Archive for the ‘1997’ Category

Amistoso em 1997 – Vila Nova 0x1 Grêmio

May 28, 2022
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Foto: Cacalos Garrastazu (Zero Hora)

Em 1997 o Grêmio enfrentou o Vila Nova no Serra Dourada em um amistoso. Ao ganhar por 1×0 o tricolor levou a Taça Ironcryl. E foi justamente nesse jogo que o Grêmio usou a camisa com patrocínio da Ironcryl pela primeira vez.

 

 


 

“EQUIPE MISTA DERROTA VILA NOVA EM AMISTOSO

Com uma equipe formada basicamente por reservas, o Grêmio venceu ontem à noite o Vila Nova, estragando a festa de entrega de faixas de campeão brasileiro da Série C as goianos. A vitória valeu aos gaúchos a Taça Ironcryl, oferecida pela Renner, patrocinadora das duas equipes.

Mesmo sendo festivo, o amistoso atraiu um pequeno público ao Estádio Serra Dourada. Mas os pouco mais de 1.300 torcedores assistiram um jogo movimentado. Mais qualificado, o Grêmio impôs seu ritmo desde o início e não custou a abrir o placar. Aos 20 minutos, Paulo Nunes chutou cruzado e, no rebote, Marcos Paulo completou para as redes.

Esse foi o primeiro gol marcado pelo centroavante desde que chegou ao Grêmio, em janeiro deste ano. Depois do gol, o Grêmio diminuiu o ritmo e passou a preservar alguns jogadores. No segundo tempo, o jogo perdeu interesse devido ao excesso de alterações. A melhor chance foi do Grêmio, num chute de Dauri, aos 26 minutos.” (Flávio Ilha, Zero Hora, sexta-feira, 11 de abril de 1997)

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VILA NOVA: Humberto (Edimar); Moisés, Vladimir, Luciano e Samarone: Mona, Roberval (Alex), Valdenir (Anderson) e Sabino (Alessandro Bill); Welliton (Eder) e Luciano (Paulinho)
Técnico: Roberval Davino

GRÊMIO: Danrlei; Marco Antônio (André Vieira), Luciano (Cristiano). Mauro Galvão e André Silva;Otacílio (Djair); Goiano, Émerson (Rodrigo Gral) e Paulo Henrique; Paulo Nunes (Dauri) e Marcos Paulo
Técnico: Evaristo de Macedo

Árbitro: Antonio Vidal
Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia, GO
Público: 1.301 pagantes
Renda: RS 11.127,50

Brasileirão 1997 – Grêmio 1×0 Criciúma

May 18, 2022
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Foto: Mauro Vieira (Zero Hora)

No Brasileirão de 1997 o Grêmio venceu o Criciúma por 1×0, graças a um golaço do centroavante Guilherme no final da partida.

Acho que os jornais da época foram um pouco preciosistas ao descrever a conclusão como uma “puxeta”

Bonita a frase feita pelo técnico Hélio dos Anjos: “Não podemos viver em função de sonhos”.

 

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Foto: Valdir Friolin (Zero Hora)

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Foto: Valdir Friolin (Zero Hora)

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Foto: Valdir Friolin (Zero Hora)

“O DIA EM QUE O GRÊMIO EXORCIZOU UM FANTASMA
O time de Hélio dos Anjos errou nas conclusões, mas Guilherme marcou aos 43 minutos finais, espantou o perigo do rebaixamento a conduziu a equipe ao 12º lugar no campeonato

Os últimos minutos da vitória de 1 a 0 não, perderam em nada para restantes finais da decisão do Campeonato Brasileiro contra a Portuguesa, no ano passado. Nas arquibancadas, os torcedores, desesperados, praguejavam o árbitro Sidrack Marinho dos Santos e pediam o final do jogo. Na pista atlética, os reservas e os integrantes do departamento médico gesticulavam com as mãos implorando pelo último apito. O goleiro Silvio, e o preparador físico Francisco Gonzalez já haviam dispensado os gandulas de perto da casamata e assumido a tarefa de repor a bola em campo. Os gremistas sofreram durante 88 minutos. Até que Guilherme, em uma bonita puxeta finalmente sepultou as ameaças de rebaixamento que pairavam sobre o Olímpico.

O Grêmio teve ontem à tarde todos os ingredientes para finalmente acabar com a má fase que atormentou as suas últimas semanas. O sol brilhou e deixou o domingo perfeito para o futebol A torcida compareceu em bom número e disposta apenas a apoiar. E o Criciúma… Bem, o Criciúma foi um time medíocre, sem força ofensiva. Os atacantes parecem tem ojeriza por jogar na área adversária. Mas o primeiro tempo do Grêmio não ficou muito longe da mediocridade. O time criou poucas chances para marcar. A principal delas, aos 12 minutos, caiu nos pés de Zé Alcino. Como tem se repetido, Zé Alcino acertou em cheio o goleiro. Aos 42, Dinho bateu falta e forçou Jeferson  a uma difícil defesa. O primeiro tempo foi isso. A torcida, atendendo aos apelos do presidente Luiz Carlos Silveira Martins, Cacalo, apenas aplaudiu

No segundo tempo, entretanto, o Grêmio mostrou vigor e encurralou o Criciúma. O centroavante Flávio conseguiu encostar na bola só aos 35 minutos. Em compensação, Jéferson saiu de campo extenuado pelo excesso de trabalho. O Grêmio chutava de perto, de longe, de fora da área, e nada. O fantasma do rebaixamento parecia perturbar. Guilherme, na frente do goleiro, chutou por cima. Beto se ajoelhou e pediu ajuda divina.

Até o gol de Guilherme, aos 43 minutos, os torcedores não desistiram. Na saída do estádio, houve carnaval no estacionamento. O vestiário superlotou com empolgados conselheiros e dirigentes, que colocaram o Grêmio entre os candidatos à classificação às finais. “Não podemos viver em função de sonhos”, definiu Hélio das Anjos.” (Leonardo Oliveira, Zero Hora, segunda-feira, 20 de outubro de 1997)

 

 

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Foto: Valdir Friolin (Zero Hora)

 

“O PRESIDENTE CACALO RETOMA O DIREITO DE SORRIR

Ele andara devorando caixas e caixas de bombom de tanta ansiedade. Engordo, corria até risco de ficar manco. Os problemas do clube do coração, que empilhava insucessos e agora estava diante do fantasma do rebaixamento, lhe consumiam por completo, até o impediam de fazer fisioterapia. Em Montevidéu, depois da derrota para o Peñarol por 3 a 2 e mais um fracasso, desta vez na Supercopa, sequer conseguiu concluir uma entrevista para o repórter Sérgio Boaz, da Rádio Gaúcha. Encobriu o rosto com as mãos e chorou. Mas ontem foi o dia de o presidente Luiz Carlos Silveira Martins, o Cacalo, um gremista até a medula, daqueles de se virar de costas para o campo quando o seu time está sendo pressionado, voltar a sorrir. “Eu não agüentava mais ouvir falar em rebaixamento”, admitiu Cacalo no vestiário festivo depois da vitória suada sobre o Criciúma.

 Imagine-se então como o presidente ao jogo de ontem, das cabines do Estádio Olímpico. Caminhava de um lado a outro, passava as mãos nos cabelos em desalinho e se virava de costas. Destilava rios de suor, uma marca registrada sua em momento do Grêmio, seja contra o Ajax, da Holanda, ou contra o Kabure, No momento do gol pulou feito um endemoniado, ignorando as recomendações de funcionários pata evitar excessos. “Vamos terminar o ano com dignidade, graças a Deus, porque ninguém consegue ganhar todos campeonatos que disputa”, desabafou, como se retirasse das costas um fardo de uma tonelada. “A torcida me ouviu e ajudou até o fim, que lindo isso, que lindo”, sorria, embevecido ao ver o torcedor cantando outra vez, ao contrário das vaias e críticas que já se incorporavam ao cotidiano tricolor. Em vez do presidente cabisbaixo, triste e se explicando por mais uma derrota, Cacalo voltou a ser o dirigente de oratória fácil, das frases de efeitos, das alfinetadas, da ironia, como sempre fez nos dias de glória nem tão distante.

