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Brasileirão 1996 – Guarani 0x2 Grêmio

August 4, 2022
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Foto: Silvio Avila (Zero Hora)

No Brasileirão de 1996, o Grêmio superou o Guarani por 2 a 0 em Campinas. Vale lembrar que o Bugre terminou a primeira fase da competição na segunda posição.

Ao meu ver, as matérias transcritas abaixo dão uma forçada na barra ao mencionar um “tabu” do Grêmio não vencer no Brinco de Ouro até então, uma vez que foram somente 4 jogos em 20 anos.

Por outro lado é interessante notar a matéria da Zero Hora do dia da partida, que acertou em cheio ao “apostar na aposta” de Ailton, autor dos dois gols da partida.

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Foto: Silvio Avila (Zero Hora)

AÍLTON, DO GRÊMIO, FAZ 2 GOLS E QUEBRA TABU EM CAMPINAS
Time gaúcho não havia vencido Guarani antes, no Brinco de Outro, e está quase classificado

O Grêmio derrotou ontem o Guarani, por 2 a 0, quebrando o tabu de nunca ter vencido o adversário em Campinas. O time do técnico Luiz Felipe conseguiu, com o resultado, acabar também com a invencibilidade de quase sete meses sem derrotas do Guarani, em sua casa. A última vez que ele havia perdido no Estádio Brinco de Ouro foi em 17 de abril, para o São Paulo (1 a 0), pelo Campeonato Paulista.

O jogo foi bastante disputado. O Guarani vinha embalado e o técnico Carlos Alberto Silva estava invicto. Jogou melhor, não tomou conhecimento do Grêmio, no primeiro tempo, e só não marcou por erros de finalização.

O goleiro Danrley também ajudou a sua equipe fazendo duas grandes defesas. O Guarani, com três atacantes – Ailton e Marcelo Carioca, mais à frente, e Gilson, mais recuado – aproveitou os espaços e entrou com facilidade na defesa gaúcha. Só Marcelo Carioca perdeu duas chances reais de gol, aos 30 e 40 minutos. O técnico Carlos Alberto não gostou e o substituiu por Edu Lima.

O Grêmio voltou do intervalo com a mesma equipe. Mas valeram as instruções que o técnico deu aos jogadores. O time melhorou na marcação, passou a dominar o meio-de-campo e não deixou o Guarani jogar. O atacante Ailton, aos 14 minutos, marcou o primeiro gol para a equipe gaúcha. O goleiro Hiran, menos vazado no campeonato, estava a exatos 389 minutos sem levar gol, nada pode fazer. Sete minutos depois, o Grêmio ampliou. Dinho cobrou falta, a bola bateu na barreira e Alexandre entregou a bola nos pés do atacante, que fez o seu segundo gol.

O Grêmio soma agora 32 pontos e está mais próximo da classificação.” (Milton Bridi, O Estado de São Paulo, segunda-feira, 4 de novembro de 1996)

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“GRÊMIO QUEBRA TABUS EM CAMPINAS
Ao vencer o Guarani por 2 a 0, o time de Luiz Felipe continua bem colocado na classificação

Na partida de ontem contra o Guarani o Grêmio tinha a chance de quebrar uma série de tabus: nunca havia vencido o adversário em Campinas, o time da casa mantinha urna invencibilidade de sete meses em seu estádio e o goleiro Hiran estava sem tomar gol havia 389 minutos. E o Grêmio precisou de apenas uma hora para começar a derrubar as escritas. Com dois gols de Ailton, a equipe de Luiz Felipe conseguiu uma importante vitória, que a manteve em sexto lugar com 32 pontos em 17 jogos e bem próximo da classificação às quartas-de-final.

A partida contra o Grêmio tinha um valor especial para o Guarani. Tanto que a direção promoveu a partida na mídia e colocou ingressos à venda por módicos R$ 5. A mobilização deu resultado, e o Brinco de Ouro recebeu o seu maior público no Brasileirão. Empurrado pela barulhenta torcida, o time paulista começou a par tida encurralando o Grêmio em sua defesa. A força ofensiva era tamanha que até o volante Dega era presença constante na defesa gaúcha.

Depois de fazer uma cena teatral, fingindo ter sido atingido por Aílton, Danrlei repôs a bola nos pés de Gilson, que imediatamente lançou Marcinho dentro da área. O lateral desperdiçou uma grande oportunidade de marcar. Sufocado, o Grêmio não conseguia levar perigo para o goleiro Hiran. Quando isso acontecia, as bolas eram cruzadas para Paulo Nunes, que isolado era obrigado a disputa-las pelo alto com os adversários. Como tinha tranqüilidade na defesa, o Guarani se mantinha agressivo no ataque.

O primeiro tempo terminou em momento oportuno para o Grêmio. E a equipe pareceu voltar do intervalo com as mesmas deficiências. Pareceu. O puxão de orelhas do técnico Luiz Felipe deixou a equipe mais agressiva nos contra-ataques. Aos nove minutos, Paulo Nunes quase marcou em cruzamento de Zé Alcino. Apenas quatro minutos depois, Adilson subiu ao ataque e lançou Émerson. O meia passou para Ailton chutar forte e abrir o placar. O gol de Aílton perturbou o Guarani. Enquanto os torcedores trocavam socos nas sociais, Alexandre deu uma rosca na bola e a deixou nos pés de Ailton, que novamente venceu o grandalhão Hiran. Eram apenas 20 minutos do   segundo tempo, mas o Grêmio já havia acabado com a euforia dos campineiros e acabado com a festa dos bugrinos.” (Leonardo Oliveira, Enviado Especial Campinas, Zero Hora, segunda-feira, 4 de novembro de 1996)

 

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Foto: Correio do Povo/Correio Popular

“AÍLTON PAGA A SUA APOSTA COM GOLS

Depois de ser confirmado como o substituto de Carlos Miguel para a partida contra o Guarani pelo técnico Luiz Felipe, o meia Aílton voltou a cantarolar pagodes e a sorrir como de costume. “Este jogo vai ser o início da minha volta por cima”, apostou antes do treino de sexta-feira. Aílton parecia ter pressentido o que iria acontecer na tarde de ontem no Estádio Brinco de Ouro. Com dois belos gols seus, o Grêmio conseguiu em Campinas uma importante vitória sobre uma das melhores equipes do Brasileirão.

A torcida do Guarani se preocupou em insultar o goleiro Danrlei e o atacante Paulo Nunes. Durante todo o primeiro tempo, o Grêmio foi pressionado pelos campineiros. O goleador do Brasileirão era submetido a uma disputa desigual com a defesa adversária, para deleite dos torcedores. Danrlei continuava a fazer defesas importantes e dava ainda mais razões para ser xingado. Já Aílton, bom … Bastava encostar na bola para ser classificado pelos bugrinos “como da casa”, em uma desdenhosa referência a sua passagem pelo Brinco de Ouro em 1993.

Por ser da casa, Aílton conhecia os atalhos para vencer o grandalhão goleiro Hiran, de 2m01cm. Depois de um primeiro tempo em que se destacou apenas pela transpiração, o meia foi premiado pelo destino com duas oportunidades de marcar na segunda etapa. E foi implacável.

Na primeira, ele recebeu um passe de Émerson e chutou cruzado. Em uma corrida desabalada, se dirigiu ao banco de reservas para agradecer ao técnico Luiz Felipe, que sempre o protegeu da ira dos torcedores. “Eu extravasei e fui abraçar o professor porque ele sempre me apoiou”, explicou-se.

Apenas sete minutos depois, o ex-gremista Alexandre deu uma rosca fantástica na bola, permitindo que ela estacionasse nos pés de Aílton. Como era de casa, o meia não se preocupou em frustrar a violenta torcida campineira com outro gol. Depois de ter liquidado com a forte equipe do Guarani, Aílton recebeu de Luiz Felipe, aos 26 minutos do segundo tempo o descanso destinado aos bravos. “Eu não estava bem no jogo, mas uma hora as coisas tinham que dar certo comigo”, afirmou. E deram. Duas vezes.” (Zero Hora, segunda-feira, 4 de novembro de 1996)

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Foto: Silvio Avila (Zero Hora)

GRÊMIO ESCAPA DO SUFOCO E QUEBRA TABU EM CAMPINAS: 2 A 0

“Foi a vitória da voz do vestiário.” A definição é do presidente Fábio Koff, ao comentar a mudança radical sofrida pelo Grêmio no segundo tempo, suficiente para garantir a placar de 2 a O sobre o Guarani, em Campinas, ontem à tarde. Mais modesto, o técnico Luiz Felipe afirmou que a vitória “foi obra do Divino”.

Depois de sofrer uma pressão quase irresistível nos primeiros 45 minutos, o Grêmio corrigiu-se e conseguiu até mesmo quebrar um tabu, o de nunca ter vencido o adversário em Campinas. O Guarani também não perdia em casa há 200 dias e seu goleiro estava há 389 minutos sem sofrer um gol sequer.

O primeiro tempo, de fato, foi amplamente favorável ao time treinado por Carlos Alberto Silva. O ponta Alexandre era o diferencial, com ampla movimentação e confundindo a marcação do adversário. Só o centroavante Ailton perdeu 3 gols. Danrlei era o melhor do jogo.

“Será que sou eu o pé-frio?”, chegou a lamentar Ailton, no vestiário. “Vamos deixa-lo numa situação dessas?”, perguntou Luiz Felipe aos demais jogadores.

A resposta não tardou. Os jogadores do Grêmio recuperaram sua característica habitual e passaram a tirar os espaços do poderoso adversário. Aos 14 minutos, Ailton, até então um jogador muito discreto, recebeu passe de Emerson, pelo lado direito, e bateu em diagonal, vencendo Hiran e abrindo o marcador. Aos 20, Dinho cobrou falta na barreira, Ailton apanhou o rebote e definiu o placar. O Grêmio soma agora 32 pontos e terá pela frente, no Olímpico, 4ªfeira, o modesto Fluminense. Cresce cada vez mais a chance de terminar entre os 4 primeiros.” (Correio do Povo, segunda-feira, 4 de novembro de 1996)

 

 

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O JOGO: O Guarani começou atacando, perdeu gols. No segundo tempo, a história foi outra e o Grêmio explorou as falhas bugrinas. (Tabelão Placar 1996, n.º 10, página 227)

 

 “Depois de ser esmagado pelo Guarani e com uma atuação irreconhecível, o Grêmio finalizou o primeiro tempo com perspectivas nada favoráveis. Depois de alguns berros de Luiz Felipe no vestiário, Ailton marcou dois gols e decretou a vitória.” (Zero Hora, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996)

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Guarani 0x2 Grêmio

GUARANI: Hiran; Marcinho, Sangaletti, Nenê e Júlio César; Dega, Élson (Alexandre Paulista), Alexandre Xoxó (Renatinho) e Gílson; Marcelo Carioca (Edu Lima) e Aílton
Técnico: Carlos Alberto Silva

GRÊMIO: Danrlei; Arce, Rivarola, Adílson e Roger; Dinho, Goiano (André Silva), Émerson e Aílton (Mauro Galvão); Paulo Nunes e Zé Alcino (Marco Antônio)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

18ª Rodada – Primeira Fase
Data: 03 de novembro de 1996, domingo, 17h00min
Local: Estádio Brinco de Ouro, em Campinas, SP
Público: 17.984 (16.050 pagantes)
Renda: R$ 83.250,00
Árbitro: Wílson de Souza Mendonça (PE)
Assistentes: Cid Cavalcante Patricio Souza
Cartões Amarelos: Dega e Sangaletti ; André Silva, Mauro Galvão e Arce
Gols: Aílton, aos 14 e aos 20 minutos do 2° tempo.

Brasileirão 1996 – Sport Recife 1×0 Grêmio

June 13, 2022
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Foto: Cacalos Garrastazu (Zero Hora)

No Brasileirão de 1996, o Grêmio perdeu para o Sport na Ilha do Retiro, em partida da penúltima rodada da primeira fase.  Foi a segunda de uma sequência de três derrotas nas últimos jogo da etapa classificatória.

Esse foi o único jogo que o Grêmio utilizou a meia azul e branca lançada junto com a camisa “negresco”.

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GRÊMIO PERDE PARA O SPORT E CAI PARA QUINTO
A equipe gaúcha, com nove jogadores em campo, não resistiu a pressão do adversário e levou um gol no final

OSWALDO BUARIM JÚNIOR  (Enviado Especial/Recife)  Sem cinco titulares — Danrlei, Émerson (machucados), Adilson, Carlos Miguel e Paulo Nunes (com três cartões amarelos) —, o Grêmio chegou ontem a Recife disposto a garantir um empate, o que asseguraria ao time uma boa chance para ficar entre os quatro melhores para a segunda fase do Campeonato Brasileiro. A tática deu certo até os 43 minutos do segundo tempo, quando Juninho invadiu a área, tabelou com Marcão e bateu forte, sem chance para o goleiro Murilo. Sport 1 a 0.

O Sport começou o jogo pressionando O Grêmio e, logo a um minuto. Mauro Galvão fez falta em Marcão, cobrada com perigo por Dedé. O Sport permaneceu no ataque e, aos 10 minutos, João Paulo deu unia entortada em Arce, que fez falta na lateral direita. O próprio João Paulo bateu, colocando a bola na área com efeito, mas Murilo interceptou o cruzamento. Aos 15 minutos, mais Sport: Rogério bateu forte, a meia distância, mas Murilo caiu bem para a defesa no canto direito.

