mas ambos foram muito bem marcados e tiveram poucas chances. Brilhou mais a estrela do matador Jardel, que aos 40 do segundo tempo conseguiu fazer seu “gol-arrependimento” contra o clube que não acreditou no seu potencial no início da carreira. E com o pé, para provar que não é só goleador de cabeça. Após concluir para as redes, Jardel saiu correndo para a torcida, gritando “45, 45”, referindo-se ao novo recorde de 45 gols numa temporada no Grêmio. Levou cartão amarelo pela longa comemoração, mas tudo bem.

O calor era tão forte que até os vascaínos reclamavam. O mormaço prejudicou a movimentação dos dois times, mas para alegria dos torcedores, os dois ataques produziram muitos lances de perigo. Logo aos 5 minutos, Arilson cruzou da esquerda, o goleiro Carlos Germano defendeu parcialmente e Paulo Nunes completou para fazer 1 a 0. O susto inicial passou e o Vasco começou a reagir numa sucessão de jogadas em que o destaque era Marcelo

Mas a bola não entrava. O goleiro Murilo brilhava, como aos 23m, quando Marcelo tentou encobri-lo e o goleiro desviou para córner. Aos 27m, Jardel driblou três, foi derrubado e a bola sobrou para Carlos Miguel, impedido, concluir para as redes. O juiz acertou marcando a primeira falta e anulando o gol. A torcida reclamou, mas o árbitro estava certo neste lance, embora tenha errado muito em outros. Pedrinho, cobrando falta aos 30m, quase empatou: chutou no ângulo, mas lá estava Murilo.

No segundo tempo, os lances de gol se alternavam, com boas defesas dos goleiros. Marcelo mandou uma bola na trave de Murilo aos 37m. mas numa bela jogada de Magno, driblando todo mundo, aos 40m. Jardel praticamente definiu o jogo, fazendo 2 a 0. Nem assim o Vasco se entregou. Aos 42m. Leonardo descontou para o Vasco, que continuou forçando, em busca do empate. O juiz prolongou a partida até os 48m, para desespero dos gremistas, mas o placar ficou mesmo em 2 a 1. Mas que o Vasco assustou no fim, assustou.” (José Mitchell, Jornal do Brasil, segunda-feira, 6 de novembro de 1995)

TIME PÕE CULPA NO AZAR

Azar. Foi a palavra mais citada no vestiário do Vasco da Gama, após a derrota de 2 x 1 para o Grêmio, em que os jogadores não acertaram a conclusão das jogadas e até a trave salvou o time gaúcho. “‘Eles tiveram a sorte de fazer o gol logo aos cinco minutos, mas depois nós reagimos. Mas tudo bem, continuamos vivos e com chances de vencer o segundo turno”, analisou o técnico Zanata.

Um dos que mais se lamentava era o centroavante Marcelo, que teve boa atuação, mas não acertou o pé, “Tentei de tudo, mas a bola não entrou”. O zagueiro Ricardo Rocha lamentou a jogada de Magno no fim, que terminou com o gol de Jardel. “Marcamos ele todo o tempo, não deu uma única cabeçada com perigo e num lance isolado, ele marcou”.

O apoiador Charles estava chateado com a bobeira da defesa no gol de Jardel, mas não desanimou. Valdir, artilheiro do Vasco, foi muito bem marcado pela defesa do Grêmio na partida de ontem e pouco conseguiu de útil em termos ofensivos “Isso acontece. Vamos para a próxima”. disse o cabeça-de-área, o mais alegre no vestiário, não pelo jogo, mas pela convocação para a Seleção Brasileira: “Não sai magoado do Flamengo, mas essa convocação representa a volta por cima”.

Grêmio — No vestiário do Grêmio, o mais feliz era Arilson. Ele comemorava o fato de ter sido escolhido um dos melhores em campo e vibrava com a apresentação a seleção brasileira hoje. Sorrindo, desconversava sobre sua venda praticamente acertada ao Kaiserlautern, da Alemanha, por USS 3.2 milhões, conforme negociação confirmada ontem pelo presidente Fábio Koff, e que será concretizada após a final do Mundial Interclubes contra o Ajax, no Japão, no próximo dia 28. “Cumpri minha promessa”, brincou, alegre, Jardel, sobre o gol contra seu ex-clube.” (Jornal do Brasil, segunda-feira, 6 de novembro de 1995)

Foto: Ricardo Chaves (Zero Hora)

Grêmio 2×1 Vasco

GRÊMIO: Murilo; André Vieira, Luciano, Scheidt e Roger (Nildo); Dinho, Goiano, Arilson (Vágner Mancini) e Carlos Miguel, Paulo Nunes (Magno) e Jardel
Técnico: Luiz Felipe Scolari

VASCO: Carlos Germano; Pimentel, Alex, Ricardo Rocha e Zinho; Charles. Nelson (Richardson), Pedrinho e Juninho (Leonardo); Valdir e Marcelo
Técnico: Zanata

Brasileirão 1995 – Segundo Turno
Data: 5 de novembro de 1995, domingo
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre-RS
Público: 5.075 pagantes
Renda: RS 49.201,00
Árbitro: Márcio Rezende de Freitas
Auxiliares: Márcio Antônio Lima e Herbert Andrade
Cartões amarelos: Luciano, Jardel, Zinho, Alex e Marcelo
Gols: Paulo Nunes, aos 5 minutos do primeiro tempo; Jardel, aos 41 minutos e Leonardo, aos 42 minutos do segundo tempo

Brasileirão 1995 – Grêmio 1×2 Goiás

November 30, 2020

Foto: Paulo Franken (Zero Hora)

 

No Brasileirão de 1995, o Grêmio chegou até esse confronto numa situação interessante, na primeira posição do Grupo A no returno. Aqui é necessário fazer a ressalva que o Grêmio teve três jogos adiantados, então sua liderança se dava por pontos, e não por aproveitamentos.

O Grêmio vinha de uma eliminação na Supercopa, mas numa sequência de três vitórias no Brasileirão. Isso fez com que alguns atletas pedissem que fosse utilizada força máxima nessa partida, o que foi prontamente rechaçado por Felipão, sob o argumento de que “o momento agora não é de correr riscos, mas de pensar no time do Ajax”.

Com apenas dois titulares iniciando a partida o Grêmio foi derrotado pelo Goiás, e terminou a rodada atrás do Botafogo, que viria a garantir a vaga nas semifinais (e posteriormente o título da competição).

 

O JOGO: O Grêmio entrou em campo com um time reserva, que falhou na zaga e foi incompetente no ataque. Depois de acertar duas vezes a trave, o Goiás fez o segundo gol no último minuto.” (Placar, Tabelão 95 n.º 10)

 

GRÊMIO PERDE PARA O GOIÁS NO FIM DO JOGO
A partida teve um baixo nível técnico, mas apesar da derrota o time continua na liderança do grupo

 
Numa tarde-noite calorenta, Grêmio e Goiás fizeram uma partida de baixo nível técnico no Estádio Olímpico. 0 time de Hélio dos Anjos superior e venceu a partida por 2 a 1. Apesar do resultado, O Grêmio permanece na liderança do Grupo A, com 13 pontos. A vitória do Goiás foi ruim para o Inter. Agora, a equipe de Goiânia sobe para 13 pontos —cinco a mais que o colorado — e assume o primeiro lugar no Grupo B.

