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Brasileirão 1996 – Guarani 0x2 Grêmio

August 4, 2022
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Foto: Silvio Avila (Zero Hora)

No Brasileirão de 1996, o Grêmio superou o Guarani por 2 a 0 em Campinas. Vale lembrar que o Bugre terminou a primeira fase da competição na segunda posição.

Ao meu ver, as matérias transcritas abaixo dão uma forçada na barra ao mencionar um “tabu” do Grêmio não vencer no Brinco de Ouro até então, uma vez que foram somente 4 jogos em 20 anos.

Por outro lado é interessante notar a matéria da Zero Hora do dia da partida, que acertou em cheio ao “apostar na aposta” de Ailton, autor dos dois gols da partida.

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Foto: Silvio Avila (Zero Hora)

AÍLTON, DO GRÊMIO, FAZ 2 GOLS E QUEBRA TABU EM CAMPINAS
Time gaúcho não havia vencido Guarani antes, no Brinco de Outro, e está quase classificado

O Grêmio derrotou ontem o Guarani, por 2 a 0, quebrando o tabu de nunca ter vencido o adversário em Campinas. O time do técnico Luiz Felipe conseguiu, com o resultado, acabar também com a invencibilidade de quase sete meses sem derrotas do Guarani, em sua casa. A última vez que ele havia perdido no Estádio Brinco de Ouro foi em 17 de abril, para o São Paulo (1 a 0), pelo Campeonato Paulista.

O jogo foi bastante disputado. O Guarani vinha embalado e o técnico Carlos Alberto Silva estava invicto. Jogou melhor, não tomou conhecimento do Grêmio, no primeiro tempo, e só não marcou por erros de finalização.

O goleiro Danrley também ajudou a sua equipe fazendo duas grandes defesas. O Guarani, com três atacantes – Ailton e Marcelo Carioca, mais à frente, e Gilson, mais recuado – aproveitou os espaços e entrou com facilidade na defesa gaúcha. Só Marcelo Carioca perdeu duas chances reais de gol, aos 30 e 40 minutos. O técnico Carlos Alberto não gostou e o substituiu por Edu Lima.

O Grêmio voltou do intervalo com a mesma equipe. Mas valeram as instruções que o técnico deu aos jogadores. O time melhorou na marcação, passou a dominar o meio-de-campo e não deixou o Guarani jogar. O atacante Ailton, aos 14 minutos, marcou o primeiro gol para a equipe gaúcha. O goleiro Hiran, menos vazado no campeonato, estava a exatos 389 minutos sem levar gol, nada pode fazer. Sete minutos depois, o Grêmio ampliou. Dinho cobrou falta, a bola bateu na barreira e Alexandre entregou a bola nos pés do atacante, que fez o seu segundo gol.

O Grêmio soma agora 32 pontos e está mais próximo da classificação.” (Milton Bridi, O Estado de São Paulo, segunda-feira, 4 de novembro de 1996)

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“GRÊMIO QUEBRA TABUS EM CAMPINAS
Ao vencer o Guarani por 2 a 0, o time de Luiz Felipe continua bem colocado na classificação

Na partida de ontem contra o Guarani o Grêmio tinha a chance de quebrar uma série de tabus: nunca havia vencido o adversário em Campinas, o time da casa mantinha urna invencibilidade de sete meses em seu estádio e o goleiro Hiran estava sem tomar gol havia 389 minutos. E o Grêmio precisou de apenas uma hora para começar a derrubar as escritas. Com dois gols de Ailton, a equipe de Luiz Felipe conseguiu uma importante vitória, que a manteve em sexto lugar com 32 pontos em 17 jogos e bem próximo da classificação às quartas-de-final.

A partida contra o Grêmio tinha um valor especial para o Guarani. Tanto que a direção promoveu a partida na mídia e colocou ingressos à venda por módicos R$ 5. A mobilização deu resultado, e o Brinco de Ouro recebeu o seu maior público no Brasileirão. Empurrado pela barulhenta torcida, o time paulista começou a par tida encurralando o Grêmio em sua defesa. A força ofensiva era tamanha que até o volante Dega era presença constante na defesa gaúcha.

Depois de fazer uma cena teatral, fingindo ter sido atingido por Aílton, Danrlei repôs a bola nos pés de Gilson, que imediatamente lançou Marcinho dentro da área. O lateral desperdiçou uma grande oportunidade de marcar. Sufocado, o Grêmio não conseguia levar perigo para o goleiro Hiran. Quando isso acontecia, as bolas eram cruzadas para Paulo Nunes, que isolado era obrigado a disputa-las pelo alto com os adversários. Como tinha tranqüilidade na defesa, o Guarani se mantinha agressivo no ataque.

O primeiro tempo terminou em momento oportuno para o Grêmio. E a equipe pareceu voltar do intervalo com as mesmas deficiências. Pareceu. O puxão de orelhas do técnico Luiz Felipe deixou a equipe mais agressiva nos contra-ataques. Aos nove minutos, Paulo Nunes quase marcou em cruzamento de Zé Alcino. Apenas quatro minutos depois, Adilson subiu ao ataque e lançou Émerson. O meia passou para Ailton chutar forte e abrir o placar. O gol de Aílton perturbou o Guarani. Enquanto os torcedores trocavam socos nas sociais, Alexandre deu uma rosca na bola e a deixou nos pés de Ailton, que novamente venceu o grandalhão Hiran. Eram apenas 20 minutos do   segundo tempo, mas o Grêmio já havia acabado com a euforia dos campineiros e acabado com a festa dos bugrinos.” (Leonardo Oliveira, Enviado Especial Campinas, Zero Hora, segunda-feira, 4 de novembro de 1996)

 

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Foto: Correio do Povo/Correio Popular

“AÍLTON PAGA A SUA APOSTA COM GOLS

Depois de ser confirmado como o substituto de Carlos Miguel para a partida contra o Guarani pelo técnico Luiz Felipe, o meia Aílton voltou a cantarolar pagodes e a sorrir como de costume. “Este jogo vai ser o início da minha volta por cima”, apostou antes do treino de sexta-feira. Aílton parecia ter pressentido o que iria acontecer na tarde de ontem no Estádio Brinco de Ouro. Com dois belos gols seus, o Grêmio conseguiu em Campinas uma importante vitória sobre uma das melhores equipes do Brasileirão.

A torcida do Guarani se preocupou em insultar o goleiro Danrlei e o atacante Paulo Nunes. Durante todo o primeiro tempo, o Grêmio foi pressionado pelos campineiros. O goleador do Brasileirão era submetido a uma disputa desigual com a defesa adversária, para deleite dos torcedores. Danrlei continuava a fazer defesas importantes e dava ainda mais razões para ser xingado. Já Aílton, bom … Bastava encostar na bola para ser classificado pelos bugrinos “como da casa”, em uma desdenhosa referência a sua passagem pelo Brinco de Ouro em 1993.

Por ser da casa, Aílton conhecia os atalhos para vencer o grandalhão goleiro Hiran, de 2m01cm. Depois de um primeiro tempo em que se destacou apenas pela transpiração, o meia foi premiado pelo destino com duas oportunidades de marcar na segunda etapa. E foi implacável.

Na primeira, ele recebeu um passe de Émerson e chutou cruzado. Em uma corrida desabalada, se dirigiu ao banco de reservas para agradecer ao técnico Luiz Felipe, que sempre o protegeu da ira dos torcedores. “Eu extravasei e fui abraçar o professor porque ele sempre me apoiou”, explicou-se.

Apenas sete minutos depois, o ex-gremista Alexandre deu uma rosca fantástica na bola, permitindo que ela estacionasse nos pés de Aílton. Como era de casa, o meia não se preocupou em frustrar a violenta torcida campineira com outro gol. Depois de ter liquidado com a forte equipe do Guarani, Aílton recebeu de Luiz Felipe, aos 26 minutos do segundo tempo o descanso destinado aos bravos. “Eu não estava bem no jogo, mas uma hora as coisas tinham que dar certo comigo”, afirmou. E deram. Duas vezes.” (Zero Hora, segunda-feira, 4 de novembro de 1996)

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Foto: Silvio Avila (Zero Hora)

GRÊMIO ESCAPA DO SUFOCO E QUEBRA TABU EM CAMPINAS: 2 A 0

“Foi a vitória da voz do vestiário.” A definição é do presidente Fábio Koff, ao comentar a mudança radical sofrida pelo Grêmio no segundo tempo, suficiente para garantir a placar de 2 a O sobre o Guarani, em Campinas, ontem à tarde. Mais modesto, o técnico Luiz Felipe afirmou que a vitória “foi obra do Divino”.

Depois de sofrer uma pressão quase irresistível nos primeiros 45 minutos, o Grêmio corrigiu-se e conseguiu até mesmo quebrar um tabu, o de nunca ter vencido o adversário em Campinas. O Guarani também não perdia em casa há 200 dias e seu goleiro estava há 389 minutos sem sofrer um gol sequer.

O primeiro tempo, de fato, foi amplamente favorável ao time treinado por Carlos Alberto Silva. O ponta Alexandre era o diferencial, com ampla movimentação e confundindo a marcação do adversário. Só o centroavante Ailton perdeu 3 gols. Danrlei era o melhor do jogo.

“Será que sou eu o pé-frio?”, chegou a lamentar Ailton, no vestiário. “Vamos deixa-lo numa situação dessas?”, perguntou Luiz Felipe aos demais jogadores.

A resposta não tardou. Os jogadores do Grêmio recuperaram sua característica habitual e passaram a tirar os espaços do poderoso adversário. Aos 14 minutos, Ailton, até então um jogador muito discreto, recebeu passe de Emerson, pelo lado direito, e bateu em diagonal, vencendo Hiran e abrindo o marcador. Aos 20, Dinho cobrou falta na barreira, Ailton apanhou o rebote e definiu o placar. O Grêmio soma agora 32 pontos e terá pela frente, no Olímpico, 4ªfeira, o modesto Fluminense. Cresce cada vez mais a chance de terminar entre os 4 primeiros.” (Correio do Povo, segunda-feira, 4 de novembro de 1996)

 

 

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O JOGO: O Guarani começou atacando, perdeu gols. No segundo tempo, a história foi outra e o Grêmio explorou as falhas bugrinas. (Tabelão Placar 1996, n.º 10, página 227)

 

 “Depois de ser esmagado pelo Guarani e com uma atuação irreconhecível, o Grêmio finalizou o primeiro tempo com perspectivas nada favoráveis. Depois de alguns berros de Luiz Felipe no vestiário, Ailton marcou dois gols e decretou a vitória.” (Zero Hora, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996)

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Guarani 0x2 Grêmio

GUARANI: Hiran; Marcinho, Sangaletti, Nenê e Júlio César; Dega, Élson (Alexandre Paulista), Alexandre Xoxó (Renatinho) e Gílson; Marcelo Carioca (Edu Lima) e Aílton
Técnico: Carlos Alberto Silva

GRÊMIO: Danrlei; Arce, Rivarola, Adílson e Roger; Dinho, Goiano (André Silva), Émerson e Aílton (Mauro Galvão); Paulo Nunes e Zé Alcino (Marco Antônio)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

18ª Rodada – Primeira Fase
Data: 03 de novembro de 1996, domingo, 17h00min
Local: Estádio Brinco de Ouro, em Campinas, SP
Público: 17.984 (16.050 pagantes)
Renda: R$ 83.250,00
Árbitro: Wílson de Souza Mendonça (PE)
Assistentes: Cid Cavalcante Patricio Souza
Cartões Amarelos: Dega e Sangaletti ; André Silva, Mauro Galvão e Arce
Gols: Aílton, aos 14 e aos 20 minutos do 2° tempo.

Brasileirão 1996 – Sport Recife 1×0 Grêmio

June 13, 2022
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Foto: Cacalos Garrastazu (Zero Hora)

No Brasileirão de 1996, o Grêmio perdeu para o Sport na Ilha do Retiro, em partida da penúltima rodada da primeira fase.  Foi a segunda de uma sequência de três derrotas nas últimos jogo da etapa classificatória.

Esse foi o único jogo que o Grêmio utilizou a meia azul e branca lançada junto com a camisa “negresco”.