O primeiro chute do Grêmio a gol só aconteceu aos 17 minutos, com Aílton da entrada da área. A bola passou sobre o travessão. Nova finalização gremista aconteceu aos 30 minutos, quando Afonso bateu de virada, na entrada da área. Mais uma vez, a bola passou por cima da goleira de Albérico.

Sem o lateral Russo e o ponta Luis Muller, o Sport não jogava pelo lado direito do campo. Mesmo assim, o lateral-esquerdo Roger ia muito pouco ao ataque. Na defesa, fechava pelo meio para ajudar na marcação de Juninho, o mais perigoso jogador do Sport. Aos 35 minutos, em rápido contra-ataque, Juninho partiu de seu campo com a bola dominada e foi derrubado por Roger, que já tinha amarelo e foi expulso de campo.

No segundo tempo, o Grêmio recuou todo o time e passou a dar chutões para todos os lados. Aos 21 minutos, Rivarola foi expulso e o Grêmio passou a contar com apenas nove jogadores em campo. Murilo, seu melhor jogador, recebeu cartão amarelo aos 25 minutos por demorar a recolocar a bola em jogo.

O Sport continuava no ataque explorando principalmente a habilidade de Juninho. Aos 40 minutos, em um contra-ataque rápido pela direita, Arce teve a chance de marcar. Na jogada seguinte, Juninho marcou o único gol da partida, que deu a vitória ao Sport e deixou o Grêmio em situação complicada.” (Oswaldo Buarim Júnior, Zero Hora, Quinta-feira, 21 de novembro de 1996)

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SPORT BATE GRÊMIO E AMPLIA SUAS CHANCES
O Sport venceu ontem o Grêmio por 1 a 0 e manteve a chance de classificação no Brasileiro. Juninho marcou para a equipe pernambucana no final do jogo.
A partida foi equilibrada até os 20min do segundo tempo, com as equipes disputando o domínio do meio-campo. O Grêmio teve dois jogadores expulsos e a equipe passou a jogar pelo empate.
O Sport tornou-se mais ofensivo quando o meia Juninho se aproximou do atacante Marcão.
O técnico do Grêmio, Luiz Felipe, foi expulso no final da partida por reclamação (Folha de São Paulo, sexta-feira, 22 de novembro de 1996)
“O JOGO: O Sport pressionou desde o início, enquanto o Grêmio atuou bastante desfalcado e limitou-se à defesa.” (Tabelão Placar 1996)
“Com uma equipe desfalcada, o Grêmio não suportou a pressão do Sport e cedeu a vitória a dois minutos do final do jogo A derrota deixou o Grêmio com escassas chances de ficar entre os quatro primeiros colocados da tabela. O árbitro Sidrack Marinho expulsou Roger e Rivarola e foi duramente criticado”. (Zero Hora, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996)

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SPORT: Albérico; Erlon (Ataíde), Ildo, Ricardo e Dedê; Rogério, Leomar (Joãozinho depois Big), Wallace e Juninho Petrolina; Marcão e João Paulo
Técnico: Hélio dos Anjos

GRÊMIO: Murilo; Arce, Rivarola, Mauro Galvão e Roger; Dinho, Goiano, Aílton e Negretti (Luciano); Márcio (André Silva) e Zé Afonso
Técnico: Luiz Felipe Scolari

Brasileirão 1996 – 1ª Fase – 22ª Rodada
Data: 20 de novembro de 1996, quarta-feira, 22h00min
Local: Estádio Ilha do Retiro, em Recife
Público: 11.073 pagantes
Renda: R$ 97.406,00
Árbitro: Sidrak Marinho dos Santos (SE)
Auxiliares: Antonio Hora Filho e Luiz Eduardo Souza
Cartões Amarelos: Murilo, Negretti e Luciano
Cartões Vermelhos: Ildo (S); Rivarola e Arce
Gol: Juninho Petrolina aos 43 minutos do 2° tempo

Brasileirão 1996 – Vasco 1×1 Grêmio

June 1, 2022
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Foto: Agliberto Lima (Revista Nação Tricolor 1996, Ano I, nº 02)

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Foto: Agliberto Lima (Revista Nação Tricolor 1996, Ano I, nº 02)

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Foto: Agliberto Lima (Revista Nação Tricolor 1996, Ano I, nº 02)

No Brasileirão de 1996, o Grêmio conseguiu um empate com o Vasco graças à um gol marcado por Paulo Nunes aos 48 minutos dos segundo tempo. Esse foi o tipo de jogo que demonstra bem como aquele time de Felipão tinha capacidade de terminar a fase de classificação mais bem colocado do que a 6ª posição que acabou conquistando.

Curiosa a reclamação pelos cinco minutos de acréscimos (que hoje são corriqueiros).

Uma vez que o Vasco atuou com seu fardamento branco, o Grêmio optou por utilizar meias pretas, o que só aconteceria mais outra vez na competição.

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Foto: Fernando Gomes (Zero Hora)

 

GOL NO FIM EVITA A DERROTA DO GRÊMIO
O time gaúcho dominou o Vasco, mas por pouco não saiu de São Januário com um resultado inesperado

LEONARDO OLIVEIRA Enviado Especial/Rio

O Grêmio dominou, empurrou o Vasco para trás, mas acabou saindo de campo com a convicção de que teve muita sorte, ao arrancar um empate de 1 a 1 com o Vasco, ontem à tarde, no Estádio de São Januário, depois de sofrer um gol aos 40 minutos do segundo tempo. Apesar do resultado favorável, a equipe do técnico Luiz Felipe perdeu uma grande chance de conseguir três pontos fora de casa. Os cariocas ficaram com um jogador a menos logo aos 11 minutos, depois que o estreante Borçato fez uma falta violenta em Carlos Miguel. O bicampeão gaúcho disputa na quarta-feira o seu terceiro jogo consecutivo fora de casa, contra o Atlético-PR, em Curitiba.

O Vasco preparou uma verdadeira festa para enfrentar o Grêmio. Antes do jogo, as jogadoras do clube que serviram à Seleção Brasileira na Olimpíada foram homenageadas pela diretoria. Os 20 mil torcedores presentes (o público divulgado foi de 9.010) ao estádio foram ao delírio quando o folclórico massagista Santana saudou a todos vestindo um fraque branco e uma camiseta do clube. Mas bastou a bola rolar para o Grêmio acabar com a euforia dos cariocas. Nos primeiros 10 minutos, o domínio foi total dos gaúchos.

Quando o Vasco equilibrou, o volante Borçato — que segundo a imprensa carioca está na equipe apenas por ser amigo de Edmundo — foi expulso. Com um jogador a menos, o técnico Alcir Portela colocou o volante Sidnei no lugar do atacante Toninho. A mudança deixou Edmundo isolado entre os zagueiros do Grêmio. Apesar da inoperância do ataque adversário e da vantagem no meio-campo, a equipe de Luiz Felipe não tinha objetividade, exagerando nos toques laterais na intermediária.

A conversa com Luiz Felipe no intervalo alertou os jogadores. Aos dois minutos, Émerson perdeu uma grande chance de marcar, chutando, sozinho, para fora. Depois da entrada de Afonso no lugar do confuso Émerson, aos 15 minutos, os passes laterais foram trocados por cruzamentos para a área. Aos 40, o lateral Pimentel cansou de defender e puxou um contra-ataque da sua defesa. Depois de tabelar com Macedo, encobriu o goleiro Danrlei, marcando um bonito gol. Aos 48 minutos, quando tudo parecia perdido e os alto-falantes de São Januário gritavam que estava na hora de o árbitro terminar o jogo, o Grêmio chegou ao empate. Depois da cobrança de escanteio, o goleiro Caetano falhou, Adilson cabeceou na trave e Paulo Nunes, na volta, colocou para a rede, garantindo um resultado mais justo para a partida de São Januário.” (Leonardo Oliveira, Zero Hora, segunda-feira, 2 de setembro de 1996)

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 “HERÓI PAULO NUNES SALVA O TIME

Ao final de cada jogo do Grêmio, o atacante Paulo Nunes é saudado como o melhor jogador da equipe em campo. O reconhecimento já virou rotina. Ontem, no Estádio de São Januário, no Rio, não foi diferente. Quando a equipe já dava por perdido um jogo que estava dominando, o atacante marcou seu quarto gol na competição e garantiu o empate salvador. Enquanto o técnico Luiz Felipe trabalha para enquadrar os candidatos a substitutos de Jardel, Paulo Nunes se encarrega de assumir a posição de goleador da equipe — e não decepciona.

Antes da partida, os vascaínos fizeram questão de lembrar que a passagem de Paulo Nunes pelo arqui-rival Flamengo ainda não tinha sido esquecida. Mas os cânticos que colocavam em questão a masculinidade do atacante gremista não o perturbaram. Durante toda a partida, foi o jogador mais competente da equipe, deslocando-se por todos os lados e participando ativamente da marcação no meio-campo. Nunca deu sossego para os atacantes. Dos pés deles saíram as jogadas mais perigosas.

A determinação do ponteiro pretendido por times espanhóis foi recompensada com o gol heróico aos 48 minutos do segundo tempo. Depois de vencer o goleiro Caetano, desviando de cabeça para a rede, Paulo Nunes fez questão de correr em direção às gerais de São Januário e debochar dos incrédulos vascaínos. O empate foi bem ao estilo do time armado por Luiz Felipe: nos descontos e sofrido.

Estilo a que Paulo Nunes conseguiu se adaptar com perfeição, contrariando todos os prognósticos. Quando chegou a Porto d Alegre, no início do ano passado, muitos que conseguisse vencer no disputado futebol gaúcho. Os críticos até tinham subsídios para tanto descrédito. Franzino e com o jeito malemolente dos cariocas, o surfista nas horas vagas Paulo Nunes tinha tudo para não acertar no Grêmio.

Mas Paulo Nunes não só superou o descrédito, como venceu o frio do Sul e as marcações duras do disputado futebol gaúcho e comprovou para os cariocas, principalmente os flamenguistas, que ainda poderia jogar em uma grande equipe.

A saída da Gávea não foi nada pacífica, O jogador recém havia se recuperado de uma cirurgia e amargava a reserva. Fora da noite carioca (ele confessa que era um freqüentador assíduo) e com o auxílio de Luiz Felipe, sagrou-se bicampeão da Copa Libertadores da América e, depois da saída do seu companheiro de ataque Jardel, transformou-se no maior destaque da equipe. “Tudo o que eu tenho hoje, eu agradeço ao Luiz Felipe, ele é como se fosse o meu segundo pai“, reconhece. (Zero Hora, segunda-feira, 2 de setembro de 1996)

 

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Foto: Fernando Gomes (Zero Hora)

 

GRÊMIO EMPATA CONTRA O VASCO NOS ACRÉSCIMOS
Com um futebol de ritmo preguiçoso e desprovido de criatividade, o Grêmio ficou apenas no empate em 1 a 1, ontem à tarde, no São Januário, diante de um Vasco da Gama que jogou desde os 11 minutos com um jogador a menos devido à expulsão do volante Borçato. No final, o resultado até foi festejado pelos gremistas, já que o time conseguiu empatar apenas nos acréscimos.

Foi a terceira partida consecutiva em que o Grémio perdeu uma grande oportunidade de somar não um, mas 3 pontos. A primeira foi contra o Vitória, a segunda contra o Corinthians, e a terceira ontem. Com isso, o time manteve uma honrosa, mas inútil invencibilidade, e caiu na tabela de classificação, ficando na obrigação de vencer o Atlético, em Curitiba, quarta-feira.

A torcida do Vasco ainda fazia festa para Edmundo, quando aos 11 minutos, Borçato foi expulso após levar o segundo cartão amarelo. A partir daí, o Grêmio assumiu o controle do jogo. O Vasco recuou, ficando somente Edmundo, em grande atuação, na frente. Com toques para os lados, cruzamentos fracos e imprecisos e poucas jogadas pelas pontas, o Grêmio não soube aproveitar a chance de somar 3 pontos em pleno São Januário.

O Grêmio parecia acreditar que o gol sairia ao natural, sem maior esforço. Acabou surpreendido por Pimentel, que, aos 40 minutos, avançou meio campo sem ser combatido, e chutou por cobertura para fazer 1 a O. O Grêmio acordou e, na pressão, empatou aos 48 minutos, por Paulo Nunes, de cabeça.” (Correio do Povo, segunda-feira, 2 de setembro de 1996)

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Foto: Correio do Povo

 

“FELIPÃO AGRADECE A DEUS E FAZ CRÍTICAS

“Temos que erguer as mãos para o céu e agradecer a Deus pelo resultado”, desabafou o técnico do Grêmio, após o jogo contra Vasco. Luiz Felipe Scolari ficou irritado com a falta de poder ofensivo do seu time, “que dominou o jogo, mas não criou”. Na sua avaliação, o Grêmio jogou errado, tentando entrar pelo meio. “Deveríamos explorar bolas aéreas e cavar faltas perto da grande área do Vasco”.

