Técnico: Froner
SANTOS: Gilmar ; Dalmo, João Carlos (Joel) e Geraldino; Haroldo e Zito; Batista, Lima, Coutinho, Pelé e Pepe.
Técnico: Lula.
Taça Brasil 1963 – semifinal – jogo de volta
Data: 19/01/1964, domingo, 17h00min
Local: Estádio Pacaembu – São Paulo (SP)
Renda: Cr$ 11.931.500,00
Juiz: Teodoro Nitti
Expulsão: Gilmar 86′
Gols: Pepe 6′, Paulo Lumumba 9′ e 15′, Marino 14′, Pelé 30′ (pên), 58′ e 84′ (pên)
“Na verdade, foi um espetáculo de futebol. Venceu o jogo a represetanção do Santos, numa grande injustiça para o futebol do Rio Grande. Foi mais uma experiência para os sulinos. Apenas com a diferença: o Grêmio mostrou sua classe e perdeu por uma dessas coisas que só acontecem em futebol”

“[…] PELÉ – 31′ – Pepe adiantou o balão e tentou penetrar na área. Valério foi combatê-lo e levou o pé para cortar a trajetória da pelota. Houve o choque – fora da área, no nosso entender – e, para supresa geral de todos (mesmo dos bimundiais) Teodoro Nitti marcou penalty. […][…]ARBITRAGEMPéssimo o Argentino Teodoro Nitti. Influiu decisivamente na derrota do Grêmio. Fez “tabelinha” com Pelé… Bons nas laterias Romulado Arpi Filho e Eunápio de Queiroz. Aos 43′ expulsou Gilmar. O arqueiro disse “nome feio” para o árbitro. “
“O técnico Carlos Froner irritou-se violentamente contra o juiz do match, quando da cobrança do 1.º penalty, realmente um gravíssimo erro. Tentou invadir o gramado e a muito custo foi contido.”“[…] Quando Gilmar foi expulso – disse um palavrão ao juiz – o Pacaembu vibrou… porque Pelé vestiu a jaqueta negra de arqueiro! O “Rei”, provando que é genial mesmo, fez duas grandes defesas, principalmente uma que – felinamente – deu um “peixinho” nos pés de João Severiano, que vinha com tudo para marcar. A torcida em peso torceu para a linha do Grêmio; queria ver Pelé trabalhar como arqueiro…”

“[…] Daí a pouco, ainda nos três a um, Paulo Sousa, do Grêmio, perdeu o quarto gol, na cara de Gilmar. […][…] Pelé sozinho descontou a diferença, empatou e depois desempatou e foi acabar o jogo fechando o gol do Santos no lugar de Gilmar que fora expulso de campo. E fez tudo aquilo sorrindo, absolutamente descontraído como se estivesse batendo bola em dia de treino do Santos ou da seleção brasileira. No finalzinho do jogo, conta-me um amigo, Paulo Souza chutou com violência ao ângulo superior da trave, ali na última gaveta. Pois o crioulo saiu do chão, catou a bola e- aqui é que está a diferença entre ele e todos os outros goleiros do mundo – devolveu a bola não com um tiro de meta mas com uma passe preciso para Pepe”
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Fontes: Correio do Povo, Folha da Tarde e Jornal do Brasil