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GRÊMIO PERDE PARA O SPORT E CAI PARA QUINTO
A equipe gaúcha, com nove jogadores em campo, não resistiu a pressão do adversário e levou um gol no final

OSWALDO BUARIM JÚNIOR  (Enviado Especial/Recife)  Sem cinco titulares — Danrlei, Émerson (machucados), Adilson, Carlos Miguel e Paulo Nunes (com três cartões amarelos) —, o Grêmio chegou ontem a Recife disposto a garantir um empate, o que asseguraria ao time uma boa chance para ficar entre os quatro melhores para a segunda fase do Campeonato Brasileiro. A tática deu certo até os 43 minutos do segundo tempo, quando Juninho invadiu a área, tabelou com Marcão e bateu forte, sem chance para o goleiro Murilo. Sport 1 a 0.

O Sport começou o jogo pressionando O Grêmio e, logo a um minuto. Mauro Galvão fez falta em Marcão, cobrada com perigo por Dedé. O Sport permaneceu no ataque e, aos 10 minutos, João Paulo deu unia entortada em Arce, que fez falta na lateral direita. O próprio João Paulo bateu, colocando a bola na área com efeito, mas Murilo interceptou o cruzamento. Aos 15 minutos, mais Sport: Rogério bateu forte, a meia distância, mas Murilo caiu bem para a defesa no canto direito.

O primeiro chute do Grêmio a gol só aconteceu aos 17 minutos, com Aílton da entrada da área. A bola passou sobre o travessão. Nova finalização gremista aconteceu aos 30 minutos, quando Afonso bateu de virada, na entrada da área. Mais uma vez, a bola passou por cima da goleira de Albérico.

Sem o lateral Russo e o ponta Luis Muller, o Sport não jogava pelo lado direito do campo. Mesmo assim, o lateral-esquerdo Roger ia muito pouco ao ataque. Na defesa, fechava pelo meio para ajudar na marcação de Juninho, o mais perigoso jogador do Sport. Aos 35 minutos, em rápido contra-ataque, Juninho partiu de seu campo com a bola dominada e foi derrubado por Roger, que já tinha amarelo e foi expulso de campo.

No segundo tempo, o Grêmio recuou todo o time e passou a dar chutões para todos os lados. Aos 21 minutos, Rivarola foi expulso e o Grêmio passou a contar com apenas nove jogadores em campo. Murilo, seu melhor jogador, recebeu cartão amarelo aos 25 minutos por demorar a recolocar a bola em jogo.

O Sport continuava no ataque explorando principalmente a habilidade de Juninho. Aos 40 minutos, em um contra-ataque rápido pela direita, Arce teve a chance de marcar. Na jogada seguinte, Juninho marcou o único gol da partida, que deu a vitória ao Sport e deixou o Grêmio em situação complicada.” (Oswaldo Buarim Júnior, Zero Hora, Quinta-feira, 21 de novembro de 1996)

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SPORT BATE GRÊMIO E AMPLIA SUAS CHANCES
O Sport venceu ontem o Grêmio por 1 a 0 e manteve a chance de classificação no Brasileiro. Juninho marcou para a equipe pernambucana no final do jogo.
A partida foi equilibrada até os 20min do segundo tempo, com as equipes disputando o domínio do meio-campo. O Grêmio teve dois jogadores expulsos e a equipe passou a jogar pelo empate.
O Sport tornou-se mais ofensivo quando o meia Juninho se aproximou do atacante Marcão.
O técnico do Grêmio, Luiz Felipe, foi expulso no final da partida por reclamação (Folha de São Paulo, sexta-feira, 22 de novembro de 1996)
“O JOGO: O Sport pressionou desde o início, enquanto o Grêmio atuou bastante desfalcado e limitou-se à defesa.” (Tabelão Placar 1996)
“Com uma equipe desfalcada, o Grêmio não suportou a pressão do Sport e cedeu a vitória a dois minutos do final do jogo A derrota deixou o Grêmio com escassas chances de ficar entre os quatro primeiros colocados da tabela. O árbitro Sidrack Marinho expulsou Roger e Rivarola e foi duramente criticado”. (Zero Hora, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996)

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SPORT: Albérico; Erlon (Ataíde), Ildo, Ricardo e Dedê; Rogério, Leomar (Joãozinho depois Big), Wallace e Juninho Petrolina; Marcão e João Paulo
Técnico: Hélio dos Anjos

GRÊMIO: Murilo; Arce, Rivarola, Mauro Galvão e Roger; Dinho, Goiano, Aílton e Negretti (Luciano); Márcio (André Silva) e Zé Afonso
Técnico: Luiz Felipe Scolari

Brasileirão 1996 – 1ª Fase – 22ª Rodada
Data: 20 de novembro de 1996, quarta-feira, 22h00min
Local: Estádio Ilha do Retiro, em Recife
Público: 11.073 pagantes
Renda: R$ 97.406,00
Árbitro: Sidrak Marinho dos Santos (SE)
Auxiliares: Antonio Hora Filho e Luiz Eduardo Souza
Cartões Amarelos: Murilo, Negretti e Luciano
Cartões Vermelhos: Ildo (S); Rivarola e Arce
Gol: Juninho Petrolina aos 43 minutos do 2° tempo

Brasileirão 1996 – Vasco 1×1 Grêmio

June 1, 2022
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Foto: Agliberto Lima (Revista Nação Tricolor 1996, Ano I, nº 02)

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Foto: Agliberto Lima (Revista Nação Tricolor 1996, Ano I, nº 02)

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Foto: Agliberto Lima (Revista Nação Tricolor 1996, Ano I, nº 02)

No Brasileirão de 1996, o Grêmio conseguiu um empate com o Vasco graças à um gol marcado por Paulo Nunes aos 48 minutos dos segundo tempo. Esse foi o tipo de jogo que demonstra bem como aquele time de Felipão tinha capacidade de terminar a fase de classificação mais bem colocado do que a 6ª posição que acabou conquistando.

Curiosa a reclamação pelos cinco minutos de acréscimos (que hoje são corriqueiros).

Uma vez que o Vasco atuou com seu fardamento branco, o Grêmio optou por utilizar meias pretas, o que só aconteceria mais outra vez na competição.

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Foto: Fernando Gomes (Zero Hora)

 

GOL NO FIM EVITA A DERROTA DO GRÊMIO
O time gaúcho dominou o Vasco, mas por pouco não saiu de São Januário com um resultado inesperado

LEONARDO OLIVEIRA Enviado Especial/Rio

O Grêmio dominou, empurrou o Vasco para trás, mas acabou saindo de campo com a convicção de que teve muita sorte, ao arrancar um empate de 1 a 1 com o Vasco, ontem à tarde, no Estádio de São Januário, depois de sofrer um gol aos 40 minutos do segundo tempo. Apesar do resultado favorável, a equipe do técnico Luiz Felipe perdeu uma grande chance de conseguir três pontos fora de casa. Os cariocas ficaram com um jogador a menos logo aos 11 minutos, depois que o estreante Borçato fez uma falta violenta em Carlos Miguel. O bicampeão gaúcho disputa na quarta-feira o seu terceiro jogo consecutivo fora de casa, contra o Atlético-PR, em Curitiba.

O Vasco preparou uma verdadeira festa para enfrentar o Grêmio. Antes do jogo, as jogadoras do clube que serviram à Seleção Brasileira na Olimpíada foram homenageadas pela diretoria. Os 20 mil torcedores presentes (o público divulgado foi de 9.010) ao estádio foram ao delírio quando o folclórico massagista Santana saudou a todos vestindo um fraque branco e uma camiseta do clube. Mas bastou a bola rolar para o Grêmio acabar com a euforia dos cariocas. Nos primeiros 10 minutos, o domínio foi total dos gaúchos.

Quando o Vasco equilibrou, o volante Borçato — que segundo a imprensa carioca está na equipe apenas por ser amigo de Edmundo — foi expulso. Com um jogador a menos, o técnico Alcir Portela colocou o volante Sidnei no lugar do atacante Toninho. A mudança deixou Edmundo isolado entre os zagueiros do Grêmio. Apesar da inoperância do ataque adversário e da vantagem no meio-campo, a equipe de Luiz Felipe não tinha objetividade, exagerando nos toques laterais na intermediária.

A conversa com Luiz Felipe no intervalo alertou os jogadores. Aos dois minutos, Émerson perdeu uma grande chance de marcar, chutando, sozinho, para fora. Depois da entrada de Afonso no lugar do confuso Émerson, aos 15 minutos, os passes laterais foram trocados por cruzamentos para a área. Aos 40, o lateral Pimentel cansou de defender e puxou um contra-ataque da sua defesa. Depois de tabelar com Macedo, encobriu o goleiro Danrlei, marcando um bonito gol. Aos 48 minutos, quando tudo parecia perdido e os alto-falantes de São Januário gritavam que estava na hora de o árbitro terminar o jogo, o Grêmio chegou ao empate. Depois da cobrança de escanteio, o goleiro Caetano falhou, Adilson cabeceou na trave e Paulo Nunes, na volta, colocou para a rede, garantindo um resultado mais justo para a partida de São Januário.” (Leonardo Oliveira, Zero Hora, segunda-feira, 2 de setembro de 1996)

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 “HERÓI PAULO NUNES SALVA O TIME

Ao final de cada jogo do Grêmio, o atacante Paulo Nunes é saudado como o melhor jogador da equipe em campo. O reconhecimento já virou rotina. Ontem, no Estádio de São Januário, no Rio, não foi diferente. Quando a equipe já dava por perdido um jogo que estava dominando, o atacante marcou seu quarto gol na competição e garantiu o empate salvador. Enquanto o técnico Luiz Felipe trabalha para enquadrar os candidatos a substitutos de Jardel, Paulo Nunes se encarrega de assumir a posição de goleador da equipe — e não decepciona.

Antes da partida, os vascaínos fizeram questão de lembrar que a passagem de Paulo Nunes pelo arqui-rival Flamengo ainda não tinha sido esquecida. Mas os cânticos que colocavam em questão a masculinidade do atacante gremista não o perturbaram. Durante toda a partida, foi o jogador mais competente da equipe, deslocando-se por todos os lados e participando ativamente da marcação no meio-campo. Nunca deu sossego para os atacantes. Dos pés deles saíram as jogadas mais perigosas.

A determinação do ponteiro pretendido por times espanhóis foi recompensada com o gol heróico aos 48 minutos do segundo tempo. Depois de vencer o goleiro Caetano, desviando de cabeça para a rede, Paulo Nunes fez questão de correr em direção às gerais de São Januário e debochar dos incrédulos vascaínos. O empate foi bem ao estilo do time armado por Luiz Felipe: nos descontos e sofrido.

Estilo a que Paulo Nunes conseguiu se adaptar com perfeição, contrariando todos os prognósticos. Quando chegou a Porto d Alegre, no início do ano passado, muitos que conseguisse vencer no disputado futebol gaúcho. Os críticos até tinham subsídios para tanto descrédito. Franzino e com o jeito malemolente dos cariocas, o surfista nas horas vagas Paulo Nunes tinha tudo para não acertar no Grêmio.

Mas Paulo Nunes não só superou o descrédito, como venceu o frio do Sul e as marcações duras do disputado futebol gaúcho e comprovou para os cariocas, principalmente os flamenguistas, que ainda poderia jogar em uma grande equipe.

A saída da Gávea não foi nada pacífica, O jogador recém havia se recuperado de uma cirurgia e amargava a reserva. Fora da noite carioca (ele confessa que era um freqüentador assíduo) e com o auxílio de Luiz Felipe, sagrou-se bicampeão da Copa Libertadores da América e, depois da saída do seu companheiro de ataque Jardel, transformou-se no maior destaque da equipe. “Tudo o que eu tenho hoje, eu agradeço ao Luiz Felipe, ele é como se fosse o meu segundo pai“, reconhece. (Zero Hora, segunda-feira, 2 de setembro de 1996)

 

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Foto: Fernando Gomes (Zero Hora)

 

GRÊMIO EMPATA CONTRA O VASCO NOS ACRÉSCIMOS
Com um futebol de ritmo preguiçoso e desprovido de criatividade, o Grêmio ficou apenas no empate em 1 a 1, ontem à tarde, no São Januário, diante de um Vasco da Gama que jogou desde os 11 minutos com um jogador a menos devido à expulsão do volante Borçato. No final, o resultado até foi festejado pelos gremistas, já que o time conseguiu empatar apenas nos acréscimos.

Foi a terceira partida consecutiva em que o Grémio perdeu uma grande oportunidade de somar não um, mas 3 pontos. A primeira foi contra o Vitória, a segunda contra o Corinthians, e a terceira ontem. Com isso, o time manteve uma honrosa, mas inútil invencibilidade, e caiu na tabela de classificação, ficando na obrigação de vencer o Atlético, em Curitiba, quarta-feira.