Luiz Felipe disse também que Danrlei falhou no gol de Pimentel, “pois estava adiantado e errou a mão na hora de fazer a defesa”. Ele voltou a criticar os jogadores de meio e defesa, que permitiram que o lateral do Vasco penetrasse livre. “Os jogadores não querem se expor ao ridículo e só ficam cercando”. (Correio do Povo, segunda-feira, 2 de setembro de 1996)

 

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Foto: Fernando Gomes (Zero Hora)

“O empate com o Vasco teve um sabor de derrota para o Grêmio. Com a expulsão de Borçato, aos 11 minutos do primeiro tempo, o Vasco perdeu força ofensiva, permitindo ao Grêmio tomar o controle da partida.O empate veio nos descontos, com Paulo Nunes.” (Zero Hora, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996)

 

“O JOGO: Apesar de atuar com um jogador a mais durante 80 minutos, o Grêmio não ousou e o Vasco viu facilitado seu trabalho de equilibrar a partida.” (Tabelão Placar 1996)

 

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DIRIGENTES PROTESTAM

O fato de o árbitro Oscar Roberto de Godói ter dado 50 minutos de jogo no segundo tempo — o Grêmio empatou aos 48min — fez alguns vascaínos perderem a cabeça após o jogo. O choro era livre. O advogado do clube, Paulo Reis, berrava pateticamente que o Vasco não vence por culpa da imprensa.

Outros também não mediam as palavras, como o ex-jogador e deputado estadual Roberto Dinamite. ‘”Não é querer justificar esses atos, mas se o que aconteceu aqui fosse lá no Sul. a delegação do Vasco e a Arbitragem nem sairiam do estádio”. comentou Roberto.

No mesmo tom, o vice-presidente de futebol. Eurico Miranda, não Se conformava com o empate do Grêmio. “Os clubes não têm nada a fazer. É por isso que se um juiz como esse tem dois ou três dentes quebrados depois do jogo não vai poder reclamar”, ameaçava. Segundo Eurico, há um esquema organizado pelo diretor da Comissão de Arbitragem da CBF, Ivens Mendes, para prejudicar o Vasco.

“Não é de hoje que eu venho afirmando que os árbitros têm uma orientação dele, no sentido de que o Vasco não se classifique entre os oito em hipótese alguma. Os jogadores do Vasco já estavam avisados sobre isso. Eu pedi a abertura de inquérito na CBF e ninguém fez nada. Mandaram para o Tribunal julgar e dizer que eu estava ofendendo o Ivens”, reclamava o dirigente.

Lucidez mesmo era mais fácil de ser encontrada entre os jogadores. Como Pimentel, que não satisfeito em sair como o melhor do time e marcar um golaço, deu uma lição aos dirigentes e assessores: “Tudo bem, o árbitro não precisava dar cinco minutos de acréscimo, um ou dois estava bom. Mas o nosso time bobeou. Não podíamos tomar um gol daqueles naquela hora”. (Ricardo Gonzalez, Jornal do Brasil, segunda-feira, 2 de setembro de 1996)

 

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Foto: Fernando Gomes (Zero Hora)

 

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Fonte: Pioneiro

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Vasco 1×1 Grêmio

VASCO: Caetano; Pimentel, João Luiz, Alex e Cássio; Luisinho, Borçato, Juninho (Macedo) e Válber (Ranielli); Edmundo e Toninho (Sydnei)
Técnico: Alcir Portela

GRÊMIO: Danrlei; Aílton, Mauro Galvão, Adílson e Roger; Dinho, Goiano, Émerson (Zé Afonso) e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Saulo (Rogério)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

Brasileirão 1996 – 7ª Rodada – 1ªFase
Data: 1º de setembro de 1996, domingo, 17h00min
Local: Estádio São Januário, no Rio de Janeiro, RJ
Público: 9.010
Renda: R$ 96.970,00
Árbitro: Oscar Roberto de Godói (SP)
Auxiliares: Carlos Roberto da Silva e Jovair de Almeida
Cartões Amarelos: Sydnei; Aílton, Roger, Goiano, Mauro Galvão, Zé Afonso e Adílson
Cartão Vermelho: Borçato
Gols: Pimentel, 40 minutos do 2º tempo e Paulo Nunes,aos  48 minutos  do 2° tempo

Brasileirão 1996 – Grêmio 5×0 Atlético Mineiro

December 8, 2021
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Foto: Sílvio Ávila (Zero Hora)

No Brasileirão de 1996, o Grêmio goleou o Atlético Mineiro por 5 a 0 no Olímpico. Esse é um jogo que serve para demonstrar que, apesar de nunca ter encontrado um substituto à altura para Jardel, o plantel do Grêmio para o segundo semestre da temporada tinha uma composição bem interessante. A mais evidente delas era ter Mauro Galvão como um reserva de luxo para a zaga. Marco Antônio e André Silva eram alternativas bem confiáveis para as laterais e a disputa entre Emerson e Ailton pela camisa 10 tricolor causou “dor de cabeça” em Felipão até o fim do campeonato. Todos esses atletas citados iniciaram como titulares nessa vitória sobre o Galo.

Ainda sobre este jogo, eu acho muito curioso que Taffarel estava usando uma camisa muito parecida com a que ele usava no Parma, porém a de  1996 não parecia ser feita pela Umbro (muito embora os dois clubes tivessem a marca inglesa como fornecedora d e material esportivo)

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Foto: Ricardo Giusti (Correio do Povo)

 

PAULO NUNES COMANDA O MASSACRE
Atacante marcou 2 gols e deu passe para mais 2 nos 5 a 0 contra o Atlético Mineiro e já é artilheiro do Campeonato Brasileiro

Depois de uma semana tensa e de questionamentos em relação à capacidade do time, o Grêmio deu a melhor resposta possível ao golear em 5 a 0 o Atlético Mineiro, no estádio Olímpico. O grande destaque da partida foi o atacante Paulo Nunes, que protagonizou belas jogadas, marcou dois gols e assumiu a ponta na tabela de goleadores do Campeonato Brasileiro com 7 gols.

Foi um jogo movimentado e de boa técnica, apesar da chuva. O Grêmio buscava a reabilitação à derrota diante do Atlético Paranaense, e o time mineiro tentava quebrar a rotina de só perder fora de casa. O objetivo do treinador Eduardo Amorim começou a ficar inviabilizado aos 3 minutos, quando, após cobrança de escanteio, Paulo Nunes tentou o gol com o calcanhar. A bola bateu na trave e voltou para Saulo fazer 1 a 0.

Era tudo o que o treinador Luiz Felipe queria. O gol logo de saída obrigou o Atlético a sair para buscar o empate. E aí foi a vez de a defesa gremista provar que não é tão vulnerável quanto se imagina. O sistema defensivo funcionou exemplarmente, anulando o ataque mineiro. À frente da zaga, a dupla Dinho/Adilson esteve perfeita, bloqueando e fazendo com que a bola saísse rápida para o ataque., onde Paulo Nunes brilhava. Saulo, lesionado, foi substituído por Afonso.

Aos 44 minutos, Émerson lançou Paul Nunes pela esquerda. O ponta cruzou na medida para Afonso concluir com precisão: 2 a 0. Quatro minutos depois. Paulo Nunes em grande jogada individual, livrou-se da mareação e chutou rasteiro no canto esquerdo de Taffarel para fazer 3 a o. No segundo tempo, o Grêmio continuou arrasador. Aos 21, Aílton cruzou para Afonso cabecear no canto direito e ampliar. Aos 37. Adilson cruzou para Paulo Nunes marcar o quinto gol.” (Correio do Povo, 9 de setembro de 1996)

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Foto: Sílvio Ávila (Zero Hora)

O JOGO: O Grêmio dominou totalmente a partida, marcando com firmeza e executando com rapidez as jogadas de ataque. O Atlético praticamente não atacou. Escapou de ter levado mais gols.” (Tabelão Placar 1996)

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Foto: Sílvio Ávila (Zero Hora)

 

“Foi o jogo da recuperação. Depois de quatro partidas consecutivas sem vitória, O Grêmio premiou o seu torcedor com uma atuação irretocável. Sem dar trégua aos defensores do Atlético-MG, Paulo Nunes e Afonso foram os grandes nomes da partida, sendo responsáveis pelos quatro dos cinco gols do jogo.” (Zero Hora, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996 – Fonte: Arquivo Gremista)

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GRÊMIO HUMILHA O ATLÉTICO
Ao golear o time mineiro por 5 a 0, a equipe do técnico Luiz Felipe se recuperou e agora soma 12 pontos

Paulo Nunes marcou dois gols, construiu as jogadas de outros dois e foi o melhor em campo, na vitória de 5 a 0 do Grêmio sobre o Atlético Mineiro, ontem à tarde, no Estádio Olímpico. Foi o jogo de Paulo Nunes. Se bem que a frágil defesa do Atlético Mineiro colaborou de forma inestimável.

Mal a partida havia começado e o Grêmio já estava na frente no placar Aos três minutos, Dinho cobrou um escanteio da direita, Adilson cabeceou para o meio da área, Rivarola, chutou errado, Paulo Nunes apanhou a bola de costas para o gol e tentou marcar de calcanhar. A bola bateu na trave e voltou para o atacante Saulo empurrar para o gol.

Ao contrário das partidas anteriores, o Grêmio continuou jogando bem e partindo para o ataque rapidamente, sem dar espaços para o Atlético na defesa. O Atlético só deu um chute no primeiro tempo, através de Doriva, por cima da trave. A partir dos 20 minutos o Grêmio chegou a relaxar e permitir alguns toques de bola do adversa rio no meio-campo, mas aos 44 minutos Paulo Nunes arrancou pela esquerda e cruzou na medida para Afonso, que havia entrado em lugar do lesionado Saulo. Afonso marcou o segundo gol. Nos descontos do primeiro tempo, Paulo Nunes fez o gol mais bonito do jogo, entrando a drible na área e deslocando o goleiro Taffarel.

Com 3 a O no placar, o time do técnico Luiz Felipe voltou tranqüilo para o segundo tempo. O treinador adversário, Eduardo Amorim, tentou modificar a disposição tática da sua equipe colocando o atacante Cleiton em lugar do lateral Paulo Roberto, mas esta alteração apenas deu mais espaços para o Grêmio contra-atacar.

Foi o que o Grêmio ficou tentando fazer no restante do jogo. O sistema defensivo, com Mauro Galvão ao lado de Rivarola, estava perfeito. Adilson, no meio-campo, fazia a bola rolar com rapidez. E Paulo Nunes estava infernal, no ataque. O Atlético até que tentou partir para cima, mas sem qualquer organização. O Grêmio começou a perder gols.

Finalmente, aos 21 minutos, Allton deslocou-se pela direita e cruzou na cabeça de Afonso, que colocou no canto, sem a menor chance para Taffarel defender. O lado esquerdo da defesa do Atlético continuou aberto. Foi por aquele setor que Adilson entrou, aos 38 minutos, e cruzou para Paulo Nunes encerrar a goleada: 5 a O. Na saída de campo, como havia ocorrido no intervalo de jogo, Paulo Nunes foi ovacionado pela torcida. O atacante do Grêmio, agora, é o artilheiro do campeonato, com sete gols. O Grêmio vai ficar uma semana sem jogar. Sua próxima ocorrerá no domingo, contra o Paraná, em Curitiba.” (Zero Hora, 9 de setembro de 1996)

 

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“LUIZ FELIPE ELOGIA O POSICIONAMENTO

Mais do que festejar a goleada sobre o Atlético Mineiro, o treinador Luiz Felipe tratou de elogiar o desempenho da equipe. “A marcação foi correta, o posicionamento bom e as chances de gol foram aproveitadas. Isso para mim é mais importante que os 5 a 0”.

Outro motivo de satisfação do técnico é o fato de que terá uma semana inteira para treinamento: “Vamos poder acertar alguns detalhes e recuperar os lesionados”, disse Luiz Felipe. Entre eles, Saulo, que deixou o campo com um princípio de estiramento. Domingo, o Grêmio pega o Paraná, em Curitiba.

A direção do Grêmio divulgou ontem a relação dos integrantes da “Calçada da Fama”: Fernando Kroeff, Osvaldo Rolla, Leão, De León, Edinho, Pingo e Adílson. Mais os 13 nomes escolhidos pela crônica esportiva: Alcindo, André, Ancheta, Airton, Baltazar, Yura, Jardel, João Severiano, Oberdan, Ortunho, Mazaropi, Juarez e Renato Portaluppi.” (Correio do Povo, 9 de setembro de 1996)

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OS DESEMPENHOS (Zero Hora, 9 de setembro de 1996)
GRÊMIO ATLÉTICO
Chutes a gol 12 4
Conclusões de cabeça 3 1
Escanteios cedidos 2 4
Faltas cometidas 13 16
Impedimentos 2 4

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GRÊMIO GOLEIA ATLÉTICO
Tricolor fez boa partida e se reabilitou diante da torcida fazendo 5 no galo mineiro

Porto Alegre — O Grêmio se reabilitou frente a sua torcida goleando o Atlético-MG, por 5 a O, ontem à tarde, no Estádio Olímpico. Numa partida movimentada e sob intensa chuva, o time treinado por Luiz Felipe correu bastante e arrematou com categoria. Com o resultado, o Grêmio subiu para 12 pontos e melhora suas chances de classificação para a próxima fase do Campeonato Brasileiro da Série A.

O 1º tempo já terminou em goleada de 3 a 0. Aos 3min, Saulo fez o primeiro gol pegando o rebote de uma bola na trave, chutada por Adilson, e deslocando completamente Taffarel. O Grêmio jogou bem no início da partida, dominando o meio de campo e com bastante velocidade na frente. O Atlético começou a insistir nos contra-ataques somente após os 25 minutos, criando diversas situações de gol. Saulo, com um problema muscular na coxa, foi substituído por Afonso aos 34 minutos.