 
Parte dos 2.280 torcedores que assistiram à partida deixou o Estádio Olímpico no intervalo. Durante os primeiros 45 minutos as duas equipes fizeram um jogo insosso, sofrível. A um minuto do segundo tempo, a defesa do Grêmio falhou e Marcão abriu o placar para o Goiás. Luiz Felipe sacou Ranielli do time e colocou o titular Carlos Miguel com a incumbência de armar os lances de frente. Aos 13 minutos, Carlos Miguel lançou Emerson para empatar a partida: 1 a 1. Logo depois do gol, o volante entrou no lugar de André Vieira. Aos 45 minutos, Magrão aproveitou nova falha zaga gremista e deu a vitória ao Goiás.

 
A diretoria do Grêmio entregou a polícia uma fita de vídeo RBS TV com imagens de 17 torcedores gremistas apedrejando um ônibus da empresa Trevo que levava torcedores do Inter ao Beira-Rio, domingo, para assistir ao jogo com o Flamengo. Os agressores foram identificados e punidos pelo Grêmio. Agora, todos deverão responder ao processo criminal que será instalado pela 3ª Delegacia de Polícia da Capital.” (Zero Hora, quinta-feira, 9 de novembro de 1995)

GRÊMIO: Murilo; Andre Vieira (Dinho 14 do 2ºT), Vagner Fernandes, Scheidt e Roger; Luís Carlos Goiano , Carlos Alberto (Vagner Mancini 26 do 2ºT), Emerson e Ranielli (Carlos Miguel, intervalo); Magno e Nildo
Técnico: Luiz Felipe Scolari

GOIÁS: Clemer; Edinan, Marcio, Richard e Augusto; Romeu (Zé Teodoro 23 do 2º), Adriano (Guara, intervalo), Wallace e Edson Pezinho; Magrao e Batistinha
Técnico: Hélio dos Anjos

Brasileirão 1995 – Segundo Turno – 6ª Rodada
Data: 8 de novembro de 1995, quarta-feira, 19h00min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre, RS
Público: 2.280 (1.029 pagantes)
Renda: R$ 9.453,00
Juiz: Claudio Vinicius Cerdeira (RJ)
Cartão amarelo: Augusto e Ranielli
Gols: Magrao aos 2 minutos, Emerson aos 13 e Magrão aos 45 minutos do 2º tempo

Brasileirão 1995 – Bahia 1×0 Grêmio

September 9, 2020
Foto: A Tarde

Foto: A Tarde

 

No Brasileirão de 1995, o Grêmio foi derrotado pelo Bahia em Salvador, na primeira rodada do segundo turno da competição.

O interessante é que o gramado da Fonte Nova havia sido usado menos de 24 horas antes, no amisto entre Brasil x Uruguai.

GRÊMIO PERDE DE NOVO E CONTINUA AMEAÇADO

O campeão da Libertadores terminou a partida com nove jogadores e não conseguiu evitar mais uma derrota

O Grêmio começou o segundo turno do Brasileirão com derrota. Descaracterizado, o time gaúcho perdeu por 1 a 0 para o Bahia de Otacílio Gonçalves, em Salvador, e ainda terminou a partida sem Gélson e Arce, expulsos. Jogadores e dirigentes gremistas contestaram muito a arbitragem de Wilson Mendonça, argumentando que o árbitro prejudicou o time. O próximo jogo do Grêmio será domingo, em Porto Alegre, contra o União São João. Com o resultado, o Grêmio continua com 12 pontos, muito próximo da perigosa zona do rebaixamento.

Empolgado com o apoio de mais de 16 mil torcedores, o Bahia entrou em campo com muita disposição. As jogadas rápidas do ponteiro Naldinho perturbaram o setor defensivo gaúcho. No primeiro tempo, o Grêmio só levou perigo ao gol do-Bahia aos 13 minutos, através de um chute violento de Roger, que obrigou o goleiro Jean a tocar a bola para escanteio. Cinco minutos mais tarde, o atacante Cilinho cruzou para a área gremista e encontrou Raudinei livre que, de cabeça, fez 1 a 0. O resultado adverso deixou o time nervoso. Gélson, depois de fazer duas faltas duras, foi expulso.

Inteligente, o técnico do Bahia aproveitou a vantagem numérica e adiantou ainda mais o seu time, que foi para cima do Grêmio no segundo tempo. Com marcadores implacáveis, Otacílio Gonçalves anulou Jardel e Paulo Nunes, as principais armas de ataque de Luiz Felipe.

O lateral-direito Arce também foi expulso e o Grêmio ficou com nove jogadores. Apesar disso, a equipe mostrou garra e passou a pressionar o Bahia. Aos 31 minutos, Paulo Nunes invadiu a área e chutou para a defesa de Jean. A chance mais clara de gol ocorreu aos 46 minutos, quando Jardel chutou uma bola na trave. Em seguida, Jardel foi empurrado na área e o juiz não marcou pênalti, provocando a revolta do time gaúcho.” (Zero Hora, Sexta-feira, 13 de outubro de 1995)

EQUIPE SOFRE MAIS DUAS EXPULSÕES E CRITICA ÁRBITRO

Jogadores, comissão técnica dirigentes do Grêmio reclamaram muito da arbitragem de Wilson Mendonça, que teria apresentado injustamente o cartão vermelho para Gélson e Arce, ontem à tarde, contra o Bahia. As reclamações foram intensas ao final do jogo, quando os atletas gremistas cercaram o juiz. Em 12 jogos pelo Brasileirão, o Grêmio já teve 1 1 jogadores expulsos. Conforme o treinador, a sua equipe tem sido vítima de uma “armação” para prejudicar o time.

“Tu vais apitar em Porto Alegre, vai”, disse Luiz Felipe a Wilson Mendonça depois da partida, irritado com a atuação do árbitro. “Eu não consigo entender essas arbitragens”, lamentou. Segundo Luiz Felipe, o fato de o Grêmio ser apontado como uma equipe violenta tem condicionado as arbitragens. “O Arce fez uma falta normal, não tinha nem cartão amarelo e foi expulso”, queixou-se o treinador Luiz Felipe está preocupado com um possível complô para prejudicar o Grêmio. “Se há algo ensaiado, isso tem de parar.”

Inconformado com o que considera atuações lamentáveis de alguns árbitros neste campeonato brasileiro, Luiz Felipe disse que às vezes chega a desanimar. “Olha, dá vontade de tirar o time de campo e ir embora, mas não podemos fazer isso.”

