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Gauchão 2000 – Caxias 0x1 Grêmio

August 26, 2020

Foto: Paulo Franken (Zero Hora/Pioneiro)

Suponho que em virtude da final que se inicia nesta quarta, muita gente irá lembrar da final do Gauchão de 2000, também disputada entre Caxias e Grêmio.

O curioso é que aquele campeonato teve mais semelhanças com o atual. O Caxias também havia conquistado o primeiro turno. E o Grêmio venceu o primeiro turno, ganhando do Caxias por 1×0 no Centenário, após assumir a liderança da fase ao ganhar o clássico Gre-Nal na rodada anterior.

Vale lembrar que o Caxias, se poupando para as finais, escalou apenas três titulares para esse jogo.

Foto: Paulo Franken (Zero Hora/Pioneiro)

GRÊMIO NA FINAL. GRAÇAS A ITAQUI

Foi um sufoco. O Grêmio sofreu, passou por dificuldades, mas venceu o Caxias por 1 a O no sábado — gol do eficiente Itaqui conquistou o título do returno e se garantiu na final contra o mesmo Caxias. Como marcou mais pontos na contagem geral do octogonal, entra na disputa com a vantagem de jogar por dois resultados iguais.

Melhor do que isso, só a notícia da volta de Ronaldinho ao lime. E como ele faz falta! Mas, ao mesmo tempo, o jogador que se tornou símbolo da recuperação do time no returno do octogonal e que no sábado tirou o time do sufoco, estará ausente. Itaqui recebeu o terceiro cartão amarelo.

Tudo bem, o Grêmio jogou quase com o Azulzinho, mas isso não serve como desculpa. O time foi “patrolado” pelo misto do Caxias no primeiro tempo. Escapou de levar três gols. Por outro lado, foi eficiente, letal no ataque. A defesa caxiense cometeu um deslize só. Foi suficiente. Eram 22 minutos. Amato se enroscou com a bola (nada de novo), se recuperou e cruzou na cabeça de Adriano. O centroavante encostou para o meio, a bola passou por , três zagueiros e sobrou limpa para Itaqui chutar forte, quase na pequena área.

Para se ter uma idéia, antes disso o Caxias havia ameaçado quatro vezes. Quase marcou aos 10 minutos, com Delmer cabeceando, livre, a centímetros do poste. Aos 17, Paulo César concluiu da pequena área, mas Sílvio fez urna defesa espetacular. Todos os lances aconteceram pelo lado direito. Às costas de Jé. Por ali caíam Jairo Santos e Márcio, um volante de excelente qualidade. Antônio Lopes primeiro deslocou Marinho. Não adiantou, porque Delmer também jogava por ali. Só solucionou o problema quando Zinho virou uma sombra de Márcio. Equilibrado o setor esquerdo —por vezes Jé se defrontou com três adversários — o Grêmio segurou o Caxias. Só correu perigo aos 37 minutos. Moreno chutou da meia-lua e quase em-patou. Depois, só deu Grêmio. Adriano recebeu livre e perdeu a chance de liquidar o jogo aos 45 minutos.

O Caxias vibrante, articulado e rápido não voltou para o segundo tempo. Os jogadores pareciam conformados e já pensando na final. Submeteram-se à marcação do Grêmio. O time escapou de levar mais gols, um com Guilherme e outro com Gavião, sozinho, à frente de Gilmar. O técnico Tite colocou os titulares Títí e Luciano Araújo, e mais Sarandi. Conseguiu reanimar o time. O Caxias pressionou no final. Mas ficou só nisso.” (Leonardo Oliveira, Zero Hora, segunda-feira, 12 de junho de 2000)

“GRÊMIO BATE O CAXIAS E LEVA O SEGUNDO TURNO. CAXIAS PROMETE BRIGA NA JUSTIÇA
Caxias poderá pedir anulação da partida de sábado, contestando a escalação do jovem Adriano

O Grêmio garantiu o título do segundo turno ao derrotar o Caxias por 1 a 0, sábado à tarde, no Centenário. Sem oito titulares, o Caxias pressionou muito apenas no primeiro tempo. Sem Ronaldinho, o Grêmio destacou-se pela disposição, principamente após marcar o gol.