Agora, para pensar só em 1998 e esquecer de vez o segundo semestre de 1997, resta ao Grêmio escapar do fantasma do rebaixamento também na Supercopa. Lanterna  do Grupo 4, com três pontos, precisa vencer o Estudiantes, quarta-feira, no Olímpico. (Zero Hora, segunda-feira, 20 de outubro de 1997)

 

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Foto: Valdir Friolin (Zero Hora)

 

“GRÊMIO VENCE E SAI DA ZONA DE RISCO
Drama acabou no belo gol de Guilherme, quase ao final da partida contra o Criciúma. Afastado o fantasma do rebaixamento

O fantasma do rebaixamento já não assusta mais o Grêmio. A vitória dramática sobre o Criciúma, por 1 a 0, ontem à tarde, no Olímpico, deixou o time com 28 pontos, afastando a angústia que já tomava conta de todos.

O primeiro tempo foi de dar pena. Precisando vencer, o Grêmio conseguiu apenas um arremate em jogada trabalhada. Foi aos 13 minutos, quando Zé Alcino recebeu de Sérgio Manoel, mas demorou muito a concluir, chutando sobre a zaga. A outra chance foi numa falta, quando Dinho concluiu forte, para boa defesa de Jéferson. De resto, o Grêmio foi um time sem criatividade. Dinho errou muitos passes, Zé Alcino não escapou nunca da marcação e Guilherme teve pela frente um zagueiro de ótima colocação, o jovem Fábio.

O Grêmio empurrou o Criciúma para trás no segundo tempo. Aos 9 minutos, Guilherme chutou por cima, quase na pequena área. A produção foi maior a partir da entrada de Tinga e Gilmar. Sérgio Manoel perdeu boa chance aos 18 minutos. Quando o empate parecia consumado, Arce cruzou, Rivarola ajeitou de cabeça e Guilherme, de puxeta, terminou com o desespero gremista: 1 a 0. O jogo já tinha 43 minutos.” (Correio do Povo, segunda-feira, 20 de outubro de 1997)

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“CLUBE PROJETA 98 E PASSA A BUSCAR ACIONISTAS
Grêmio já começa a projetar o próximo ano. Márcio Bolzoni, atual diretor de futebol, poderá ter mais poderes, assumindo inclusive a vice-presidência, conforme se especulava ontem à tarde. O clube buscará reforços para a lateral direita e a zaga,dado o afastamento de Arce e Rivarola, a serviço da seleção paraguaia na Copa da França. “O Grêmio Seguramente terá reforços”, informa o vice-presidente, Dênis Abrahão.

Carlos Biedermann, vice-presidente de Finanças, estima um prazo de seis meses para que seja adotada a idéia de clube-empresa. “Vamos colocar cotas no mercado, reservando ao clube a maior parte das ações”. Aos acionistas, será oferecida participação no passe de jogadores e de outros bens que integrarão o chamado ativo da empresa.

O presidente Luiz Carlos Silveira Martins vai insistir para que dois empresários passem a auxiliá-lo mais diretamente a partir de 98. Ricardo Vontobel, que já foi vice de Marketing, teve reunião reservada com Cacalo no fim de semana e poderá retornar ao cargo. Marcos Hermann, de Tintas Renner, foi abordado pelo presidente na saída do vestiário, após a partida, ouvindo o seguinte recado: “Preciso conversar contigo esta semana”.

Mais aliviado, o técnico Hélio dos Anjos desabafou: “Se eu não continuar no Grêmio, certamente estarei trabalhando num outro clube dia 3 de janeiro de 98”. Outra vez, Cacalo não garantiu a permanência do atual treinador para o próximo ano.” (Correio do Povo, segunda-feira, 20 de outubro de 1997)

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Foto: Mauro Vieira (Zero Hora)

 

“O JOGO: O Criciúma neutralizou o Grêmio no primeiro tempo. Mudanças efetuadas pelo técnico Hélio dos Anjos deram resultado na etapa final e os gaúchos saíram do sufoco que era a ameaça de rebaixamento. Vitória sofrida, comemorada como decisiva pelos gremistas.” (Tabelão Placar, Ano 1997, n.º 10)

“GOL NO FINAL SALVA O GRÊMIO
Guilherme marcou aos 43 minutos do segundo tempo e garantiu triunfo contra o Criciúma, ontem

Porto Alegre – Com um gol marcado no final da partida, o Grêmio venceu ontem o Criciúma e livrou-se da ameaça de rebaixamento. Guilherme converteu aos 43 minutos da segunda etapa. Agora, o atual campeão brasileiro alcançou os 28 pontos. Surpreendentemente, a equipe ainda mantém, embora remotíssimas, chances de classificação.

O Grêmio partiu logo para a pressão, mas encontrou um Criciúma fechado na sua retaguarda. Zé Alcino voltou a errar gols e o jogo se complicou com o passar do tempo.

Só aos 17 minutos do segundo tempo, com as substituições de Dinho e Zé Alcino por Tinga e Gilmar, respectivamente, o Grêmio cresceu em campo e passou a buscar o gol com maior insistência. Depois, Hélio dos Anjos ainda colocou outro atacante, Dauri.

O gol ocorreu quando o empate parecia definido. Arce acionou o zagueiro Rivarola, que tocou para Guilherme. Ele girou e marcou 1 x O, provocando suspiros de alívio no estádio.” (Pioneiro, segunda-feira, 20 de outubro de 1997)

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Foto: Mauro Vieira (Zero Hora)

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GRÊMIO: Danrlei; Arce, Rivarola, Ronaldo e Roger; Dinho (Tinga), Djair, Beto e Sérgio Manoel (Dauri); Zé Alcino (Gilmar) e Guilherme.
Técnico: Hélio dos Anjos

CRICIÚMA: Jéferson; Jomar, Fábio, Augusto e Biro; Marcão, Manco Aurélio, Humberto (Magno) e Adíl; Magno Alves (Leandro) e Flávio Guarujá (Marcelo Rocha)
Técnico: Pepe

Brasileirão 1997 – Primeira Fase
Data: 19 de outubro de 1997, domingo, 17h00min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre, RS
Público: 12.408 (9.571 pagantes)
Renda: R$ 61.215,00, para
Juiz: Sidrack Marinho dos Santos
Auxiliares: Eriberto Pessoa e Roberto Braatz

Copa do Brasil 1997 – Vitória 3×3 Grêmio

July 27, 2021

Foto: Valdir Friolin (Zero Hora)

 

Este foi o segundo confronto entre Grêmio e Vitória pela Copa do Brasil em Salvador (o primeiro havia sido em 1994, também pelo jogo de volta pelas quartas de final).

O Grêmio tinha tudo para encaminhar a classificação com tranquilidade. Havia vencido a partida de ida por 2×0 e saiu na frente na Fonte Nova logo aos 8 minutos. Rodrigo Gral marcou o segundo aos 27, mas Gil Baiano descontou dois minutos depois. Foi aí que Danrlei foi expulso na sua folclórica mania de não permitir que os adversários buscassem a bola no fundos das redes. Obviamente a situação tricolor na partida piorou muito, mas no fim os comandados de Evaristo de Macedo conseguiram a classificação para as semifinais com um empate em 3×3.

Neste jogo o time utilizou a peculiar combinação de um calção azul royal com a tradicional camisa tricolor (algo que foi repetido em, ao menos, outras 5 oportunidades na temporada de 1997)

Foto: Edson Ruiz (Correio do Povo)

GRÊMIO PERDE TITULARES NA DECISÃO
Expulsão de Danrlei pôs em risco a vaga na Copa Brasil. Amanhã não jogarão Rivarola e Zé Alcino

Vários titulares desfalcarão o time do Grêmio em dois jogos decisivos, esta semana. Amanhã, no Olímpico, contra o Guarany do Paraguai, pela Libertadores, não atuarão Rivarola, cumprindo suspensão, Émerson, com lesão no joelho e, possivelmente Zé Alcino, ainda se recuperando de problema no joelho. O time gaúcho precisa vencer para chegar às quartas-de-final. Quinta, em São Paulo, frente ao Corinthians, não atuará Danrlei, expulso de forma inconseqüente em Salvador. O time empatou em 3 a 3 com o Vitória, sábado, num jogo que tornou-se dramático pela inferioridade numérica do Grémio a partir dos 29 minutos do 1° tempo.

