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Brasileirão 1991 – Grêmio 0x0 Inter

July 10, 2021

Foto: Valdir Friolin (Zero Hora) / Fonte: Súmulas -Tchê

 

As grandes atrações deste Gre-Nal estavam do lado vermelho.  Lima faria sua estreia como centroavante do Inter e Cuca enfrentaria o Grêmio pela primeira vez usando a camiseta colorada. De certa maneira essa contratações do Inter eram vista como uma espécie de troco ao Grêmio, que havia contratado os ex-colorados Nilson e Maurício na temporada anterior. Neste partida nenhum desses atletas conseguiu se destacar e o placar não saiu do zero.

Vale lembrar que além dos citados acima, outros envolvidos na partida tinha ou acabaram tendo passagens pelos dois clubes. A começar pelos treinadores (tanto o Jornal do Brasil como o Jornal dos Sports equivocadamente identificam Cládio Duarte como técnico do Inter), além de Bonamigo, Chiquinho, Luis Carlos Winck e João Antônio

Outra curiosidade é que o jogo foi marcado para uma segunda-feira à noite, em virtude do televisionamento pela Bandeirantes (que deixava de fora do estado do RS, no Jornal Folha de Hoje, de Caxias, o colunista Alfeu de Oliveira relata ter assistido ao “Gre-Nal através da antena parabólica“)

 

Foto: Paulo Franken (Zero Hora) / Fonte: Súmulas -Tchê

 

“A TORCIDA BEM QUE MERECIA UM CLÁSSICO DE MELHOR QUALIDADE
O maior destaque do Gre-Nal foi mesmo o público que lotou o Olímpico, mas o 0 a 0 não agradou ninguém. Juiz prejudicou o Inter

Um erro da arbitragem tirou do Inter a chance de vencer o Gre-Nal de ontem à noite. Foi 0 x 0, mas Lima teve um gol anulado ao receber passe de Cuca e o auxiliar Clodoaldo Oliveira marcou impedimento antes mesmo do chute certeiro do atacante, sendo endossado por Luiz Cunha Martins. Os torcedores não gostaram de um clássico que prometia muito brilho,- mas acabou opaco.

Luis Carlos cruzou, Lima bateu forte, mas Sidmar fez a defesa. Eram apenas quatro minutos e o Gre-Nal das estrelas ameaçou ser sensacional, Mas, afora urna cabeçada de Vilson, aos 34 minutos, depois da cobrança de um escanteio, o primeiro tempo foi decepcionante. Foi um jogo truncado, com muitos lances violentos e pouca inspiração, Destacou-se quem transpirou mais, caso de Darci, responsável pela condução de bola rio time gremista e Winck no apoio. A marcação superou ao resto e os goleiros não tiveram trabalho. A maior prova disso é que Maizena só tocou na bola no final, defendendo um cruzamento de Donizete,

No segundo tempo, o Grêmio foi quem ameaçou primeiro com um chute de João Antônio defendido por Maizena e o Inter chegou a marcar, aos sete, por Lima, em lance erradamente anulado pela arbitragem. Winck bateu farte em China que saiu e o jogo ameaçou melhorar. Eram 15 minutos.

Lima deixou o campo aos 22 minutos, mas o Inter ameaçou duas vezes: por Simão e por Hamilton, quando Sidmar brilhou. O Grêmio respondeu no final na saída errada de Maizena. Nilson cabeceou e a bota só não entrou pois Márcio Santos salvou. Helcinho entrou no final, mas não teve tempo de mostrar seu futebol.” (José Evaristo Villalobos, Zero Hora, terça-feira, 19 de fevereiro de 1991 / Fonte: Súmulas -Tchê)

 

Foto: Folha de Hoje

 

GRENAL É JOGO VIOLENTO QUE ACABA EM 0 A 0

PORTO ALEGRE — Alta tensão e baixo nível técnico impediram que Grêmio e Internacional saíssem do empate em 0X0, ontem, a noite, no Estádio Olímpico. Um jogo muito disputado no meio de campo e quase nulo em ações de ataque tornou-se, muitas vezes, violento e terminou com nove jogadores punidos com cartão amarelo, sendo cinco do Internacional. Terminado o jogo, o juiz Luiz Cunha, Martins quase foi agredido pelo técnico do lnter, Cláudio Duarte.