A maior chance do Caxias ocorreu aos 18 minutos. Jairo Santos cruzou do lado direito e Paulo César concluiu para grande defesa de Silvio. Aos 23, Amato, mesmo atrapalhado, conseguiu cruzar alto para a área adversária. Adriano ajeitou de cabeça e Itaqui, após falha gritante de Márcio, chutou no ângulo do goleiro Gilmar: 1 a 0.

O segundo tempo foi pobre em situações de gol. A maior chance acabou sendo do Grêmio. Aos 35 minutos, Gavião ficou cara a cara com o goleiro e chutou por cima.

Além das brigas de torcida nas arquibancadas, a maior polêmica da partida ficou por conta do estreante do jogo. O atacante Adriano, de 19 anos, contratado pelo Grêmio junto à Chapecoense, teria sido escalado irregularmente segundo os dirigentes do Caxias, que prometem ir à Justiça. O Inter mostrou-se interessado pelo caso.” (Correio do Povo, segunda-feira, 12 de junho de 2000 – FONTE: Grêmio Dados)

ZAGA ERRA E GRÊMIO GANHA
Enquanto jogou futebol, o Caxias, mesmo com apenas três titulares, dominou o Grêmio sem Ronaldinho, sábado à tarde, no Estádio Centenário, pela última rodada do octogonal. Criou dois lances de perigo – aos 11 minutos, Delmer cabeceou para fora, e, aos 17, Paulo César obrigou Sílvio a uma defesa difícil – e animou esperançosos colorados. Mas, aos 23 minutos, tudo mudou. Num lance que pouco prometia, Amato cruzou e Adria¬no conseguiu cabecear para o meio da área. A bola passou entre Renato Carioca e Emerson e sobrou para Itaqui, que marcou. “Foi um erro fatal. Mérito deles”, disse Émerson. Renato Carioca evitou comentar o lance, dizendo apenas que na final “é outra história”.

Depois do gol, pouco se viu de futebol no Centenário. Pouco criativo, o Grêmio quase não ameaçou o goleiro Gilmar. Acomodado, o time grená se perdeu em toques de bola no meio-campo e apenas no final da partida chegou a assustar os gremistas. Foi o suficiente para o time tricolor festejar tal como se tivesse conquistado o Gauchão 2000.” (Pioneiro, segunda-feira, 12 de junho de 2000)

Fonte: Pioneiro

 

CAXIAS: Gilmar; Jairo Santos, Émerson, Renato Carioca e Carlinhos (Sa­randi): Cláudio (Titi), Márcio, Moreno e Maurício (Luciano Araújo); Delmer e Paulo César.
Técnico: Tite

GRÊMIO: Sílvio; Alex Xavier, Marinho e Nenê; Itaqui (Rodrigo Costa), Anderson Polga, Gavião, Zinho e Jé; Adriano (Guilherme Weisheimer) e Amato (Cláudio Pitbull)
Técnico: Antônio Lopes

Gauchão 2000 – Segundo Turno – 7ª Rodada
Data: 10 de junho de 2000, sábado, 15h50min
Local: Estádio Centenário, em Caxias do Sul-RS
Público: 12.771 (10.931 pagantes)
Renda: R$ 53.681,50
Árbitro: Leonardo Gaciba
Auxiliares: José Carlos Oliveira e André Veras
Cartões amare­los: Moreno, Paulo César, Alex Xavier, Itaqui, Gavião, Amato e Guilherme Weisheimer
Gol: Itaqui, aos 22 minutos do pri­meiro tempo

Gauchão 2000 – Grêmio 1×0 Internacional

June 7, 2020
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Foto: Paulo Franken (Zero Hora)

 

Há exatos 20 anos, o Grêmio vencia o Gre-Nal 346 no Olímpico, graças a um gol de Ronaldinho no final da partida.