Para quem podia até perder por diferença mínima, o Grémio arrancou com uma grande vantagem. Aos 7 minutos, fez 1 a 0, gol contra de Nilson, que jogou a bola para dentro das próprias redes, num escanteio cobrado por Arce. Aos 27, Rodrigo Gral, de cabeça, fez 2 a 0, em notável jogada de Carlos Miguel. O Vitória descontou por Gil Baiano, aos 29, e chegou ao empate com Agnaldo, aos 40. Com apenas 10, o Grêmio recuou todo. Sofreu o 3° gol aos 10 do 2° tempo, por Chiquinho. A classificação veio aos 32, por Paulo Nunes, em grande jogada individual pela direita.” (Correio do Povo, segunda-feira, 5 de maio de 1997)

 

DANRLEI É CRITICADO POR EXPULSÃO

O goleiro Danrlei foi repreendido por alguns jogadores do Grêmio no intervalo da partida contra o Vitória, devido a sua expulsão. “Ele sabe que ninguém tem o direito de deixar os companheiros na mão”, afirmou Luiz Carlos Goiano. Danrlei garante que ninguém fez cobranças, até porque outros jogadores também já foram expulsos e ninguém chamou a atenção”. Aos 29 minutos da partida de sábado, ao tentar reter a bola dentro da goleira, após o l° gol do Vitória, Danrlei envolveu-se numa grande confusão. Terminou por dar uma cabeçada em Agnaldo e foi expulso. No intervalo, Evaristo Macedo afirmou que o goleiro colocara a classificação em risco. Danrlei está ameaçado de ser multado pela diretoria.

Irritado com perguntas sobre a mudança feita na equipe – o questionamento quanto a saída de Otacílio para a entrada do goleiro Silvio -, Evaristo Macedo recusou-se a seguir dando entrevista a um repórter de rádio. Em altos brados, disse que não admitia ser chamado de burro.

O departamento médico do Grêmio aguarda para hoje a chegada de uma tornozeleira inflável, importada dos Estados Unidos, que poderá possibilitar a utilização de Zé Alcino no jogo de amanhã, contra o Guarany. Em condições normais, o jogador está afastado até da partida frente ao Corinthians, 5′ feira, em São Paulo. “Zé Alcino sofreu lesão nos ligamentos do tornozelo e suas chances de jogar são de apenas 5%”, informa o médico João Zanini. O lateral Roger sofreu novas dores no púbis após o jogo contra o Vitória.”(Correio do Povo, segunda-feira, 5 de maio de 1997)

 

 

 

“UMA TARDE DE SOFRIMENTO E NERVOSISMO

Uma lenda na história recente das imediações da Avenida Azenha diz que cada etapa ultrapassada pelo clube em qualquer campeonato sempre deixa o seu torcedor à beira de um ataque de nervos ou de uma visita ao cardiologista mais próximo. Ontem, em Salvador, contra o Vitória, tudo apontava para o contrário. Até os 31 minutos do primeiro tempo, o campeão brasileiro passeava no gamado alto e fofo da Fonte Nova. Entrara em campo podendo perder de 1 a 0 e ganhava por 2 a 0. Se todas as imagens de santos veneradas nas 365 igrejas de Salvador se unissem em uma corrente improvável, ainda assim seria difícil supor qualquer esboço de reação baiana. O Vitória precisava fazer cinco gols. Mas diz a lenda que no Estádio Olímpico nada pode ser tranquilo, nada. Veio a expulsão do goleiro Danrlei. E o sábado gremista virou algo próximo às batalhas heróicas do tempo das Cruzadas, na Idade Média.

Parecia não haver mais tempo para os pouco mais de 50 mil torcedores emoldurarem o cenário imaginado pelos rubro-negros: o abafa desde o começo da partida, como prometera o técnico Arthurzinho. Mas ao sofrer o gol de Gil Baiano, aos 29 minutos do primeiro tempo, Danrlei retardou a reposição da bola em jogo. Terminou expulso. Como o reserva Sílvio está com dedo mínimo da mão esquerda quebrado e inacreditavelmente torto, começava ali o drama gremista. A torcida, que já estava revoltada com o gol de Galvão, se inflamou com a expulsão de Danrlei. Quando Agnaldo empatou, aos 41, a Fonte Nova entrou em ebulição e só não desabou por alguma obra de engenharia eficaz.

Das gerais, choviam pilhas, pedras, latas de cerveja, tênis, pedaços de pau. Próximo às cabines de rádio improvisadas em meio às sociais, um torcedor ensandecido circulava entre os jornalistas. “Digam o que estão fazendo na nossa casa, vocês têm que dizer!”, berrava, batendo nas mesas, atrapalhando a visão dos profissionais gaúchos e utilizando um vocabulário bem menos elegante que o usado pela diplomacia britânica. No campo, a temperatura estava bem acima dos 28°C apontados pelos termômetros.

Irritado com os repórteres baianos, que tinham permissão para ficar ao lado dos reservados, o técnico Evaristo de Macedo discutiu com um deles. O preparador físico Francisco Gonzales, um monges budista de serenidade, perdeu a calma e o empurrou. Confusão. Mais revolta da torcida e policiais militares no reservado gremista. Quando os episódios tornavam rumos realmente perigosos —dois torcedores já tinham invadido o campo para bater no juiz — a Polícia Militar radicalizou: despejou 82 homens dentro na pista atlética. Ao final do jogo, este contingente ultrapassava os 100 policiais. Era como se estivessem em campo Iraque e Arábia Saudita, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. “Foi um jogo para quem tem coração forte, desabafou Evaristo, ofegante. “O mais difícil desde que cheguei ao Grêmio”. Passar pelo inferno da Fonte Nova valeu mais que uma vaga nas semifinais. De acordo com o vice de finanças. Carlos Biedermann, o resultado significará um ingresso de receita de USS 1 milhão nos cofres. Projetando rendas contra o Guarani, pela Libertadores, a as partida de volta contra o Corinthians, no Olímpico, e a venda de objetos com a marca Grêmio.” (Zero Hora, segunda-feira, 5 de maio de 1997)

 

 

“MESMO COM DEZ, GRÊMIO SE CLASSIFCA
Sem o goleiro Danrlei durante a maior parte do jogo (ele foi expulso aos 28min do primeiro tempo), o Grêmio empatou em 3 a 3 com o Vitória, anteontem, em Salvador, e se classificou para as semifinais da Copa do Brasil.
O adversário do time gaúcho será o Corinthians, e a primeira partida acontece na próxima quinta-feira, em São Paulo.
Arce, cobrando escanteio, Rodrigo Graal e Paulo Nunes marcaram para o Grêmio. Gil Baiano, Agnaldo e Chiquinho descontaram para os baianos.” (Folha de São Paulo, 5 maio de 1997)

 

Juca Kfouri: “Para variar, o Grêmio chega à sua quinta semifinal seguida na Copa do Brasil. E chega heroicamente, na Fonte Nova cheia. E com apenas dez jogadores, graças a mais um gesto impensado do goleiro Danrlei, bem expulso por tentativa de retenção de bola pelo árbitro Cerdeira _que, também, validou incorretamente o primeiro gol gaúcho, não marcando a intenção de mão na bola de Mauro Galvão.