O goleiro Sidmar, do Grêmio, fez uma 1 defesa importante, aos 3 minutos de jogo e Maizena, do Internacional, fez sua primeira defesa já nos acréscimos do primeiro tempo. Isto, praticamente, resumiu o que houve de ofensivo e emocionante, na primeira etapa, para uma torcida que lotou as instalações disponíveis do estádio — uma parte das arquibancadas está interditada, por medida de segurança. O jogo já se anunciava violento, e Vilson e João Antônio do Grêmio, e Ricardo, do lnter, receberam cartão amarelo.

Logo no início do segundo tempo Maizena defendeu dois chutes perigosos do Grêmio, aos 3 e aos 18 minutos, e logo o jogo voltaria à monotonia de jogadas brutais no meio de campo.” (Jornal do Brasil, terça-feira, 19 de fevereiro de 1991)

 

Foto: Folha de Hoje

 

GRE-NAL ACABA EMPATADO EM JOGO DISPUTADO

Porto Alegre – A tradição do futebol gaúcho foi confirmada ontem no Estádio Olímpico. Grêmio e Internacional fizeram uma partida bastante disputada com uma forte marcação no meio-de-campo, o que dificultou a ação dos atacantes de ambos os times. Assim o jogo só poderia terminar sem gols. Desde o início, as duas equipes fizeram uma forte marcação no meio-de-campo, característico do futebol gaúcho. No entanto, as faltas violentas foram muitas o que obrigou o juiz Luís C nha Martins a distribuir cinco cartões amarelos, para Vilson. Ricardo, João Marcelo, Lima e João Antônio. No segundo tempo, nada mudou e o árbitro advertiu mais três jogadores – Luís Carlos Winck, Alex e Célio. No final, o técnico do Internacional, Cláudio Duarte tentou agredir o juiz”. (Jornal dos Sports, terça-feira, 19 de fevereiro de 1991)

 

Foto: Luiz Gonçalves (Zero Hora) / Fonte: Súmulas -Tchê

Foto: Valdir Friolin (Zero Hora) / Fonte: Súmulas -Tchê


GRÊMIO: Sidmar; Chiquinho, João Marcelo, Vílson e China (Marquinho); João Antônio, Donizete, Assis e Darci; Maurício e Nílson
Técnico: Cláudio Duarte

INTER: Maizena, Luiz Carlos Winck, Célio Silva, Márcio Santos, Ricardo; Simão, Júlio, Paulinho Criciúma, Cuca; Aléx Rossi (Hélcinho) e Lima (Hamílton)
Técnico: Ênio Andrade

Brasileirão 1991 – Primeira Fase – 3ª Rodada
Data: 18 de fevereiro de 1991, segunda-feira, 21h30min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre, RS
Público: 45.276 pagantes
Renda: Cr$ 51.448.500,00
Juiz: Luiz Cunha Martins
Auxiliares: Clodoaldo Ramon Jesus Oliveira e Gilberto dos Santos Cardoso
Cartões Amarelos: João Marcelo, Vílson, João Antônio, Luiz Carlos Winck, Célio Silva, Ricardo, Aléx Rossi, Lima

Gauchão 1991 – Grêmio 3×0 São Luiz de Ijuí

April 7, 2019
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Foto: José Doval (Zero Hora)

 

Em 20 novembro de 1991, o Grêmio venceu o São Luiz de Ijuí no Olímpico por 3×0, pela quarta rodada do quadrangular semifinal do Gauchão daquela temporada. Renato, que havia voltado dois meses antes para o tricolor, fez um dos gols da partida.

Esse jogo foi o de estreia da nova camisa reserva feita pela Penalty. Dá pra se dizer que esse foi o primeiro fardamento moderno do clube, onde os desenhos na camiseta passaram a ser feitos por sublimação, e os números, distintivos e marcas dos patrocinadores deixaram de ser costurados no tecido.