A torcida do Vasco ainda fazia festa para Edmundo, quando aos 11 minutos, Borçato foi expulso após levar o segundo cartão amarelo. A partir daí, o Grêmio assumiu o controle do jogo. O Vasco recuou, ficando somente Edmundo, em grande atuação, na frente. Com toques para os lados, cruzamentos fracos e imprecisos e poucas jogadas pelas pontas, o Grêmio não soube aproveitar a chance de somar 3 pontos em pleno São Januário.

O Grêmio parecia acreditar que o gol sairia ao natural, sem maior esforço. Acabou surpreendido por Pimentel, que, aos 40 minutos, avançou meio campo sem ser combatido, e chutou por cobertura para fazer 1 a O. O Grêmio acordou e, na pressão, empatou aos 48 minutos, por Paulo Nunes, de cabeça.” (Correio do Povo, segunda-feira, 2 de setembro de 1996)

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Foto: Correio do Povo

 

“FELIPÃO AGRADECE A DEUS E FAZ CRÍTICAS

“Temos que erguer as mãos para o céu e agradecer a Deus pelo resultado”, desabafou o técnico do Grêmio, após o jogo contra Vasco. Luiz Felipe Scolari ficou irritado com a falta de poder ofensivo do seu time, “que dominou o jogo, mas não criou”. Na sua avaliação, o Grêmio jogou errado, tentando entrar pelo meio. “Deveríamos explorar bolas aéreas e cavar faltas perto da grande área do Vasco”.

Luiz Felipe disse também que Danrlei falhou no gol de Pimentel, “pois estava adiantado e errou a mão na hora de fazer a defesa”. Ele voltou a criticar os jogadores de meio e defesa, que permitiram que o lateral do Vasco penetrasse livre. “Os jogadores não querem se expor ao ridículo e só ficam cercando”. (Correio do Povo, segunda-feira, 2 de setembro de 1996)

 

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Foto: Fernando Gomes (Zero Hora)

“O empate com o Vasco teve um sabor de derrota para o Grêmio. Com a expulsão de Borçato, aos 11 minutos do primeiro tempo, o Vasco perdeu força ofensiva, permitindo ao Grêmio tomar o controle da partida.O empate veio nos descontos, com Paulo Nunes.” (Zero Hora, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996)

 

“O JOGO: Apesar de atuar com um jogador a mais durante 80 minutos, o Grêmio não ousou e o Vasco viu facilitado seu trabalho de equilibrar a partida.” (Tabelão Placar 1996)

 

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DIRIGENTES PROTESTAM

O fato de o árbitro Oscar Roberto de Godói ter dado 50 minutos de jogo no segundo tempo — o Grêmio empatou aos 48min — fez alguns vascaínos perderem a cabeça após o jogo. O choro era livre. O advogado do clube, Paulo Reis, berrava pateticamente que o Vasco não vence por culpa da imprensa.

Outros também não mediam as palavras, como o ex-jogador e deputado estadual Roberto Dinamite. ‘”Não é querer justificar esses atos, mas se o que aconteceu aqui fosse lá no Sul. a delegação do Vasco e a Arbitragem nem sairiam do estádio”. comentou Roberto.

No mesmo tom, o vice-presidente de futebol. Eurico Miranda, não Se conformava com o empate do Grêmio. “Os clubes não têm nada a fazer. É por isso que se um juiz como esse tem dois ou três dentes quebrados depois do jogo não vai poder reclamar”, ameaçava. Segundo Eurico, há um esquema organizado pelo diretor da Comissão de Arbitragem da CBF, Ivens Mendes, para prejudicar o Vasco.

“Não é de hoje que eu venho afirmando que os árbitros têm uma orientação dele, no sentido de que o Vasco não se classifique entre os oito em hipótese alguma. Os jogadores do Vasco já estavam avisados sobre isso. Eu pedi a abertura de inquérito na CBF e ninguém fez nada. Mandaram para o Tribunal julgar e dizer que eu estava ofendendo o Ivens”, reclamava o dirigente.

Lucidez mesmo era mais fácil de ser encontrada entre os jogadores. Como Pimentel, que não satisfeito em sair como o melhor do time e marcar um golaço, deu uma lição aos dirigentes e assessores: “Tudo bem, o árbitro não precisava dar cinco minutos de acréscimo, um ou dois estava bom. Mas o nosso time bobeou. Não podíamos tomar um gol daqueles naquela hora”. (Ricardo Gonzalez, Jornal do Brasil, segunda-feira, 2 de setembro de 1996)

 

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Foto: Fernando Gomes (Zero Hora)

 

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Fonte: Pioneiro

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Vasco 1×1 Grêmio

VASCO: Caetano; Pimentel, João Luiz, Alex e Cássio; Luisinho, Borçato, Juninho (Macedo) e Válber (Ranielli); Edmundo e Toninho (Sydnei)
Técnico: Alcir Portela

GRÊMIO: Danrlei; Aílton, Mauro Galvão, Adílson e Roger; Dinho, Goiano, Émerson (Zé Afonso) e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Saulo (Rogério)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

Brasileirão 1996 – 7ª Rodada – 1ªFase
Data: 1º de setembro de 1996, domingo, 17h00min
Local: Estádio São Januário, no Rio de Janeiro, RJ
Público: 9.010
Renda: R$ 96.970,00
Árbitro: Oscar Roberto de Godói (SP)
Auxiliares: Carlos Roberto da Silva e Jovair de Almeida
Cartões Amarelos: Sydnei; Aílton, Roger, Goiano, Mauro Galvão, Zé Afonso e Adílson
Cartão Vermelho: Borçato
Gols: Pimentel, 40 minutos do 2º tempo e Paulo Nunes,aos  48 minutos  do 2° tempo

Brasileirão 1996 – Grêmio 5×0 Atlético Mineiro

December 8, 2021
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Foto: Sílvio Ávila (Zero Hora)

No Brasileirão de 1996, o Grêmio goleou o Atlético Mineiro por 5 a 0 no Olímpico. Esse é um jogo que serve para demonstrar que, apesar de nunca ter encontrado um substituto à altura para Jardel, o plantel do Grêmio para o segundo semestre da temporada tinha uma composição bem interessante. A mais evidente delas era ter Mauro Galvão como um reserva de luxo para a zaga. Marco Antônio e André Silva eram alternativas bem confiáveis para as laterais e a disputa entre Emerson e Ailton pela camisa 10 tricolor causou “dor de cabeça” em Felipão até o fim do campeonato. Todos esses atletas citados iniciaram como titulares nessa vitória sobre o Galo.

Ainda sobre este jogo, eu acho muito curioso que Taffarel estava usando uma camisa muito parecida com a que ele usava no Parma, porém a de  1996 não parecia ser feita pela Umbro (muito embora os dois clubes tivessem a marca inglesa como fornecedora d e material esportivo)

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Foto: Ricardo Giusti (Correio do Povo)

 

PAULO NUNES COMANDA O MASSACRE
Atacante marcou 2 gols e deu passe para mais 2 nos 5 a 0 contra o Atlético Mineiro e já é artilheiro do Campeonato Brasileiro

Depois de uma semana tensa e de questionamentos em relação à capacidade do time, o Grêmio deu a melhor resposta possível ao golear em 5 a 0 o Atlético Mineiro, no estádio Olímpico. O grande destaque da partida foi o atacante Paulo Nunes, que protagonizou belas jogadas, marcou dois gols e assumiu a ponta na tabela de goleadores do Campeonato Brasileiro com 7 gols.

Foi um jogo movimentado e de boa técnica, apesar da chuva. O Grêmio buscava a reabilitação à derrota diante do Atlético Paranaense, e o time mineiro tentava quebrar a rotina de só perder fora de casa. O objetivo do treinador Eduardo Amorim começou a ficar inviabilizado aos 3 minutos, quando, após cobrança de escanteio, Paulo Nunes tentou o gol com o calcanhar. A bola bateu na trave e voltou para Saulo fazer 1 a 0.

Era tudo o que o treinador Luiz Felipe queria. O gol logo de saída obrigou o Atlético a sair para buscar o empate. E aí foi a vez de a defesa gremista provar que não é tão vulnerável quanto se imagina. O sistema defensivo funcionou exemplarmente, anulando o ataque mineiro. À frente da zaga, a dupla Dinho/Adilson esteve perfeita, bloqueando e fazendo com que a bola saísse rápida para o ataque., onde Paulo Nunes brilhava. Saulo, lesionado, foi substituído por Afonso.

Aos 44 minutos, Émerson lançou Paul Nunes pela esquerda. O ponta cruzou na medida para Afonso concluir com precisão: 2 a 0. Quatro minutos depois. Paulo Nunes em grande jogada individual, livrou-se da mareação e chutou rasteiro no canto esquerdo de Taffarel para fazer 3 a o. No segundo tempo, o Grêmio continuou arrasador. Aos 21, Aílton cruzou para Afonso cabecear no canto direito e ampliar. Aos 37. Adilson cruzou para Paulo Nunes marcar o quinto gol.” (Correio do Povo, 9 de setembro de 1996)

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Foto: Sílvio Ávila (Zero Hora)

O JOGO: O Grêmio dominou totalmente a partida, marcando com firmeza e executando com rapidez as jogadas de ataque. O Atlético praticamente não atacou. Escapou de ter levado mais gols.” (Tabelão Placar 1996)

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Foto: Sílvio Ávila (Zero Hora)

 

“Foi o jogo da recuperação. Depois de quatro partidas consecutivas sem vitória, O Grêmio premiou o seu torcedor com uma atuação irretocável. Sem dar trégua aos defensores do Atlético-MG, Paulo Nunes e Afonso foram os grandes nomes da partida, sendo responsáveis pelos quatro dos cinco gols do jogo.” (Zero Hora, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996 – Fonte: Arquivo Gremista)

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GRÊMIO HUMILHA O ATLÉTICO
Ao golear o time mineiro por 5 a 0, a equipe do técnico Luiz Felipe se recuperou e agora soma 12 pontos

Paulo Nunes marcou dois gols, construiu as jogadas de outros dois e foi o melhor em campo, na vitória de 5 a 0 do Grêmio sobre o Atlético Mineiro, ontem à tarde, no Estádio Olímpico. Foi o jogo de Paulo Nunes. Se bem que a frágil defesa do Atlético Mineiro colaborou de forma inestimável.

Mal a partida havia começado e o Grêmio já estava na frente no placar Aos três minutos, Dinho cobrou um escanteio da direita, Adilson cabeceou para o meio da área, Rivarola, chutou errado, Paulo Nunes apanhou a bola de costas para o gol e tentou marcar de calcanhar. A bola bateu na trave e voltou para o atacante Saulo empurrar para o gol.

Ao contrário das partidas anteriores, o Grêmio continuou jogando bem e partindo para o ataque rapidamente, sem dar espaços para o Atlético na defesa. O Atlético só deu um chute no primeiro tempo, através de Doriva, por cima da trave. A partir dos 20 minutos o Grêmio chegou a relaxar e permitir alguns toques de bola do adversa rio no meio-campo, mas aos 44 minutos Paulo Nunes arrancou pela esquerda e cruzou na medida para Afonso, que havia entrado em lugar do lesionado Saulo. Afonso marcou o segundo gol. Nos descontos do primeiro tempo, Paulo Nunes fez o gol mais bonito do jogo, entrando a drible na área e deslocando o goleiro Taffarel.

Com 3 a O no placar, o time do técnico Luiz Felipe voltou tranqüilo para o segundo tempo. O treinador adversário, Eduardo Amorim, tentou modificar a disposição tática da sua equipe colocando o atacante Cleiton em lugar do lateral Paulo Roberto, mas esta alteração apenas deu mais espaços para o Grêmio contra-atacar.

Foi o que o Grêmio ficou tentando fazer no restante do jogo. O sistema defensivo, com Mauro Galvão ao lado de Rivarola, estava perfeito. Adilson, no meio-campo, fazia a bola rolar com rapidez. E Paulo Nunes estava infernal, no ataque. O Atlético até que tentou partir para cima, mas sem qualquer organização. O Grêmio começou a perder gols.