Paulo Nunes pode até não ter lugar na seleção mas, sem dúvida, terá um lugar eterno no coração gremista, tal sua competência e dedicação.
O Vitória bem que tentou, mas não foi capaz de tirar a diferença diante do mais copeiro dos times brasileiros. E Bebeto decepcionou.
Em vez de uma semifinal entre os dois clubes patrocinados pelo Excel, teremos a repetição da final de 1995 e a vantagem corintiana é óbvia: joga a primeira em casa contra uma equipe que jogou na quinta-feira pelo Campeonato Gaúcho, sofreu um desgaste brutal em Salvador no sábado e volta a campo amanhã no Olímpico para virar o resultado de 1 a 2 contra o Guarani, do Paraguai, pelas oitavas de final da Taça Libertadores.
Menos mal para o Grêmio que, sem Danrlei, não enfrentará o turbinado Mirandinha, suspenso.
Mas o que se exige do Grêmio mereceria um protesto da Sociedade Protetora dos Animais, já que as entidades defensoras dos direitos humanos não costumam se ocupar das mazelas do calendário do futebol brasileiro.” (Juca Kfouri, Folha de São Paulo, 5 de maio de 1997)

O CHAVECO DO GOLEIRO
O Grêmio vencia o Vitória por 2 x 0, em Salvador, quando o goleiro Danrlei aprontou mais uma das suas. O tricolor brigão engalfinhou-se com os jogadores do Vitória ao catimbar após o primeiro gol baiano. Foi expulso pelo juiz Cláudio Cerdeira e complicou a vida do Grêmio, que se classificou com as calças na mão após um empate de 3 x 3. Mas Danrlei se redimiu. Por uma “incrível coincidência”, na volta de Salvador, o goleiro acabou sentando ao lado do juiz no avião. Conversa vai, conversa vem , os dois acabaram amiguinhos. E em vez de colocar na súmula do jogo a agressão de Danrlei, Cerdeira escreveu “tentiva de retardar a partida”, um crime bem menos grave para o tribunal da CBF” (Placar, Edição n.º 1.128,  Junho de 1997)

Foto: Pisco del Gaiso (Placar)

Coisas do coração
Após o empate com o Vitória em 3 a 3 a classificação para as semifinais da Copa do Brasil, o técnico do Grêmio, Evaristo de Macedo, disse para o presidente do clube, Luís Carlos Silveira Martins, o Cacalo: “Quando as coisas são resultado de uma obrigação profissional, é ótimo. Quando vêm do coração, são melhores ainda.” Cacalo, se disse “emocionado” com o carinho dedicado pelo treinador ao clube.” (Folha de São Paulo, 5 de maio de 1997)

Foto: Valdir Friolin (Zero Hora)

 

Vitória 3×3 Grêmio

VITÓRIA: Nílson; Uéslei (Renato 30/1), Flávio Tanajura, Júnior, Esquerdinha; Hélcio (Humberto 43/2), Bebeto Campos (Baiano 40/2), Chiquinho, Gil Baiano; Agnaldo, Bebeto.
Técnico: Arthurzinho

GRÊMIO: Danrlei; Arce, Luciano, Mauro Galvão e Roger; Dinho (Djair 11/2), Luiz Carlos Goiano, Otacílio (Sílvio 30/1) e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Rodrigo Gral (Marco Antonio 10/2)
Técnico: Evaristo de Macedo

Copa do Brasil 1997 – Quartas de Final – Jogo de Volta
Data: 3/5/1997, Sábado, 16h00min
Local: Fonte Nova, em Salvador, BA
Público: 52.229 (42.239 pagantes)
Renda: R$ 445.445,00
Juiz: Cláudio Vinícius Cerdeira-RJ
Auxiliares: Aristeu Tavares e Djalma Beltrami
Cartões Amarelos: Luciano, Rodrigo Gral, Djair
Cartão Vermelho: Danrlei 30/1
Gols: Nílson 08/1T (contra), Rodrigo Gral 27/1T, Gil Baiano 29/1T, Agnaldo 40/1T, Chiquinho 09/2T, Paulo Nunes 31/2T

Supercopa 1997 – Grêmio 3×2 Estudiantes

August 17, 2018
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Fonte: El Dia

O último confronto entre Grêmio e Estudiantes em Porto Alegre aconteceu em outubro de 1997, no Estádio Olímpico, pela 5ª rodada do Grupo 4 da Supercopa daquele ano. O tricolor venceu por 3×2,  resultado que lhe deixou com chances de classificação na última rodada (onde o Grêmio acabou derrotado pelo Atlético Nacional em Medellin).

Nas matérias transcritas abaixo me parece válido explicar que o a manchete “Beto marca um gol de Tinga” faz referência ao gol marcado pelo Tinga contra o Sport Recife pelo Brasileirão em agosto daquela mesma temporada.

1997 Gremio 3x2 Estudiantes Djair ZH Fernando Gomes

Foto: Fernando Gomes (Zero Hora)

GRÊMIO VENCE E RECUPERA A DIGNIDADE
A equipe de Hélio dos Anjos mostrou bom futebol e afastou a ameaça de rebaixamento também na Supercopa.

Os gremistas respiram mais aliviados. Depois de afastar o rebaixamento no Brasileirão no final de semana, a equipe barrou o fantasma do descenço na Supercopa e passou a vice-liderança do Grupo 4, com seis ponto. A vitória sobre o Estudiantes por 3 a 2, ontem à noite, serviu também para reforçar a auto- estima. O Grêmio mostrou um bom futebol e começa a relegar a má fase que torturou os torcedores desde o início do semestre. No dia 30, a equipe enfrentará o Nacional, em Medelín,  na última rodada da primeira fase. 

Mais de 4 mil corajosos torcedores enfrentaram o frio,  o vento gelado e compareceram ao Olímpico. Os minutos que antecederam a partida foram, no mínimo, divertidos. Os argentinos trouxeram apenas um uniforme e provocaram uma celeuma dentro de campo, O arbitro ordenou que fossem trocados os calções pretos. iguais aos do Grêmio. Impossível. Os reservas adormeciam na rouparia do clube em La Plata. Foram cinco minutos de discussões. Até que Guilherme irrompeu no círculo e sugeriu: “Vamos assim mesmo!” O árbitro aceitou, correu em direção ao meio do campo, mas parou Danrlei, assim como os argentinos, vestia camiseta branca. Então o goleiro desceu ao vestiário, vestiu uma chamativa camiseta azul e, finalmente, a partida começou.

O Grêmio parecia ansioso em sepultar a má fase. Foram muitos passes, lançamentos e chances de gols desperdiçados. Mas insuficientes para irritar os gremistas. Eles seguiam à risca as recomendações passadas pelo presidente Luiz Carlos Silveira Martins. Nenhuma vaia ou manifestação ecoou nas dependências quase abandonadas do Olímpico. O comportamento exemplar foi premiado. Aos 31, Arce cruzou para Guilherme, que mergulhou e marcou o primeiro gol.

O segundo tempo valeu pelo jogo. Aos 16 minutos, Guilherme aparou um cruzamento de Beto e ampliou a vantagem. Aos 30 minutos. Beto propiciou o principal espetáculo, marcando um golaço. O Estudiantes esboçou reação e marcou através de Furiga, aos 33. Em seguida. Villarreal agrediu Goiano e armou-se uma grande confusão  dentro de campo. Transtornado, Danrlei interveio na confusão. Houve desconcentração e ele tomou um frango escandaloso, aos 46 minutos, em uma falta cobrada por Ramos da intermediária. Mas nada que ameaçasse a recuperação do Grêmio.” (Zero Hora – 23 de outubro de 1997)

BETO MARCA UM GOL DE TINGA
O Grémio abriu as burras e desembolsou US$ 4,6 milhões para retirar Beto do Napoli. Contratação recorde no futebol gaúcho. Beto foi recepcionado com festa no aeroporto e imediatamente colocado em campo para solucionar os problemas do meio-campo da equipe. Passaram-se vários jogos e nada de repetir as grandes atuações dos tempos de Botafogo e Seleção Brasileira. Assusta-do com as péssimas atuações do craque, o técnico Hélio dos Anjos chamou-o para uma conversa reservada antes do jogo contra o Atlético-MG. Pronto. As palavras do treinador foram magicas. Desde o confronto com os mineiros, o meia se transformou no grande nome do time. “Estou soltando e quero chegar à Seleção novamente”, festejou Beto.

Ontem, contra os Estudiantes, Beto foi perfeito. Correu por todas as partes do campo com o fôlego de fundista queniano, atacou com a velocidade de um corredor dos 100 metros rasos e marcou um golaço. daqueles de receber homenagem em placa de metal. Foi aos 30 minutos do segundo tempo, em alta velocidade e sempre acossado por um argentino. Beto recebeu a bola na intermediária, driblou Scaloni, deu uma “janelinha” em Leonardo Ramos, venceu novamente Scaloni, caiu no gramado, levantou-se e encobriu o goleiro Bóssio com um toque preciso. “O Beto deslanchou e está preenchendo a nossa expectativa”, comemorou Hélio.