A matéria da Zero Hora transcrita abaixo menciona que a camisa branca teria um “design europeu”. Imagino que seja uma referência as três listras em diagonal, o que já havia sido adotado pela Adidas no Bayern, Liverpool e Olympique de Marseille na metade daquele ano, quando do lançamento do novo logo da empresa. Estranhamente a mesma matéria nada fala da mudança do tom do azul nos dois fardamentos (bem mais escuro que o habitual)

Vale lembrar que esse design da camisa reserva perdurou até 1994. Primeiro nessa versão com gola V e sem marca d´água no tecido. Depois com gola polo e com marca d´água e na sua última versão com o retorno do azul celeste.

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Foto: José Doval (Zero Hora)

GRÊMIO REPETE A GOLEADA E FICA A DOIS PONTOS DA FINAL
João Luís (contra), Renato, Alcindo fizeram os gols. Com a derrota do Glória, o Grêmio só precisa dois pontos para disputar o título

O Grêmio está a dois pontos da decisão do Gauchão. Com a vitória de 3 a 0. ontem, sobre o São Luiz, no Olímpico, gols marcados por João Luís (contra). Renato e Alcindo (de pênalti), o time de Valdir Espinosa subiu para sete pontos na tabela da Chave 4, enquanto Glória e Lajeadense estão com quatro, depois dos jogos de ontem. Como restam apenas duas rodadas, nenhum deles poderá chegar aos 9 pontos, o que dá a oportunidade de classificação antecipada para o Grêmio.

Foi a vitória da afirmação tricolor. Animado pela goleada de 3 a 0, em ljuí, e jogando em casa, o Grêmio repetiu a dose. Pressionou desde o início e fez 1 a 0, aos 16 minutos. Chiquinho, o grande destaque do time, cruzou forte e João Luís tentou cortar, marcando contra. O segundo veio aos 43 minutos, no erro de Kiko, que deu um verdadeiro lançamento para Renato apenas deslocar o goleiro Jânio. O segundo tempo serviu apenas para administrar o resultado e torcer pela vitória do Lajeadense. Mesmo assim, chegou ao terceiro gol, através de Alcindo, que sofreu e cobrou com categoria um pênalti, aos 90 minutos.

EXPULSÕES – Mas antes da cobrança, houve uma confusão, pois Marco Antônio atingiu Lira, e o goleiro Sidmar reclamou do auxiliar. Ambos foram expulsos.” (Antônio Bavaresco, Zero Hora, quinta-feira, 21 de novembro de 1991)

Pontos J V E D GP GC S
1 – Grêmio 7 4 3 1 0 11 3 8
2 – Glória 4 4 1 2 1 4 3 1
3 – Lajeadense 4 4 2 0 2 6 7 -1
4 – São Luiz 1 4 0 1 3 0 8 -8

ESPINOSA: ELOGIOS E ALEGRIA

O técnico Valdir Espinosa gostou do desempenho do time, quando o Grêmio repetiu o escore de domingo, em Ijuí:

— A equipe apresentou muita qualidade, teve jogadas de projeção e procurou sempre o gol. O importante é que nessa reta final, o time está embalando e já temos o ataque mais positivo na fase.

Muito aplaudido ao deixar o campo, o goleiro Émerson também destacou o bom futebol gremista:

— Foi uma vitória importante, pois nos deixou mais perto da classificação e veio com muita tranqüilidade.

Chiquinho, o melhor em campo, saiu ligeiro e foi comemorar em casa. Agora o técnico Espinosa começa a pensar no jogo contra o Lajeadense, esperando contar com Assis, que recupera-se de lesão muscular, mas terá o retorno de João Marcelo que cumpriu suspensão.

ARBITRAGEM – E mais uma vez os erros de arbitragem acabaram sendo o destaque negativo. No primeiro tempo, José Mocelin chegou a marcar uma falta, numa jogada que aconteceu nitidamente dentro da área e que, segundo reclamações dos jogadores do São Luiz, nem aconteceu. No segundo tempo, muita confusão, com um gol anulado (do São Luiz), as expulsões de Marco Antônio e Sidmar e a reclamação no pênalti em Alcindo:

— É uma vergonha o que fez esse juiz – reclamou o presidente Clóvis Bagetti.” (Antônio Bavaresco, Zero Hora, quinta-feira, 21 de novembro de 1991)

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ROUPA NOVA
Na quarta-feira da semana que vem, diante do São Luiz, no Olímpico, o Grêmio estréia a nova camiseta. O clube é o primeiro do Brasil a modernizar o uniforme confeccionado pela Pênalti.