Finalmente, aos 21 minutos, Allton deslocou-se pela direita e cruzou na cabeça de Afonso, que colocou no canto, sem a menor chance para Taffarel defender. O lado esquerdo da defesa do Atlético continuou aberto. Foi por aquele setor que Adilson entrou, aos 38 minutos, e cruzou para Paulo Nunes encerrar a goleada: 5 a O. Na saída de campo, como havia ocorrido no intervalo de jogo, Paulo Nunes foi ovacionado pela torcida. O atacante do Grêmio, agora, é o artilheiro do campeonato, com sete gols. O Grêmio vai ficar uma semana sem jogar. Sua próxima ocorrerá no domingo, contra o Paraná, em Curitiba.” (Zero Hora, 9 de setembro de 1996)

 

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“LUIZ FELIPE ELOGIA O POSICIONAMENTO

Mais do que festejar a goleada sobre o Atlético Mineiro, o treinador Luiz Felipe tratou de elogiar o desempenho da equipe. “A marcação foi correta, o posicionamento bom e as chances de gol foram aproveitadas. Isso para mim é mais importante que os 5 a 0”.

Outro motivo de satisfação do técnico é o fato de que terá uma semana inteira para treinamento: “Vamos poder acertar alguns detalhes e recuperar os lesionados”, disse Luiz Felipe. Entre eles, Saulo, que deixou o campo com um princípio de estiramento. Domingo, o Grêmio pega o Paraná, em Curitiba.

A direção do Grêmio divulgou ontem a relação dos integrantes da “Calçada da Fama”: Fernando Kroeff, Osvaldo Rolla, Leão, De León, Edinho, Pingo e Adílson. Mais os 13 nomes escolhidos pela crônica esportiva: Alcindo, André, Ancheta, Airton, Baltazar, Yura, Jardel, João Severiano, Oberdan, Ortunho, Mazaropi, Juarez e Renato Portaluppi.” (Correio do Povo, 9 de setembro de 1996)

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OS DESEMPENHOS (Zero Hora, 9 de setembro de 1996)
GRÊMIO ATLÉTICO
Chutes a gol 12 4
Conclusões de cabeça 3 1
Escanteios cedidos 2 4
Faltas cometidas 13 16
Impedimentos 2 4

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GRÊMIO GOLEIA ATLÉTICO
Tricolor fez boa partida e se reabilitou diante da torcida fazendo 5 no galo mineiro

Porto Alegre — O Grêmio se reabilitou frente a sua torcida goleando o Atlético-MG, por 5 a O, ontem à tarde, no Estádio Olímpico. Numa partida movimentada e sob intensa chuva, o time treinado por Luiz Felipe correu bastante e arrematou com categoria. Com o resultado, o Grêmio subiu para 12 pontos e melhora suas chances de classificação para a próxima fase do Campeonato Brasileiro da Série A.

O 1º tempo já terminou em goleada de 3 a 0. Aos 3min, Saulo fez o primeiro gol pegando o rebote de uma bola na trave, chutada por Adilson, e deslocando completamente Taffarel. O Grêmio jogou bem no início da partida, dominando o meio de campo e com bastante velocidade na frente. O Atlético começou a insistir nos contra-ataques somente após os 25 minutos, criando diversas situações de gol. Saulo, com um problema muscular na coxa, foi substituído por Afonso aos 34 minutos.

E foi Afonso quem marcou o segundo gol do Grêmio aos 44min. Paulo Nunes, numa jogada individual, aproveitando a saída de Taffarel, marcou o terceiro do Grêmio, aos 48 minutos. Na etapa final, Afonso, num cruzamento de Ailton, tocou de cabeça e fez 4 a O, aos 21min. Paulo Nunes, chutando da direita após receber um passe de Adilson, decretou o escore aos 37min.” (Pioneiro, segunda-feira, 9 de setembro de 1996)

 

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Grêmio 5×0 Atlético Mineiro

GRÊMIO: Danrlei; Marco Antônio, Rivarola, Mauro Galvão e André Silva; Dinho (Luciano), Adílson, Aílton e Émerson; Paulo Nunes e Saulo (Zé Afonso, 34 do 1ºT)
Técnico: Luiz Felipe Scolari
ATLÉTICO-MG: Taffarel; Dinho, Ronaldo Guiaro, Rogério Pinheiro e Paulo Roberto Prestes (Cleiton); Gutemberg, Doriva, Escobar (Silva) e Fábio Augusto; Helbert e Renaldo (Leandro)
Técnico: Eduardo Amorim

9ª Rodada – Primeira Fase – Brasileirão 1996
Data: 8 de setembro de 1996, domingo, 16h00min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre, RS
Público: 8.932 (5.218 pagantes)
Renda: R$ 56.300,00
Árbitro: Cláudio Vinícius Cerdeira (RJ)
Auxiliares: Reinaldo Ribas e Djalma Beltrami
Cartões Amarelos: Rivarola, Marco Antônio e Dinho (G); Gutemberg, Rogério Pinheiro e Paulo Roberto Prestes (AM)
Cartão Vermelho: Ronaldo Guiaro(AM)
Gols: Saulo (G), 3 minutos; Zé Afonso (G), 44 minutos; Paulo Nunes (G), 48 minutos (1° tempo); Zé Afonso (G), 28 minutos; Paulo Nunes (G), 37 minutos (2° tempo).

Brasileirão 1996 – Corinthians 2×2 Grêmio

December 4, 2021
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Foto: Zero Hora

No Brasileirão de 1996, Corinthians e Grêmio empataram em 2×2 no Canindé, em partida válida pela 6ª rodada da competição.

Neste ano os juízes começaram a obrigar as equipes trocar também os calções e meias quando houvesse semelhança entre as equipes. Por isso vemos o Grêmio com calção reserva, porém com a meia titular, uma vez que o Corinthians usava uma meia listrada preta e branca (muito semelhante a uma das meias que a Penalty fez para o uniforme negresco do Grêmio).

Sylvinho, atual técnico do Timão, foi o titular da lateral-esquerda corintiana naquele noite.

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Foto: Zero Hora

GRÊMIO EMPATA COM O CORINTHIANS
O goleiro Danrlei foi o melhor jogador do time gaúcho, que desperdiçou um pênalti e ficou no 2 a 2

Danrlei e Ronaldo foram os grandes nomes do jogo realizado entre Grêmio e Corinthians, ontem à noite, no Estádio do Canindé, apesar do placar dilatado: 2 a 2. Os dois goleiros foram os jogadores que mais trabalharam — Ronaldo, do Corinthians, pegou um pênalti e Danrlei praticou uma série de defesas complicadas, principalmente no segundo tempo.
No primeiro, tudo começou bem para o Grêmio. Logo aos seis minutos, depois de uma cobrança de escanteio, Mauro Gaivão encostou a bola e o atacante Paulo Nunes escorou para o gol: 1 a 0. O Grêmio continuou bem, jogando com tranqüilidade e segurança no meio-de-campo. Mas, aos poucos, o Corinthians passou a pressionar. E o Grêmio errou ao recuar em demasia e submeter-se à pressão.
As oportunidades começaram a aparecer para o Corinthians. Aos 22 minutos, Célio Silva cobrou uma falta com violência e Danrlei defendeu com dificuldade. Três minutos depois, o volante Bernardo entrou em velocidade na área, pelo meio, e perdeu o gol. Aos 40, Souza invadiu a área a drible exatamente pelo mesmo setor. Só que teve categoria para empatar a partida.
O melhor do jogo ocorreu no segundo tempo. O Corinthians partiu para cima da defesa do Grêmio e só não marcou porque Danrlei defendeu de todas as formas. Até com os pés. À altura dos 10 minutos, o goleiro do Grêmio chegou a afastar quatro escanteios seguidos, cobrados com malícia por Marcelinho Carioca. Aos três minutos, o zagueiro Henrique fez um gol que foi anulado porque ele estava em posição de impedimento. O Corinthians prosseguiu melhor, mas foi o Grêmio que marcou. De novo, através de uma jogada de bola parada. Aos 16, Saulo, que entrou em lugar de Afonso, subiu mais alto que a zaga, cabeceou para baixo ao estilo de Jardel e desempatou. O gol não intimidou o time paulista. Aos 29, Célio Silva invadiu a área, passou por Roger, passou para André Santos, que cruzou até Alcindo. O atacante precisou somente empurrar para o gol. A torcida do Corinthians ainda comemorava quando Carlos Miguel sofreu o pênalti. Mas Emerson chutou fraco, no meio do gol, facilitando a defesa de Ronaldo. O empate deu ao Grêmio o seu oitavo ponto, colocando o time na sétima posição no Campeonato Brasileiro. No próximo domingo, a equipe de Luiz Felipe vai enfrentar o Vasco da Gama, no Rio de Janeiro.”
(Zero Hora, sexta-feira, 30 de agosto de 1996)

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Foto: (Revista Nação Tricolor nº 3)

CORINTHIANS EMPATA COM O GRÊMIO
Corinthians e Grêmio empataram ontem, no Canindé, em 2 a 2, e estão empatados na classificação do Brasileiro com oito pontos.O time gaúcho abriu o placar logo aos 6min de jogo. Após uma cobrança de escanteio de Aílton, Mauro Galvão pegou a sobra e tocou para Paulo Nunes, que, livre, marcou com facilidade.Como o Corinthians jogava com três jogadores de marcação e apenas Souza para criar, o time apelava para o individualismo.Só aos 24min é que a pequena torcida corintiana que foi ao Canindé voltou a gritar a favor de seu time _até então, só reclamava da lentidão de seu clube.Gilmar cobrou rasteiro e com força uma falta na esquerda, e Danrlei tocou a escanteio.A partir daí, o Corinthians começou a chegar mais à área gremista, em jogadas individuais.Carente de finalizadores, o técnico corintiano Valdyr Espinosa substituiu o marcador Marcelinho Souza pelo atacante Jorginho.A alteração deu resultado aos 39min. Souza recebeu na esquerda, driblou dois adversários e tocou cruzado, na saída de Danrlei. As jogadas de bola parada da direita marcaram o início do segundo tempo, sem efeito, porém.Quando o Corinthians vivia seu melhor momento no jogo, quem marcou foi o Grêmio. Saulo completou, de cabeça, uma cobrança de escanteio, aos 15min.O Corinthians voltou a empatar aos 28min. Célio Silva saiu em velocidade do meio-campo, tocou para André Santos, que fez o centro para Alcindo marcar.No minuto seguinte Célio Silva e André Santos fizeram pênalti em Goiano, mas Ronaldo defendeu a cobrança de Emerson.” (VALMIR STORTI, Folha de São Paulo, 30 de agosto de 1996)

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DANRLEI BRILHA NA NOITE DOS GOLEIROS


Os goleiros foram definitivos no empate em 2 a 2 do Grêmio contra o Corinthians. Se Danrlei esmerou-se em defender os chutes perigosos de Souza e de Marcelinho Carioca, o corintiano Ronaldo cintilou na única vez em que devia brilhar: evitou a vitória adversária ao adivinhar o canto e agarrar o pênalti mal cobrado por Émerson. Os quatro gols em jogo podem ser atribuídos a falhas de marcação dos zagueiros, jamais aos goleiros.


Desde cedo Danrlei mostrou firmeza. Ainda no primeiro tempo, o goleiro do Grêmio conseguiu defender no chão a cobrança de uma falta por Célio Silva. O chutão passou feito um bólido entre as pernas dos jogadores na zaga e arrojou-se a meia altura. Surpreso com o petardo, Danrlei só teve tempo de espalmar a bola, prontamente retirada da área por Adilson. Um outro chute de Marcelinho Carioca na fase inicial quase o traiu. A bola bateu no chão e obrigou o goleiro gaúcho a controlá-la em dois tempos.


Tão dificil quanto a defesa do pênalti foram as intervenções de Danrlei com os pés no segundo tempo. Aos 9 minutos, depois de um intricado bate-e-rebate na área gremista, um corintiano conseguiu concluir no risco da pequena área. Danrlei usou o pé para colocar a bola longe. Quatro minutos depois, o goleiro iria repetir a façanha. Novamente com o pé, Danrlei afastou um chute do desesperado ataque paulista. No lance seguinte, o goleiro ainda administrou uma seqüência de quatro escanteios cobrados por Marcelinho Carioca. A pressão corintiana parou nas mãos e pés do goleiro ignorado pelo técnico Zagalo. Quando até os paulistas já se contentavam com o empate, Émerson ainda obrigaria os torcedores do Corinthians cruzarem os dedos para que errasse um pênalti, aos 31 finais. O meio-campista tomou boa distância e partiu convicto. Mas chutou no mesmo canto de Ronaldo.