O meia fizera uma jogada semelhante no primeiro tempo, mas teve azar concluindo para fora. “Estou no mesmo nível dos tempos de Botafogo”, avaliou depois da partida, enquanto escutava os sucessos da dupla Claudinho e Bochecha no seu reluzente Chrysler Neon conversível.” (Zero Hora – 23 de outubro de 1997)

1997 Gremio 3x2 Estudiantes Guilherme ZH Fernando Gomes

Foto: Fernando Gomes (Zero Hora)

GRÊMIO AINDA RESPIRA NA SUPERCOPA 
Time faz 3 a 2 no Estudiantes, escapa do rebaixamento e ainda tem algumas chances de classificação para a fase semifinal

O Grêmio venceu o Estudiantes de La Plata por 3 a 2, ontem à noite, no estádio Olímpico, e escapou do rebaixamento na Supercopa dos Campeões da Libertadores, subindo para 6 pontos, dois atrás do líder, Peñarol. Guilherme fez dois e Beto, destaque do jogo, marcou o terceiro. Depois, o Estudiantes deu um susto, marcando dois gols.

O time argentino até que fez uma marcação forte no meio de campo, mas isso não impediu que o Grêmio encontrasse o caminho do gol. Logo aos 2 minutos, Beto invadiu a área e perdeu grande oportunidade. Cinco minutos depois, Djair aparou escanteio com o pé direito, mas Rojas tirou de cima da risca com o goleiro batido.

Depois disso, o Estudiantes equilibrou o jogo, mas continuou sem ameaçar Danrlei. O Grêmio diminuiu o ritmo, sentindo a marcação mais firme, e só melhorou com o crescimento de Dinho e Djair, já que Beto e Sérgio Manoel mantinham uma movimentação irregular. Aos 23, Beto tabelou com Guilherme e perdeu outro gol. Se os companheiros erram, o goleador gremista não perdoa. Aos 31, Arce cruzou na medida da direita e Guilherme, de ‘peixinho’, mandou para a rede: 1 a 0.

No segundo tempo, o Grêmio continuou dominando, pressionando em busca do segundo gol. Aos 8, Guilherme concluiu e Bossio tirou a bola de dentro, atrás da linha da goleira. O árbitro, no entanto, não sinalizou o gol, apesar dos protestos dos jogadores e da torcida. Aos 16, Guilherme voltou a marcar e, dessa vez, o gol foi validado. Beto cruzou com perfeição e o goleador cabeceou para fazer 2 a 0. Aos 30, Beto fez grande jogada, driblando dois argentinos e desviando do goleiro para marcar 3 a 0. Aos 33, Furiga aproveitou descuido de marcação e fez 3 a 1. Goiano e Villa Real foram expulsos depois de uma briga. A dois minutos do final, Catan bateu falta e fez o segundo, na falha de Danrlei.” (Correio do Povo – 23 de outubro de 1997)

1997 10 23 CORREIO DO POVO

Grêmio 3×2 Estudiantes

Grêmio: Danrlei; Arce, Rivarola, Éder e Róger; Dinho, Djair, Beto (Tinga) e Sérgio Manoel; Gilmar e Guilherme (Luís Carlos Goiano)
Técnico: Hélio dos Anjos

Estudiantes: Bossio; Zapata, Ramos, Quatrocchi e Rojas; Ledesma (Massuco), Alajes (Catan), Scaloni e Villareal; Romeo e Simoni (Furiga)
Técnico: Eduardo Cordoba

Supercopa 1997 – Grupo 4 – 5ª Rodada
Data: 22 de outubro de 1997, quarta-feira, 21h40min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre-RS
Público: 4.114 pagantes
Renda: R$ 21.798,00
Árbitro: Renê Ortube (Bolívia/FIFA)
Assistentes: Juan Luna e Juan Arroyo
Cartões Amarelos: Gilmar, Arce e Éder, Leonardo Ramos, Scaloni e Villareal
Cartões Vermelhos: Goiano e Villareal
Gols: Guilherme aos 31 minutos do primeiro tempo; Guilherme aos 8 minutos, Beto aos 30 minutos, Furiga aos 33 minutos e Ramos aos 46 minutos do segundo tempo

Libertadores 1997 – Guaraní-PAR 2×1 Grêmio

April 20, 2017
1997 Guarani Paraguay 2x1 Andre Silva ZH

Foto: José Doval (Zero Hora)

Grêmio e Guaraní do Paraguai já se enfrentaram pela Libertadores. Foi há 20 anos, nas oitavas de final da edição de 1997.

Para o primeiro confronto, no Defensores Del Chaco, o tricolor tinha uma série de desfalques, e o treinador Evaristo de Macedo se viu obrigado a promover a estreia do centroavante Maurício Pantera.

Sem Carlos Miguel e Paulo Nunes, o Grêmio fez um primeiro tempo muito ruim, levando um gol (de Ovellar, em posição de impedimento) logo aos cinco minutos de jogo. O lateral André Silva, jogando improvisado no meio de campo, empatou a partida aos 17 minutos do segundo etapa. Mas a 10 minutos do fim, Ovellar marcou novamente  para os mandantes. O detalhe é que mais uma vez o atleta do Guaraní estava impedido no lance do gol, o que acabou gerando revolta da equipe do Grêmio e a expulsão de Rivarola e Evaristo.

Não fosse isso bastante, Evaristo de Macedo, então com 63 anos de idade, foi agredido pelo policiamento ao ser retirado do gramado.

1997 guarani paraguay 2x1 gremio mauricio zh

Foto: José Doval (Zero Hora)

zh 01 manchete e reportagem

“QUEM DISSE QUE SERIA FÁCIL?
O Grêmio fez uma péssima partida, o juiz validou dois gols inexistentes e o Guaraní venceu por 2 a 1

Com uma de suas piores atuações de 1997 e dois erros gritantes do árbitro argentino Angel Sanchez, o Grêmio perdeu pare o Guarani, do Paraguai, per 2 a 1, ontem à noite, em Assunção, e largou em desvantagem nas oitavas-de-final da Libertadores da América. Agora, a equipe do técnico Evaristo de Macedo precise vencer por uma diferença de dois gols no Estádio Olímpico pare garantir vaga às quartas-de-final. Em caso de vitória gremista por um gol de diferença, haverá decisão por pênaltis. O primeiro tempo foi especialmente ruim para o campeão brasileiro. Aos cinco minutos, o susto. O centroavante Ovellar completou de cabeça o escanteio cobrado pela direita, em posição de impedimento, abrindo o placar.

0 técnico Evaristo de Macedo se ressentiu da falta do meia-esquerda Carlos Miguel, que se recupera e uma distensão na coxa. Com a lesão do reserve imediato, Dauri, o treinador improvisou o lateral-esquerdo André Silva na posição, mas a mexida não funcionou. A falta de articulação de jogadas pelo meio se agravou aos 30 minutos, quando o Grêmio perdeu Emerson, lesionado. Aos prantos, com uma dor insuportável no mesmo joelho que o afastou do futebol por um ano, vítima de ruptura de ligamento, Emerson deixou o gramado para a entrada de Otacílio.

Sem os dois meias titulares, os gaúchos perderam o meio-campo para os paraguaios. Os problemas se repetiram na segunda etapa, mas a iniciativa de marcar no campo adversário melhorou o Grêmio e evidenciou a fragilidade do Guarani. Com três volantes (Dinho, Goiano e a Otacílio), Zé Alcino voltou pare buscar o jogo no meio e articulou, sozinho, em investidas fulminantes polo lado direito, quase todas as jogadas do ataque gremista. Foi através dele que o Grêmio chegou ao empate.