E foi Afonso quem marcou o segundo gol do Grêmio aos 44min. Paulo Nunes, numa jogada individual, aproveitando a saída de Taffarel, marcou o terceiro do Grêmio, aos 48 minutos. Na etapa final, Afonso, num cruzamento de Ailton, tocou de cabeça e fez 4 a O, aos 21min. Paulo Nunes, chutando da direita após receber um passe de Adilson, decretou o escore aos 37min.” (Pioneiro, segunda-feira, 9 de setembro de 1996)

 

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Grêmio 5×0 Atlético Mineiro

GRÊMIO: Danrlei; Marco Antônio, Rivarola, Mauro Galvão e André Silva; Dinho (Luciano), Adílson, Aílton e Émerson; Paulo Nunes e Saulo (Zé Afonso, 34 do 1ºT)
Técnico: Luiz Felipe Scolari
ATLÉTICO-MG: Taffarel; Dinho, Ronaldo Guiaro, Rogério Pinheiro e Paulo Roberto Prestes (Cleiton); Gutemberg, Doriva, Escobar (Silva) e Fábio Augusto; Helbert e Renaldo (Leandro)
Técnico: Eduardo Amorim

9ª Rodada – Primeira Fase – Brasileirão 1996
Data: 8 de setembro de 1996, domingo, 16h00min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre, RS
Público: 8.932 (5.218 pagantes)
Renda: R$ 56.300,00
Árbitro: Cláudio Vinícius Cerdeira (RJ)
Auxiliares: Reinaldo Ribas e Djalma Beltrami
Cartões Amarelos: Rivarola, Marco Antônio e Dinho (G); Gutemberg, Rogério Pinheiro e Paulo Roberto Prestes (AM)
Cartão Vermelho: Ronaldo Guiaro(AM)
Gols: Saulo (G), 3 minutos; Zé Afonso (G), 44 minutos; Paulo Nunes (G), 48 minutos (1° tempo); Zé Afonso (G), 28 minutos; Paulo Nunes (G), 37 minutos (2° tempo).

Brasileirão 1996 – Corinthians 2×2 Grêmio

December 4, 2021
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Foto: Zero Hora

No Brasileirão de 1996, Corinthians e Grêmio empataram em 2×2 no Canindé, em partida válida pela 6ª rodada da competição.

Neste ano os juízes começaram a obrigar as equipes trocar também os calções e meias quando houvesse semelhança entre as equipes. Por isso vemos o Grêmio com calção reserva, porém com a meia titular, uma vez que o Corinthians usava uma meia listrada preta e branca (muito semelhante a uma das meias que a Penalty fez para o uniforme negresco do Grêmio).

Sylvinho, atual técnico do Timão, foi o titular da lateral-esquerda corintiana naquele noite.

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Foto: Zero Hora

GRÊMIO EMPATA COM O CORINTHIANS
O goleiro Danrlei foi o melhor jogador do time gaúcho, que desperdiçou um pênalti e ficou no 2 a 2

Danrlei e Ronaldo foram os grandes nomes do jogo realizado entre Grêmio e Corinthians, ontem à noite, no Estádio do Canindé, apesar do placar dilatado: 2 a 2. Os dois goleiros foram os jogadores que mais trabalharam — Ronaldo, do Corinthians, pegou um pênalti e Danrlei praticou uma série de defesas complicadas, principalmente no segundo tempo.
No primeiro, tudo começou bem para o Grêmio. Logo aos seis minutos, depois de uma cobrança de escanteio, Mauro Gaivão encostou a bola e o atacante Paulo Nunes escorou para o gol: 1 a 0. O Grêmio continuou bem, jogando com tranqüilidade e segurança no meio-de-campo. Mas, aos poucos, o Corinthians passou a pressionar. E o Grêmio errou ao recuar em demasia e submeter-se à pressão.
As oportunidades começaram a aparecer para o Corinthians. Aos 22 minutos, Célio Silva cobrou uma falta com violência e Danrlei defendeu com dificuldade. Três minutos depois, o volante Bernardo entrou em velocidade na área, pelo meio, e perdeu o gol. Aos 40, Souza invadiu a área a drible exatamente pelo mesmo setor. Só que teve categoria para empatar a partida.
O melhor do jogo ocorreu no segundo tempo. O Corinthians partiu para cima da defesa do Grêmio e só não marcou porque Danrlei defendeu de todas as formas. Até com os pés. À altura dos 10 minutos, o goleiro do Grêmio chegou a afastar quatro escanteios seguidos, cobrados com malícia por Marcelinho Carioca. Aos três minutos, o zagueiro Henrique fez um gol que foi anulado porque ele estava em posição de impedimento. O Corinthians prosseguiu melhor, mas foi o Grêmio que marcou. De novo, através de uma jogada de bola parada. Aos 16, Saulo, que entrou em lugar de Afonso, subiu mais alto que a zaga, cabeceou para baixo ao estilo de Jardel e desempatou. O gol não intimidou o time paulista. Aos 29, Célio Silva invadiu a área, passou por Roger, passou para André Santos, que cruzou até Alcindo. O atacante precisou somente empurrar para o gol. A torcida do Corinthians ainda comemorava quando Carlos Miguel sofreu o pênalti. Mas Emerson chutou fraco, no meio do gol, facilitando a defesa de Ronaldo. O empate deu ao Grêmio o seu oitavo ponto, colocando o time na sétima posição no Campeonato Brasileiro. No próximo domingo, a equipe de Luiz Felipe vai enfrentar o Vasco da Gama, no Rio de Janeiro.”
(Zero Hora, sexta-feira, 30 de agosto de 1996)

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Foto: (Revista Nação Tricolor nº 3)

CORINTHIANS EMPATA COM O GRÊMIO
Corinthians e Grêmio empataram ontem, no Canindé, em 2 a 2, e estão empatados na classificação do Brasileiro com oito pontos.O time gaúcho abriu o placar logo aos 6min de jogo. Após uma cobrança de escanteio de Aílton, Mauro Galvão pegou a sobra e tocou para Paulo Nunes, que, livre, marcou com facilidade.Como o Corinthians jogava com três jogadores de marcação e apenas Souza para criar, o time apelava para o individualismo.Só aos 24min é que a pequena torcida corintiana que foi ao Canindé voltou a gritar a favor de seu time _até então, só reclamava da lentidão de seu clube.Gilmar cobrou rasteiro e com força uma falta na esquerda, e Danrlei tocou a escanteio.A partir daí, o Corinthians começou a chegar mais à área gremista, em jogadas individuais.Carente de finalizadores, o técnico corintiano Valdyr Espinosa substituiu o marcador Marcelinho Souza pelo atacante Jorginho.A alteração deu resultado aos 39min. Souza recebeu na esquerda, driblou dois adversários e tocou cruzado, na saída de Danrlei. As jogadas de bola parada da direita marcaram o início do segundo tempo, sem efeito, porém.Quando o Corinthians vivia seu melhor momento no jogo, quem marcou foi o Grêmio. Saulo completou, de cabeça, uma cobrança de escanteio, aos 15min.O Corinthians voltou a empatar aos 28min. Célio Silva saiu em velocidade do meio-campo, tocou para André Santos, que fez o centro para Alcindo marcar.No minuto seguinte Célio Silva e André Santos fizeram pênalti em Goiano, mas Ronaldo defendeu a cobrança de Emerson.” (VALMIR STORTI, Folha de São Paulo, 30 de agosto de 1996)

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DANRLEI BRILHA NA NOITE DOS GOLEIROS


Os goleiros foram definitivos no empate em 2 a 2 do Grêmio contra o Corinthians. Se Danrlei esmerou-se em defender os chutes perigosos de Souza e de Marcelinho Carioca, o corintiano Ronaldo cintilou na única vez em que devia brilhar: evitou a vitória adversária ao adivinhar o canto e agarrar o pênalti mal cobrado por Émerson. Os quatro gols em jogo podem ser atribuídos a falhas de marcação dos zagueiros, jamais aos goleiros.


Desde cedo Danrlei mostrou firmeza. Ainda no primeiro tempo, o goleiro do Grêmio conseguiu defender no chão a cobrança de uma falta por Célio Silva. O chutão passou feito um bólido entre as pernas dos jogadores na zaga e arrojou-se a meia altura. Surpreso com o petardo, Danrlei só teve tempo de espalmar a bola, prontamente retirada da área por Adilson. Um outro chute de Marcelinho Carioca na fase inicial quase o traiu. A bola bateu no chão e obrigou o goleiro gaúcho a controlá-la em dois tempos.


Tão dificil quanto a defesa do pênalti foram as intervenções de Danrlei com os pés no segundo tempo. Aos 9 minutos, depois de um intricado bate-e-rebate na área gremista, um corintiano conseguiu concluir no risco da pequena área. Danrlei usou o pé para colocar a bola longe. Quatro minutos depois, o goleiro iria repetir a façanha. Novamente com o pé, Danrlei afastou um chute do desesperado ataque paulista. No lance seguinte, o goleiro ainda administrou uma seqüência de quatro escanteios cobrados por Marcelinho Carioca. A pressão corintiana parou nas mãos e pés do goleiro ignorado pelo técnico Zagalo. Quando até os paulistas já se contentavam com o empate, Émerson ainda obrigaria os torcedores do Corinthians cruzarem os dedos para que errasse um pênalti, aos 31 finais. O meio-campista tomou boa distância e partiu convicto. Mas chutou no mesmo canto de Ronaldo.


A proeza dos goleiros também rondou o Maracanã ontem à noite. Edinho, do Santos, não precisou se esforçar para defender um pênalti que o botafoguense Túlio jogou às alturas. Só o santista Jamelli obteve vantagem sobre o goleiro Vágner, ao fazer 2 a O sobre o Botafogo. Foi de pênalti.
” (Zero Hora, sexta-feira, 30 de agosto de 1996)

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“O jogo: Corinthians e Grêmio somam agora oito pontos. O jogo foi movimentado. O Corinthians teve que buscar o resultado duas vezes. No final do jogo, Ronaldo defendeu a cobrança de pênalti Emerson.” (Folha de São Paulo)

 

“Sob a luz dos refletores na noite paulistana, o Grêmio comprovou a teoria de Adílson. Jogando com objetividade, envolveu o Corinthians, mas novamente cederam o empate em duas oportunidades. Faltando 14 minutos para o final, o meia Emerson perdeu o pênalti que daria a vitória ao Grêmio.” (Zero Hora, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996)

 

O JOGO: Nem a volta de Célio Silva e Bernardo aliviou o sofrimento da torcida Corintiana. O empate em casa até saiu barato depois do pênalti mal batido por Émerson, a 15 minutos do final.” (Tabelão Placar)

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Foto: (Revista Nação Tricolor nº 3)

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Corinthians 2×2 Grêmio

CORINTHIANS: Ronaldo; André Santos, Célio Silva, Henrique e Silvinho; Bernardo, Gilmar, Marcelinho Paulista (Jorginho) e Souza; Marcelinho Carioca e Alcindo Sartori
Técnico: Valdir Espinosa

GRÊMIO: Danrlei; Marco Antônio (Émerson), Mauro Galvão, Adílson e Roger; Dinho (Luciano), Goiano, Aílton e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Zé Afonso (Saulo)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

Brasileirão 1996 -6ª Rodada – 1ªFase
Data: 29 de agosto de 1996, quinta-feira, 20h30min
Local: Estádio do Canindé, em São Paulo
Público: 4.095 pagantes
Renda: R$ 40.535,00
Árbitro: Carlos Elias Pimentel (RJ)
Cartões Amarelos: Gilmar, Silvinho e Bernardo (C); Saulo, Paulo Nunes, Carlos Miguel e Mauro Galvão (G)
Gols: Paulo Nunes, 6 minutos; Souza, 16 minutos do primeiro tempo; Saulo, 15 minutos; Alcindo, 28 minutos do segundo tempo.

Brasileirão 1996 – Bahia 1×2 Grêmio

November 25, 2021
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Foto: Mauro Vieira (Zero Hora)

No Brasileirão de 1996, o Grêmio venceu o Bahia por 2 a 1 na Fonte Nova pela 16ª Rodada da primeira fase.

O gol da vitória foi marcado por Arce, aos 47 minutos do segundo tempo. O paraguaio, que estava de fora do time desde o jogo contra o Velez, 18 dias antes, ingressou no segundo tempo para atuar no meio de campo. A matéria da Zero Hora transcrita abaixo afirma que ele atuou “deslocado”. Eu não lembro de outra partida do Grêmio que ele tenha jogada na meia cancha, contudo é válido lembrar que ele jogava neste setor no Cerro Porteño (como por exemplo nas quartas-de-final da Libertadores de 1993 na qual ele converteu uma cobrança de pênalti usando a camisa 11)

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Foto: Valter Ponter (Correio do Povo)

GRÊMIO VENCE EM CIMA DA HORA
Brasileirão 96 – Momentos antes de encerrar-se a partida, Arce fez o gol da vitória de 2 a 1 sobre o Bahia 

A partida se desenvolveu no lento ritmo de um berimbau. Era toque para um lado, toque para outro, o calor de 32 graus e o sol dos trópicos impediam lances de velocidade. Era tudo que o Grêmio queria para vencer o Bahia por 2 a 1 em Salvador. Como se estivesse cansado em campo, a equipe gaúcha esperou o momento certo de definir a partida com o um bonito gol de Arce, já aos 48 minutos finais. Foi uma vitória que dá fôlego ao Grêmio, agora na sexta colocação do Brasileirão, com 28 pontos ganhos. 