O clássico era válido pela penúltima rodada do segundo turno da segunda fase do Gauchão de 2000 (O Caxias já estava garantido na final tendo vencido o primeiro turno).

O empate era mais interessante para os colorados, que estavam dois pontos a frente do tricolor. Pela minha lembrança o jogo foi pavoroso, tendo entrado para o folclore/história dos Gre-Nais unicamente em razão do lance que decidiu o confronto: Aos 44 minutos Ronaldinho cobrou falta com força, a bola desviou na barreira e foi morrer dentro do gol colorado.

O detalhe irônico é que nos dias que antecederam o jogo o goleiro Hiran anunciou/blefou que não iria pedir barreira nas cobranças de falta contra a sua meta, alegando que com isso iria tirar “o ponto de referência de Ronaldinho”. O jovem atacante gremista respondeu dizendo que a sua referência era o fundo da rede.

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Foto: Julio Cordeiro (Zero Hora)

VITÓRIA DA DECISÃO
Gol de Ronaldinho colocou o time na liderança do turno

Aos 45 minutos do segundo tempo, a torcida do Grêmio vibrou e a do Inter prendeu a respiração. Ronaldinho caminhou lentamente, bateu em curva, a bola desviou na barreira e entrou no ângulo esquerdo, garantindo a vitória de 1 a 0 no Gre-Nal de ontem à noite no Estádio Olímpico.

– Falamos tanto na barreira que ela acabou nos ajudando – ironizou o alegre Ronaldinho, lembrando a promessa do goleiro Hiran (com quem trocou a camiseta no fim da partida) de retirar a barreira em alguns lances de falta.

Com o resultado, o Grêmio assume a liderança do segundo turno (16 pontos ganhos) e só depende de outra vitória, contra o Caxias, sábado, independentemente do jogo do Inter (15 pontos) contra o Juventude, para garantir a vaga a decisão do campeonato. Em caso de empoe nos dois jogos, o Grêmio também fica com o título do returno

Foi a vitória pessoal de alguém predestinado. Durante todo o clássico, o Grêmio, que precisava vencer, teve um ataque absolutamente nulo. Tão nulo que o melhor lance do centroavante Amato, escalado para fazer gols, foi uma jogada típica de zagueiro, aos oito minutos do segundo tempo, quando salvou o lance na pequena área. O Inter, bem organizado no meio, firme na defesa, perigoso no ataque – foram dele as melhores chances de gol -, estava conseguindo um grande resultado e a vantagem para a última rodada. Até que Rodrigão fez a falta.

Ronaldinho marcou, vibrou, fez a torcida do Grêmio esquecer de todas as dificuldades enfrentadas no Gre-Nal e conduziu o goleiro Hiran a um inferno astral. Nas arquibancadas, os torcedores gozavam do goleiro, perguntavam se ele continuaria desprezando as barreiras. No gramado, os jogadores se abraçavam como se a vitória tivesse garantido algum título Tudo por causa de Ronaldinho.

– Foi sorte – disse o técnico Zé Mário.

Mas a quem a sorte costuma ajudar nestes momentos?

Depois do gol, não houve mais jogo nos três minutos restantes. As bolas sumiram, alguns dirigentes do Grêmio invadiram a pista atlética pedindo o fim da partida, enquanto Paulo Nunes e André brigavam a socos, antes de serem expulsos pelo árbitro Carlos Simon. Até ali, o Inter dera um bom exemplo de organização. Competente na defesa, firme no meio, rápido no ataque, principalmente no segundo tempo, quando Elivélton, aos 11 minutos, e Rodrigão, aos 23, em duas jogadas de Fabiano, perderam as maiores chances de gol da partida O Grêmio tinha sérias dificuldades. Estava tranqüilo atrás com a competência de Marinho, mas não achava soluções na frente. Seu melhor lance aconteceu aos 19 minutos do segundo tempo, quando Anderson bateu escanteio e acertou o travessão.