O ex-atacante do Inter tentou cruzar duas vezes, até achar o estreante Mauricio dentro da área. O recém-contratado atrasou para André Silva, livre, empurrar para o gol. Era o empate salvador. Mas, aos 35 minutos, em outro erro flagrante do árbitro, que não marcou impedimento de Ovellar a mais dois atacantes paraguaios, o Guarani garantiu a vitória surpreendente. No lance do segundo gol, durante a reclamação tricolor, Rivarola foi expulso. O técnico Evaristo de Macedo também foi expulso e acabou sendo agredido por policiais paraguaios. Com um jogador a menos a sem o treinador no banco de reserves, o Grêmio preferiu garantir o resultado e apostar ludo na partida de volta, no Estádio Olímpico.” (Leonardo Oliveira, Enviado Especial/Assunção, Zero Hora, quinta-feira, 24 de abril de 1997)

1997 Guarani Paraguay 2x1 evaristo ZH
“Depois de retirado de campo e refeito dos golpes, Evaristo reapareceu nas arquibancadas, em meio à torcida do Grêmio. Admitiu, mais tarde, que o Grêmio não merecia ganhar e criticou a violência policial. “São uns covardes”, reclamou. “Se ficam sozinhos com a gente saem correndo, mas colocam a farda e viram valentes.” O Grêmio deixou o estádio sob escolta policial e ameaça de apedrejamento.” (Leonardo Oliveira, Zero Hora, 24 de abril de 1997)

1997 guarani paraguay 2x1 gremio - CopiaB

ARBITRAGEM DERRUBA GRÊMIO
Dois gols em situação irregular motivaram derrota diante do Guarani em Assunção

Assunção – O Grêmio iniciou mal as oitavas-de-final da Copa Libertadores da América. No jogo em Assunção, além da garra do Guarani, o time tricolor enfrentou uma péssima arbitragem e acabou perdendo por 2 a 1. Com isso, a equipe gaúcha precisa vencer o jogo da volta, no Olímpico, dia 6, por dois gols de diferença para continuar na competição.

O tricolor gaúcho teve a primeira jogada de perigo ao gol do Guarani aos dois minutos, através do estreante Maurício, que mandou a bola no travessão. Mas a aparente facilidade se desmanchou aos cinco minutos, quando Ovelar abriu o placar para o time paraguaio, após cobrança de escanteio. O atacante paraguaio estava em posição irregular, mas a arbitragem não assinalou impedimento.

Sentindo as ausências de Carlos Miguel e Paulo Nunes, o Grêmio não tinha muitas opções ofensivas. E aos 28 minutos perdeu o meia Emerson, com uma lesão no joelho. No segundo tempo, o tricolor voltou melhor e empatou aos 15 minutos, com um gol de André Silva, após jogada de Zé Alcino e com a participação de Mauricio. Mas o árbitro voltou a prejudicar a equipe gaúcha aos 28 minutos, expulsando o técnico Evaristo de Macedo, e aos 36, quando Avelar, em situação de impedimento, marcou o segundo gol do Guarani. Na confusão, Rivarola acabou expulso.” (Pioneiro, quinta-feira, 24 de abril de 1997)

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Foto: José Doval (Zero Hora)

 

Foto: Marco Ortiz (@marcortizpy)

Foto: Marco Ortiz (@marcortizpy)

Guaraní-PAR 2×1 Grêmio

GUARANI: Derlis Gomes; Barrios, Caballero, Romero e Delgado; Ruiz Diaz, Franco, Ojeda (GonzaleZ) e Ovellar; Derlis Soto e Palacios (Denis)
Técnico: Luis Cubilla

GREMIO: Danrlei; Arce, Rivarola, Mauro Galvão e Roger; Dinho, Luis Carlos Goiano, Emerson (Otacílio) e André Silva (Luciano); Zé Alcino e Mauricio (Rodrigo Gral)
Técnico: Evaristo de Macedo

Libertadores 1997 – Oitavas de final – jogo de ida
Data: 23 de abril de 1997, quarta-feira, 21h40min
Local: Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, Paraguai
Público: 2.174 pagantes
Renda: G. 27.765.000
Árbitro: Angel Sanchez (Argentina)
Auxiliares: Oscar Cerqueira e Jorge Rattalino
Cartões amarelos: Dinho, André Silva, Luciano, Otacílio, Franco e Gonzáles;
Cartão vermelho: Rivarola
Gols: Ovellar, Aos 5 minutos do 1° tempo; André Silva aos 17 e Ovellar aos 35 minutos do 2°tempo;

Supercopa 1997 – Grêmio 2×2 Atlético Nacional

February 25, 2014

 

Atletico Nacional e Grêmio tem um histórico de 5 confrontos. Começando por um amistoso no início do ano de 1982, passando pelas finais da Libertadores de 1995 e terminando por mais dois jogos pela Supercopa de 1997.

 

O último enfrentamento em Porto Alegre aconteceu em 24 de setembro de 1997, pela terceira rodada do grupo 4 da Supercopa, no que acabou sendo a última edição do saudoso torneio, depois que Conmebol e Vasco apatifaram a competição.

 

Comandado por Hélio dos Anjos, o Grêmio fazia um segundo semestre muito fraco, com os seus reforços (Beto, Guilherme e Sérgio Manoel) não conseguindo preencher o espaço deixado pela saídas de Paulo Nunes, Carlos Miguel, Emerson e Mauro Galvão. O time entrou pressionando em campo, tendo como principal atrativo a presença de um jovem Paulo Cesar Tinga desde o inicio do jogo. Contudo os colombianos abriram 2×0 no primeiro tempo e a reação tricolor (com dois gols de Beto) só foi o suficiente para buscar um empate.

Fotos: Zero Hora

Grêmio 2×2 Atlético Nacional  

GRÊMIO: Murilo; Arce, Rivarola (Wagner Fernandes), Éder e André Silva; Dinho (Gilmar), Dário, Tinga e Sérgio Manoel; Zé Alcino (Silva) e Beto
Técnico: Hélio dos Anjos

ATLÉTICO NACIONAL: Tuberquia; Santa, Perea, Córdoba e Mosquera; Rueda, Serna, Gaviria e Garcia (Orejuela); Moreno (Pabón) e Castro (Angel)
Técnico: Gabriel Jaime Goméz

Supercopa 1997 – Grupo 4 – 3ª Rodada
Data: 24 de setembro de 1997, quarta-feira, 21h30min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre-RS 
Público: 13.629  (10.700 pagantes)
Renda: R$ 60.839,00
Arbitragem: Oscar Sequeira (Argentina)
Cartao Vermelho: Rueda (Nacional)
Gols: Perea, aos 26/1ºT, Castro aos 43/1ºT e Beto aos 45/1ºT; Beto aos 34/2ºT

Copa do Brasil 1997

May 22, 2012

Há 15 anos o Grêmio conquistava a sua terceira Copa do Brasil.

O título foi garantido de maneira invicta, após um memorável empate em 2×2 com o Flamengo num Maracanã lotado.

Destaco algumas frases dos personagens daquela decisão:

Carlos Miguel:Tive o gostinho de calar 100 mil pessoas no Maracanã. Eles foram obrigados a ouvir minha voz”

João Antônio: “Nós não tomamos gol em Porto Alegre, e isso foi muito importante”. “Fique dois meses parado e estou correndo como um guri”

Danrlei: “É difícil uma equipe ter mais raça que a nossa. Agora, ninguém mais tira a taça do Grêmio”

Evaristo de Macedo:Sempre creio no que faço. Sei que lido com um grupo muito responsável. Superamos todas as dificuldades, mas precisamos de um pouco de sorte. Foi uma vitória de todo o grupo”

Romário: “O time do Grêmio mereceu o título

Mais dados sobre a competição e a campanha do Grêmio podem ser encontrados em:

http://copadobrasil1997.blogspot.com.br/

Copa do Brasil 1997 – Corinthians 1×2 Grêmio

May 8, 2012

No dia 08 de maio de 1997, o Grêmio enfrentou o Corinthians no Morumbi, pela semifinal da Copa do Brasil. O clima em São Paulo era tenso. No dia anterior, veio à tona o escândalo Ivens Mendes, no qual o presidente do Corinthians, Alberto Dualib, estava envolvido.

Era mais um jogo da maratona que o Grêmio foi submetido naquele semestre. Dois dias antes, o tricolor tinha passado, nos pênaltis, pelo Guarany do Paraguai, nas oitavas de final da Libertadores.

Além disso, o tricolor tinha outras dificuldades para partida. Danrlei estava suspenso em razão do cartão vermelho recebido contra o Vitória, na Fonte Nova, pelas quartas de final. Murilo, que voltava de uma lesão no tornozelo assumiu a responsabilidade de defender a meta gremista. Mas foi o terceiro goleiro do Grêmio que acabou se tornando um dos principais personagens daquele jogo.