NOVA CAMISETA NO OLÍMPICO
Opções: nova camisa tem losangos nos ombros e listrar no lado direito

Na quarta-feira da próxima semana, diante do São Luiz, o Grêmio apresenta a sua nova camiseta (número 2, segundo terno), confeccionada pela fábrica Penalty em poliamida e forrada em algodão. A principal característica está no moderno e exclusivo desenho escolhido pelo presidente do clube, Rafael Bandeira dos Santos.

Conforme Clóvis Haggstram, representante da Penalty no Estado e conselheiro do Grêmio, a nova camiseta substitui a de acrílico com a vantagem de ser mais leve e confortável, além de ter um design europeu. A tradicional (número 1, oficial) mantém as linhas originais, mas será confeccionada em uma só estampa, não necessitando da aplicação posterior de logotipos e números.

Nos próximos dias, a Penalty lançará no mercado três mil camisetas. O Grêmio, segundo Haggstram, receberá royalties por unidade comercializada. Fluminense e São Paulo também adotarão o novo estilo. ” (Zero Hora, 13 de novembro de 1991)

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Grêmio 3×0 São Luiz de Ijuí

GRÊMIO: Émerson; Chiquinho, Baidek, Vílson e Lira; Pino, Juninho e Volnei Caio. Renato Portaluppi, Alcindo Sartori e Júnior (Grotto 32/2ºT)
Técnico: Valdir Espinosa

SÃO LUIZ: Jânio; Limm, Caçula, Newmar e Kiko; João Luis (Nélson, 3/2ºT), Chico Cebola, Negrini e Betinho (Marco Antônio 15/2ºT) Edmundo e Zé Cláudio
Técnico: Orlando Bianchini

Gauchão 1991 –  Segunda  Fase –  Grupo 4 – 4ª Rodada
Data: 20 de novembro de 1991, quarta-feira
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre/RS
Público: 11.420 pagantes
Renda: Cr$ 16.489.000,00
Árbitro: José Mocellin
Assistentes: Justimiano Goularte e Carlos Kruse
Cartões amarelos: Juninho, Chico Cebola, Caçula, João Luis, Betinho, Marco Antônio, Zé Cláudio
Cartões vermelhos: Sidmar e Marco Antônio
Gols: João Luís (contra) aos 16 minutos e Renato aos 43 minutos do primeiro tempo. Alcindo Sartori (de pênalti) aos 45 minutos do segundo tempo.

Supercopa 1991 – Grêmio 1×1 River Plate

October 30, 2018
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Foto: José Doval (Zero Hora)

 

Na Supercopa de 1991, o Grêmio foi eliminado pelo River Plate nos pênaltis no estádio Olímpico.

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Foto: Valdir Friolin (Zero Hora)

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Foto: José Doval (Zero Hora)

ERRO DO JUIZ LEVA DECISÃO AOS PÊNALTIS. GRÊMIO FORA
Renato abriu o placar, mas o River empatou com gol de Medina Bello, em completo impedimento. O River se classificou nos pênaltis, por 4 a 3

O Grêmio está fora da Supercopa. Empatou com o River Plate em um gol na partida, prejudicado pela arbitragem pois o gol dos argentinos foi marcado através de um jogador impedido. Nos pênaltis, o River venceu por 4 a 3, vingando-se do mesmo Grémio que o eliminara de forma semelhante na competição de 1989.

A disputa foi forte. A estratégia do técnico Daniel Passarella foi posicionar seu time na defesa, à espera dos contra-ataques. Mas o Grêmio acabou tirando proveito disso e teve três oportunidades: uma através de Renato, outra por Caio. Na terceira, foi mortal. Caio avançou com a bola dominada, lançou Alcindo que cruzou com perfeição. Renato cabeceou com força sem nenhuma chance de defesa para o goleiro. Eram 27 minutos.

Só depois disso, o River saiu para o campo adversário. Levado pelo talento do meio-campo Borrelli, que conseguia escapar da marcação de Pino e Grotto. E. aos 42 minutos, o Grêmio escapou do pior. Sidmar fez a defesa e, no rebote, Sílvani, livre, chutou no travessão.