A proeza dos goleiros também rondou o Maracanã ontem à noite. Edinho, do Santos, não precisou se esforçar para defender um pênalti que o botafoguense Túlio jogou às alturas. Só o santista Jamelli obteve vantagem sobre o goleiro Vágner, ao fazer 2 a O sobre o Botafogo. Foi de pênalti.
” (Zero Hora, sexta-feira, 30 de agosto de 1996)

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“O jogo: Corinthians e Grêmio somam agora oito pontos. O jogo foi movimentado. O Corinthians teve que buscar o resultado duas vezes. No final do jogo, Ronaldo defendeu a cobrança de pênalti Emerson.” (Folha de São Paulo)

 

“Sob a luz dos refletores na noite paulistana, o Grêmio comprovou a teoria de Adílson. Jogando com objetividade, envolveu o Corinthians, mas novamente cederam o empate em duas oportunidades. Faltando 14 minutos para o final, o meia Emerson perdeu o pênalti que daria a vitória ao Grêmio.” (Zero Hora, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996)

 

O JOGO: Nem a volta de Célio Silva e Bernardo aliviou o sofrimento da torcida Corintiana. O empate em casa até saiu barato depois do pênalti mal batido por Émerson, a 15 minutos do final.” (Tabelão Placar)

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Foto: (Revista Nação Tricolor nº 3)

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Corinthians 2×2 Grêmio

CORINTHIANS: Ronaldo; André Santos, Célio Silva, Henrique e Silvinho; Bernardo, Gilmar, Marcelinho Paulista (Jorginho) e Souza; Marcelinho Carioca e Alcindo Sartori
Técnico: Valdir Espinosa

GRÊMIO: Danrlei; Marco Antônio (Émerson), Mauro Galvão, Adílson e Roger; Dinho (Luciano), Goiano, Aílton e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Zé Afonso (Saulo)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

Brasileirão 1996 -6ª Rodada – 1ªFase
Data: 29 de agosto de 1996, quinta-feira, 20h30min
Local: Estádio do Canindé, em São Paulo
Público: 4.095 pagantes
Renda: R$ 40.535,00
Árbitro: Carlos Elias Pimentel (RJ)
Cartões Amarelos: Gilmar, Silvinho e Bernardo (C); Saulo, Paulo Nunes, Carlos Miguel e Mauro Galvão (G)
Gols: Paulo Nunes, 6 minutos; Souza, 16 minutos do primeiro tempo; Saulo, 15 minutos; Alcindo, 28 minutos do segundo tempo.

Brasileirão 1996 – Grêmio 3×1 Flamengo

November 23, 2021
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Foto: Zero Hora

Como eu disse na semana passada, foi nessa partida contra o Flamengo que Zé Alcino foi titular pela primeira vez na campanha do Brasileirão de 1996.

Interessante notar que José Mitchell (do Jornal do Brasil) apesar de chamar o atacante do Grêmio de Zé “Alcindo”, observou corretamente que o novo camisa nove tricolor atuava mais pelos lados do campo, tendo Paulo Nunes passado mais para o centro do ataque.

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Foto: José Ernesto (Correio do Povo)

PAULO NUNES VIVE NOITE DE `MATADOR´

Marcou todos os gols na vitória de 3 a 1 sobre o Flamengo, no estádio Olímpico, formando dupla endiabrada com Zé Alcino

Quando marcou seu terceiro gol, Paulo Nunes correu para a beira do gramado, ajoelhou-se diante da torcida, fez o sinal-da-cruz e depois ergueu os olhos e as mãos para o céu. Com seus três gols, Paulo Nunes levou o Grêmio a vencer o Flamengo por 3 a 1, ontem à noite, no Olímpico, e, de quebra, mostrou que é o verdadeiro sucessor do matador Jardel e reassumiu a artilharia isolada do Campeonato Brasileiro com 11 gols.

Para chegar a essa posição, Paulo Nunes contou ontem com uma parceria que não vinha tendo nas últimas partidas: Zé Alcino. E foi exatamente dos pés de Zé Alcino que saiu o passe para o gol que abriu o caminho da vitória. Aos 5 minutos, ele invadiu a área pela direita e cruzou na medida para o goleador gremista simplesmente encostar para a rede. O Grêmio começava a recuperar a tranqüilidade abalada. Aos 19 minutos, Zé Alcino cruzou, Goiano errou e a bola sobrou para Paulo Nunes, que dominou e chutou com categoria.

Na arquibancada, a torcida fazia a sua festa, aplaudindo os jogadores a cada lance. Além dos dois atacantes, Carlos Miguel e, especialmente, Émerson davam o ritmo do jogo. No sistema defensivo, tudo perfeito, inclusive com André Silva revelando qualidades até para ser mantido. Aos 35 minutos, Zé Alcino dominou pelo meio e enfiou para o endiabrado Paulo Nunes, que entrou livre, driblou o goleiro e fez 3 a 0.

No segundo tempo, o Grêmio reduziu seu ritmo. Carlos Miguel foi poupado. Entrou João Antônio. O Flamengo passou a pressionar. Num contra-ataque, aos 9 minutos, Zé Alcino fez bela jogada individual e quase marcou o quarto gol. Aos 19, Athirson entrou pela direita e bateu cruzado para fazer 3 a 1. Logo depois, Luciano foi expulso injustamente pelo árbitro, que passou a errar muito. Mesmo com um a menos, o Grêmio garantiu a vitória.” (Correio do Povo, quinta-feira, 10 de outubro de 1996)

“O JOGO: O Grêmio foi superior ao Flamengo no primeiro tempo e definiu a vitória cedo, em mais uma ótima apresentação de Paulo Nunes.” (Tabelão Placar 96)


“Mais do que o jogo de Paulo Nunes, autor dos três gols do Grêmio, a partida marcou o ajuste final de Luiz Felipe no time. Com a entrada de Zé Alcino no lado direito do ataque, ele resolveu os problemas ofensivos da equipe
.”(Zero Hora, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996)

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OUTRO VEXAME DO FLA

De novo, o carrasco foi também ex-rubro-negro, Paulo Nunes, autor dos três gols da vitória do Grêmio

PORTO ALEGRE — O Flamengo parece ter-se acostumado a perder, como temia o presidente Kleber Leite. Ontem, no Estádio Olímpico, sofreu sua terceira derrota consecutiva no Campeonato Brasileiro (está em 12° lugar, com 20 pontos ganhos), escapando inclusive de ser goleado no primeiro tempo. O Grêmio ficou nos 3 a 1, porque o Flamengo jogou com raça no segundo tempo, quando conseguiu seu gol, marcado por Atirson, um dos poucos que se salvaram.

Paulo Nunes, mais um ex-jogador rubro-negro (como aconteceu com Edmundo, no domingo), foi o responsável pelo terceiro pesadelo do Flamengo. O atacante marcou três gols, poderia ter feito mais, se não tivesse saído por cansaço, e assumiu a liderança isolada da artilharia com 11 gols.

A derrota deixou a dúvida: o que tem sido pior no time do Flamengo? A sua frágil defesa, que até três rodadas era a menos vazada e agora contabiliza 11 gols sofridos em três jogos? O meio-campo, em que a criatividade não existe? Ou o ataque, que parece não ter entrado em campo nos últimos jogos? Bebeto, por exemplo, voltou a jogar muito mal.

Ontem, no Olímpico, a combinação desses fatores negativos foi responsável por mais uma derrota. Aos 5min, numa bola perdida num dos muitos passes errados de Iranildo no meio-campo, o Grêmio partiu para o rápido contra-ataque, em três toques. Dos pés de Emerson para Zé Alcindo, que cruzou para Paulo Nunes marcar 1 a 0, completamente livre. Paulo Nunes (pelo meio) e Zé Alcindo (pela ponta direita) se movimentavam e confundiam os zagueiros.

O Flamengo não conseguia ficar com a bola. O Grêmio, muito superior, não deixava o adversário jogar e ainda neutralizava as jogadas com seguidas faltas. O time de Joel ainda conseguiu perder um gol feito (Marques, livre, demorou para chutar), até que Paulo Nunes se aproveitou de um chute errado de Zé Alcindo para fazer 2 a 0, aos 19min. Gol de pura sorte.

Paulo Nunes ainda tinha mais para mostrar. Aos 35min, recebeu a bola em seu próprio campo, partiu em velocidade sem ser combatido, driblou Zé Carlos e tocou para o gol vazio: 3 a 0 no placar, três gols de Paulo Nunes e o 11º o do novo artilheiro do Brasileiro.

Tudo ou nada — Sorte do Flamengo que o primeiro tempo terminou — o Grêmio perdeu duas oportunidades para ampliar, para desespero do técnico Joel Santana. “Vamos voltar com tudo para o segundo tempo. Perdido por três, perdido por seis”, gritava Joel na saída de campo para o vestiário.

Joel fez mais do que gritar: trocou Atirson e Gilberto de lado. Em uma de suas primeiras jogadas como lateral-esquerdo, Atirson driblou dois adversários e chutou cruzado para marcar um bonito gol, aos 15min. Luciano foi expulso, o Grêmio ficou com um jogador a menos e o Flamengo tentou então reagir. Na base da raça, depois de duas substituições que nada acrescentaram (os atacantes Marcos e Jacinto no lugar de Gilberto e Marques), o Flamengo procurou o segundo gol. Quase conseguiu com Mancuso, que chutou no travessão.

O Flamengo, que teve de amargar mais uma derrota, volta a jogar domingo contra o Paraná, no Maracanã, com o presidente Kleber Leite ratificando sua confiança na comissão técnica rubro-negra. “O Joel Santana é um dos três melhores técnicos do Brasil. Está mantido no cargo e tem o meu apoio”.  (José Mitchell, Jornal do Brasil, quinta-feira, 10 de outubro de 1996)

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GRÊMIO: Danrlei; Marco Antônio, Luciano, Adílson e André Silva; Mauro Galvão, Goiano, Émerson e Carlos Miguel (João Antônio); Paulo Nunes (Wágner) e Zé Alcino (Aílton)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

FLAMENGO: Zé Carlos; Gilberto (Marcão), Juan, Júnior Baiano e Athirson; Márcio Costa, Mancuso, Fábio Baiano e Iranildo (Pingo); Marques (Jacinto) e Bebeto
Técnico: Joel Santana

14ª Rodada – Primeira Fase – Brasileirão 1996
Data: 09 de outubro de 1996
Árbitro: Dalmo Bozzano (SC)
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre
Público: 12.505 (8.833 pagantes)
Renda: R$ 86.741,00
Cartões Amarelos: Émerson, Goiano e Marco Antônio (G); Júnior Baiano, Mancuso e Jacinto (F)
Cartão Vermelho: Luciano (G)
Gols: Paulo Nunes (G), 5, 19 e 35 minutos (1° tempo); Athirson (F), 15 minutos (2° tempo).

Brasileirão 1996 – Grêmio 4×2 Fluminense

November 8, 2021
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Foto: (Revista Nação Tricolor nº 3)

No Brasileirão de 1996, o Grêmio venceu o Fluminense no Olímpico por 4×2. Foi o 18º jogo da campanha do título gremista (10ª das 11 vitórias que os comandados de Felipão tiveram na primeira fase).

Naquele ano era o Fluminense que tentava escapar do rebaixamento. Renato Portaluppi (que uma semana antes fora operado no joelho pela segunda vez na temporada) havia sido anunciado como novo treinador do clubes da Laranjeiras na segunda-feira, mas não comandou o time no Olímpico, uma vez ainda estava se locomovendo com auxílio de muletas.

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Foto: José Ernesto (Correio do Povo)

GRÊMIO VIRA JOGO CONTRA O FLU, FAZ 4 A 2, E JÁ É QUARTO COLOCADO

Depois de um susto no primeiro tempo, o Grêmio acabou goleando o Fluminense por 4 a 2, ontem à noite, no Olímpico, e subiu para o quarto lugar no Campeonato Brasileiro.

O Grêmio começou em cima do time carioca, mas aos poucos diminuiu o ritmo, jogando com lentidão. Na retranca, ao Fluminense só restava o contra-ataque. Num deles, aos 23 minutos, Valdeir aproveitou uma indecisão da zaga e chutou forte para fazer 1 a 0.

O gol não serviu para acordar o time gremista. Na arquibancada, a torcida, impaciente, começou a vaiar os lances errados. Quando terminou o primeiro tempo, a vaia foi mais intensa. Irritado com o rendimento da equipe, Luiz Felipe evitou entrevistas.

A esperança dos torcedores era o inevitável puxão de orelha do técnico. Uma esperança que se justificou plenamente já aos 2 minutos. Ailton, que havia passado para a lateral em lugar de Marco Antônio, no ingresso de Saulo, foi ao fundo e cruzou na medida para Luís Carlos Goiano, que cabeceou firme para empatar a partida.

