
Foto: Valdir Friolin (Zero Hora)
Grêmio e River se enfrentaram em Porto Alegre pelo jogo de ida das quartas de final da Supercopa de 1995. Esse confronto quase aconteceu na final da Libertadores daquele ano, não fosse o River eliminado pelo Atlético Nacional na semifinal. Esse confronto quase aconteceu na final da Libertadores do ano seguinte, não tivesse o Grêmio sido eliminado pelo América de Cali na semifinal.
É válido lembrar que o Grêmio teve compromisso pelo brasileirão na terça, contra o Fluminense no Rio e recebeu o River no Olímpico na quinta.

Foto: Valdir Friolin (Zero Hora)
“GRÊMIO VAI DECIDIR A VAGA EM VANTAGEM
Vitória por 2 a 1 sobre o River dá ao campeão da América a chance de se classificar com o empate em Buenos AiresO Grêmio venceu o River Plate por 2 a 1, ontem à noite, no Estádio Olímpico, e garantiu a vantagem para a decisão da vaga na segunda fase da Supercopa dos Campeões da Libertadores. Um empate na segunda partida, dia 2 de novembro, em Buenos Aires, será suficiente para o Grêmio. Mas a missão não será fácil. Ao final do jogo de ontem, o próprio técnico Luiz Felipe admitiu: o i River Plane foi a melhor equipe que o Grêmio enfrentou em 87 jogos realizados este ano.
O Grêmio começou o primeiro tempo dando a impressão de que iria solucionar a partida em seguida. Até os cinco minutos, foram três escanteios. Num deles. Paulo Nunes concluiu com perigo para fora. A pressão, porém, aos poucos foi administrada pelo River Rate. Os argentinos tiraram proveito dos passes errados de Arilson e Luciano e ameaçaram o gol de Danrlei em contra-ataques velozes. O alerta geral surgiu aos 30 minutos, quando Gallardo chutou para fora com perigo.
No final do primeiro tempo, o atacante Jardel até então mais armador do que centroavante, ficou sem ângulo e ainda assim conseguiu colocar a bola pelo meio das pernas do goleiro Irigoytia. O 1 a 0 não chegava a ser injusto. Mas Francescoli, o uruguaio do River, executou com perfeição uma cobrança de falta, aos 46 minutos, empatando a partida. Foi o segundo alerta ao Grêmio.
O River passou a tocar a bola, com a esperança de levar o empate até o final. Com quatro jogadores da seleção argentina, Altamirano, Astrada, Gallardo e Ortega, levou o plano de jogo até os 15 minutos finais. O Grêmio ajudava, porque recomeçou o segundo tempo sem iniciativa. Então, Nildo foi visto aquecendo-se à beira do gramado. No minuto seguinte, Dinho, um dos melhores em campo, acertou a trave do River em um chute rasteiro e forte de fora da área e Carlos Miguel, como se fosse centroavante, concluiu com o goleiro batido. Nildo voltou para o reservado. Jardel ainda cabeceou na rede pelo lado de fora e o time soube manter a vitória até o final.”(Zero Hora, 27 de outubro de 1995)

Foto: Valdir Friolin (Zero Hora)
Grêmio 2×1 River Plate
GRÊMIO: Danrlei; Arce, Catalino Rivarola, Luciano e Roger; Dinho, Luis Carlos Goiano, Arílson e Carlos Miguel (Ranielli); Paulo Nunes (Gélson) e Jardel
Técnico: Luiz Felipe Scolari
River Plate: Joaquín Irigoytia: Ricardo Altamirano, Guillermo Rivarola, Celso Ayala e Juan Gómez; Matías Almeyda, Leonardo Astrada, Hernán Díaz (Néstor Cédres) e Marcelo Gallardo (Gabriel Amato), Ariel Ortega e Enzo Francescoli.
Técnico: Ramón Díaz
Supercopa 1995 – Jogo de ida
Data: 26 de outubro de 1995, quinta-feira, 21h30min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre-RS
Público: 12.176 (10.254 pagantes)
Renda: R$ 64.255,00
Árbitro: Salvatore Imperatore (FIFA/CHI)
Auxiliares: Mário Sanchez e Juan Riquelmes
Gols: Jardel aos 43 minutos e Francescoli aos 44 minutos do 1º tempo; Carlos Miguel aos 14 minutos do 2º tempo