IMPEDIMENTO – No segundo tempo, em desvantagem no escore, Passarella escalou Ramón Díaz no lugar de Zapata. E, depois de escapar do segundo gol gremista, quando AIcindo cruzou e Renato não alcançou a bola, os argentinos empataram. Silvani estava impedido, a arbitragem não marcou e Medina Bello bateu no canto direito. Logo aos oito minutos. Depois do susto, o Grêmio ameaçou por Renato, aos 14 minutos. Comizzo foi perfeito e evitou o gol. O jogo melhorou, os dois times só atacavam. Renato obrigou Comizzo a fazer nova defesa aos 19. Aos 20, Ramón Díaz respondeu, mas bateu por cima. Aos 28, Renato, espetacular, lançou Caio que chutou por cima. Renato ainda cobrou falta na trave. A decisão foi para os pênaltis. ” (José Evaristo Villalobos, Zero Hora, 11 de outubro de 1991)

A EFICIÊNCIA DOS ARGENTINOS NAS COBRANÇAS
Sidmar trocou a luva a antes da cobrança dos pênaltis. Era, quem sabe. A esperança de encontrar as luvas abençoadas para eliminar os argentinos. Mas não deu certo para a tristeza de uma torcida que ficaria ao lado dos jogadores até o final. Ironia do destino: os dois melhores jogadores em campo. Renato e Borrelli, desperdiçaram suas cobranças. Renato chutou por cima. Borrelli cobrou fraco, defendeu Sidmar. Mas Bizu tocou fraco na bola e o goleiro Comizzo, excelente todo o tempo, defendeu

Houve discussão até neste tipo de disputa. Alcindo chutou, o goleiro defendeu, a bola bateu na trave e entrou. Os argentinos protestaram muito. No final, com o empate de três gols, Medina Bello foi preciso. Os argentinos calavam o Olímpico, repetiam a festa dos paraguaios do Olimpia, dois anos antes, no Beira-Rio, quando tiraram o Inter da Libertadores.” (Zero Hora, 11 de outubro de 1991)

ARBITRAGEM
A arbitragem do uruguaio Ernesto Felippi acabou muito prejudicada por um erro que foi decisivo. Validou um gol irregular de Medina Bello, que decretou o empate do jogo. Foi, em parte, induzido ao erro por seu auxiliar, Fernando Cardelino, que deu condições a Silvani, Também exagerou ao expulsar Caio, que foi agredido sem bola e não conseguiu revidar. Nota 3 ” (Zero Hora, 11 de outubro de 1991)

“OS PREJUÍZOS DA ELIMINAÇÃO
A eliminação do Grêmio da Supercopa dos Campeões irá custar caro aos cofres do clube. Segundo os cálculos do próprio presidente Rafael Bandeira dos Santos, o clube vai deixar de arrecadar cerca de US$ 400 mil (Cr$ 240 milhões), apenas considerando-se a renda da TV e da bilheteria das partidas contra o Flamengo, pela próxima fase, sem contar uma possível chegada à final. Mesmo as-sim, ele garante que o investimento feito na contratação de Renato já teve retorno, com a venda de mais de 40 mil cautelas do Superbolão (Cr$ 200 milhões), mais os US$ 80 mil (Cr$ 50 milhões) da TV e Cr$ 87 milhões (US$ 130 mil) da renda da partida contra o River Plate, que é toda do dono da casa.” (Zero Hora, 11 de outubro de 1991)

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Foto: José Doval (Zero Hora)

Grêmio 1×1 River Plate (River 4×3 nos pênaltis)

GRÊMIO: Sidmar; Polaco, João Marcelo, Vílson e Lira; Pino, Grotto (Bizú 33/2ºT), Volnei Caio, e Juninho; Renato Portaluppi e Alcindo Sartori
Técnico: Valdir Espinosa

RIVER PLATE: Angel Comizzo, Jorge Gordillo, Jorge Higuaín, Guillermo Rivarola, Carlos Enrique, Gustavo Zapata (Ramón Díaz, intervalo), Ornaldo Claut, Juan Borrelli, Hernán Díaz, Medina Bello, Walter Silvani (Júlio Toresani 35/2ºT)
Técnico: Daniel Passarela

