A imaturidade do time que não consegue ter maior controle sobre o jogo e que não sabe aproveitar as oportunidades que aparecem.
O Grêmio levou para o Olímpico uma vantagem que lhe permitia entrar em campo para não querer jogo. Para amorcegar, para catimbar. Mas não foi essa opção feita pelos tricolores. O Grêmio foi pra cima e marcou um gol. A vantagem ficava ainda maior. O time seguiu tocando em cima, mas acabou deixando de marcar o segundo e liquidar a fatura. A primeira meia hora foi de clara superioridade azul, mas tudo isso foi lentamente indo pra espaço enquanto o Grêmio levava gols bobos, evitáveis. A desatenção costuma ser castigada no futebol, e com o Grêmio, num clássico, numa final, não foi diferente.
Ainda foi possível levar a decisão para os pênaltis, mas isso serviu tão somente para perceber que não foi ali que o Grêmio perdeu o campeonato. Foi aos poucos, nas chances e nas oportunidades perdidas. Foi na montagem da tabela. Foi na omissão do debate com imprensa x arbitragem. Foi ao perder a vantagem de decidir o segundo turno em casa. Foi na cama de gato na final do segundo turno. Foi ao não sair com uma vantagem maior do Beira-Rio na semana passada e foi por não saber controlar o jogo no Olímpico.
Nenhum time que se preze pode sofrer cinco gols em dois jogos.
Quem concordou com a expulsão do Escudero no jogo anterior deveria, por uma questão de coerência, pedir a prisão de D´alessandro ontem.
Um eventual título do Gauchão não poderia mascarar os problemas do time. Da mesma forma, a perda da taça não pode servir de motivo para que se faça terra arrasada. Os problemas existem, mas há de se ter cuidado com as soluções. Remédio em demasia também mata.
Fotos: Richard Ducker
Grêmio 2 x 3 Inter
Técnico : Renato Portaluppi
INTERNACIONAL: Renan, Bolivar, Índio, Juan (Zé Roberto, 28’/1ºT); Nei, Bolatti, Guiñazu, Andrezinho (Oscar, 4’/2ºT), D’Alessandro e Kleber; Leandro Damião.
Técnico: Paulo Roberto Falcão.
Final – 2º jogo – Campeonato Gaúcho 2011
Data: 15/5/2011, domingo, 16h00min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre (RS)
Público: 45.995 (42.282 pagantes)
Renda: R$ 1.298.273,00
Árbitro: Leandro Vuaden
Auxiliares: Altemir Hausmann e Júlio Cesar dos Santos
Cartões amarelos: Juan, D’Alessandro, Zé Roberto, Guiñazu (INT); Vílson, Fábio Rochemback (GRE)
Gols: Lúcio, 15’/1ºT ; Leandro Damião, 31’/1ºT, Andrezinho, 46’/1ºT , D’Alessandro, 29’/2ºT, Borges, 36’/2ºT
Zé Roberto (acertou).