Sílvio já estava com um dedo quebrado (o mínimo da mão esquerda) quando apenas assistia a partida do banco de reservas. De lá ele saiu ainda no primeiro tempo, para ocupar o lugar de Murilo, que havia sido expulso. Mesmo com um jogador a menos em campo, o Grêmio abriu 2×0. Silvio não conseguiu evitar que Marcelinho Carioca descontasse em cobrança de falta, mas garantiu a vitoria gremista com uma boa dose de sacrifício: Aos 42 minutos, Márcio Rezende de Freitas marcou um pênalti inexistente para o time da casa. Marcelinho acertou a trave e na volta a bola atingiu a já lesionada mão esquerda do goleiro gremista, quebrando mais um dedo (o anular).

A história da partida sofreu alteração aos 37 minutos. Túlio escapou em velocidade. Murilo saiu da goleira e, fora da área, ao ser driblado, defendeu com a mão. Levou o vermelho. A exemplo dos 2 últimos jogos, mais uma vez o Grêmio ficava com 1 jogador a menos. Logo depois, Dinho sentiu lesão e pediu para sair. O jogo começava a ficar dramático.” (Correio do Povo – 9 de maio de 1997)

Tudo parecia bem, mas aos 34 Marcelinho marcou de falta e, aos 40, o juiz assinalou um pênalti inexistente. Só que Marcelinho acertou na trave. No final, Márcio Resende de Freitas deixou de assinalar uma falta dentro da área. Paulo Nunes foi obstruído e o juiz poderia ter marcado, pelo menos, dois toque com barreira.

O Grêmio seguiu se defendendo, povoando as imediações da grande área e saindo em contra-ataques perigosos, baseados na habilidade de Carlos Miguel e Paulo Nunes. Otacílio, de tanto correr, sentiu cãibras e foi substituído. Em diversos chutes de meia distância o Corinthians chegou a ameaçar, mas então, o terceiro goleiro, Sílvio, brilhou. O Grêmio resistiu. Mais um drama. Mais uma vitória do Grêmio” (Zero Hora – 9 de maio de 1997)

“Corinthians perde pênalti e partida Equipe teve a chance do empate em pênalti desperdiçado por Marcelinho, aos 42 minutos do segundo tempo

O Corinthians perdeu para o Grêmio ontem, por 2 a 1, no Morumbi, na primeira partida semifinal da Copa do Brasil.
O segundo jogo será disputado em Porto Alegre, na próxima quinta, dia 15.
No início do jogo, precavidos, os dois times evitavam arriscarem-se ao ataque.
O Grêmio, bem fechado na defesa, insistia em interromper a partida com faltas _foram sete, antes dos 15 minutos iniciais.
Já o Corinthians tentava as jogadas pela direita, com triangulações entre Rodrigo, Donizete e Marcelinho.
A primeira grande chance do jogo só aconteceu aos 31min. Souza fez boa jogada pelo meio e lançou Donizete, que chutou por cima.
Seis minutos depois, Túlio carregou a bola e, ao tentar passar pelo goleiro gremista, este evitou o drible desviando, fora da área, a bola com a mão. O goleiro foi expulso.
Na segunda etapa, o técnico Nelsinho Batista tirou o volante Gilmar e colocou o atacante Romerito, tentando se beneficiar do fato de ter um jogador a mais.
A tática não deu resultado e, aos 24min, o Grêmio, que não tinha criado uma chance clara de gol, recebeu a ajuda da defesa corintiana.
Rodrigo foi tentar cortar um cruzamento de Paulo Nunes e marcou gol contra.
O Corinthians partiu para o ataque e, sete minutos depois, Paulo Nunes recebeu livre dentro da área, driblou Ronaldo e fez 2 a 0.
O Corinthians diminuiu aos 33min, quando a torcida vaiava, com Marcelinho cobrando falta.
Aos 40min, o juiz marcou pênalti duvidoso de Roger em Rodrigo. Marcelinho chutou na trave, desperdiçando a última chance.” (Folha de São Paulo, 9 de maio de 1997)


“Garra tricolor
O goleiro Sílvio, do Grêmio, quebrou um dedo da mão esquerda na vitória contra o Corinthians, quinta-feira, pela Copa do Brasil. Mas não reclama. ”É preferível quebrar o dedo a perder”, disse Sílvio, terceiro goleiro do Grêmio. Sílvio entrou frio na partida contra o Corinthians, mas conseguiu fazer defesas importantes. Ainda teve sorte, pois Marcelinho Carioca chutou na trave o pênalti _na rebatida, a bola quebrou seu dedo.” (Folha de São Paulo, 9 de maio de 1997)

“Silvio, que atuou com o minguinho fissurado, saiu de campo com outra fratura na mão esquerda e o Grêmio pode ficar sem goleiro reserva no banco no jogo de volta, quinta feira. No pênalti desperdiçado por Marcelinho Carioca, o goleiro fraturou o dedo anular. “Não posso falar gente, estou com muita dor”, justificou-se aos repórteres. ” (Zero Hora – 9 de maio de 1997)

“Braço esquerdo numa tipóia, dois pinos instalados na mão, resultado da operação realizada pelo médido e diretor de futebol Márcio Bolzoni (E), o goleiro Sílvio está fora da partida contra o Corinthians. Como Murilo foi expulso em São Paulo, caberá ao júnior Eduardo (18 anos e 1,88m) a tarefa de ficar no banco. Ontem Sílvio já não sentia mais dor no local da operação. “Mas no sábado eu urrava, mesmo com antibiótico”, recordou o goleiro. Enquanto seus companheiros treinavam. Sílvio contava os bastidores da partida no Morumbi. Num deles, o goleiro lembrou que, quando o árbitro Márcio Rezende de Freitas argumentou com os jogadores paulistas que a lesão era grave e, portanto, justificava-se a entrada dos médicos em campo, o atacante Donizete saiu gritando: “Ele quebrou a mão, vamos chutar vamos chutar!”. Sílvio não gostou nem um pouco da atitude de Rezende. “Ele deu uma de dedo-duro”, reclamou” (Zero Hora – Maio de 1997)

“Indignado, o vice de futebol César Pacheco caminhava de um lado pra o outro, quase acendendo um cigarro no outro. “Que juizinho esse, a falta e o pênalti não existiram”, berrava. Depois da partida, o lateral Rodrigo, que levou o terceiro amarelo, admitiu que cavou o pênalti: “Não existiu”, revelou.

A indignação de Pacheco era um imenso sorrio se comparada à fúria do técnico Evaristo de Macedo. Antes da partida, ele já havia demonstrado a sua contrariedade à escalação de Márcio Resende, afirmando que não tinha confiança em seu trabalho. Evaristo lembrava que o árbitro já tinha prejudicado o Grêmio em 1990, nas semifinais do Brasileirão. “Não vou falar agora, não”, avisou, passando com um jato em direção ao vestiário.” (Zero Hora – 9 de maio de 1997)

Corinthians 1 x 2 Grêmio

CORINTHIANS: Ronaldo; Rodrigo, Célio Silva, Henrique e André Luiz; Silvinho (Gilmar Fubá 11/1), Fábio Augusto, Marcelinho Carioca e Souza; Donizete e Túlio.
Técnico: Nelsinho Baptista

GRÊMIO: Murilo; Arce, Luciano, Mauro Galvão e Roger; Dinho (Marco Antonio 39/1), Luiz Carlos Goiano, Otacílio (Djair 25/2) e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Rodrigo Gral (Sílvio 40/1).
Técnico: Evaristo de Macedo

Copa do Brasil 1997 – Semifinal – jogo de ida

Data: 8/5/1997 21:30, Quinta-feira
Estádio:Morumbi,São Paulo-SP
Público: 38,182 pagantes
Renda: R$ 472,160.00
Juiz: Márcio Rezende de Freitas-MG
Cartões Amarelos: Arce, Otacílio, Rodrigo Gral
Cartões Vermelhos: Murilo 38/1
Gols: Rodrigo 24/2T (contra), Paulo Nunes 31/2T, Marcelinho Carioca 33/2T

Copa do Brasil 1997 – Grêmio 2 x 0 Vitória

April 18, 2012

Há 15 anos, numa sexta-feira a noite, o Grêmio vencia o Vitória por 2×0 no estádio Olímpico pela Copa do Brasil. Repetia-se o confronto acontecido em 1994, também nas quartas de final da mesma competição.