Supercopa 19991 – Oitavas de Final – Jogo de volta
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre – RS
Público: 42.551 (38.792 pagantes)
Renda: Cr$ 87.430.000,00
Árbitro: Ernesto Filippi Cavani (FIFA/URU)
Auxiliares: Fernando Cardellino e Sal Feldman
Cartões Amarelos: Higuain, Silvani, Medina Bello, Pino e Sidmar
Cartões Vermelhos: Volnei Caio e Claut
Gols: Renato Portaluppi 27′ do 1º tempo; Ramón Medina Bello 7′ do 2º tempo
Nos pênaltis: Grêmio – Lira, Alcindo Sartori e João Marcelo acertaram. Bizú e Renato Portaluppi erraram. River Plate – Rivarola, Ramón Díaz, Hernán Díaz, Medina Bello acertaram, Borrelli errou.

Supercopa 1991 – River Plate 2×2 Grêmio

October 22, 2018
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Foto: Roberto Santos (Folha de Hoje)

River e Grêmio se enfrentaram em Buenos Aires pelo jogo de ida das oitavas de final da Supercopa de 1991. Era a segunda partida de Renato na sua segunda passagem como jogador no segundo semestre daquela temporada.

Como curiosidade, vale citar que Jorge “Pipa” Higuain que marcou o gol de empate do River é o pai do Gonzalo “Pipita” Higuain.

GRÊMIO FAZ JOGÃO EM BUENOS AIRES
Time gaúcho esteve duas vezes na frente, mas cedeu empate. Caio e Sidmar foram os grandes nomes da noite portenha

o Grêmio surpreendeu ontem à noite em Buenos Aires. O time vinha de duas fracas apresentações no Gauchão, mas superou-se e conseguiu um excelente empate em 2 a 2, contra o River Plate, pela Supercopa dos Campeões. A decisão da vaga para a próxima fase será no Olímpico, no próximo dia 10.

O River Plate queria garantir a vitória em casa para não ter que decidir a vaga em Porto Alegre. Por isso, o time do experiente técnico Daniel Passarela, partiu para o ata-que. Com todos os jogadores recuados, exceção de Renato e Alcindo, o Grêmio procurava explorar os contra-ataques e o fazia muito bem.

Foi num deles, aos 12 minutos, que Renato sofreu uma falta na esquerda. Lira cruzou na área, a zaga tentou fazer a linha de impedimento, mas Higuain permaneceu dando condições a Caio que dominou e mandou urna bomba de perna direi-ta, marcando o primeiro gol gremista.

O tricolor cedeu espaços e o River cresceu no jogo. Aos 21 minutos, Sponton, cobrou uma falta com perfeição e empatou o jogo. O River continuou com mais presença até o fim do primeiro tempo. Na segundo tempo, o River perdeu Berti, lesionado aos 3 minutos. Aos 19, Renato fez excelente jogada e Juninho, depois de Alcindo, chutou sobre o gol. O Grêmio melhorou e aos 27, Polaco cobrou falta da direita, Alcindo antecipou-se ao goleiro e cabeceou marcando o segundo gol do Grêmio. A alegria gaúcha durou pouco. Aos 28 minutos Higuain empatou, também de cabeça, após uma cobrança de escanteio.

Depois disso, os dois times perderam s árias oportunidades de marcar, principalmente o River, mas Sidmar brilhou e impediu a derrota de suas equipes. Melhor para o Grêmio.”(Folha de Hoje, 2 de outubro de 1991)

OS DOIS DESTAQUES
Dois jogadores do Grêmio merecem destaque por suas atuações: Caio e Sidmar. O primeiro pela garra e espírito de luta que mantem cm campo. Ontem, no em-pate contra o River Plate, que agora dá a condição ao Grêmio de disputar a vaga em casa, Caio foi um guerreiro singular. Correu muito, marcou implacavelmente, fez jogadas e tabelas que enlouqueceram os argentinos e ainda fez um golaço. A convicção de Caio nas jogadas contagiou os gremistas. A maioria das emissoras de rádio o escolheu como o melhor jogador em campo. E pelo gol e pela raça, com a maior justiça. Sidmar salvou o Grêmio em quatro oportunidades. Por duas vezes os atacantes argentinos poderiam ter mar-cado, pois estavam livres na área. Entretanto, mesmo tendo se destacado em vários lances, Sidmar merece um pequeno puxão de orelhas, pois teve uma parcela de culpa no primeiro gol do River. Se por um lado o atacante Sponton fez um belo gol, por outro ele armou mal a barreira. De resto, o conjunto gremista merece aplausos.” (Folha de Hoje, 2 de outubro de 1991)