Quando o jogo com o Bahia terminou, os jogadores cercaram o árbitro para reclamar de um pênalti não assinalado em Jardel, no final da partida. Preocupado com as consequências, Luiz Felipe afastou o atletas, mas fez um alerta: “Qualquer dia pode haver muita confusão em campo por causa de arbitragens como essa.” (Zero Hora, Sexta-feira, 13 de outubro de 1995)

“O JOGO: Apesar de o Grêmio perder dois jogadores, expulsos por violência, o Bahia não soube aproveitar a vantagem. Duas equipes apáticas.” (Placar, Tabelão 1995, nº 9)

GRÊMIO CULPA JUIZ POR NOVA DERROTA

Salvador — O Grêmio iniciou o 2º turno do Campeonato Brasileiro perdendo para o Bahia, ontem à tarde, no Estádio da Fonte Nova, por 1 a 0. Sem cinco titulares, a equipe gaúcha não exibiu a tradicional pegada e capacidade de reação demonstradas na conquista da Libertadores da América. Por outro lado, bateu muito e terminou a partida com dois jogadores expulsos (Gelson e Arce). Aos 25 min, Cilinho conseguiu articular o primeiro ataque do Bahia. Ele invadiu pela esquerda e cruzou para Raudnei marcar 1 a 0, de cabeça. Aos 38min, Gelson foi expulso. O Grêmio voltou melhor no 2° tempo. Paulo Nunes e Jardel, que foram figuram decorativas na etapa inicial, passaram a incomodar a defesa do Bahia. Aos 10 minutos, Jardel perdeu um gol. O Grêmio deu um sufoco nos cinco minutos finais, mas Jardel acertou o travessão aos 45min.” (Pioneiro, Sexta-feira, 13 de outubro de 1995)

 

 

BAHIA: Jean; Odemilson, Ronald, Parreira e Esquerdinha (Gelson 39 do 2ºT); Lima, Bonamigo, Bobo (Celso 39 do 2ºT) e Cilinho; Raudnei e Naldinho

Técnico: Otacílio Gonçalves

 

 

GREMIO: Danrlei: Arce, Vagner Fernandes, Luciano e Roger (Nildo, 45 do 2ºT; Gelson, Carlos Alberto, Arilson (Vagner Mancini 35 do 2ºT) e Emerson; Paulo Nunes e Jardel

Técnico: Luiz Felipe Scolari

 

 

Brasileirão 1995 – Returno – 1ª Rodada

Data: 12 de outubro de 1995, quinta-feira, 17h00min

Local: Estádio Fonte Nova, Salvador-BA

Público: 16.880 pagantes

Renda: RS 145.045,00

Juiz: Wilson de Souza Mendonça (FIFA-PE);

Auxiliares: Rondon Meira e Ivanildo Arouxa Filho

Cartões amarelos: Naldinho, Esquerdinha, Luciano, Arilson, Emerson e Jardel

Cartões Vermelhos: Gelson (39 do 1ºT); Arce (21 do 2ºT)

Gol: Raudinei 25 minutos do 1º tempo

Libertadores 1995 – Grêmio 3×1 Atlético Nacional

August 23, 2020

 

1995 atletco nacional revista gol guilherme de almeida

Foto: Guilherme de Almeida (Revista Gol)

Há exatos 25 anos o Grêmio vencia o Atlético Nacional no estádio Olímpico pelo jogo de ida da final da Libertadores de 1995.

O gol de Angel para os colombianos no segundo tempo tornou o placar “mentiroso”. O 3×1 nem de longe corresponde ao massacre que o tricolor impôs à Higuita & Cia.

A média de público do Grêmio na Libertadores 1995 foi de 23.389 pagantes. Curiosamente os 54.257 (42.519 pagantes) dessa final foram o quarto maior público do Grêmio naquela temporada.

Foto: Pisco Del Gaiso (Placar)

Foto: Pisco Del Gaiso (Placar)

Foto: José Doval (Zero Hora)

GRÊMIO VENCE PRIMEIRO JOGO DA DECISÃO

O Grêmio se acomodou e perdeu a chance de golear o Nacional, da Colômbia, no primeiro jogo da final da Taça Libertadores da América. Depois de fazer três gols em 55 minutos, deixou o adversário fechar o jogo em 3 a 1.
Quarta-feira, em Medellín, o Nacional terá de vencer por dois gols de diferença para decidir o título nos pênaltis. Aristizábal, o principal atacante da equipe, volta à equipe.
Nos primeiros minutos, o Grêmio envolveu a equipe colombiana. Só não marcou porque o goleiro Higuita fez várias defesas. Aos 10min, por exemplo, ele desviou uma cabeçada de Jardel, sozinho na pequena área.
A partir dos 20min, o Grêmio diminuiu o ritmo e o Nacional cresceu.
Quando o jogo estava equilibrado, o Grêmio abriu o marcador. Aos 35min, o ponta Paulo Nunes cruzou da direita. Higuita saiu do gol, mas o zagueiro Marulanda se antecipou e chutou torto. A bola pegou efeito e entrou junto à trave direita.
A vantagem deu ânimo ao Grêmio. Aos 43min, Carlos Miguel atacou pela direita e chutou cruzado. Higuita falhou pela primeira vez e soltou a bola.
O atacante Jardel foi mais rápido do que os zagueiros e tocou para o gol vazio. Os colombianos, sem razão, pediram impedimento.
No intervalo, o Nacional colocou mais um atacante: Matamba. Aos 40s, após escanteio, Jardel cabeceou e Paulo Nunes tocou para as redes.
O juiz equatoriano Alfredo Roda anulou lance apontando empurrão de Jardel no zagueiro colombiano Foronda.
Depois de três minutos de nervosismo, o Grêmio se acalmou e, aos 10min, marcou de novo. Adílson cabeceou, Higuita rebateu mal de novo e Paulo Nunes empurrou para o gol.
Depois, o Grêmio diminuiu o ritmo e deixou o Nacional descontar aos 26min, com Angel, após jogada de Arango.” (Marcelo Damato, Folha de São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995 )

Fonte: Zero Hora

Fonte: Zero Hora

Fonte: Zero Hora

Fonte: Zero Hora

Fonte: Zero Hora

Fonte: Zero Hora

Fonte: Zero Hora

Grêmio 3 x 1 Atlético Nacional

GRÊMIO: Danrlei; Arce, Rivarola, Adílson e Roger; Dinho, Goiano, Arílson (Alexandre) e Carlos Miguel (Nildo); Paulo Nunes e Jardel.
Técnico: Luiz Felipe Scolari

ATLÉTICO NACIONALHiguita; Santa, Marulanda, Foronda e Mosquera; Serna, Gutierrez, Pabón (Matamba) e Alexis Garcia; Angel e Arango.
Técnico: Juan José Peláez

Libertadores 1995 – Final – Jogo de ida
Data: 23 de agosto de 1995, quarta-feira, 21h40min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre-RS
Público: 54.257 (42.519 pagantes)
Renda: R$ 533.680,00
Juiz: Alfredo Rodas (FIFA- Equador)
Auxiliares: Roger Zambrano e Jorge Caballos (FIFA-Equador)
Cartão Amarelo: Adílson, Angel, Gutierrez e Aléxis Garcia
Gols: Marulanda (Contra) aos 36 e Jardel aos 43 minutos do 1ºtempo; Paulo Nunes aos 10 e Angel aos 27 do 2º tempo.

