E o Grêmio chegou ao tricampeonato da Libertadores. E chegou graças a um primeiro tempo memorável na Argentina, onde o tricolor conseguiu repetir os seus melhores momentos da temporada. A subida de rendimento do time gremista em relação ao primeiro jogo passa, obviamente, pelo fato do Lanús se ter visto obrigado a sair pro jogo mas também por uma correção de posicionamento dos seus homens de frente. Ramiro e Fernandinho se preocuparam em fechar os lados de campo, formando uma linha de 4 com Arthur e Jaílson. Com isso, Luan e Barrios ficaram responsáveis por pressionar a saída de bola do adversário, que não voltou a demonstrar a mesma desenvoltura e tranquilidade na hora de construir as jogadas desde os seus homens de defesa. Assim o Grêmio chegou com certa naturalidade ao 2×0. Primeiro, aos 27 minutos, Fernandinho pegou um rebote no campo de defesa, se aproveitou do erro do lateral José Gomez e correu até a área adversária, de onde chutou forte de pé-esquerdo para abrir o placar. Depois, aos 42 minutos, Luan recebeu de Jaílson e foi avançando com uma calma impressionante, passando a dribles pelos marcadores e dando uma cavadinha na saída do goleiro Andrada (Desde Raul no mundial de 1998 eu não via um jogador tão tranquilo na frente do gol em um jogo dessa importância).
O Lanús só foi conseguir reagir depois dos 20 minutos do segundo tempo, quando o atacante Marcelino Herrera entrou no lugar do zagueiro Herrera. Aos 26, Jailson fez pênalti em Acosta, que Sand converteu. Mas depois disso o ataque granate pouco ameaçou a meta defendida por Marcelo Grohe.
Arthur jogou demais. O que justifica ele ter sido escolhido o melhor em campo mesmo tendo atuado por pouco mais da metade da partida.
Na comparação com o primeiro jogo, ontem o Luan jogou mais centralizado e esteve bem mais presente dentro da área. Já Fernandinho ficou mais fixo no lado esquerdo e acabou participando bem mais do jogo.
Bressan foi muito bem, como costuma ir quando é escalado para marcar de perto um centroavante de área do adversário.
Não entendi porque os jogadores colocaram a camisa reserva para receber a taça e erguer o troféu.
Me pareceu pouco prudente permitir que o Renato usasse um boné dos Yankees na coletiva, ainda mais quando sabemos que os nova-iorquinos estão procurando um novo técnico.
Fotos: La Nacion, Olé, Agustin Marcarian (R7), Juan Mabromata (Gazeta Esportiva), Pedro H. Tesch (Agência Eleven), Trivela e Lucas Uebel (Grêmio.net)
Lanús 1×2 Grêmio
LANÚS: Andrada; José Gómez, Marcelo Herrera (Marcelino Moreno, aos 22/2ºT), Rolando García e Maxi Velázquez (Germán Denis, aos 42/2ºT); Marcone, Martínez e Pasquini; Alejandro Silva (Matías Rojas, aos 32/2ºT), José Sand e Acosta.
Técnico: Jorge Almirón
GRÊMIO: Marcelo Grohe; Edilson, Pedro Geromel, Bressan (Rafael Thyere, aos 36/2ºT) e Cortez; Jailson e Arthur (Michel, aos 5/2ºT; Ramiro, Luan e Fernandinho; Lucas Barrios (Cícero, aos 31/2ºT)
Técnico: Renato Portaluppi
Libertadores 2017 – Final – Jogo de volta
Data: 29/11/2017, quarta-feira, 21h45min
Local: La Fortaleza, em Buenos Aires-ARG
Árbitro: Enrique Cáceres (PAR)
Auxiliares: Eduardo Cardozo (PAR) Juan Zorrilla (PAR)
Cartões amarelos: Rolando García, Maxi Velázquez (LAN), Edílson, Jailson, Cortez, Ramiro, Grohe (GRE)
Cartões vermelhos: Ramiro (GRE) aos 37 do 2º tempo
Gols: Fernandinho, aos 27, e Luan, aos 42 minutos do primeiro tempo; José Sand (de pênalti), aos 26 minutos do segundo tempo.