O ritmo do Grêmio no começo do jogo era em busca do gol. Aos 20 minutos, Zé Alcino conseguiu cabecear à frente do Jean, na pequena área. Mas o goleiro defendeu no susto. Aí o Bahia acordou. A torcida, enraivecida pela má campanha do time — embolado entre os ameaçados de rebaixamento —, gritou para os jogadores e pediu futebol. Sabendo disso, Luiz Felipe tratou de acalmar os ânimos e aderir à malemolência e ao gingado baiano. Colocou Emerson mais próximo a João Antônio e a Dinho e deixou o tempo correr. Principalmente depois que Carlos Miguel fez 1 a 0, de falta, aos 26 minutos. O meia viu a falha na barreira e conseguiu colocar a bola ali mesmo. Os baianos sentiram que era melhor providenciar a ajuda de todos os santos para o seu próprio time. Em desvantagem, o técnico Fito Neves mandou a equipe atacar. Luiz Felipe saiu correndo do reservado e corrigiu o posicionamento de João Antônio, deu duas a três instruções e tudo voltou como antes. Com toque e mais toque. 

No segundo tempo, aos minutos, Zé Alcino deixou  o campo por causa de lesão. Luiz Felipe surpreendeu colocando Arce em seu lugar. Em seguida, Charles, que havia entrado em lugar de Claudinho, empatou. O Grêmio segurou o ímpeto do adversário. Até que Arce, como se estivesse cobrando uma falta, colocou a bola no ângulo de Jean num chute em curva, de fora da área.” (JONES LOPES DA SILVA  – Enviado Especial/Salvador, Zero Hora, segunda-feira, 21 de outubro de 1996)

“SANTO BAIANO AJUDA GRÊMIO A VENCER

 O árbitro Luciano Almeida já se preparava para encerrar o jogo quando Arce, deslocado para o setor esquerdo, recebeu um passe de Ailton e arriscou de longe. A bola fez uma curva no ar e encontrou o canto superior esquerdo do goleiro Jean, que saltou mas não evitou o gol da vitória do Grêmio sobre o Bahia, na Fonte Nova. Com os 2 a 1 sobre o time baiano, que luta para fugir do rebaixamento, o Grêmio subiu para 6º lugar e encaminhou sua classificação à próxima fase.

O gol de Arce, que havia substituído Zé Alcino, ocorreu aos 48 minutos do segundo tempo. “Um santo baiano olhou para nós”, comentou o treinador Luiz Felipe, admitindo que o time não jogou bem e que o empate seria mais justo. No primeiro tempo, o Grêmio foi melhor, dominando o Bahia. Aos 26 minutos, Carlos Miguel fez 1 a 0, cobrando falta e acertando o canto direito de Jean. No segundo tempo, o Bahia melhorou e pressionou, até que aos 22  minutos, Charles desviou de cabeça e empatou. Recuado, o Grêmio resistiu e até festejava o empate, quando Arce marcou o gol da 3ª vitória consecutiva do time de Felipão” (Correio do Povosegunda-feira, 21 de outubro de 1996)

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Foto: Mauro Vieira (Zero Hora)

ARCE JOGA DESLOCADO E FAZ O GOL DA VITÓRIA
O jogador paraguaio começou na reserva e foi escalado no meio-de-campo no decorrer da partida

O lateral Arce recebeu o passe já na intermediária do Bahia, no lado esquerdo de ataque, justo no ponto ideal que ele costuma dar duro todos os dias, exercitando cobranças de falta. Mas não era uma cobrança tradicional de bola parada. Era um lance corrido, em que o paraguaio teve tempo suficiente para ajeitar a bola, calcular e chutar de pé direito. Nem ele acreditou. A bola tomou altura e desceu no ângulo esquerdo do grandalhão Jean. Já passavam três minutos dos 45 finais e gol foi bem ao jeito baiano: de última hora.

Arce correu para se abraçar aos colegas do banco. Zé Alcino deu-lhe uma gravata, os outros jogadores se atiraram sobre o lateral transformado ontem em meio-campista. O Luiz Felipe, que já se contentava com o empate, deu um soco no ar.

O paraguaio voltou ao time fora de posição, amargava um bom tempo longe do time por causa de lesão e das viagens para servir a seleção de seu país, mas entrou com grande movimentação. Foi o jogador que mais correu em campo nos 30 minutos que esteve em campo. Ele escapou da indisposição intestinal que os colegas Danrlei, Murilo, Carlos Miguel e Zé Alcino sofreram na noite de sábado, em Salvador, e já foi um indício de que as coisas seriam boas para ele. Afinal, ele sempre é um dos primeiros a apresentar problemas intestinais no grupo do Grêmio.

O domingo parecia estar reservado para o time gaúcho. A falta cobrada por Carlos Miguel, bateu em Paulo Nunes e entrou. Preocupado em ganhar mais um gol na tabela de artilheiros, ele pediu ao árbitro Luciano Almeida para ganhar a autoria do gol. Paulo Nunes chegou a dizer: “O senhor vai ver na televisão. Foi meu o gol”. Almeida, achando que Paulo estava reclamando, o mandou seguir o lance e virou o rosto.

A delegação do Grêmio embarca hoje, às 7h, de volta a Porto Alegre. O horário de chegada está previsto para o meio-dia, no Aeroporto Salgado Filho.” (Zero Hora, segunda-feira, 21 de outubro de 1996)

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TRICOLORES
• O técnico Luiz Felipe não escondia o sentimento de alívio depois da vitória conquistada no final do jogo com o Bahia. “Deu para vencer, mas tivemos problemas, especialmente no segundo tempo, quando enfrentamos várias situações difíceis”, definiu. Ao projetar o confronto com o Palmeiras, no próximo domingo, Luiz Felipe disse que haverá tempo para treinar e trabalhar melhor os aspectos técnicos do time que não funcionaram bem em Salvador. “Como temos toda a semana livre pela frente, poderemos nos preparar adequadamente para a partida contra o Palmeiras”, disse.

• O paraguaio Arce foi contundente e sincero quando encerrou-se a partida de ontem na Bahia. “Acho que nunca mais conseguirei fazer um gol como este”, afirmou, referindo ao belo chute que desferiu de fora da ares e que entrou no ângulo esquerdo do goleiro Jean. Já Paulo Nunes, que permanece como goleador isolado do Brasileirão, lamentou que o árbitro Luiz Augusto de Almeida tenha dado a Carlos Miguel a autoria do primeiro gol do Grêmio. Na cobrança da falta, a bola chegou a tocar em Paulo Nunes, desviando de Jean.

• O Grêmio folga hoje e volta a trabalhar na terça-feira à tarde. Para o jogo contra o Palmeiras, no próximo domingo, no Estádio Olímpico, o técnico Luiz Felipe não poderá contar com o zagueiro Mauro Galvão, suspenso por ter recebido o terceiro cartão amarelo ontem à tarde, contra o Bahia. Em compensação, o treinador terá a possibilidade de escalar novamente o zagueiro e capitão Adilson e o volante Luiz Carlos Goiano, que cumpriram suspensão ontem e já estão liberados. Há uma grande expectativa para a partida de domingo, considerada um clássico. Luiz Felipe disse ontem que espera um público de 50 mil pessoas no Olímpico. “E se tivermos este apoio não há como perder para o Palmeiras”, disse Luiz Felipe, que ainda não revelou a escalação da equipe.” (Zero Hora, segunda-feira, 21 de outubro de 1996)

Antes de embarcar para a Bahia, Luiz Felipe colocou Arce no banco de reservas. O puxão de orelhas no paraguaio surtiu efeito. Nos descontos, Arce marcou um golaço de fora da área, decretando a vitória do Grêmio, que subiu para a sexta posição.”(Zero Hora, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996)

 

“O JOGO: O Bahia fez sua melhor partida na competição, mas foi surpreendido no final e deixou a Fonte Nova com mais uma derrota.” (Tabelão Placar 96)

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Foto: Mauro Vieira (Zero Hora)

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Bahia 1 x 2 Grêmio

BAHIA: Jean; Givaldo, Parreira, Vladimir e Daniel; Leandro Silva, Hermes, Bobô e Darci (Juninho); Naldinho (Edmundo) e Claudinho (Charles)
Técnico: Fito Neves
GRÊMIO: Danrlei; Marco Antônio, Rivarola, Mauro Galvão e Roger (André Silva); Dinho, João Antônio, Émerson (Aílton) e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Zé Alcino (Arce)
Técnico: Luiz Felipe Scolari
16ª Rodada – 1ª Fase – Campeonato Brasileiro 1996
Data: 20 de outubro de 1996, domingo
Local: Estádio Fonte Nova, em Salvador
Público: 13.657 (11.809 pagantes)
Renda: R$ 99.655,00
Árbitro: Luciano Augusto de Almeida (DF)
Auxiliares: Jorge Gomes e Rogério Oliveira
Cartões Amarelos: Daniel, Vladimir e Charles (B); André Silva, Dinho, Marco Antônio, Mauro Galvão e João Antônio (G)
Gols: Carlos Miguel (G), 24 minutos (1º tempo); Charles (B), 21 minutos; Arce (G), 47 minutos (2° tempo).

Brasileirão 1996 – Grêmio 3×1 Flamengo

November 23, 2021
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Foto: Zero Hora

Como eu disse na semana passada, foi nessa partida contra o Flamengo que Zé Alcino foi titular pela primeira vez na campanha do Brasileirão de 1996.

Interessante notar que José Mitchell (do Jornal do Brasil) apesar de chamar o atacante do Grêmio de Zé “Alcindo”, observou corretamente que o novo camisa nove tricolor atuava mais pelos lados do campo, tendo Paulo Nunes passado mais para o centro do ataque.

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Foto: José Ernesto (Correio do Povo)

PAULO NUNES VIVE NOITE DE `MATADOR´

Marcou todos os gols na vitória de 3 a 1 sobre o Flamengo, no estádio Olímpico, formando dupla endiabrada com Zé Alcino

Quando marcou seu terceiro gol, Paulo Nunes correu para a beira do gramado, ajoelhou-se diante da torcida, fez o sinal-da-cruz e depois ergueu os olhos e as mãos para o céu. Com seus três gols, Paulo Nunes levou o Grêmio a vencer o Flamengo por 3 a 1, ontem à noite, no Olímpico, e, de quebra, mostrou que é o verdadeiro sucessor do matador Jardel e reassumiu a artilharia isolada do Campeonato Brasileiro com 11 gols.

Para chegar a essa posição, Paulo Nunes contou ontem com uma parceria que não vinha tendo nas últimas partidas: Zé Alcino. E foi exatamente dos pés de Zé Alcino que saiu o passe para o gol que abriu o caminho da vitória. Aos 5 minutos, ele invadiu a área pela direita e cruzou na medida para o goleador gremista simplesmente encostar para a rede. O Grêmio começava a recuperar a tranqüilidade abalada. Aos 19 minutos, Zé Alcino cruzou, Goiano errou e a bola sobrou para Paulo Nunes, que dominou e chutou com categoria.

Na arquibancada, a torcida fazia a sua festa, aplaudindo os jogadores a cada lance. Além dos dois atacantes, Carlos Miguel e, especialmente, Émerson davam o ritmo do jogo. No sistema defensivo, tudo perfeito, inclusive com André Silva revelando qualidades até para ser mantido. Aos 35 minutos, Zé Alcino dominou pelo meio e enfiou para o endiabrado Paulo Nunes, que entrou livre, driblou o goleiro e fez 3 a 0.

No segundo tempo, o Grêmio reduziu seu ritmo. Carlos Miguel foi poupado. Entrou João Antônio. O Flamengo passou a pressionar. Num contra-ataque, aos 9 minutos, Zé Alcino fez bela jogada individual e quase marcou o quarto gol. Aos 19, Athirson entrou pela direita e bateu cruzado para fazer 3 a 1. Logo depois, Luciano foi expulso injustamente pelo árbitro, que passou a errar muito. Mesmo com um a menos, o Grêmio garantiu a vitória.” (Correio do Povo, quinta-feira, 10 de outubro de 1996)

“O JOGO: O Grêmio foi superior ao Flamengo no primeiro tempo e definiu a vitória cedo, em mais uma ótima apresentação de Paulo Nunes.” (Tabelão Placar 96)


“Mais do que o jogo de Paulo Nunes, autor dos três gols do Grêmio, a partida marcou o ajuste final de Luiz Felipe no time. Com a entrada de Zé Alcino no lado direito do ataque, ele resolveu os problemas ofensivos da equipe
.”(Zero Hora, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996)

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OUTRO VEXAME DO FLA

De novo, o carrasco foi também ex-rubro-negro, Paulo Nunes, autor dos três gols da vitória do Grêmio

PORTO ALEGRE — O Flamengo parece ter-se acostumado a perder, como temia o presidente Kleber Leite. Ontem, no Estádio Olímpico, sofreu sua terceira derrota consecutiva no Campeonato Brasileiro (está em 12° lugar, com 20 pontos ganhos), escapando inclusive de ser goleado no primeiro tempo. O Grêmio ficou nos 3 a 1, porque o Flamengo jogou com raça no segundo tempo, quando conseguiu seu gol, marcado por Atirson, um dos poucos que se salvaram.

Paulo Nunes, mais um ex-jogador rubro-negro (como aconteceu com Edmundo, no domingo), foi o responsável pelo terceiro pesadelo do Flamengo. O atacante marcou três gols, poderia ter feito mais, se não tivesse saído por cansaço, e assumiu a liderança isolada da artilharia com 11 gols.