Libertadores 1995 – Grêmio 2×0 Emelec

August 16, 2020

Há exatos 25 anos o Grêmio se classificava para sua terceira final de Libertadores, ao vencer o Emelec por 2×0 no estádio Olímpico.

Interessante notar que o próprio anúncio de venda de ingressos do Grêmio reconhece a redução do preço em relação à fase anterior: ““TORCEDOR:  Desta vez, não há desculpa: nem do tempo, muito menos do preço.”.

Foto: Paulo Franken (Zero Hora)

Foto: Paulo Franken (Zero Hora)

 

GRÊMIO ESTÁ NA FINAL CONTRA O NACIONAL

Os 2 a 0 garantiram a vaga para a grande decisão que terá o primeiro jogo em Porto Alegrem quarta-feira, dia 23

Tóquio está a apenas 180 minutos de Porto Alegre. Depois da vitória sobre o Emelec por 2 a 0, ontem à noite, no Estádio Olímpico, o Grêmio garantiu a vaga na final da Copa Libertadores da América. Serão dois jogos contra o Nacional, da Colômbia, que ontem venceu o River Plate nos pênaltis, em Buenos Aires. Para chegar outra vez ao estádio de Tóquio, em dezembro, e enfrentar o campeão europeu Ajax, de Amsterdã, o Grêmio precisa ser melhor nas parti das decisivas, a primeira delas quarta-feira, em Porto Alegre. A torcida confia. Poucas vezes um time teve um ano de tanto sucesso e tanta superação como o campeão gaúcho nestes primeiros meses de 1995. A decisão do Mundial Interclubes não é mais um sonho tão distante.

O Emelec fez o que se esperava. O esquema tático escondido pelo técnico Juan Ramón Silva ficou claro logo que o time se posicionou em campo. A frente dos quatro zagueiros. Silva colocou uma barreira de cinco jogadores: o zagueiro Tenorio e Fajardo como volantes, ao lado de Verduga, Rehermann e Edu. Quando a  bola era recuperada, o Emelec partia em toques lentos. Nos primeiros minutos, os equatorianos foram ajudados pela pressa gremista. A situação começou a melhorar aos 20 minutos, quando Espinoza uma grande defesa, impedindo o gol de Jardel. A torcida se entusiasmou — e o Grêmio cresceu junto.

O gol tão esperado surgiu aos 30 minutos, numa jogada excepcional, quando Porozzo já estava fora do jogo com suspeita de fratura da tíbia. Dinho virou o corpo no meio-campo, deu a impressão de que lançaria Arce, mas preferiu Paulo Nunes mais pelo meio. O ponteiro tocou de primeira, para Jardel, recebeu de volta e, também d primeira, chutou no ângulo. Um golaço Pouco depois, Rehermann deu uma cotovelada em Roger, foi expulso, e a situação ficou mais tranquila. O gol do alívio surgi aos 41 minutos: Carlos Miguel, pouco antes de ser substituído com dores na mão machucada, lançou Jardel, que coloco rasteiro, na saída do goleiro. Grêmio 2 a 0, festa de Jardel em campo e da torcida na arquibancadas.

No segundo tempo, o Grêmio passo a jogar com mais calma, esperando o momento certo para atacar. O Emelec partiu para a violência. Roger foi acertado por Quinteros. Verduga foi expulso ao bater em Paulo Nunes. Com dois homens mais, Grêmio passou a manter o controle da bola, com toques de pé em pé. O Emelec  não teve forças para reagir” (Zero Hora, quinta-feira, 17 de agosto de 1995)

 

O DESEMPENHO DAS EQUIPES (Zero Hora, 17 de agosto de 1995)
GRÊMIO EMELEC
Conclusões a gol 17 2
Escanteios cedidos 1 10
Faltas cometidas 21 22
Impedimentos 3 1

 

GRÊMIO VENCE E VAI À FINAL DA LIBERTADORES

O Grêmio derrotou o Emelec, do Equador, por 2 a 0, ontem, no estádio Olímpico e garantiu vaga na decisão da Taça Libertadores da América -torneio interclubes mais importante da América do Sul.
É a terceira vez que o time gaúcho disputa a final da competição.
O adversário do Grêmio na decisão sairia do jogo entre River Plate, da Argentina, e Nacional, da Colômbia, que não havia terminado até o fechamento desta edição.
O Grêmio marcou seu primeiro gol aos 30min, com Paulo Nunes. Ele tabelou com Jardel e chutou colocado, no ângulo esquerdo do goleiro Espinosa.
O Emelec se perdeu após a expulsão de Rehermann, que agrediu o lateral-esquerdo Roger.
O Grêmio aproveitou para ampliar o placar, com Jardel, aos 41min. Ele recebeu passe e tocou na saída do goleiro Espinosa.
Foi o 11º gol do atacante na Taça Libertadores. Ele é o artilheiro da competição.
No segundo tempo, com dois jogadores a mais, o Grêmio perdeu diversas chances de marcar. O Emelec não ameaçava, nem em esporádicos contra-ataques.
Com a vitória garantida, alguns jogadores gremistas procuraram se poupar, evitando as divididas mais duras.
Mesmo assim, o meia Carlos Miguel e o lateral-esquerdo Roger se machucaram e tiveram que ser substituídos.
A primeira partida da decisão da Libertadores será disputada na próxima quarta-feira, em Porto Alegre.” (Folha de São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 1995)

“GREMIO ELIMINA A EMELEC

Publicado el 17/Agosto/1995 | 00:00 Porto Alegre, Brasil. 17.08.95.

El Gremio de Porto Alegre calificó a la final de la Copa América 95, al derrotar por 2-0 al ecuatoriano Emelec, en el partido de vuelta de la semifinal, disputada el miércoles por la noche en esta ciudad. El partido de ida, disputado el pasado 9 de agosto, acabó empatado sin goles. Esta será la tercera vez que Gremio (campeón de 1983) califica para la final de la competición mayor del balompié sudamericano. Gremio no encontró muchas dificultades para derrotar al Emelec, aunque su presentación haya sido pésima, sin ningún conjunto, sobre todo, en la segunda etapa del partido. Gremio empezó el partido dando la impresión que aplastaría al Emelec, que se preocupó apenas en defenderse. Mantuvo un único hombre, Eduardo Hurtado, en el ataque. Reforzó su mediocampo y buscó sorprender el sistema defensivo gremista con largos lanzamientos para Hurtado, que aislado entre cuatro defensas, nada lograba. Además, poco después de los 30 minutos, el Emelec perdió uno de sus hombres, Rehermann, expulsado por juego violento. Una oportunidad más para el Gremio de ampliar su ventaja en el marcador. No obstante, le faltó coordinación entre su medio campo y su línea ofensiva para conseguir esta ampliación. Si el primer gol lo anotó a los 30 minutos, el segundo sólo lo marcó diez minutos después. No supo aprovecharse de una segunda expulsión del Emelec, que perdió a Verduga, también por juego violento. Con apenas nueve hombres, el Emelec no dejó que el Gremio lo aplastase. Espinoza hizo grandes defensas y Capurro fue muy valiente, que defendió, atacó y organizó los muy pocos ataques de su equipo.” (Diario Hoy)