O time estava diferente. Rápido no toque de bola e arrasador, com destaque para Emerson. Aos 5 minutos, Ailton mais uma vez, fez boa jogada e cruzou. Zé Alcino desviou de cabeça e fez 2 a 1. Aos 20, o gol da tranqüilidade: Lima tocou a mão na área na disputa com Saulo. Dinho bateu o pênalti e ampliou. Aos 27, Zé Alcino, num chute forte, marcou 4 a 1. Aos 42, batendo falta, Paulo Roberto descontou: 4 a 2.” (Correio do Povo, quinta-feira, 7 de novembro de 1996)

“A expectativa de uma partida fácil contra o penúltimo colocado na tabela foi frustrada logo no primeiro tempo, com um gol de Valdeir. Depois de um primeiro tempo frustrante, o Grêmio voltou com força total e liquidou o Fluminense em 27 minutos.” (Zero Hora, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996)

O JOGO: O Grêmio pressionou o Fluminense, que se defendeu e tentou surpreender nos contra-ataques. Conseguiu êxito somente no primeiro tempo.” (Tabelão Placar 96, nº10, página 228)

“FLUMINENSE PERDE POR 4 A 2

PORTO ALEGRE — O Fluminense perdeu para o Grêmio ontem, no Estádio Olímpico, por 4 a 2.— gols de Valdeir e Paulo Roberto, para o Fluminense, e  Luís Carlos Goiano, Zé Alcino (2) e Dinho. A derrota aumentou a ameaça de rebaixamento já que o Bragantino empatou por 2 a 2 com o Atlético Mineiro e chegou aos 16 pontos — o mesmo do tricolor, que tem saldo de gols menor e por isso agora está em 22° lugar. O Bragantino assumiu a 21ª posição. Pior: o Criciúma, 23°, derrotou o Goiás por 3 a 0 e chegou aos 14 pontos. O lanterna Bahia — 13 pontos —não jogou.

O Fluminense se aproveitava dos contra-ataques e fez um bom primeiro tempo. Aos 23min, Valdeir marcou 1 a 0. Logo no início do segundo tempo, aos 2min, o Grêmio empatou: Luís Carlos Goiano de cabeça. Zé Alcino, também de cabeça, fez 2 a 1, aos 8min. O terceiro foi de pênalti, aos 20min, marcado por Dinho, após a bola bater na mão de Lima. Sete minutos depois, Zé Alcino aumentou para 4 a 1. Paulo Roberto definiu o placar aos 42min, de falta.”  (Jornal do Brasil, quinta-feira, 7 de novembro de 1996)

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Fonte: Correio do Povo

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Grêmio 4×2 Fluminense

GRÊMIO: Danrlei; Marco Antônio (Saulo), Mauro Galvão, Adílson e Roger (André Silva); Dinho, Goiano, Aílton e Émerson; Paulo Nunes e Zé Alcino (Negretti)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

FLUMINENSE: Léo; Paulo Roberto, Lima, César e Jorge Luís (Amarildo); Cadu (Uidemar), Charles Guerreiro, Hugo e Rogerinho; Barata (Leonardo) e Valdeir
Técnico: Altair (Interino)

Brasileirão 1996 -19ª Rodada – Primeira Fase
Data: 06 de novembro de 1996, quarta-feira, 20h30min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre
Público: 14.700 (10.208 pagantes)
Renda: R$ 95.456,00
Árbitro: Sidrak Marinho dos Santos (SE)
Cartões Amarelos: Aílton e Adílson (G); Barata, Valdeir e Charles Guerreiro
Gols: Valdeir, aos 23 minutos do 1º tempo; Goiano aos 2 minutos; Zé Alcino aos 6 minutos; Dinho (de pênalti) aos 20 minutos; Zé Alcinho aos 27 e Paulo Roberto aos 42 minutos do 2° tempo

A camisa “Negresco” era mesmo azarada? Quem desenhou ela?

September 18, 2021

 

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Há exatos 25 anos o Grêmio fazia sua estreia na edição de 1996 da Supercopa. E também estreava seu novo fardamento, com a famigerada camisa “Negresco” (que ganhou essa alcunha pela semelhança com a antiga embalagem da bolacha da Nestlé, imagem abaixo). Nessa partida de estreia o Grêmio empatou, no Olímpico, em 3×3 com o Velez Sarsfield, após estar vencendo por 3×1.

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Muito em função disso, essa camisa costuma ser citada em listas de fardamentos considerados como “azarados” pelos torcedores. Eu sempre achei essa fama um tanto injusta. Porque o empate com o Velez foi um resultado ruim, mas absolutamente normal. Os Argentinos foram campeões do mundo em 1994, do Torneo Apertura 1995, do Clausura 1996 e acabaram conquistando aquela edição da Supercopa. Assim, fui pesquisar se havia mais alguma coisa que confirmasse esse suposto azar da camisa.

A Zero Hora, já no final de setembro daquele ano, publicou uma notinha fazendo uma relação entre o uso do uniforme nos seus dois primeiros jogos e os resultados negativos naqueles compromissos (em uma imagem mais abaixo dá pra notar que o jornal também repetiu a informação INCORRETA de que o Inter teria aposentado seu uniforme todo vermelho após o Gre-Nal do Brasileirão de 1977, mas falaremos disso em um outro post). A revista Placar, em dezembro de 1996, foi mais enfática ao usar os termos “uniforme azarado”, “camisa maldita” e “tremendo pé-frio”, após o terceiro jogo e a terceira derrota com o novo fardamento.

 

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Curiosamente depois desses três primeiros jogos o Grêmio não mais usou o calções (pretos, usados contra o Velez, e azuis contra Botafogo e Sport) e meias (preta e branca, usada contra Velez e Botafogo e azuis contra o Sport) que faziam parte do conjunto. Em 1997 e 1998 o Grêmio usou essa camisa em, pelo menos, outras 11 ocasiões, mas jogando com os calção todo preto ou todo branco e as meias branca ou celeste. Com essa alteração no fardamento,  o retrospecto da camiseta negresco melhorou bastante.

Nos 14 jogos (sendo o último um amistoso com o Guarani de Venâncio em janeiro de 1998) em que ela foi utilizada  o Grêmio teve 6 vitórias (42,8%), 5 empates (35,7%) e 3 derrotas (21,5%). No período entre o “debut” e a “aposentadoria” da camisa, o Grêmio fez um total de 114 jogos, com 50 vitórias (43,9%), 35 empates (30,7%) e 29 derrotas (25,4%).  Destes 114 jogos eu não consegui identificar o fardamento que o Grêmio utilizou na partida contra Santa Cruz em 11 de junho de 1997.

Vale lembrar que a partir da derrota em casa para o Brasil de Pelotas no Gauchão de 1997, o Grêmio passou a utilizar essa camisa com a marca Ironcryl na frente.

 

As matérias do Correio do Povo e da Zero Hora publicadas abaixo informam que o fardamento foi lançado numa terça-feira, véspera do jogo contra o Velez. Mas na minha memória eu tenho que ele foi revelado pelo conselheiro Zelio Hocsman, numa segunda-feira, no antigo Cadeira Cativa da finada TV Guaíba.

Lembro de ter gostado muito do fardamento na época do lançamento. Hoje eu não me atrevo a dizer que a camisa é bonita, mas sigo achando que o conjunto todo (especialmente nas múltiplas possibilidades com os calções e meias) é interessante. Para o bem ou para o mal acaba sendo uma epítome dos exageros dos anos 1990. E a marca d´água que apareceu pela primeira vez nessa camisa foi repetida em todas as camisas titulares até 1999.

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O logo da Conmebol já havia aparecido na camisa branca lançada em fevereiro de 1996. Mas eu nunca entendi muito bem porque ele apareceu nessa camisa também, visto que em setembro de 1996 o Grêmio já não era mais o “detentor” do título mais recente da Libertadores. De qualquer forma esse logo foi repetido nas camisas tricolores de 98 e 99.

Em um post de 2008, eu havia me referido a essa camisa como a “quarta” de 1996. Hoje eu acredito que o mais correto seja se referir a ela como a terceira camisa, uma vez que esse lançamento significou o fim (temporário, do uso da camisa celeste (que havia sido retomado em agosto de 1994). O Grêmio só voltou a utilizar uma camisa predominantemente azul com a chegada dos novos fardamentos de 1998 (mais precisamente no empate com o Santa Cruz nos Plátanos pelo Gauchão daquele ano).

As marcas da Penalty e da Renner passaram a ser aplicadas num material aveludado enquanto o distintivo do clube voltou a ser sublimado

 

 

E o mapa-mundi do distintivo do mundial foi usado em uma das estampas da camisa e dos calções.

No seu Trabalho de Conclusão de Curso publicado em 2005, Frederico Guaragna transcreve a informação dada por Wesley Cardia (vice-presidente de marketing do Grêmio em 1996) de que esse fardamento foi uma “iniciativa exclusiva do departamento de marketing do Grêmio.” Contudo, na última terça-feira, meu amigo Snel questionou o Eugênio Lumertz , no Twitter, sobre o envolvimento da agência de publicidade SL&M na criação deste uniforme, e ele contou que a “agência pediu pra fazer a 3ª camisa” e que Luciano Leonardo foi o Diretor de Arte responsável pela criação do modelo.

 

 

 

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“O caso do Grêmio e Penalty, em 1996 é um exemplo da necessidade e o sucesso das iniciativas de novos lançamentos. Apesar do seu ótimo momento futebolístico, com grandes conquistas, a direção do clube temia pela redução do volume de vendas das camisetas oficiais após a saturação do mercado. Então, por uma iniciativa exclusiva do departamento de marketing do Grêmio, foi lançado um modelo inédito em que as combinações entre calção e camiseta formavam ondulações. A então fornecedora aprovou o modelo e a média de vendas diária nos primeiros meses de lançamento surpreendeu: 5 mil unidades, o equivalente às médias mensais dos grandes clubes do futebol do país.(A gestão do marketing esportivo no futebol : caso Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense. Frederico Mandelli Guaragna)

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“VÉLEZ SIEMPRE SALE ADELANTE

PORTO ALEGRE.- Habrá que rescatar el resultado. Y punto. Vélez empató 3 a 3 con Gremio, luego de ir perdiendo por 3 a 1, y festejó en la noche brasileña. Estuvo cerca de la goleada, sufrió la expulsión de Pellegrino (a los gaúchos le echaron a Adilson) y pudo haber regresado con una catástrofe a cuestas. Pero se recuperó con más suerte que otra cosa y se llevó a Buenos Aires mucho más de lo que pensó en algún momento. De arranque, por una cuestión de localía -casi como una obligación en esto de los torneos internacionales-, el que salió a buscar el partido resultó Gremio. Y la verdad es que no le fue demasiado bien al principio. No por que jugara mal, sino porque el que se puso en ventaja fue Vélez. Una injusticia, pero también una realidad inapelable.

Habían transcurrido 21 minutos de la primera etapa y, mientras Gremio manejaba la pelota sin crear peligro, un perfecto contraataque vía Cardozo-Pandolfi-Camps terminó con un golazo de éste, a través de un remate desde fuera del área.

El árbol, esta vez, no impidió ver el bosque. Dicho con otras palabras, el fantástico tanto de Camps no escondió el gran problema que tenía Vélez: sólo con disparos desde bien lejos podía llegar hasta los dominios de Danrlei.

Pandolfi y Posse estaban demasiado solos, como para que todos recordaran a Asad, aún en vías de recuperación. (Dicho sea de paso, Palmeiras se preocupó por la rehabilitación del delantero y pidió una cotización oficial).

Igual, los de Piazza no se retrasaron tanto en el campo. Esperaron a Gremio en la media cancha y desde allí planificaron sus contraofensivas.

Claro que no contaban con que, pocos minutos después, Chilavert reaccionara tarde en un centro de Carlos Miguel y Saulo marcara el empate de cabeza. Ni con que Arce desnivelara a un minuto del final del primer tiempo con un magnífico tiro libre que lo hizo acreedor al duelo de paraguayos. Ni mucho menos con que Ailton pusiera el 3 a 1 a los dos minutos del segundo tiempo con un cabezazo que parecía inofensivo.

Gremio se agrandó. Carlos Miguel se erigía en manija, Paulo Nunes volaba por su lateral, Saulo hacía olvidar a Jardel y Vélez tambaleaba por su lateral derecho. Para colmo, Pellegrino se tuvo que ir expulsado junto con Adilson y hasta se pensó que la firmeza defensiva quedaba a un paso del derrumbe.