A derrota deixou a dúvida: o que tem sido pior no time do Flamengo? A sua frágil defesa, que até três rodadas era a menos vazada e agora contabiliza 11 gols sofridos em três jogos? O meio-campo, em que a criatividade não existe? Ou o ataque, que parece não ter entrado em campo nos últimos jogos? Bebeto, por exemplo, voltou a jogar muito mal.

Ontem, no Olímpico, a combinação desses fatores negativos foi responsável por mais uma derrota. Aos 5min, numa bola perdida num dos muitos passes errados de Iranildo no meio-campo, o Grêmio partiu para o rápido contra-ataque, em três toques. Dos pés de Emerson para Zé Alcindo, que cruzou para Paulo Nunes marcar 1 a 0, completamente livre. Paulo Nunes (pelo meio) e Zé Alcindo (pela ponta direita) se movimentavam e confundiam os zagueiros.

O Flamengo não conseguia ficar com a bola. O Grêmio, muito superior, não deixava o adversário jogar e ainda neutralizava as jogadas com seguidas faltas. O time de Joel ainda conseguiu perder um gol feito (Marques, livre, demorou para chutar), até que Paulo Nunes se aproveitou de um chute errado de Zé Alcindo para fazer 2 a 0, aos 19min. Gol de pura sorte.

Paulo Nunes ainda tinha mais para mostrar. Aos 35min, recebeu a bola em seu próprio campo, partiu em velocidade sem ser combatido, driblou Zé Carlos e tocou para o gol vazio: 3 a 0 no placar, três gols de Paulo Nunes e o 11º o do novo artilheiro do Brasileiro.

Tudo ou nada — Sorte do Flamengo que o primeiro tempo terminou — o Grêmio perdeu duas oportunidades para ampliar, para desespero do técnico Joel Santana. “Vamos voltar com tudo para o segundo tempo. Perdido por três, perdido por seis”, gritava Joel na saída de campo para o vestiário.

Joel fez mais do que gritar: trocou Atirson e Gilberto de lado. Em uma de suas primeiras jogadas como lateral-esquerdo, Atirson driblou dois adversários e chutou cruzado para marcar um bonito gol, aos 15min. Luciano foi expulso, o Grêmio ficou com um jogador a menos e o Flamengo tentou então reagir. Na base da raça, depois de duas substituições que nada acrescentaram (os atacantes Marcos e Jacinto no lugar de Gilberto e Marques), o Flamengo procurou o segundo gol. Quase conseguiu com Mancuso, que chutou no travessão.

O Flamengo, que teve de amargar mais uma derrota, volta a jogar domingo contra o Paraná, no Maracanã, com o presidente Kleber Leite ratificando sua confiança na comissão técnica rubro-negra. “O Joel Santana é um dos três melhores técnicos do Brasil. Está mantido no cargo e tem o meu apoio”.  (José Mitchell, Jornal do Brasil, quinta-feira, 10 de outubro de 1996)

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GRÊMIO: Danrlei; Marco Antônio, Luciano, Adílson e André Silva; Mauro Galvão, Goiano, Émerson e Carlos Miguel (João Antônio); Paulo Nunes (Wágner) e Zé Alcino (Aílton)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

FLAMENGO: Zé Carlos; Gilberto (Marcão), Juan, Júnior Baiano e Athirson; Márcio Costa, Mancuso, Fábio Baiano e Iranildo (Pingo); Marques (Jacinto) e Bebeto
Técnico: Joel Santana

14ª Rodada – Primeira Fase – Brasileirão 1996
Data: 09 de outubro de 1996
Árbitro: Dalmo Bozzano (SC)
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre
Público: 12.505 (8.833 pagantes)
Renda: R$ 86.741,00
Cartões Amarelos: Émerson, Goiano e Marco Antônio (G); Júnior Baiano, Mancuso e Jacinto (F)
Cartão Vermelho: Luciano (G)
Gols: Paulo Nunes (G), 5, 19 e 35 minutos (1° tempo); Athirson (F), 15 minutos (2° tempo).

Brasileirão 1996 – Grêmio 6×1 Bragantino

November 15, 2021
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Foto: Paulo Franken (Zero Hora)

Coincidência ou não, nas últimas duas vitórias do Grêmio eu publiquei materiais sobre jogos do Brasileirão de 1996 contras os mesmos adversários. Por via das dúvidas acho que vale publicar esse material da goleada de 6×1 sobre o Bragantino (“No creo en brujas, pero que las hay, las hay”)

Aquele foi o segundo jogo da campanha do título. É interessante notar que os jornais projetavam uma afirmação de Zé Afonso como companheiro de ataque de Paulo Nunes, o que acabou não acontecendo. Zé Alcino assumiu a titularidade na partida contra o Flamengo (13º compromisso do tricolor naquele campeonato).

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Foto: Valdir Friolin (Zero Hora)

“GRÊMIO MOSTRA ATAQUE ARRASADOR

O bicampeão gaúcho fez 6 a 1 no Bragantino, com destaque para a dupla Paulo Nunes e Afonso

Aos 10 minutos do primeiro tempo da goleada de 6 a 1 do Grêmio sobre o Bragantino, ontem à noite, no Estádio Olímpico, o atacante Paulo Nunes tentou driblar um adversário, escorregou e ficou estirado no gramado. Atento, o roupeiro Hélio correu ao vestiário e providenciou um outro par de chuteiras para o jogador não sucumbir mais ao gramado molhado pela chuva do meio da tarde.

Em condições de ficar em pé, Paulo Nunes necessitou de apenas 10 minutos para desmanchar a retranca armada pelo técnico Jair Picerni, o mesmo da medalha de prata na Olimpíada de Los Angeles. Endiabrado, o atacante gremista entrou a dribles na área paulista e foi derrubado pelo volante Marcos. Pênalti, que o volante Dinho converteu com tranquilidade. A noite era de Paulo Nunes. Aos 35 minutos, Ailton fez grande jogada e chutou no poste. Enquanto o meia se lamentava na linha de fundo, Paulo Nunes recuperou a bola, driblou o lateral Da Guia e cruzou para Afonso, ao melhor estilo Jardel, marcar de cabeça o segundo gol do Grêmio.

Inoperante, o Bragantino continuou congestionando o seu campo de defesa. Aos cinco minutos do segundo tempo, Paulo Nunes lançou Afonso, que chutou forte e marcou o terceiro do Grêmio, aparecendo como um dos goleadores do Brasileiro, ao lado de Luisão e Renaldo, com três gols. Descontrolado, o Bragantino partiu para o ataque. O habilidoso Edilson dominou a bola na área e foi derrubado por André Silva. Esquerdinha cobrou na trave. Depois desse erro, as coisas ficaram ainda mais fáceis para o Grêmio. Aos 22 minutos, Paulo Nunes, novamente, fez a jogada e cruzou para Ailton marcar o quarto gol. Ovacionado, o centroavante Afonso foi substituído pelo meia Emerson, que deu sequência à série de gols. A. 31 ele marcou o quinto e, aos 40, de pênalti o sexto. O Bragantino ainda descontou com Gilson Batata batendo falta aos 46 minutos.

 O Grêmio possui o melhor ataque da competição, com nove gols (no domingo fez 3 a 1 no Criciúma) e um aproveitamento de 100% com duas vitórias.” (Zero Hora, quinta-feira, 22 de agosto de 1996)

LUIZ FELIPE CONFIRMA AFONSO COMO TITULAR

A boa atuação e os dois gols na partida de ontem proporcionaram ao centroavante Afonso a garantia do técnico Luiz Felipe de que permanecerá como titular no jogo de domingo, contra o Vitória-BA, no Estádio Olímpico. O treinador adiantou que Saulo, apesar de estar com a sua situação regularizada, ficará na reserva contra os baianos. “O Afonso só não joga se estiver lesionado”, decretou.

Luiz Felipe elogiou a atuação de Afonso e, fugindo das sua característica, comparou o atual titular com o goleador Jardel. “Ele não tem aquela cabeçada certeira, mas participa mais da partida”, afirmou. O centroavante é o goleador do Brasileiro, ao lado de Renaldo e Luisão, com três gols. Mesmo reconhecendo a fragilidade do Bragantino, o treinador elogiou a sua equipe por induzir o adversário a cometer os erros que resultaram nos gols. O meia Carlos Miguel sentiu uma lesão no púbis e é dúvida para o jogo de domingo.

O técnico do Bragantino, Jair Picerni, indignado, considerou uma “vergonha profissional” a goleada de 6 a 1 sofrida para o Grêmio. Ele afirmou não entender as péssimas atuações de alguns jogadores experientes do seu time. O treinador adiantou que, apesar das três derrotas consecutivas, não pensa em sair do comando da equipe. ‘Vou continuar trabalhando porque temos como objetivo nos classificar entre os oito finalistas” disse.

Com a vitória de ontem, o Grêmio passou a liderar o Brasileiro, ao lado  São Paulo, com 100% de aproveitamento. A rodada de ontem teve os seguintes resultados: Portuguesa 2 x 0 Paraná, Bahia 2 x 0 Atlético-PR. Coritiba 1 x 0, Atlético-MG, Cruzeiro 2 x 1 Vitória e Goiás 3 x 1 Sport.” (Zero Hora, quinta-feira, 22 de agosto de 1996)

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“Durante toda partida o Bragantino procurou se defender, e o Grêmio teve liberdade para atacar. Em nenhum momento a equipe gaúcha esteve ameaçada de perder ou empatar” (Tabelão Placar)

A partida contra os paulistas marcou o reencontro da equipe com os torcedores, depois de quase 50 dias sem jogar em Porto Alegre. Com objetividade, o Grêmio amassou o Bragantino ainda no primeiro tempo, abrindo uma vantagem de três gols.” (Arquivo Gremista)

“Desde o início, o Grêmio procurou o ataque e fechou o segundo tempo vencendo por 2 a 0. A equipe soma agora seis pontos -100% dos disputados” (Folha de São Paulo, 23 de agosto de 1996)

GRÊMIO GOLEIA BRAGANTINO 

Porto Alegre — Numa noite inspirada, o Grêmio goleou o Bragantino por 6 a 1, ontem, no estádio Olímpico. Esta foi a segunda vitória do tricolor, que subiu para seis pontos no Campeonato Brasileiro. Dinho, Afonso (2), Ailton e Emerson (2) marcaram os tentos na maior goleada da competição até o momento. Gilson descontou.

O reencontro com a torcida depois de 45 dias não poderia ter sido melhor. Foi uma grande atuação do Grêmio, onde quase tudo deu certo. Aos 10min, Carlos Miguel perdeu boa chance. Aos 16min, Ailton chutou rente ao poste. Um minuto depois, Roger obrigou o goleiro Marcelo fazer grande defesa. Aos 21 min, Dinho abriu o placar cobrando pênalti com categoria. Aos 37min, Ailton concluiu na trave. No rebote, Paulo Nunes, um dos destaques do jogo, cruzou para Afonso, de cabeça, ampliar.

Na etapa final, o Grêmio manteve o ritmo. Aos 5min, Roger deu grande passe para Afonso fazer 3 a O e ficar ao lado de Luisão (Palmeiras) e Reinaldo (Atlético-MG) na liderança dos artilheiros com três gols. Aos 19min, Esquerdinha cobrou pênalti no travessão. Aos 23min, Ailton fez 4 a 0. Aos 33min, Emerson fez o quinto gol. Aos 41 min, Emerson, de pênalti, fez 6 a 0. Aos 45min, o Bragantino descontou através de Gilson.

Os demais resultados de ontem: Flamengo O x 1 Juventude, Portuguesa 2×0 Paraná, Bahia 2×0 Atlético-PR, Coritiba 1 x O Atlético-MG, Cruzeiro 2 x I Vitória e Goiás 3 X 1 Sport Recife. Hoje jogam Botafogo X São Paulo, Santos X Fluminense e Inter x Criciúma” (Pioneiro, quinta-feira, 22 de agosto de 1996)

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GRÊMIO: Danrlei; André Vieira, Rivarola, Adílson e Roger; Dinho, Goiano, Aílton (Mauro Galvão 25 do 2º) e Carlos Miguel (Émerson, intervalo); Paulo Nunes e Zé Afonso.
Técnico: Luis Felipe Scolari

BRAGANTINO: Marcelo; Édson Baiano, Júnior, Augusto e Da Guia; Marcos (Esquerdinha – Intervalo), Maurinho, Ronaldo Alfredo e Marcão; Edílson e Kelly (Gílson Batata 23 do 2º)
Técnico: Jair Picerni

4ª Rodada – Primeira Fase
Data: 21 de agosto de 1996, quarta-feira, 20h30min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre, RS
Público: 9.548 (6.245 pagantes)
Renda: R$ 51.185,00
Juiz: Valdemar R. Fonseca – PR
Auxiliares: Roberto Gonçalves e Waldemir dos Santos
Cartão Amarelo: Júnior, Rivarola e Maurinho
Gols: Dinho (de pênalti) aos 21 e Zé Afonso aos 36 do 1ºtempo; Zé Afonso aos 5, Aílton aos 23, Émerson aos 33 e aos 44 (pen) e Gílson Batata aos 44 do 2ºtempo.

Brasileirão 1996 – Grêmio 4×2 Fluminense

November 8, 2021
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Foto: (Revista Nação Tricolor nº 3)

No Brasileirão de 1996, o Grêmio venceu o Fluminense no Olímpico por 4×2. Foi o 18º jogo da campanha do título gremista (10ª das 11 vitórias que os comandados de Felipão tiveram na primeira fase).