GRÊMIO: Danrlei; Arce, Rivarola, Adílson e Roger (Vagner Mancini); Dinho (Luciano), Goiano, Arílson e Carlos Miguel (Alexandre), Paulo Nunes e Jardel.
Técnico: Luiz Felipe Scolari

EMELEC: Espinosa, Quinteros (Gonzalez), Ivan Hurtado, Poroso (Smith) e Capurro; Tenório, Fajardo, Verduga, Rehermann e Edu Manga; Eduardo Hurtado Técnico: Juan Ramon Silva

Libertadores 1995 -Semifinais – jogo de volta
Data: 16 de agosto de 1995, 21h35min
Local: Estadio Olímpico, em Porto Alegre-RS
Público: 30.743 (24.023 pagantes)
Renda: R$ 281.636,00
Juiz: Felix Benegas (Paraguai)
Auxiliares: Juan Jose Bernabe e Juan Francisco Ortiz
Cartões amarelos: Edu Manga, Eduardo Hurtado e Quinteros
Cartões vermelhos: Rehermann e Verduga
Gols: Paulo Nunes aos 29 e Jardel aos 40 do 1º tempo

Brasileirão 1995 – Grêmio 2×1 Corinthians

August 15, 2020

Foto: Carlos Rodrigues  (Zero Hora)

No Brasileirão de 1995 o Grêmio conseguiu fazer o que ainda não havia feito naquela temporada: vencer o Corinthians.

Depois da partida foi noticiado o suposto interesse do Valencia em um troca de Viola por Jardel. Fábio Koff rechaçou tal negócio, por entender que o salário do ex-corintiano (de cerca US$ 45 mil) estava “muito acima” do que o Grêmio poderia pagar.

Vale lembrar que naquele ano o horário de sábado as 16h era o que a Globo transmitia futebol na TV aberta nos finais de semana.

Também cabe destacar que esse foi o último Brasileirão em que os times podiam atuar com calções e meias da mesma cor.

Foto: Guaracy Andrade (Zero Hora)

“VITÓRIA SOBRE CORINTHIANS MELHORA POSIÇÃO NA TABELA

            Apesar do desgaste provocado pelo jogo contra o Racing e a viagem de volta da Argentina – além de ter jogado sem os titulares Arce, Adilson e Dinho -, o Grêmio se superou e venceu o Corinthians sábado, no Estádio Olímpico, por 2 a 1. Jardel marcou os dois gols do Grêmio e Souza diminuiu. O Grêmio terminou o turno em sexto lugar com 12 pontos (ao lado do Juventude e Guarani). Corinthians continua em último, com oito. O próximo jogo do Grêmio será quinta-feira, em Salvador, contra o Bahia.

            A precaução foi a estratégia das duas equipes no primeiro tempo. Consciente que não poderia manter um ritmo forte, O Grêmio procurou marcar e explorar a sua principal jogada de ataque: lançamentos para Jardel. A meta era vencer e melhorar na tabela.

            Carlos Miguel teve uma boa chance aos dois minutos e o Corinthians respondeu com Célio Silva aos 36 minutos, quando a bola rebateu na trave. Mas a ousadia custou caro: no contra-ataque, Paulo Nunes, pela esquerda, cruzou e Jardel fez 1 a 0 de pé direito aos 37 minutos.

            O Grêmio manteve o seu sistema no segundo tempo e logo aos dois minutos Elivélton perdeu a bola para Carlos Miguel, que lançou Arilson na direita. O meia cruzou para Jardel marcar o seu segundo gol. O avante corintiano Serginho foi expulso depois de atingir André Vieira. Logo depois Zé Elias agrediu Jardel – o juiz não viu e foi substituído.

            O gol corintiano aos nove minutos, em belo lance de Souza, que acertou o ângulo superior esquerdo de Danrlei, mudou o plano do jogo. O Grêmio tratou de melhorar a marcação e garantir a vitória. A expulsão de Carlos Miguel, aos 43 minutos, não chegou a causar problema o time resistiu. ” (Zero Hora – Porto Alegre, segunda-feira, 9 de outubro de 1995)

Foto: Guaracy Andrade (Zero Hora)

CORINTHIANS TERMINA 1º TURNO COM DERROTA

O Grêmio derrotou o Corinthians, por 2 a 1, ontem à tarde, no estádio Olímpico, em Porto Alegre, capital gaúcha, com dois gols do atacante Jardel.
O meia-atacante Souza fez o único gol corintiano.
As duas equipes já estavam fora da disputa, neste primeiro turno, da vaga das semifinais do Campeonato Brasileiro.
Com o resultado, o time paulista continua na última colocação do Grupo A com o Flamengo. O Corínthians, campeão paulista, termina o primeiro turno com 8 pontos em 33 possíveis. O Flamengo tem ainda uma partida a disputar, hoje, contra o Cruzeiro.
O Grêmio, campeão gaúcho, que, na quinta-feira passou à segunda fase da Supercopa dos Campeões da Libertadores, termina a primeira fase com 12 pontos.
Na final da Copa do Brasil deste ano, o Corinthians venceu o Grêmio em Porto Alegre com gol de Marcelinho, que ontem não jogou por estar suspenso.
Apesar de os times não terem chances, o jogo foi bastante disputado, com alguns lances violentos.
Serginho, atacante do Corinthians, e Carlos Miguel, meia gremista, foram expulsos por cometerem faltas violentas.
Aos 7min de jogo, o Corinthians fez sua primeira finalização. Após jogada de Serginho, Elivélton, pela esquerda, chutou por cima do gol defendido por Danrlei.
O Grêmio chegou perto do gol adversário aos 12min. Paulo Nunes cruzou a direita e Jardel disputou a bola de cabeça com o zagueiro Célio Silva.
O bola passou por cima do gol. Jardel pediu toque de mão de Célio Silva, mas o árbitro Léo Feldman não marcou.
A melhor chance do Corinthians no primeiro tempo aconteceu aos 35min. Célio Silva, após cobrança de escanteio, passou por zagueiro adversário e chutou na trave.
O primeiro gol do Grêmio aconteceu dois minutos depois: Paulo Nunes avançou pela esquerda e cruzou. Jardel deixou os zagueiros para trás na corrida, e finalizou à direita de Ronaldo, no contrapé.
Os outros dois gols aconteceram logo no início do segundo tempo.
O Grêmio marcou primeiro. Aos 4min., Arílson dominou no lado direito da área corintiana e cruzou para Jardel, que completou na frente do gol, sem marcação.
O Corinthians descontou aos 10min. Jorginho recebeu passe na esquerda e virou para o meia Souza, no lado direito, que dominou a bola no peito e arrematou forte, com o pé direito.” (Folha de São Paulo, domingo, 8 de outubro de 1995)