Assim, só mesmo alguém predestinado para decidir. Alguém como Ronaldinho.” (Mário Marcos de Souza – Zero Hora, 08 de junho de 2000)

Foto: Paulo Franken (Zero Hora)

RONALDINHO FAZ A DIFERENÇA
Ele marcou o gol da vitória cobrando uma falta, que bateu na barreira, atrapalhando Hiran. Vantagem agora é toda do Grêmio

Com um esquema de jogo mais consistente e de forte marcação, o Inter foi melhor que o Grêmio e merecia o empate que o deixaria como favorito para disputar a final do Gauchão, mas um time que tem Ronaldinho guarda uma reserva técnica inestimável. E foi Ronaldinho, que até nem fazia boa partida, quem acabou revertendo tudo ao marcar o gol da vitória gremista no Olímpico, aos 45 minutos do segundo tempo, cobrando falta na entrada da área.

A bola desviou na barreira, enganando Hiran. A partir daí o Gre-Nal transformou-se em uma guerra, não faltando sequer uma briga a socos entre Alex e Paulo Nunes já nos acréscimos. Houve invasão de campo e por pouco a briga não envolveu outros jogadores.

Antes do gol de Ronaldinho, o que se viu foi um clássico em que o Grêmio insistia na troca de passes para buscar o gol, enquanto o Inter explorava os contra-ataques, especialmente com Fabiano, o melhor do jogo. Outro destaque foi Marinho. Paulo Nunes, que pouco antes da partida havia pedido para Antônio Lopes, para ser escalado como titular, entrou no segundo tempo no lugar de Amato e foi expulso após envolver-se em uma briga escandalosa com o lateral Alex. Lopes considerou a atitude de Paulo Nunes como infantil e desnecessária.” (Correio do Povo, 8 de junho de 2000 – Fonte: Grêmio Dados)

Foto: Fernando Gomes (Pioneiro)

MENOS DO QUE SE PENSA

Quem vê o Olímpico assim do alto muitas vezes não entende como a capacidade de público pode ser tão reduzida, como costumam mostrar os borderôs de jogos importantes. É que o estádio do Grêmio tem uma série de limitações.

Para o Gre-Nal da próxima quarta-feira, por exemplo, serão vendidos apenas 26.100 ingressos – 25.080 menos do que a capacidade do estádio.

Os demais lugares são ocupados por sócios, dependentes, menores, proprietários de cadeiras cativas e de camarotes. Mas não todos. Por medida de segurança, do clube e da Brigada Militar, os espaços não são inteiramente ocupados.

É por isso que, muitas vezes, quando ouve a informação sobre público no estádio, o torcedor se surpreende.” (Mário Marcos de Souza, Zero Hora, junho de 2000)

Os ingressos para o Gre-Nal estão esgotados – as alternativas são os cambistas. Foram colocados à venda 27.083 ingressos, divididos assim:

Olímpico – 12.896

Beira-Rio – 5.687

Postos de venda de Zero Hora – 8.500” (Zero Hora, 7 junho de 2000)

 

Gênio? Ele cobra uma falta, e a bola bate na barreira e desvia. Isso é ser genial? Então, eu sou cego, burro ou louco – desdenhou o paraguaio.

[…]

Falaram que do outro lado havia um gênio. Não vi. Gênio tem de fazer as coisas acontecerem. Ronaldinho é um bom jogador, mas não é melhor do que o Fabiano – cutucou Enciso.” (Zero Hora, 09 de junho de 2000)

POR QUE O ATACANTE CHOROU?

Confusão instalada no final do Gre-Nal. Sopapos, empurrões e xingões rolavam soltos entre os jogadores da dupla. Nervoso com a situação, Fabiano transformou sua raiva em lágrimas. Foi a forma, segundo ele, de não partir para a agressão de um adversário.