Naquele ano era o Fluminense que tentava escapar do rebaixamento. Renato Portaluppi (que uma semana antes fora operado no joelho pela segunda vez na temporada) havia sido anunciado como novo treinador do clubes da Laranjeiras na segunda-feira, mas não comandou o time no Olímpico, uma vez ainda estava se locomovendo com auxílio de muletas.

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Foto: José Ernesto (Correio do Povo)

GRÊMIO VIRA JOGO CONTRA O FLU, FAZ 4 A 2, E JÁ É QUARTO COLOCADO

Depois de um susto no primeiro tempo, o Grêmio acabou goleando o Fluminense por 4 a 2, ontem à noite, no Olímpico, e subiu para o quarto lugar no Campeonato Brasileiro.

O Grêmio começou em cima do time carioca, mas aos poucos diminuiu o ritmo, jogando com lentidão. Na retranca, ao Fluminense só restava o contra-ataque. Num deles, aos 23 minutos, Valdeir aproveitou uma indecisão da zaga e chutou forte para fazer 1 a 0.

O gol não serviu para acordar o time gremista. Na arquibancada, a torcida, impaciente, começou a vaiar os lances errados. Quando terminou o primeiro tempo, a vaia foi mais intensa. Irritado com o rendimento da equipe, Luiz Felipe evitou entrevistas.

A esperança dos torcedores era o inevitável puxão de orelha do técnico. Uma esperança que se justificou plenamente já aos 2 minutos. Ailton, que havia passado para a lateral em lugar de Marco Antônio, no ingresso de Saulo, foi ao fundo e cruzou na medida para Luís Carlos Goiano, que cabeceou firme para empatar a partida.

O time estava diferente. Rápido no toque de bola e arrasador, com destaque para Emerson. Aos 5 minutos, Ailton mais uma vez, fez boa jogada e cruzou. Zé Alcino desviou de cabeça e fez 2 a 1. Aos 20, o gol da tranqüilidade: Lima tocou a mão na área na disputa com Saulo. Dinho bateu o pênalti e ampliou. Aos 27, Zé Alcino, num chute forte, marcou 4 a 1. Aos 42, batendo falta, Paulo Roberto descontou: 4 a 2.” (Correio do Povo, quinta-feira, 7 de novembro de 1996)

“A expectativa de uma partida fácil contra o penúltimo colocado na tabela foi frustrada logo no primeiro tempo, com um gol de Valdeir. Depois de um primeiro tempo frustrante, o Grêmio voltou com força total e liquidou o Fluminense em 27 minutos.” (Zero Hora, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996)

O JOGO: O Grêmio pressionou o Fluminense, que se defendeu e tentou surpreender nos contra-ataques. Conseguiu êxito somente no primeiro tempo.” (Tabelão Placar 96, nº10, página 228)

“FLUMINENSE PERDE POR 4 A 2

PORTO ALEGRE — O Fluminense perdeu para o Grêmio ontem, no Estádio Olímpico, por 4 a 2.— gols de Valdeir e Paulo Roberto, para o Fluminense, e  Luís Carlos Goiano, Zé Alcino (2) e Dinho. A derrota aumentou a ameaça de rebaixamento já que o Bragantino empatou por 2 a 2 com o Atlético Mineiro e chegou aos 16 pontos — o mesmo do tricolor, que tem saldo de gols menor e por isso agora está em 22° lugar. O Bragantino assumiu a 21ª posição. Pior: o Criciúma, 23°, derrotou o Goiás por 3 a 0 e chegou aos 14 pontos. O lanterna Bahia — 13 pontos —não jogou.

O Fluminense se aproveitava dos contra-ataques e fez um bom primeiro tempo. Aos 23min, Valdeir marcou 1 a 0. Logo no início do segundo tempo, aos 2min, o Grêmio empatou: Luís Carlos Goiano de cabeça. Zé Alcino, também de cabeça, fez 2 a 1, aos 8min. O terceiro foi de pênalti, aos 20min, marcado por Dinho, após a bola bater na mão de Lima. Sete minutos depois, Zé Alcino aumentou para 4 a 1. Paulo Roberto definiu o placar aos 42min, de falta.”  (Jornal do Brasil, quinta-feira, 7 de novembro de 1996)

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Fonte: Correio do Povo

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Grêmio 4×2 Fluminense

GRÊMIO: Danrlei; Marco Antônio (Saulo), Mauro Galvão, Adílson e Roger (André Silva); Dinho, Goiano, Aílton e Émerson; Paulo Nunes e Zé Alcino (Negretti)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

FLUMINENSE: Léo; Paulo Roberto, Lima, César e Jorge Luís (Amarildo); Cadu (Uidemar), Charles Guerreiro, Hugo e Rogerinho; Barata (Leonardo) e Valdeir
Técnico: Altair (Interino)

Brasileirão 1996 -19ª Rodada – Primeira Fase
Data: 06 de novembro de 1996, quarta-feira, 20h30min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre
Público: 14.700 (10.208 pagantes)
Renda: R$ 95.456,00
Árbitro: Sidrak Marinho dos Santos (SE)
Cartões Amarelos: Aílton e Adílson (G); Barata, Valdeir e Charles Guerreiro
Gols: Valdeir, aos 23 minutos do 1º tempo; Goiano aos 2 minutos; Zé Alcino aos 6 minutos; Dinho (de pênalti) aos 20 minutos; Zé Alcinho aos 27 e Paulo Roberto aos 42 minutos do 2° tempo

Brasileirão 1996 – Grêmio 2 x 0 Portuguesa

December 15, 2011

Em 15 de dezembro de 1996, o Grêmio entrava em campo pela segunda partida da final do Campeonato Brasileiro tendo que devolver os dois gols sofridos no Morumbi.

O clima no Olímpico era indescrítivel. A pressão tricolor foi forte, e depois de uma sequência de escanteios, Paulo Nunes abriu o placar, logo aos 3 minutos. O jogo seguiu nervoso, brigado, até os 39 minutos do segundo tempo, quando Aílton marcou o golaço que iniciou a festa no Olímpico.

Detalhes sobre a campanha do Grêmio naquele campeonato podem ser encontrados em:

Abaixo seguem algumas fotos e textos dos jornais Correio do Povo, Folha de São Paulo e Zero Hora:

Ironia lusa contrapõe ameaça gremista
No vestiário da Portuguesa, momentos antes de o time entrar em campo, os jogadores rezavam.
Dava para escutar os gritos da torcida: “Ê, ê, ê, paulista vai morrer” ou “Ó Portuguesa pode esperar, a sua hora vai chegar”.
Foi sob um clima de guerra que o time se preparou, durante uma hora e 45 minutos, no estádio Olímpico, para encarar o Grêmio.
A reportagem da Folha acompanhou a Portuguesa nos momentos que antecederam o jogo.
Para controlar a tensão, a ansiedade e a expectativa, a tática era falar bastante. O assunto não interessava, o importante era falar.
Valia conversar sobre a torcida, as férias que se aproximavam, a família, o tempo, como em qualquer bate-papo normal dentro de um elevador, ou até fazer piadas dos gritos de guerra dos gremistas.
“Alguém tem que avisá-los que eu sou do Maranhão”, brincava o goleiro Clêmer, referindo-se às ameaças contra os paulistas.
“Não vão vocês gritar contra os gaúchos, porque eu sou do Rio Grande”, disse o meia Caio, que nasceu no interior do Estado e defendeu o Grêmio até janeiro de 94.
A recepção
A comissão técnica da Portuguesa tentou despistar a torcida do Grêmio, chegando a Porto Alegre antes do horário previsto. O time deixou São Paulo, às 10h, pousando em Porto Alegre às 12h.
Um ônibus contratado pelo clube e que esperava os jogadores na pista do aeroporto transportou-os para um hotel no centro da cidade.
No trajeto ao hotel e depois ao estádio, vários torcedores com camisas do Grêmio xingavam o time e mostravam dois dedos das mãos, insinuando o placar de 2 a 0.
No caminho, no entanto, torcedores com camisas do Internacional, rival do Grêmio, aglomeraram-se para dar apoio aos paulistas. Candinho e seus pupilos acenavam, agradecendo o incentivo.
E uma surpresa curiosa: as ruas e avenidas que cercam o Olímpico estavam pintadas de verde, vermelho e branco, cores da Portuguesa. É que a Prefeitura de Porto Alegre preparou a decoração de Natal antes de conhecer os finalistas.
Protegidos por seguranças do Inter, os paulistas chegaram ao estádio às 17h15.
A preleção
Na última hora, já dentro do vestiário do Olímpico, o técnico Candinho, mais do que um estrategista, vira um psicólogo. A análise tática do adversário, as orientações, a estratégia de jogo foram passadas ao elenco em São Paulo e no hotel.
Conversando “de verdade” com os atletas, no estádio, Candinho só descontrai o ambiente, acalma o time, motiva-o e brinca. “Já que o avião não caiu, estamos aqui, haverá jogo, vamos para ganhar.”
Mas também fala sério e elogia o elenco. “Fizemos história na Portuguesa, mostramos nosso valor. Estamos em alto-mar”, lembrou, referindo-se aos comentários de que o time costumava nadar, nadar e morrer na praia.
O goleiro Clêmer, um dos líderes do grupo, é o que mais palpita. Além de dar as instruções finais para seus companheiros de defesa, pede cuidado com a arbitragem.
O aquecimento
O preparador físico José Roberto Portella comanda os quase 30 minutos de exercícios dos jogadores antes do início do jogo. “Sem o aquecimento bem feito, o risco de alguma contusão é grande”, diz.
Diferentemente do Grêmio, que aqueceu no campo de treinamento que fica do lado de fora do estádio, a Portuguesa teve que se contentar em se aquecer no vestiário, já que o gramado do Olímpico era palco de um jogo preliminar.
Portella, que trabalhou no futebol português, preparou exercícios individualizados. “Cada um tem uma necessidade diferente, uma característica específica.”
A imagem
A diretoria da Portuguesa, porém, não contava só com a preleção de Candinho, o aquecimento de Portella ou a técnica dos jogadores. Uma imagem de Nossa Senhora de Fátima também foi levada ao vestiário para dar sorte.
“No Canindé, estamos acostumados com a imagem”, afirmou o zagueiro César, que diz ser evangélico. “É uma força a mais.”
A ausência foi o mascote Nirlei Tigre, 5, chamado pelos jogadores de “campeão”. Sem lugar no avião fretado pelo clube, ele ficou torcendo em casa, pela televisão.
O grupo de apoio da equipe, formado por roupeiro, massagista, treinador de goleiros e seguranças, acendia velas no vestiário e fazia promessas. “É a macumba portuguesa”, brincava Carioca, treinador de goleiros do time.
É a a tal história: em decisão, vale tudo. Bola para o mato que o jogo é de campeonato. (JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO – Folha de São Paulo)

Portuguesa perde controle dos nervos e título inédito
Pela primeira vez, desde o início da fase final do Brasileiro, a Portuguesa sentiu ontem, diante do Grêmio, em Porto Alegre, a pressão de estar jogando uma partida decisiva fora de casa.
Isso foi determinante para a derrota do time por 2 a 0 e a perda do inédito título brasileiro, sofrendo o gol fatal a nove minutos do fim.
A equipe paulista entrou em campo apavorada pelos gritos ensurdecedores da torcida gremista e tomou o primeiro gol aos 2min.
Depois de um passe de Zé Alcino, Paulo Nunes bateu forte de pé esquerdo, marcando seu décimo sexto gol no Brasileiro.
Ele terminou a competição como artilheiro do campeonato, ao lado de Renaldo, do Atlético-MG.
Tomar um gol no começo era tudo que o técnico Candinho mais temia. E isso se provou no fim.
Sua estratégia de valorizar a posse de bola e explorar rápidos contra-ataques com Alex Alves e Rodrigo não funcionou.
O Grêmio marcava a saída de bola, enervando os zagueiros César e Emerson, e não deixava o time paulista respirar. O lateral-direito Arce, que atuou sentindo uma contusão, era a principal arma ofensiva da equipe gaúcha.
O primeiro chute a gol da Portuguesa só aconteceu aos 15min, com Rodrigo.
Mas o domínio do Grêmio foi completo. O time cobrou 13 escanteios só no primeiro tempo e exigiu, pelo menos, três grandes defesas de Clêmer.
Aos 46min, César, de cabeça, salvou o que seria o segundo gol.
No segundo tempo, a ansiedade do Grêmio em fazer o gol e a impaciência da torcida tornaram o jogo melhor para a Portuguesa.
O time passou a organizar perigosos contra-ataques, sem oferecer espaços em sua defesa.
Mas, aos 39min, todo o esforço foi por água abaixo. Numa rebatida da defesa, Aílton, que acabara de entrar, acertou um belo chute, garantindo o título para o Sul. (Arnaldo Ribeiro – Folha de São Paulo – 16/12/1996)