Foto: Paulo Fraken (Zero Hora)

O JOGO: A partida foi equilibrada, com alguns momentos de domínio de um ou outro time. Só que a Grêmio tinha Jardel, que aproveitou as suas duas únicas oportunidades.” (Placar, Tabelão 1995, nº 9)

“[…] No jogo contra o Grêmio, segundo o Datafolha, o Corinthians finalizou 15 vezes. Dessas, 11 foram erradas.
A expulsão do atacante Serginho no jogo de anteontem também contribuirá para a estréia de Clóvis no Corinthians.
Segundo Serginho, a expulsão foi injusta. “Eu dividi uma bola sem nenhuma maldade. Se acertei alguém, não foi de propósito.”
Com a derrota para o Grêmio, o Corinthians confirmou a sua fraca campanha no primeiro turno do Brasileiro, quando somou apenas oito pontos e acabou nas últimas colocações.
“A tabela ainda não terminou. Temos o desafio de fazer uma campanha totalmente diferente nas próximas partidas. E isso vai ocorrer”, afirmou Amorim.
O treinador corintiano disse que a marcação do time melhorou no jogo contra o Grêmio.
“O jogo foi equilibrado. Mesmo com um jogador a menos no segundo tempo, quase conseguimos reagir”, afirmou.” (Leo Gerchmann, Folha de São Paulo, segunda-feira, 9 de outubro de 1995)

Grêmio critica excesso de jogos

O volante Luís Carlos Goiano disse que vários jogadores do Grêmio estão “sentindo desgaste físico” devido ao excesso de jogos.
Os jogadores chegaram a pedir que a direção do clube tome providências para mudar o calendário.
O Grêmio fez contra o Corinthians a sua 81ª partida em 1995.
“Está muito difícil. Nós jogamos contra o Racing, na Argentina, pela Supercopa e, dois dias depois, pegamos o Corinthians com a obrigação de vencer para não ficarmos na lanterna do Brasileiro”, disse o atacante Jardel.
O técnico Luiz Felipe afirmou que está até mudando seu comportamento para se adaptar ao momento que a equipe atravessa.
“Eu tenho que ser mais compreensivo com os jogadores, chego a ser paternalista”, disse.
Francisco Roig, presidente do Valencia, da Espanha, desmentiu ontem que o clube tenha acertado a troca do atacante Viola pelo gremista Jardel.
Segundo Roig, Viola, que vem enfrentando problemas de adaptação na Espanha, “só voltará ao Brasil em troca de dinheiro”.(Leo Gerchmann, Folha de São Paulo, segunda-feira, 9 de outubro de 1995)

GRÊMIO: Danrlei; André Vieira (Carlos Alberto), Rivarola, Scheidt e Roger; Gélson , Luiz Carlos Goiano, Arílson (Emerson) e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Jardel (Magno).
Técnico: Luiz Felipe Scolari

CORINTHIANS: Ronaldo; Vítor , Célio Silva (Fabinho Fontes), André Santos e Silvinho; Zé Elias (Marcelinho Paulista), Júlio César, Souza e Elivélton ; Jorginho (Leônidas) e Serginho
Técnico: Eduardo Amorim

Brasileirão 1995 – 1ª Fase – Grupo A – 1º Turno – 11ª Rodada
Data: 7 de outubro de 1995, sábado, 16h00min
Local: estádio Olímpico, em Porto Alegre, RS
Público: 8.155 (5.444 pagantes)
Renda: R$ 52.851,00
Juiz: Leo Feldman (RJ)
Auxiliares: Jorge Carius Silva e Paulo Jorge
Cartões Amarelos: Zé Elias, André Santos; Scheidt, Roger, Goiano, Jardel
Cartões vermelhos:Serginho (7 do 2º tempo) e Carlos Miguel (44 do 2ºtempo)
Gols : Jardel, aos 37 minutos do primeiro tempo e aos 4 minutos do segundo tempo; Souza, aos 10 minutos do segundo tempo

Grêmio Campeão Gaúcho de 1995

August 13, 2020

 

O gráfico acima foi publicado no Tabelão da Placar de 1995. De fato o Grêmio teve 17 vitórias, 13 empates e 6 derrotas na campanha do título gaúcho de 1995.

Contudo, não é verdade que os cinco titulares no segundo da final foram o “recorde do time na competição“. No Gre-Nal da primeira fase no Beira-Rio, por exemplo, o tricolor utilizou 8 titulares (ou 9, se considerarmos Luciano titular).

Eu revi todas escalações do Grêmio na competição. Considerando Luciano e Rivarola como titulares, o Grêmio utilizou 7 vezes o time titular (com oito ou mais titulares iniciando a partida), 12 vezes com time misto (entre 4 e 7 titulares na escalação inicial) e 17 vezes o time reserva (3 ou menos titulares iniciando a partida).

Felipão só utilizou força máxima na primeiras partida do campeonato, ainda assim naquele momento André Vieira atuava como lateral-direito (Arce ainda não havia estreado). A clássica escalação de Danrlei; Arce, Rivarola (Luciano), Adilson e Roger; Dinho, Goiano, Arílson e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Jardel nunca foi usada na competição.

Em cinco partidas o Grêmio iniciou a partida com o time totalmente reserva. Na média Felipão utilizou 6,6 reservas nas suas escalações iniciais.

A média de público do Grêmio nos 18 jogos que fez como mandante foi de 6.271 (4.474 pagantes)

 

 


 

PRIMEIRA FASE

17/02/1995 – Grêmio 5×2 Brasil de Farroupilha

23/02/1995 – Grêmio 3×1 Brasil de Pelotas

25/03/1995 – Glória 2×2 Grêmio

Foto: Fernando Gomes (Zero Hora)

02/04/1995 – Internacional 2×1 Grêmio

05/04/1995 – Grêmio 7×0 Grêmio Santanense

13/04/1995 – Grêmio 3×0 Guarani de Venâncio Aires

21/04/1995 – Veranópolis 1×1 Grêmio

28/04/1995 – Grêmio 4×3 Santa Cruz

Gauchão 1995 – Juventude 0x3 Grêmio – Gelson fez sua estreia pelo tricolor
Foto: Silvio Avila (Zero Hora)

30/04/1995 – Juventude 0x3 Grêmio

09/05/1995 – Grêmio 4×3 Ypiranga

Foto: Gilmar Gomes (Pioneiro)

https://www.rbsdirect.com.br/filestore/5/9/4/1/2/3/1_f729b40f2f1a3b6/1321495_baf7ba1edc7b2fc.jpg

Foto: José Doval (Zero Hora)