Se produce el milagro

Pero no. Este Vélez está hecho a prueba de derrumbes; tiene todo para perder y no pierde. Apenas quince minutos después, Danrlei le regaló el descuento a Morigi y, cuando todavía se pensaba en que el 2-3 era un buen resultado, Mauro Galvao se llevó por delante la pelota y decretó el 3-3. Una perfecta carambola que, dadas las circunstancias, le daba muchísimo a Vélez y nada de nada a Gremio. Entre tantos desperfectos defensivos, el partido resultaba emocionante. Y aún quedaban 25 minutos. Pero Gremio se desanimó, Vélez levantó más la guardia y el tiempo sobró.

Al final, Piazza y los suyos festejaron un resultado muy bueno; más si se pone sobre la balanza el juego de ambos equipos.

Y ya es casi una costumbre. Cuando juega bien o cuando lo hace mal, cuando lo merece y cuando no, y hasta cuando ni sus hombres creen en cambiar la historia, Vélez siempre sale adelante. Como anoche.

Los equipos

Dirigió el uruguayo Julio Matto (regular) y los equipos formaron así:

Gremio: Danrlei (4); Arce (6), Rivarola (5), Galvao (5) y Roger (5); Dinho (5), Adilson (capitán, 4), Ailton (4; 23 del ST, Joao Antonio) y Carlos Miguel (7), Paulo Nunes (6) y Saulo (6). Director técnico: Luiz Scolari.

Vélez: Chilavert (5); Méndez (4), Sotomayor (5), Pellegrino (capitán, 4) y Cardozo (5); Herrera (4), Gómez (5), Morigi (7) y Camps (5; 30 del ST, Domínguez); Posse (4; 41 del ST, Cordone) y Pandolfi (5; 21 del ST, Husain). Director técnico: Osvaldo Piazza.

Primer tiempo: 21, Camps (V); 30, Saulo (G), y 44, Arce (G).

Segundo tiempo: 2, Ailton (G); 17, Morigi (V), y 20, Galvao (G), en contra. A los 11 minutos fueron expulsados Adilson (G) y Pellegrino (V)” (La Nacion)

 

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Grêmio 3 x 3 Velez Sarsfield

GRÊMIO: Danrlei; Marco Antônio, Rivarola, Mauro Galvão e Roger; Adílson, Dinho (Émerson), Aílton (João Antônio) e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Saulo.
Técnico: Luiz Felipe Scolari

VELEZ SARSFIELD: Chilavert; Mendes, Sotomayor, Pelegrino e Cardoso. Herrera, Gomez, Morigi e Camps (Dominguez); Póssi (Cordoni) e Pandolfi (Moussain)
Técnico: Osvaldo Piazza

Data: 18 de setembro de 1996, quarta-feira, 21h30min
Local: Olímpico, em Porto Alegre-RS
Público: 22.903 (17.597 pagantes)
Renda: R$ 111.887,00
Juiz: Júlio Matto (Uruguai)
Cartões Amarelos: Paulo Nunes, Dinho, Mendes e Sotomayor
Cartões Vermelhos: Adílson e Pellegrino
Gols: Camps aos 20, Saulo aos 30 e Arce aos 44 do 1º; Aílton aos 2, Moriggi aos 16 e Mauro Galvão (contra) aos 20 do 2ºtempo

Gauchão 1996 – São Luiz de Ijuí 0x4 Grêmio

March 30, 2021

Foto: José Doval (Zero Hora)

 

Na estréia do Gauchão de 1996, o Grêmio venceu o São Luiz, em Ijuí, por 4×0.

É válido lembrar que Jardel não é citado na matéria da Zero Hora transcrita abaixo como um desfalque porque nesse período ele estava envolvido numa transferência mal sucedida para o Glasgow Rangers.

Isso também explica o motivo do Grêmio ter tantos estreantes nas posições de ataque nesta partida.

Foto: José Doval (Zero Hora)

GRÊMIO DÁ GOLEADA NA PRIMEIRA VITÓRIA DO ANO
Em sua estréia no campeonato gaúcho a equipe da Capital venceu o São Luiz por 4 a 0, em Ijuí

O Grêmio conseguiu a sua primeira vitória do ano no jogo de estreia no Gauchão. Sábado à tarde, goleou o São Luiz, de Ijuí, por 4 a 0. Mesmo sem os titulares Danrlei, Roger, Dinho e Paulo Nunes, o time exibiu a mesma força e organização tática do ano passado. Além da conquista dos três primeiros pontos no campeonato gaúcho, a partida no Estádio 19 de Outubro serviu para aprimorar a adaptação dos novo jogadores ao esquema do técnico Luiz Felipe. E os recém-contratados mostraram que já começaram a se entender com os companheiros mais antigos: três dos quatro gols do time foram marcados pelos estreantes Zé Alcino, Capitão e Negreti.

Foi de Goiano, no entanto, o primeiro gol do jogo, aos 28in, quando chutou de fora da área e a bola desviou num zagueiro para enganar o goleiro Osvaldo. O time local sentiu o gol e passou a apertar mais a marcação, na tentativa de frear o ímpeto do Grêmio. Pouco adiantou. Num lance bem elaborado pelo lado direito, Zé Alcino fez a 2 a 0, aos 38min.

Na segunda etapa, o Grêmio continuou a dominar o São Luiz. A equipe de Luiz Felipe poderia ter chegado ao terceiro gol logo aos oito minutos, quando Negreti sofreu pênalti. O aproveitamento medíocre do Grêmio nas penalidades máximas acabou se confirmando mais uma vez. O centroavante Silvio bateu forte, pata fora.

O time de Ijuí conseguiu segurar o ataque do Grêmio até 32min do segundo tempo, quando Adilson marcou de cabeça na cobrança de um escanteio. O árbitro Fabiano Gonçalves, no entanto, deu gol de Capitão, que chutou depois de um zagueiro do São Luiz ter defendido a cabeçada de Adilson já dentro do gol. O lance mais perigoso do São Luiz ocorreu aos 40min, quando Paulo César apanhou de cabeça um cruzamento de Nazarildo, acertando a trave de Murilo.  A superioridade gremista foi coroada a um minuto do fim da partida. O habilidoso Negreti aproveitou uma falha da defesa adversária para fechar a goleada: 4 a 0.” (Zero Hora, segunda-feira, 5 de fevereiro de 1996)

“Três dos quatro gols foram marcados por estreantes em jogos oficiais. Apenas Goiano é veterano” (Tabelão Placar 1996, n.º1, página 11)

 

SÃO LUIZ: Osvaldo; Kiko, Jaime, Fábio e Clausemir; Nelson, Baggio (Jorjão), Sandro e Batista (Tiziu); Nazarildo e Paulo César
Técnico: Pontes

GRÊMIO: Murilo; Arce. Rivarola, Adilson e Carlos Miguel; João Antônio (Carlos Alberto) , Goiano, Emerson e Negretti; Zé Alcino (Márcio) e Sílvio (Capitão)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

Gauchão 1996 – 1ª Fase – 1ª Rodada
Data: 03 de fevereiro de 1996, sábado
Local: Estádio 19 de Outubro, em Ijuí-RS
Público: 3.662 (2.717 pagantes)
Renda: 26.485,00
Árbitro: Fabiano Gonçalves
Auxiliares: José Oliveira e Cláudio Andrei
Cartões Amarelos: Zé Alcino, João Antônio, Kiko, Nazarildo, Fábio e Jaime
Gols: Goiano, aos 26 minutos do primeiro tempo, e Zé Alcino, aos 35 minutos, do 1° tempo; Capitão, aos 32 minutos e Negreti, aos 44 minutos do 2° tempo

Libertadores 1996 – Grêmio 1×0 America de Cali

October 21, 2020

Foto: Ronaldo Bernardi (Zero Hora)

O último confronto entre América de Cali e Grêmio em Porto Alegre ocorreu em 4 de junho de 1996, na partida de ida da semifinal da Libertadores daquela temporada. O tricolor ganhou por 1×0 graças ao gol de falta de Goiano.

Na minha memória o resultado e atuação do Grêmio foram percebidos no estádio como frustrantes. O grande destaque da noite foi o goleiro Óscar Córdoba, que neutralizou a bola aérea gremista com suas saídas arrojadas.

Infelizmente não há como lembrar desse jogo sem contextualizar o absurdo que foi o calendário tricolor em 1996.  O jogo daquela terça-feira era o do número 40 do clube na temporada. Três dias depois o Grêmio receberia o Palmeiras pela partida de volta da semifinal da Copa do Brasil.

Em entrevista publicada no dia do jogo contra o América, Felipão disse que seria “quase impossível” o Grêmio vencer as três competições que estava disputando (Libertadores, Copa do Brasil e Gauchão) e afirmou que a Libertadores era prioridade.

O público da terça foi de 28.566 (22.045 pagantes), contra 48.266 (36,808 pagantes) na sexta, o que gerou uma interpretação, repetida com certa frequência no folclore do futebol gaúcho, de que a torcida gremista preferiu a Copa do Brasil em detrimento a Libertadores. Vale lembrar que os ingressos da semifinal da Copa do Brasil foram mais baratos do que os ingressos da semifinal da Libertadores.

Foto: Mauro Vieira (Zero Hora)

 

A UM EMPATE DA FINAL

Sem jogar bem, o Grêmio venceu o América por 1 a 0 e vai a Cali em vantagem

 

Nenhum time do Interior do Rio Grande do Sul, no Gauchão, jogou tão retrancado como o América de Cali, ontem à noite, no Estádio Olímpico pela Libertadores da América. Foi esta principal causa das dificuldades que o Grêmio encontrou para vencer a partida por 1 a 0. Um placar minguado, mas que que dá ao Grêmio a vantagem do empate no segundo jogo da semifinal da competição, na próxima quarta-feira, na Colômbia.

 O América abdicou do jogo, sobretudo no primeiro tempo. Até os oito minutos, o time colombiano sequer havia passado do meio do campo. Seu primeiro ataque, e ainda assim inócuo, aconteceu aos 11 minutos. O Grêmio passou todo o primeiro tempo atacando, cercando a área adversária e levantando bolas diante do excelente goleiro Córdoba. Houve muita insistência, mas pouca inspiração dos atacantes. Paulo Nunes foi quem mais conseguiu levar vantagem sobre os zagueiros, deslocando-se pela direita e pela esquerda. O centroavante Jardel, no entanto, errou todos os passes que tentou e nunca venceu a marcação pelo alto. No meio-de-campo, Émerson não repetiu a boa atuação que teve contra o Palmeiras e Aílton, embora tenha melhorado em relação aos jogos anteriores, também apresentou pouca força.

O gol só poderia sair de uma cobrança de falta. E só poderia ser feito pelo melhor jogador em campo, o meia Goiano que, aos 30 minutos, chutou por cima da barreira, no canto esquerdo, enganando o goleiro e abrindo o placar. Mesmo com o 1 a 0, o América não saiu para o jogo. O Grêmio prosseguiu marcando sob pressão e a equipe colombiana se restringiu ao seu campo de defesa.

No segundo tempo, o técnico Diego Umanã tirou o atacante Zambrano do time e colocou o pequeno, mas veloz, De Ávila. A modificação deu um pouco mais de agressividade ao América, mas então o Grêmio caiu dramaticamente de produção. Os jogadores brasileiros passaram a errar passes, a sair com lentidão da defesa e a irritar os torcedores. As melhores chances ocorreram através de cobranças de falta da entrada da área. Goiano e o lateral Arce, contudo, não obtiveram sucesso. Jardel sempre errou ao tentar o toque de bola fora da área. Em alguns momentos, parou o ataque do Grêmio, tal foi a sua lentidão. Dentro da área, o zagueiro Asprilla não lhe deu a menor oportunidade de cabecear. Ao tentar as jogadas pelos flancos, com os laterais Arce e Roger, o ataque do Grêmio parou no goleiro Córdoba, que saiu sempre muito bem do gol. O técnico Luiz Felipe ficou todo o segundo tempo pedindo que os jogadores cruzassem mais aberto, na segunda trave, mas todos os lances foram curtos, facilitando a defesa. No último minuto, Émerson perdeu uma ótima oportunidade chutando sobre o goleiro. O resultado foi inquietante, mas não ruim.” (David Coimbra, Zero Hora, 5 de junho de 1996)

 

 

GRÊMIO SOFRE MAIS SUPERA A RETRANCA DO AMÉRICA DE CALI

Porto Alegre — Preso na marcação dos colombianos, o Grêmio precisou de um gol de bola parada para vencer o América de Cáli, por 1 a O, na abertura das semifinais da Taça Libertadores. Com a vantagem obtida ontem à noite, no estádio Olímpico, o time gaúcho precisa de um empate na próxima quarta-feira para chegar às finais.