– Fiquei supernervoso com tumulto. Não consegui segurar e chorei, para extravasar – Justificou ele, que ontem arrastava a perna direita devido a dores causadas pelas faltas que levou durante o Gre-Nal.

Fabiano, no entanto, não foi exatamente um anjinho em campo. As câmeras de televisão mostraram duas agressões do atacante, um soco e um pontapé, no lateral Anderson.” (Zero Hora, 09 de junho de 2000)

Foto: Mauro Vieira (Zero Hora)

O FIASCO DOS BRIGÕES

Foi um Gre-Nal de doer com a bola rolando. Por isso, ficou de bom tamanho o desfecho com uma confusão generalizada, agressões e muita discussão. Paulo Nunes lembrou seus tempos de Palmeiras. Não pelo futebol, mas por parecer um integrante da família Gracie, os Pelés do Vale-tudo. Paulo Nunes levou uma cotovelada do lateral Alex fora da bola e revidou com socos e pontapés, como fizera com o coritiano Edilson no ano passado. Acabou expulso junto com Alex.

— Ele esbarrou em mim e me agrediu — defendeu-se Alex.

O estopim para o início de uma batalha em campo. Os jogadores trocaram sopapos e houve muita correria no gramado. Não fosse a intervenção da Brigada Militar, dos seguranças e de alguns jogadores mais comedidos, como o goleiro Hiran e o lateral Roger, o clássico não teria terminado. Danrlei, sumido dos noticiários, reapareceu. Invadiu o campo, mas para acalmar. Tranqüilizou Fabiano que, transtornado, tentava partir para o revide a todo custo. Chorando muito, o atacante foi consolado pelo paraguaio Enciso e retirado do tumulto.

O gol de Ronaldinho perturbou os colorados e esquentou o clima. Antes da briga, o Grêmio escondeu as bolas no vestiário e parou o jogo. Uma delas caiu em frente ao reservado e, rapidamente, foi escondida pelo volante Eduardo. Os dirigentes invadiram a pista e, na beira do gramado, Antônio Lopes pedia o final do jogo. O árbitro Carlos Simon só recomeçou a partida depois de retirados todos da pista atlética. Sem bola para jogar e indignado, Enciso discutiu com o técnico e criticou a sua postura.

— Você não está sendo correto — protestou, com o dedo em riste para Lopes.

Do outro lado, Ronaldinho comemorava. — Futebol precisa de alegria — gritava quem deu luz a um Gre-Nal de pouca inspiração e, infelizmente, transpiração demais.” (Zero Hora, 8 junho de 2000)

 

GRÊMIO 1 x 0 INTERNACIONAL

GRÊMIO: Silvio, Anderson Lima, Marinho, Fabrício e Roger; Anderson Polga, Gavião, Itaqui (Jé) e Zinho (Nenê); Ronaldinho e Amato (Paulo Nunes)
Técnico: Antônio Lopes

INTERNACIONAL: Hiran, Márcio Goiano, Lúcio, Ronaldo (Fernando Cardozo) e Alex; Enciso, Leandro Guerreiro, Marcelo (Leonardo) e Elivélton; Fabiano e Rodrigão
Técnico: Zé Mário

Gauchão 2000 – Segunda Fase – Segundo Turno – 6ª Rodada
Data: 7 de junho de 2000, quarta-feira, 21h15min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre-RS
Público: 34.848 (32.897 pagantes)
Renda: R$ 209.692,00
Juiz: Carlos Eugênio Simon
Auxiliares: Marcos Ibañez e Paulo Conceição
Cartões amarelos: Anderson Lima, Fabrício, Roger, Ronaldinho Gaúcho, Amato, Ronaldo, Marcelo, Fernando Cardozo, Rodrigão e Elivélton; Expulsão: Paulo Nunes e Alex
Cartões vermelhos: Paulo Nunes e Alex
Gol: Ronaldinho, aos 44 minutos do 2º tempo