Sangue azul – Por JUCA KFOURI
O Olímpico é um oceano azul banhado pela mais bela luz deste país, o sol que se põe na capital gaúcha.
Tudo pronto para fazer a nau lusitana afundar em alto mar.
O primeiro torpedo vem do comandante Paulo Nunes, nem bem a batalha havia começado. O artilheiro não estava mesmo ali por acaso.
A intranquilidade toma conta da tripulação do Canindé, que acusa o golpe e bate cabeça, o que era natural.
O capitão Capitão, mais que uma redundância, um herói, berra com César. Ave, César, que susto!
“Grêmiôôô, Grêmiôôô”, o grito de guerra inunda o palco do combate.
Ave, Caio, quase! Danrlei defende o indefensável.
O menino Rodrigo vira gigante, a Lusa cresce.
Por todos os lados, os gremistas atacam, atacam e atacam.
As escaramuças se sucedem em cada convés, como não convém mas é inevitável.
Clêmer salva a pátria-mãe novamente.
O mais argentino dos times brasileiros, que seria campeão até na Alemanha, tem dois paraguaios para ajudar a evitar que o toque africano rubro-verde faça o vira que vale o troféu.
O mundo da bola gira eletrizante no sul do Brasil.
Navegar é preciso, viver não é preciso. O arqueiro Clêmer sobe. E desce. E sobe.
Caía a noite. Era hora de ajustar as bússolas. Estava tudo justo e nada resolvido. Piscava a segunda estrela mosqueteira. E a primeira portuguesa.
Batalha reiniciada, os piratas aparecem de preto e amarelo. Uma bandeira mal içada impede que a vela lusa infle em direção à meta adversária, na arrancada de Rodrigo.
A luta é por cada palmo de espaço. Emerson pela esquerda, Zé Alcino pela direita, o segundo míssil ronda o casco português.
Rodrigo perde chance, o Grêmio perde o grande Rivarola, o que, para quem já não tinha Adílson, não é pouca coisa.
“Grêmiôôô, Grêmiôôô”, a massa queria jogar.
Os piratas reaparecem, agora contra o Grêmio, que busca força sabe-se lá de onde, tão visível é o desgaste de sua gente.
Aí, Aílton, sangue novo, nobre, fulmina sem piedade e inunda o porto de alegria.
Justa alegria, Grêmio grande campeão.
E porque tudo vale a pena se a alma não é pequena, a Lusa é uma enorme vice-campeã.” (Folha de São Paulo – 16 de dezembro de 1996)

FUNDAMENTOS (Folha de São Paulo)

Grêmio 49 – Bolas perdidas – 47 Portuguesa
Grêmio 41 Faltas cometidas – 33 Portuguesa
Grêmio 22 – Faltas na Defesa – 14 Portuguesa
Grêmio 19 – Faltas no ataque – 19 Portuguesa
Grêmio 7 – Finalizações certas – 1 Portuguesa
Grêmio 8 – Finalizações erradas – 6 Portuguesa
Grêmio 8 – Lançamentos certos – 3 Portuguesa
Grêmio 11 – Lançamentos errados – 1 Portuguesa
Grêmio 15 – Escanteios conquistados – 4 Portuguesa
Grêmio 3 – Impedimentos – 7 Portuguesa
Grêmio 198 Passes certos – 215 Portuguesa
Grêmio 81 – Passes errados – 215 Portuguesa

“GRÊMIO É O CAMPEÃO!
O Grêmio barrou a tentativa de “ascensão” social da Portuguesa para o quadro de grande times do país e conquistou ontem, em Porto Alegre, o título do Campeonato Brasileiro de Futebol.
É o segundo do Grêmio na competição. A equipe, anteriormente, já havia vencido em 1981.
O time, também, se tornou o segundo da história a reverter a vantagem no mata-mata da decisão, após perder o primeiro jogo. Antes, só o Flamengo, em 1980 e 83.
Além do troféu, o time ganhou o direito de disputar a Taça Libertadores da América em 1997, o mais importante torneio interclubes da América do Sul.
A vitória por 2 a 0 consagra o técnico Luiz Felipe, da equipe gaúcha, como um dos profissionais mais vitoriosos do país.
No comando do Grêmio, o técnico já conquistou o Campeonato Gaúcho, a Copa do Brasil e a Libertadores. O Brasileiro era o único título que faltava para Luiz Felipe no cenário nacional.
Agora, o “passe” do treinador passa a ser mais valorizado. Ele tem propostas do Palmeiras e do futebol japonês para 1997.
O grande destaque da campanha do Grêmio é o atacante Paulo Nunes, autor do primeiro gol do jogo. O atacante terminou a competição como artilheiro, ao lado de Renaldo (Atlético-MG), com 16 gols.
“Eu amo vocês. Esse título é para vocês”, disse o jogador, após a partida, quando jogou sua camisa aos torcedores que lotaram o estádio Olímpico.
“É o melhor time do mundo”, disse o meia Aílton, autor do segundo gol gremista.
A equipe gaúcha terminou o Brasileiro com 48 pontos. É o melhor ataque da competição, com 52 gols. Sua defesa tomou 34 gols. (Alexandre Gimenez – Folha de São Paulo 16 de dezembro de 1996)

Vestiário oscila entre tensão e decepção
O clima no vestiário da Portuguesa era semelhante ao de um velório logo após a partida.
Os jogadores, cabisbaixos, mal tinham ânimo para falar.
A decepção contrastava com o a empolgação da equipe antes do jogo. A reportagem da Folha acompanhou, com exclusividade, a Portuguesa nos momentos que antecederam a finalíssima.
“É duro engolir uma derrota quando estávamos a seis minutos do título”, lamentou o goleiro Clêmer. “Foi uma tragédia.”
Os atletas reconheceram que o time entrou tenso em campo.
“Não sei o que foi, talvez os gritos da torcida, a pressão que sofremos desde que chegamos a Porto Alegre… O fato é que entramos meio desligados no jogo”, disse o zagueiro Émerson.
“Somos jovens e, pelo menos uma vez, temos o direito de dizer que sentimos a pressão”, disse o zagueiro César.
“Mas depois melhoramos e poderíamos ter conseguido um resultado melhor.”
O técnico Candinho também achou que os minutos iniciais foram decisivos para a derrota. “Levar um gol no começo dá força para o adversário.”
Candinho diz que faltou o gol. “Futebol é simples. Podem ridicularizar minha frase, mas foi isso. Faltou o gol.”
Para o vice-presidente de futebol Ilídio Lico, o título do Grêmio foi merecido. “Jogavam por dois resultados iguais e conseguiram. Estão de parabéns.”
A preparação
Apesar da derrota, a torcida da Portuguesa aplaudiu a saída do time. “Reconheceram nosso esforço. O vice-campeonato foi um feito inesquecível”, disse o presidente Manuel Pacheco.
A Portuguesa bem que tentou se preparar para o clima de guerra da torcida gaúcha.
A comissão técnica tentou despistar a torcida do Grêmio, chegando a Porto Alegre antes do horário previsto.
Durante a semana, Candinho anunciara que a delegação partiria para o Sul entre 14h e 14h30.
Ele dizia que o almoço seria na concentração, em São Paulo, e que assim que o time chegasse a Porto Alegre iria direto ao estádio.
O trajeto
O time, porém, deixou o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, às 10h, pousando no Salgado Filho, em Porto Alegre, às 12h.
Um ônibus contratado pelo clube e que esperava os jogadores na pista do aeroporto transportou-os para um hotel no centro da cidade.
No trajeto ao hotel e depois ao estádio, vários torcedores com camisas do Grêmio xingavam o time.
Para controlar a tensão, a ansiedade e a expectativa, a tática era falar bastante.
Valia conversar sobre a torcida, as férias que se aproximavam, a família, o tempo, como em qualquer bate-papo normal dentro de um elevador, ou até fazer piadas dos gritos de guerra dos gremistas.
“Alguém tem que avisá-los que eu sou do Maranhão”, brincava o goleiro Clêmer, referindo-se às ameaças contra os paulistas.
Na última hora, já dentro do vestiário do Olímpico, o técnico Candinho, mais do que um estrategista, virou um psicólogo. A análise tática do adversário, as orientações e a estratégia de jogo foram passadas ao elenco em São Paulo e no hotel em Porto Alegre.
No vestiário, a tática era tentar tranquilizar os jogadores, lembrando que eles já tinham ido longe demais na disputa.
O goleiro Clêmer, um dos líderes do grupo, foi, dos jogadores, o que mais palpitou. Além de dar as instruções finais para seus companheiros de defesa, pediu cuidado com a arbitragem.
O preparador físico José Roberto Portella comandou os quase 30 minutos de exercícios dos jogadores dentro do vestiário.
“O ideal seria ter feito o aquecimento dentro do campo, porque o vestiário era acanhado”, comentou depois do jogo.
Como o estádio Olímpico era palco de um jogo preliminar, a Portuguesa não conseguiu sair do vestiário.
O Grêmio aqueceu-se no campo de treinamento ao lado do estádio.
A diretoria da Portuguesa levou uma imagem de Nossa Senhora de Fátima ao vestiário para dar sorte.
O grupo de apoio da equipe, formado por roupeiro, massagista, treinador de goleiros e seguranças, acendia velas no vestiário.
No final, além da melancolia, sobraram restos de velas e rosas vermelhas.
“Não deu. Fica para outra. O problema é que eu não sei quando”, afirmou Gallo, sintetizando a tristeza lusitana. (Folha de São Paulo – JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO – 16/12/1996)

“O técnico Luiz Fellipe atendeu ao pedido do volante Dinho, que pediu para sair, justamente para que Aílton entrasse na equipe. Mesmo correndo o risco de abrir o setor do meio-de-campo, o treinador fez a mudança. “A equipe precisava ser mais ofensiva”, justificou o volante

O meia explicou que teve dificuldade para se movimentar em campo, porque nesse momento a Portuguesa estava recuada, tentando garantir a derrota por 1 a 0, que daria o título ao clube paulista. “O técnico pediu que desse o máximo nos 10 minutos que faltavam para terminar a artida”, explicou. “Tinha de ajudar no ataque e voltar rápido.”

Mas, aos 39 minutos do segundo tempo, Aílton, livre de marcação na área, pegou um rebote sem tempo para dominar a bola, acertou um chute potente de pé esquerdo, no canto esquerdo do quase instransponível goleiro Clemar, num belíssimo sem-pulo. “Decidi arriscar o chute e tive muita sorte”, declarou Aílton.” (Correio do Povo – 16 de dezembro de 1996)


“Com os olhos cheios de lágrimas, o técnico Candinho, que deve deixar o time no final do ano, disse que o Grêmio mereceu o título. “A torcida, o Luiz Felipe e os jogadores está de parabéns”, felicitou o treinador derrotado. Depois do final da aprtida, Candinho demonstrou elegância e cumprimentou o juiz Márcio Rezende de Freitas. “Apitaste muito bem, obrigado”, agradeceu o técnico ao árbitro. Para Candinho, o gol sofrido no começo do jogo foi o fator decisivo para a perda do título. “Se tivéssemos segurado o Grêmio no início, tenho certeza que o resultado seria outro.
” (Zero Hora – 16 de dezembro de 1996)


1996 ailton gol zh

No festivo vestiário do Grêmio, o meia Aílton, autor do gol que deu o título brasileiro ao time, disse que entrou em campo no segundo tempo com “fé”.
Jogador mais contestado pela torcida do Grêmio, foi mantido pelo técnico Luiz Felipe, admirador do futebol do atleta, que joga tanto na meia como na lateral, contra a vontade dos próprios torcedores.
No final do jogo, quando todos os jogadores se reuniram em comemoração no meio do campo, Aílton correu sozinho em direção às arquibancadas, gritando palavrões.
*
Folha – Você se acha o herói do jogo? O que sentiu quando fez o gol do título?
Aílton – Entrei em campo com fé e confiante na vitória, ou com um gol meu ou de outro, feio ou bonito, pouco importava.
Folha – Mas foi você o autor do gol…
Aílton – Sou pé-quente, vencedor por onde passo. Felizmente, mais uma vez a sorte esteve ao meu lado.
Folha – Houve algum momento em que você achou que não daria para o Grêmio fazer o segundo gol e ganhar o título?
Aílton – Não. Acreditei sempre, nunca perdi a confiança em Deus. Apertamos o adversário durante toda a partida e, como prêmio, conseguimos o placar que necessitávamos.
Folha – O Grêmio mereceu o título?
Aílton – Mereceu pelo futebol que vem jogando faz tempo, pela luta e pela união de jogadores e dirigentes. Estou muito feliz com o gol, com o título, com tudo de bom que aconteceu comigo hoje “ (Folha de São Paulo – 16/12/1996)


O JOGO: O Grêmio precisava vencer por dois gols de diferença e, empurrado por sua torcida entusiasmada, conseguiu. No primeiro tempo, foi totalmente superior à Portuguesa. No segundo, a Lusa cresceu de produção, mas não foi suficiente para deter as investidas gaúchas. Foi um gol no início e outro no final, com os pés esquerdos de dois destros.

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GRÊMIO: Danrlei; Arce, Rivarola (Luciano 15 do 2º), Mauro Galvão e Roger; Dinho (Aílton 30 do 2º), Goiano, Émerson (Zé Afonso 15 do 2º) e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Zé Alcino
Técnico: Luis Felipe Scolari

PORTUGUESA: Clemer; Valmir, Émerson, César e Carlos Roberto (Flávio 40 do 2º); Capitão, Gallo, Caio e Zé Roberto; Alex Alves e Rodrigo Fabri (Tico 40 do 2º).
Técnico: Candinho

Campeonato Brasileiro 1996 – Final – Jogo de volta
Data: 15 de dezembro de 1996, 19h00min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre-RS
Público: 54.112(42.587 pagantes)
Renda: R$ 502.151,00
Juiz: Márcio Rezende de Freitas (MG)
Auxiliares: Klever Gonçalves e Marco Antônio Martins – MG
Cartão Amarelo: Gallo, Flávio, Goiano e Dinho
Gols: Paulo Nunes aos 3 do 1ºtempo e Aílton aos 39 do 2º.