Paulo Nunes e Goiano marcaram os gols do Grêmio. Danrlei, na noite do seu aniversário, teve grande atuação, travando o ataque adversário composto por Bebeto e Agnaldo, garantindo o 2xo no placar.

O Grêmio enfrentava um sério problema de lesões em função do calendário de jogos (foram 12 jogos nos mês de abril daquele ano). O curioso é que nesse jogo o tricolor sofreu duas baixas inusitadas: Dauri, vítima de um golpe baixo do adversário e o presidente Cacalo, que se lesionou ao exagerar na comemoração do gol de Goiano.

Jogo perigoso
O meia Dauri está impossibilitado de participar dos jogos do Grêmio devido a uma lesão pouco comum – inflamação nos testículos. O tratamento está sendo feito à base de antibióticos e repouso, muito repouso. A causa do problema foi um agarrão de um jogador do Vitória-BA, em jogo pela Copa do Brasil. Para impedir Dauri de avançar em direção à sua área, o zagueirão segurou-o pelos testículos (Folha de São Paulo)

“O presidente do Grêmio conseguiu a proeza, inédita, de romper o tendão de aquiles do pé direito enquanto extavava a alegria pelo segundo gol contra o Vitória, da Bahia. Equilibrado em uma mesa, na sala da presidência – que fica atrás das sociais do Olímpico – Luiz Carlos Silveira Martins via a partida por um vão na janela, nervoso. Quando goiano marcou o golação de fora da área, Cacalo pulou mais alto que pôde. Resultado. Está no quarto 722 do Hospital Mãe de Deus, se recuperando de uma cirurgia feita pelo médico e diretor de futebol Márcio Bolzoni para reconstituir o tendão. Levou 25 pontos na perna, passou a noite sedado por morfina para aliviar a dor e terá de ficar 75 dias com o pé engessado.” (Zero Hora – abril de 1997)


Grêmio 2 x 0 Vitória

GRÊMIO: Danrlei; Arce, Luciano, Mauro Galvão e André Silva; Dinho (Rodrigo Gral 44/2), Luiz Carlos Goiano, Emerson e Dauri (Otacílio 24/2); Paulo Nunes e Zé Alcino.
Técnico: Evaristo de Macedo

VITÓRIA: Nílson; Russo, Flávio Tanajura, Júnior, Esquerdinha; Hélcio, Bebeto Campos, Chiquinho (Nelsinho 40/2), Uéslei (Gil Baiano 25/2); Agnaldo, Bebeto.
Técnico: Arthurzinho

Copa do Brasil 1997 – Quartas de Final – Jogo de Ida
Data: 18/4/1997, sexta-feira 21:40
Local:Olímpico,Porto Alegre-RS
Público: 41,395 (36.064 pagantes)
Renda: R$ 238.804,00
Juiz: Antonio Pereira da Silva-GO
Auxiliares: Filomeno Dourado e Ramon Rodrigues
Cartões Amarelos: Hélcio, Agnaldo, Gil Baiano
Cartões Vermelhos: Russo 31/2
Gols: Paulo Nunes 02/2T, Luiz Carlos Goiano 38/2T


Libertadores 1997

February 9, 2007
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Foto: José Doval (Zero Hora)

Seguindo com as participações do Grêmio na libertadores vamos para o ano de 1997.

O Grêmio se classificou pra libertadores como campeão brasileiro de 96, caiu no grupo 4 com o Cruzeiro, Sporting Cristal e Alianza Lima (os dois últimos times peruanos da capital Lima).

O Técnico Felipão saiu no final de 96, no seu lugar entrou Evaristo de Macedo. Alguns jogadores, como Adílson, foram embora e nenhum reforço significativo foi trazido. Na época a renovação de Paulo Nunes foi comemorada como um reforço.

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Foto: José Doval (Zero Hora)


O Grêmio iniciou bem, ganhando do cruzeiro fora de casa, depois mais 2 jogos fora ( 1 vitória e 1 derrota), ficando tudo encaminhando para os 3 últimos jogos em casa ( 1 derrota e 2 vitórias) e o Grêmio se classificou em primeiro com 12 pontos. Na época foi levantada uma suspeita de que o gremio entregou o jogo no olímpico para o Cruzeiro, que estava em situação complicada na tabela.

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Foto: Placar

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Foto: Mauro Vieira (Zero Hora)

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Foto: Julio Cordero (Zero Hora)

Nas oitavas de final o tricolor enfrentou o desconhecido Guaraní do Paraguai. No jogo de ida, no estádio Defensores del Chaco uma derrota por 2 x 1. O jogo de volta no olímpico foi complicadíssimo. No primeiro tempo o Grêmio saiu na frente com um gol de Paulo Nunes. No segundo tempo o jogo se encaminhava para os pênaltis quando Ovellar empatou o jogo aos 41 minutos do segundo tempo, resultado que eliminava o tricolor. O Grêmio foi pro tudo ou nada e Rodrigo Gral fez o gol salvador aos 47 do 2º, levando o jogo para os pênaltis. As penalidades foram muito mal batidas, e o tricolor ganhou por apenas 2 x 1. Rodrigo Gral foi autor da cobrança mais patética, tentando, durante a corrida, mudar o pé que bateria o pênalti.

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Nas quartas de final novamente o regulamento obrigava o cruzamento entre os brasileiros. Aí aconteceu algo lamentável. A seleção brasileira disputaria de 11 a 29 de junho a Copa América. Paulo Nunes foi convocado. Já Dida, selecionável do cruzeiro não foi convocado. O Grêmio pediu insistentemente que Paulo Nunes se apresentasse após as quartas de final ou não fosse convocado. Não houve jeito e o Grêmio ficou sem o seu melhor jogador para as quartas.

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Foto: Silvio Avila (Zero Hora)

CRUZEIRO 1997 QUARTAS MINEIRAONo Mineirão 2 x 0 para o cruzeiro. No olímpico, o volante Fabinho fez um gol enquanto esperava atendimento médico. o grêmio virou pra 2 x 1 mas não conseguiu fazer o 3ºgol que levaria para os pênaltis.

Recentemente o presidente do Grêmio na época afirmou que Marco Antônio Teixeira (secretário geral da cbf) foi condecorado pelo cruzeiro no final de 97, insinuando que fora ele o responsavel por essa manobra.


Time base
: Danrlei; Arce, Rivarola, Mauro Galvão e Roger; Dinho, Goiano, Emerson e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Zé Alcino.

Reservas: Luciano, Wágner, André Silva, Otacílio, João Antônio, Rodrigo Gral, Maurício, Marcos Paulo, Dauri

Técnico: Evaristo de Macedo

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1ª Fase – Grupo 4
19/02/97 – B
elo Horizonte – Cruzeiro 1 x 2 Grêmio – Gols do Grêmio: Zé Alcino e Emerson
04/03/97 – Lima – Alianza Lima 0 x 4 Grêmio – Gols: Zé Alcino e Carlos Miguel (3)
07/03/97 – Lima – Sporting Cristal 1 x 0 Grêmio
12/03/97 – Porto Alegre – Grêmio 0 x 1 Cruzeiro
21/03/97 – Porto Alegre – Grêmio 2 x 0 Alianza – Gols: Emerson e Zé Alcino
15/04/97 – Porto Aelgre – Grêmio 2 x 0 S.Cristal – Gols: Paulo Nunes e Dauri

Oitavas de Final – Guaraní (Paraguai)
23/04/97 – Assunção – Guaraní 2 x 1 Grêmio – Gol do Grêmio: André Silva
06/05/97 – Porto Alegre – Grêmio 2 x 1 Guaraní – Gols: P.Nunes e Rodrigo Gral

obs: Nos pênaltis Grêmio 2 x 1

Quartas de Final – Cruzeiro
27/05/97 – Belo Horizonte – Cruzeiro 2 x 0 Grêmio
03/06/07 – Poa – Grêmio 2 x 1 Cruzeiro – Gols: M.Galvão e Zé Alcino

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