Brasileirão – Grêmio 1 x 2 Santos

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Voltando ao 4-4-2 ortodoxo, o Grêmio fez um bom primeiro tempo. O time teve a iniciativa do jogo, disposição nos confrontos e forçou a marcação na saída de bola do Santos. Assim conseguiu abrir o placar cedo, aos 6 minutos, no peixinho de Borges após cruzamento de Fábio Santos. Mesmo com a vantagem, a equipe manteve um ritmo forte, mas sem apressar o jogo. Correu riscos é verdade, mas nos 45 minutos iniciais esteve muito mais perto de ampliar a vantagem (com Jonas e Douglas, aos 15 e 18 respectivamente) do que de levar um empate.

O problema foi a volta para o segundo tempo. O Santos passou a tocar a bola e o Grêmio não conseguiu mais dar combate. Foram poucas as conclusões gremistas (11 em todo o jogo, segundo o datafolha). O Santos igualou o marcador numa penalidade questionável aos 24 (Neymar bateu sem chances para Victor). Aos 25 Borges teve a melhor chance de desempatar, após girar em cima de Durval, mas demorou a concluir. Depois disso o Grêmio continuou no campo de ataque, mas pouco incomodou o goleiro Rafael. Aos 41, novo pênalti para o Santos, mas dessa vez Victor defendeu (se afirmando com pegador de pênaltis). E quando o empate começava a parecer um bom negócio, novo golpe no torcedor no último minuto de jogo. Victor defendeu a conclusão de Neymar, mas Rodriguinho fez no rebote.


O momento do Grêmio é muito estranho. Ernesto Guedes questiona a preparação física. E o pior de tudo é que ele tem certa dose de razão. Rochemback, combativo no primeiro tempo, sumiu no segundo (levou um drible constrangedor no lance do 2º pênalti).

Apesar do pênalti e de um erro no primeiro tempo, Vilson fez boa estréia. Empolgou a torcida.

Não gostei muito das substituições feitas. Talvez fosse jogo forçar a bola no André Lima.

Renato faz bem em vetar entrevistas no gramado. Mas a coletiva não é o momento adequado de decidir isso. E o treinador está certo em reclamar da sorte, mas não é só isso que está faltando. Os escanteios (sempre antes do primeiro pau) e as bolas paradas seguem sendo muito mal aproveitados.

Antes do jogo, ninguém do Grêmio reclamou da escala de arbitragem e chegou a ser dito na Gaúcha que Marcelo de L. Henrique não comprometeu na Copa do Brasil. Memória curta e/ou seletiva. Dessa vez o juiz não foi catastrófico, mas novamente protegeu os “meninos da vila“. Ganso apitou o jogo (ganhou uma mão no grito), e Neymar levou só amarelo num lance que renderia vermelho caso fossem invertidos os protagonistas. O primeiro pênalti é bastante discutível. Até acho que existiu, mas acho estranho que um juiz que não pune rasgão de camiseta marque esse tipo de lance com tamanha convicção.

Fotos: Mauro Schaefer (Correio do Povo) e Lucas Uebel (Terra)

Grêmio 1 x 2 Santos
Borges 6´
Neymar 69´
Rodriguinho 90+4

GRÊMIO: Victor; Edílson, Vilson, Rafael Marques e Fábio Santos; Willian Magrão (Fernando, depois Maylson), Fábio Rochemback, Souza e Douglas (Leandro); Jonas e Borges.

Técnico: Renato Portaluppi

SANTOS: Rafael; Pará, Durval, Edu Dracena e Alex Sandro; Arouca, Rodriguinho, Marquinhos (Danilo) e Ganso (Zezinho); Neymar e Marcel (Zé Eduardo).

Técnico: Dorival Júnior


16ª Rodada – Campeonato Brasileiro 2010
Data: 25 de agosto de 2010, quarta-feira, 22h00min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre -RS
Público total: 13.801 (12.379 pagantes)
Renda: R$ 206.231,50
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ)
Assistentes: Hilton Moutinho Rodrigues (Fifa-RJ) e Ricardo de Almeida (RJ)
Cartões amarelos: Fábio Rochemback, Edu Dracena, Marcel, Rodriguinho, Alex Sandro, Neymar e Rafael
Cartão vermelho: Alex Sandro
Gols: Borges (6min/1ºT), Neymar (24min/2ºT) e Rodriguinho (49min/2ºT)

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