14/05/1995 – Caxias 2×0 Grêmio

17/05/1995 – São Luiz de Ijuí 2×1 Grêmio

20/05/1995 – Grêmio 3×0 Glória

27/05/1995 – Brasil de Pelotas 1×1 Grêmio

03/06/1995 – Pelotas 2×1 Grêmio

05/06/1995 – Grêmio 0x0 Pelotas

Gauchão 1995 – Grêmio 1×1 Veranópolis 
Foto: Paulo Franken (Zero Hora)

08/06/1995 – Grêmio 1×1 Veranópolis

10/06/1995 – Guarani de Venâncio Aires 1×0 Grêmio

16/06/1995 – Grêmio 0x0 São Luiz de Ijuí

18/06/1995 – Grêmio Santanense 0x0 Grêmio

Gauchão 1995 -Santa Cruz 1×2 Grêmio – Carlos Alberto
Foto: Roberto Santos (Correio do Povo)

23/06/1995 – Santa Cruz 1×2 Grêmio

Gauchão 1995 -Grêmio 3×1 Caxias – Eraldo Vs Marco Antônio
Foto: Roberto Santos (Correio do Povo)

24/06/1995 – Grêmio 3×1 Caxias

Gauchão 1995 – Ypiranga 0x0 Grêmio – Dega Vs. Ailton
Foto: José Ernesto (Correio do Povo)

25/06/1995 – Ypiranga 0x0 Grêmio

Foto: Zero Hora

26/06/1995 – Grêmio 2×2 Juventude

27/06/1995 – Grêmio 2×0 Inter

28/06/1995 – Brasil de Farroupilha 2×2 Grêmio

Fonte: Pioneiro


 

SEGUNDA FASE

Gauchão 1995 – Grêmio 6×1 Atlético de Carazinho – Jardel
Foto: Paulo Franken (Zero Hora)

02/07/1995 – Grêmio 6×1 Atlético Carazinho

05/07/1995 – São Luiz 2×2 Grêmio

08/07/1995 – Brasil de Farroupilha 0x0 Grêmio

12/07/1995 – Grêmio 1×0 Brasil de Farroupilha

15/07/1995 – Atlético Carazinho 0x1 Grêmio

20/07/1995 – Grêmio 3×3 São Luiz

Fonte: Pioneiro


 

SEMIFINAIS

22/07/1995 – Juventude 2×1 Grêmio

29/07/1995 – Grêmio 2×0 Juventude


 

FINAIS

06/08/1995 – Internacional 1×1 Grêmio

13/08/1995 – Grêmio 2×1 Inter

Gauchão 1995 – Grêmio 2×1 Inter

August 13, 2020

Foto: Ricardo Chaves (Zero Hora)

 

Há exatos 25 anos o Grêmio conquistava o Campeonato Gaúcho de 1995, ao ganhar o clássico Gre-Nal por 2×1 no estádio Olímpico, na partida de volta da final do certame.

O público total de 57.407 pessoas é o maior do Grêmio como mandante em Gre-Nais nos últimos 30 anos.

Foto: Guaracy Andrade (Zero Hora)

Foto: Paulo Franken (Zero Hora)

Foto: Guaracy Andrade (Zero Hora)

Foto: Valdir Friolin (Zero Hora)

Foto: Valdir Friolin (Zero Hora)

GRÊMIO SE IMPÕE O GANHA O TÍTULO

A aposta de Luiz Felipe foi mais uma vez correta e garantiu o 30º campeonato para a equipe

Nos últimos dias Porto Alegre se enfeitou em tons de azul e vermelho, preparando-se para a grande festa do futebol gaúcho, o Gre-Nal decisivo pela 75ª edição do campeonato, ontem à tarde, no Estádio Olímpico. Ao longo dos 90 minutos, o Grêmio, que vive uma fase fascinante, se impôs ao seu eterno rival, venceu por 2 a 1 com méritos (depois de empatar no Beira Rio em 1 a 1) e conquistou o seu 30º título gaúcho, aproximando-se dos 32 do Inter. Um excelente público – 57.407 espectadores — prestigiou o espetáculo em uma tarde quente e abafada, e o avermelhado anoitecer foi invadido por um azul conste e vibrante.

O Grêmio começou a vencer antes do jogo, na capacidade tática e na esperteza psicológica do técnico Luiz Felipe. Depois de anunciar um time com apenas três titulares (Rivarola, Luciano e Dinho), mais três eram acrescentados na hora de entrar em empo (Carlos Miguel, Paulo Nunes e Roger). O Grêmio havia decidido arriscar. E deu certo. A partir desta configuração se impôs a um Inter atônito, sem vibração e mal estruturado. Abel escalou Marcelo e Nando, dois meias lentos, e expurgou o eficiente ponta-de-lança Zé Alcino para a ponta-esquerda. O Grêmio dominou o meio-campo, confundiu a marcação de Marcio e Marcelo com os deslocamentos de Paulo Nunes para a esquerda e Carlos Miguel para a direita, enquanto Roger conteve o veloz. Loiola.

O chute de Carlos Miguel, aos cinco minutos, no poste esquerdo, foi o primeiro sinal desta superioridade. A defesa do Inter, mal posicionada, teve outro momento de indecisão aos 7min30seg e o centroavante Nildo soube aproveitar um rebote e chutar com perfeição, de pé esquerdo, sem chances para Goycochea: 1 a 0. Aos 25 minutos, Gélson acertou o poste esquerdo e o Inter acordou. A reação, no entanto foi lenta, desconexa.

Se o objetivo do Grêmio era manter o domínio no meio, apesar da lentidão de Mancini, o lnter precisava reagir. O lance em que o goleiro gremista Silvio disputa a bola com Leandro e este cai na área, foi duvidoso e o juiz nada marcou nada. Mas era um indicio. O empate aos 71min30seg em chute de Zé Alcino, foi justo pela dedicação — talvez o único mérito colorado. A ilusão do equilíbrio durou exatos 4 segundos, quando Marcão falhou e Carlos Miguel fez 2 a 1.

 Enquanto apenas uma peça do sistema gremista estava desajustada, no Inter ocorria o contrário, porque só Leandro, César Prates e Goycochea conseguiam bons resultados. Abel arriscou e colocou Caíco na vaga de Zé Alcino aos 16 minutos e aos 20, Vagner no lugar de Marcelo. O time melhorou, mas não o suficiente para empatar. Wagner teve essa chance aos 42 minutos, mas o goleiro Silvio fez uma excepcional defesa – e garantiu a festa.” (Júlio Sortica, Zero Hora, segunda-feira, 14 de agosto de 1995)

O DESEMPENHO DAS EQUIPES (Zero Hora, 14 de agosto de 1995)
GRÊMIO INTER
Chutes a gol 16 8
Cabeceadas a gol 0 3
Escanteios a favor 0 3
Impedimentos 1 4
Faltas 22 18
Cartões Amarelos 5 4
Cartões Vermelhos 1 1
Roubadas de bolas 30 22

 

OS PRINCIPAIS MOMENTOS

Primeiro tempo:

5min — No rebote de um, jogada de Marco Antônio, pela direita, Carlos Miguel chutou na trave.