Romper a barreira imposta pelos colombianos, no entanto, não foi nada fácil para o tricolor. Sem Carlos Miguel, gripado, a equipe gaúcha não teve em Emerson alguém capaz de dar velocidade à saída de bola e fazer a ligação com o ataque. Desde os primeiros movimentos, o Grêmio tratou de pressionar. Logo a 2min, Arce cobrou falta sofrida por Paulo Nunes, assustando o goleiro Córdoba. Numa cobrança perfeita de Luís Carlos Goiano, aos 30min, o Grêmio abriu o placar. A partir daí, o América saiu um pouco mais para o jogo, contudo, sem se descuidar da marcação. Aos 40min, Jardel cabeceou na trave, em rara oportunidade que venceu a marcação. Na seqüência, Paulo Nunes exigiu grande defesa de Córdoba.

No 2° tempo, com a entrada de De Ávila, o América passou a sair mais para o ataque, dando espaços para o Grêmio. Mesmo assim, a equipe de Luiz Felipe não teve tranqüilidade para marcar seu segundo gol. As melhores chances, novamente, foram através de cobranças de falta com Arce e Goiano. Na melhor delas, aos 34min, a bola passou rente ao poste. No final, Emerson ainda perdeu boa oportunidade de ampliar.” (Pioneiro, quarta-feira, 5 de junho de 1996)

 

“Público vira uma decepção 
A temperatura em torno dos 15ºC na noite de ontem e o televisionamento do jogo para Porto Alegre desestimularam os gremistas. Além disso, as dúvidas sobre a qualidade do América, de Cali, contribuíram para o torcedor se resguardar para assistir ao Palmeiras, na próxima sexta-feira. O público de 29 mil pessoas ficou aquém do esperado pela diretoria — as previsões eram de que todos os 55 mil ingressos fossem vendidos. Na entrada do Grêmio em campo, os jogadores foram festejados por 12 mil fogos, que ensurdeceram a torcida por mais de três minutos. Mas os fiéis gremistas presentes no estádio não se intimidaram com o frio e empurraram o time até o final, quando trocaram as palavras de apoio por vaias. Entre reclamações pela falta de força ofensiva do time e críticas direcionadas a alguns jogadores, imperou a confiança na presença em mais uma final da Libertadores.” (Leonardo Oliveira, Zero Hora, 5 de junho de 1996)

LUIZ FELIPE FICA MAGOADO
O técnico não gostou da reação da torcida e já pensa em deixar o Grêmio

Irritado com os torcedores que criticaram a vitória por apenas 1 a O sobre o América, de Cali, o técnico Luiz Felipe revelou ontem à noite que está pensando em sair do Grêmio. “A gente começa a se incomodar”, reclamou o treinador. “E quando a gente começa a se incomodar tem que pensar em mudar de ares”.

Em seus três anos de clube, o técnico ainda não havia se mostrado tão revoltado como ontem. “O que eles estão pensando?”, perguntou, referindo-se aos torcedores insatisfeitos com o placar. “Isso aqui é a Libertadores. Eles acham que vamos ganhar de 10 a O do América de Cali? Isso é idéia que só jerico possui”.

Luiz Felipe lembrou que o América já disputou 11 Copas Libertadores e que o Grêmio não passa de um time esforçado. “Um time bom, sim”, acrescentou. “Mas que não tem aquela qualidade que o torcedor pensa que tem. Temos jogadores que trabalham arduamente e que merecem o agradecimento da torcida e não isso que aconteceu hoje”. O técnico citou uni torcedor em especial que, aos 15 minutos do segundo tempo, teria dito que o meia Carlos Miguel não estava jogando nada – Carlos Miguel está lesionado e nem entrou em campo.

Luiz Felipe também fez questão de ressaltar o desgaste do time. “Os jogadores estão estourados fisicamente”, sublinhou. E revelou que o lateral-esquerdo Roger jogou todo o segundo tempo sentindo uma distensão na coxa direita e que o quarto-zagueiro Adilson sofreu uma lesão no joelho direito. Ambos podem ficar de fora da partida contra o Palmeiras, na próxima sexta-feira. E não só Adilson e Roger. Luiz Felipe contou que está cogitando de escalar o “Banguzinho” apelido do time reserva para o jogo de sexta-feira. “Estou tão chateado que vou para casa sem nem pensar nesta partida contra o Palmeiras”, confessou o treinador. “Amanhã é que vou ver o que vou fazer”.

Apesar de estar agastado, o técnico confia na classificação na segunda partida da semifinal da Libertadores, quarta-feira que vem, na Colômbia. “Lá eles vão ter que sair um pouco mais para o jogo, não vão ficar os 11 na defesa, e aí nós vamos pegá-los no contra-ataque”, observou. “Por isso que digo que este resultado foi bom. Na Libertadores a gente tem é que vencer“. (Zero Hora, 5 de junho de 1996)

Foto: Edison Vara (Placar)

 

COLOMBIANO VOLTA SATISFEITO
O técnico do América, Diego Umaña, considerou satisfatório o resultado. “Temos maior possibilidade de revertê-lo na Colômbia”, afirmou. O fato de ter que sair para o jogo para buscar a vitória não assusta. Para a próxima partida, o América contará com os retornos do volante argentino Berti e do meia Hernandez, considerado o jogador mais habilidoso do time. O técnico espera que o atacante De Ávila esteja recuperado da lesão.” (Leonardo Oliveira, Zero Hora, 5 de junho de 1996)

 

 

 

ESTRECHO TRIUNFO DE GREMIO SOBRE AMÉRICA DE CALI

Un solitario gol de tiro libre de Luis Carlos Goiano, a los 31 minutos del primer tiempo, le dio la victoria a Gremio sobre el América de Cali, en partido de ida válido por las semifinales de la Copa Libertadores disputado anoche en Porto Alegre

El conjunto colombiano mostró un planteamiento bastante defensivo a lo largo de los 90 minutos, aunque en el complemento tuvo más el balón en su poder y le quitó agresividad a los brasileños que se vieron impedidos para aumentar la diferencia.” (EL TIEMPO 05 de junio 1996)

“AMÉRICA, UNA DERROTA QUE DEJA ESPERANZAS
El primer enfrentamiento entre Gremio y América, por las semifinales de la Copa Libertadores, terminó como se preveía: con victoria del equipo brasileño

Lo que no estaba en los planes de muchos era que el encuentro apenas terminara 1-0, ventaja pírrica si se tiene en cuenta que en la revancha, a jugarse la semana entrante, el onceno colombiano tendrá a su favor el jugar de local.

Y la verdad fue el equipo de Diego Edison Umaña después de un opaco primer tiempo, en la complementaria despertó un poco y le quito ritmo y empuje a su enemigo.

Ya en el trámite del choque, desde el pitazo inicial del juez paraguayo Oscar Velásquez se notó como se desarrollaría la historia.
Gremio, como local, dispuesto a atacar con todo y América, como visitante, dispuesto a defenderse con todo. Y así fue.

Los brasileños coparon todos los espacios, no dejaron pensar a su rival y poco a poco hacían méritos para irse en ventaja.

Los dirigidos por Umaña no querían saber nada del arco contrario. Henry Zambrano, su único delantero, nunca tuvo el espacio ni oportunidad ni nada para inquietar.

En ese orden de ideas, lo único que había que esperar era el minuto en que Gremio se iría adelante en el marcador. Y, claro, ese minuto llegó.

Eran los 31 cuando se produjo una falta en el medio campo americano y al cobro llegó Luis Carlos Goiano, quien de fuerte disparo llevó la alegría a las colmadas tribunas del estadio.

Esa fórmula, la del tiro libre, fue la preferida de los locales para llegar hasta el arco de Oscar Córdoba. Antes lo habían intentado dos veces con el paraguayo Francisco Arce (le hizo gol a Uruguay el domingo pasado, por las eliminatorias).

Otro camino ofensivo utilizado por los brasileños fue el de abrir las puntas, tirar centros y buscar el cabezazo de Jardel, táctica que casi les da resultado a los 40 minutos, pero el balón rebotó en el travesaño.

De América, muy pocas cosas para decir en el primer tiempo. Se defendió muy bien, pero no atacó.

En la complementaria, el técnico Umaña dejó en el camerino a Zambrano e ingresó al Pitufo De Avila.

Igualmente, los americanos salieron un poco más de su terreno y empezaron a tocar el balón en el medio aunque casi nunca inquietaron al arquero de Gremio.

Pese a todo, con ese toque, le quitaron velocidad a su rival, que veía como pasaban los minutos y la ventaja seguía siendo mínima teniendo en cuenta el cotejo de revancha en el Pascual Guerrero de Cali.

Las pocas oportunidades de gol creadas por el Gremio fue por intermedio de los tiros libres así consiguieron el gol en la inicial, pero en el complemento la táctica no les funcionó.” (EL TIEMPO 05 de junio 1996)

 

“TRANQUILIDAD AMERICANA PESE A LA DERROTA 1-0
Tras terminar el encuentro de ida de la Copa Libertadores jugado contra el Gremio, partido que se perdió por la mínima diferencia, el camerino de América estuvo tranquilo porque sus jugadores son conscientes que dentro de ocho días, cuando se juegue la revancha en Cali, existirán muchas posibilidades de acceder a la final de la Copa Libertadores.

Diego Edison Umaña, el técnico de América, se mostró bastante tranquilo por el resultado y dijo que con el 1-0 en contra tenemos muchas posibilidades de ganar en nuestro patio .

Hablando de lo visto a lo largo de los noventa minutos, el estratega colombiano dijo que vio mucho mejor a su equipo en el segundo tiempo. Nosotros tuvimos la pelota y le cerramos las posibilidades a ellos de llegar a la portería de Oscar (Córdoba), quien entre otras cosas tuvo una excelente noche .

Umaña dijo además que los brasileños se repitieron en los centros, lo que facilitó mucho el trabajo de la defensa americana.

Por otra parte, el estratega dijo que el 1-0 no es mucha ventaja para ellos, pero no podemos olvidar que este equipo tiene muchos pergaminos, entre ellos el de ser los actuales campeones de la Copa .

Finalmente, Umaña anotó que todavía faltan 90 minutos por jugar y que con seguridad en Cali la historia se escribirá distinto .

El volante Alex Escobar, que tuvo un buen manejo del balón especialmente en los últimos 45 minutos, dijo luego de terminado el encuentro que mostramos jerarquía y presencia. Creo que en el complemento tuvimos un poco más de manejo .

Sobre el encuentro a jugarse en Cali, El volante del barrio Obrero dijo que en nuestra cancha del Pascual haremos mejor las cosas y creo que sacaremos el resultado que nos permita enfrentar la final de la Copa .

Finalmente, el defensa James Cardona dijo sobre el encuentro que se saca un resultado que es remontable en la ciudad de Cali. La hinchada de aquí es buena. Estoy con optimismo y pienso que vamos a llegar a la final. ” (EL TIEMPO 05 de junio 1996)

 

 

Foto: Ronaldo Bernardi (Zero Hora)

 

OS DESEMPENHOS (Zero Hora, 5 de junho de 1996)
GRÊMIO AMÉRICA
Chutes a gol 12 2
Conclusões de cabeça 2 0
Escanteios cedidos 4 8
Faltas cometidas 10 14
Impedimentos 1 3

 

 

Grêmio 1×0 América de Cali

 

GRÊMIO: Danrlei; Arce, Rivarola, Adilson e Roger; Dinho (João Antônio), Luis Carlos Goiano, Aílton e Emerson; Paulo Nunes e Jardel
Técnico: Luiz Felipe Scolari

AMÉRICA: Oscar Córdoba; Cardona, Bermudez, Asprilla e Maziri; Digñas, Cabrera, Ortegon e Escobar (Gonzalez); Oviedo e Zambrano (De Avila)
Técnico: Diego Umana

Libertadores 1996 – Semifinal – Jogo de ida
Data: 4 de junho de 1996, terça-feira, 21h35min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre
Público: 28.566 (22.045 pagantes)
Renda: R$ 225.740,00
Árbitro: Oscar Velazquez (Paraguai)
Auxiliares: Bonifacio Nuñez e Juan Ortiz
Cartões Amarelos: Adilson, Maziri, Córdoba e Digñas
Gol: Goiano, aos 30 minutos do 1° tempo