7min30s — Paulo Nunes, pelo meio, passou para Marco Antonio, que cruzou pela direita. Argel falhou, e Nildo, calmamente, chutou no canto direito de Goycochea. Gol do Grêmio.

24min — Mancini cruzou pela direita, a zaga colorada rebateu e Gélson pegou o rebote, chutando na trave.

42min — Marco Antonio chutou no meio do gol e Goycochea defendeu em dois tempos.

Segundo tempo:

2min40s — Nando, pela esquerda, chutou forte, Silvio fez boa defesa parcial, mas Leandro conseguiu pegar o rebote. A torcida colorada reclamou de passível falta sobre o centroavante colorado.

7min — Loiola cruzou duas vezes, para Zé Alcino no chutar forte, no ângulo direito de Sílvio. Gol do Inter.

8min — Resposta imediata do Grêmio. Nildo recebeu na frente área e fez o passe para Carlos Miguel, pela esquerda, que, cara a cara com Goycochea, chutou forte para marcar o gol do título.

16min — Caíco substituiu Zé Alcino.

20min — Vágner substituiu Marcelo

26min — Expulsão de Nildo, que deu carrinho por trás em Loiola.

27min — Arce substituiu Paulo Nunes.

29min — Expulsão de Márcio, que desobedeceu a distância regulamentar para a cobrança de uma falta.

38min — Alexandre substituiu Marco Antônio.

39min — Em sua primeira jogada, Alexandre perdeu o gol no contra-ataque gremista, na boa intervenção de Marco Antônio

41min — Ótima jogada de Wagner, que entrou a drible, da esquerda para meio, e chutou forte no canto direito de Silvio, que fez exuberante defesa.

45min — Carlos Miguel cobrou falta, no ângulo esquerdo de Goycochea. Outra grande defesa, desta vez do goleiro colorado.”(Marcelo Ferla, Zero Hora, segunda-feira, 14 de agosto de 1995.”

O MELHOR DO GRENAL

— O Campeonato Gaúcho voltou aos velhos tempos, pelo menos na sua final. Mais de 45 mil torcedores motivados para um Gre-Nal decisivo, combativo e com poucas jogadas de violência, normais neste tipo de jogo.

— O comportamento das torcidas foi exemplar, incentivar, do as suas equipes durante toda a tarde, sem provocar brigas. Enquanto a violência nas arquibancadas é um sério problema do futebol brasileiro, as torcidas gaúchas dão uma boa mostra de esportividade.

— A presença de menores e mulheres no estádio é uma bela realidade. Foram 7.330 crianças até 12 anos presentes ao jogo. Cada vez mais mulheres e jovens vão aos estádios. Um interessante e salutar fenômeno comportamental, que indica longa vida ao futebol tetracampeão do mundo.

— Aos gritos de “ela fica”, a torcida gremista divertiu-se antes da partida. Tudo por conta de um casal de jovens colorados que tentou ver o jogo das cadeiras especiais do estádio Olímpico. “Expulso” civilizadamente das cadeiras tricolores, o casal foi conduzido para o lado colorado, apesar de a massa gremista pedir a permanência da bela torcedora rival.

-O santanense Fábio Perez, que ficou conhecido como o “Torcedor 24 Horas” na Copa América, por estar sempre à frente do hotel do Brasil, esteve no Olímpico para fazer uma campanha pela paz nos estádios. É gremista.

– Os centroavantes merecem destaque: Nildo, por ter feito dois gols nas finais, e vencido um terrível período de lesão, depois de consagrado como o herói da Copa do Brasil do ano passado. Leandro, por demonstrar mais uma vez, e apesar de ter poucas chances, muita qualidade e amor ao clube.” (Marcelo Ferla, Zero Hora, segunda-feira, 14 de agosto de 1995)

O PIOR DO GRENAL

— O presidente colorado, Luiz Fernando Zachia, falou de um complô para a vitória gremista. É discutível um lance de Sílvio com Leandro (seria pênalti para o Inter), mas a declaração do dirigente é um exagero.

— Foi incrível o número de passes errados dados pela equipe colorada no primeiro tempo. Qualquer tentativa de fazer a bola chegar ao ótimo Leandro ficou inviabilizada.

— Em formação, mas dedicada exclusivamente ao campeonato gaúcho, contrariamente ao Grêmio, que está envolvido de forma prioritária em outras competições, a equipe colorada decepcionou mais uma vez. A grandeza do Sport Club Internacional e de sua torcida não suporta mais um time apenas razoável.

— As torcidas organizadas do Inter reclamaram dos critérios do Grêmio, que proibiu a colocação das faixas nas muretas das arquibancadas e cadeiras.

— Mais uma vez não havia reserva de cabines para os repórteres dos jornais que trabalharam na partida, dificultando o trabalho da imprensa.

— Depois de expulso, o meia campista colorado Márcio teve atritos com alguns companheiros da própria equipe, ainda no campo. Uma atitude negativa que atrapalhou o Inter, diminuindo o tempo de recuperação (o placar era adverso), e do ponto de vista ético. O treinador e a direção coloradas parecem não ter gostado do comportamento de Márcio.

— O zagueiro Argel, já convocado para Seleção Brasileira, não justificou a fama nas finais. Falhou muitas vezes, inclusive no lance que originou o primeiro gol do Grêmio, marcado por Nildo.” (Marcelo Ferla, Zero Hora, segunda-feira, 14 de agosto de 1995)

Fonte: Zero Hora

Foto: Valdir Friolin (Zero Hora)

Foto: Placar

Grêmio 2×1 Inter

GRÊMIO: Sílvio; Marco Antônio (Alexandre Xoxó), Rivarola, Luciano e Roger; Dinho, Gélson, Vágner Mancini e Carlos Miguel; Paulo Nunes (Arce) e Nildo
Técnico: Luiz Felipe Scolari

INTERNACIONAL: Goycochea; Marcão, Argel, Jonílson e César Prates; Márcio Bittencourt, Marcelo Rosa (Wagner Aquino) e Nando; Mazinho Loyola, Leandro Machado e Zé Alcino (Caíco)
Técnico: Abel Braga

Campeonato Gaúcho 1995 – Final – Jogo de volta
Data: 13 de agosto de 1995, domingo, 16h00min
Local: Olímpico, em Porto Alegre (RS)
Público: 57.407 (45.232 pagantes)
Renda: R$ 377.426,00
Árbitro: Sílvio Oliveira
Auxiliares: Altemir Hausmann e Silvio Rogeri Silva
Cartões Amarelos: Carlos Miguel, Roger, Dinho, Sílvio; Argel, Marcão e Jonílson
Cartões Vermelhos: Nildo; Márcio Bittencourt
Gols: Nildo, aos 7 minutos do 1º tempo; Zé Alcino, aos 7 minutos e Carlos Miguel, aos 8 minutos do 2º tempo