GOLS E EMOÇÃO NO BOM EMPATE DO GRÊMIO CONTRA O RIVER PLATE
Caio abriu o placar e Spontón empatou. Na etapa final, Alcindo fez 2 a1, mas Higuain igualou. Vitória simples garantirá vaga gaúcha

O Grêmio conseguiu um bom resultado ontem à noite em Buenos Aires: empatou com o River Plate em 2 a 2 e agora precisa uma vitória por diferença mínima na quinta-feira, em Porto Alegre, para passar à etapa seguinte da Super. Se houver empate a decisão acontecerá nos pênaltis.

Valdir Espinosa jogou pelo regulamento e escalou o jovem Grotto no lugar de Bizu para fechar o meio-campo. O empate era um bom resultado e o Grêmio começou muito bem. Aos 1, Lira cobrou falta da esquerda, os argentinos tentaram criar o impedimento e a bola sobrou para Caio, que bateu sem chances para o goleiro. Gol legal

Apesar do apoio da torcida, o River não conseguiu progredir porque o Grêmio se organizou bem. Mas aos 20 minutos, Sponton aproveitou um tiro livre direto e bateu muito forte, no canto esquerdo: 1 a 1. Depois seguiu-se um jogo truncado, de muita marcação, com Renato e Ramón Diaz não conseguindo os esperados lances de ataque para seus times.

ATAQUE – No segundo tempo, logo aos nove minutos, Berti foi atingido no tornozelo por Vilson e saiu. Entrou Lavalle. Mas quem atacou com muito perigo — e primeiro – foi o Grêmio. Renato deu o passe para Alcindo, que chutou e Juninho, livre, concluiu por cima. Aos 27 Polaco cobrou falta, Comizzo não segurou a bola e Alcindo, mesmo desiquilibrado, completou. Só que a vitória gremista durou um minuto, pois Higuain empatou, de cabeça, aos 28. Foi um jogo que agradou aos torcedores presentes no estádio pela emoção. Sidmar salvou gol certo de Spontón. E Caio também quase marcou. Foi um resultado justo, pois o goleiro gremista ainda fez mais duas grandes defesas” (Antonio Bavaresco, enviado a Buenos Aires, Zero Hora, 02 de outubro de 1991)

DIÁRIO DE VIAGEM – Uma babel dolarizada
O saguão do hotel era uma confusão de línguas. Aos turistas americanos, sul africanos e escandinavos que já andavam por aqui, juntou-se uma turma barulhenta brasileira, ainda sob o efeito do “pulo” dado pelo dólar no Brasil. Aqui, o efeito da alta foi pequeno. Maior foi a surpresa do atacante Diego Aguirre, agora jogando no Independiente da Argentina, cuja delegação está também hospedada aqui no Continental, quando soube o valor da transação que envolveu o empréstimo do Renato ao Grêmio. Na conversa, declarou-se incrédulo e pediu minha confirmação, diante de seus colegas de clube, que se recusavam a aceitar a informação. Para se ter uma idéia, Ramón Diaz, o argentino mais bem pago ainda em atividade por recebe US$ 100 mil por ano. Para quem não lembra, Renato recebera cerca de US$ 70 mil por mês” (Antônio Bavaresco, de Buenos Aires, Zero Hora, 02 de outubro de 1991)

River Plate 2×2 Grêmio

GRÊMIO: Sidmar; Polaco, João Marcelo, Vílson e Lira; Pino, Grotto, Volnei Caio e Juninho (Bizú 22 do 2ºT); Renato Portaluppi, Alcindo Sartori
Técnico: Valdir Espinosa

RIVER PLATE: Angel Comizzo; Jorge Gordillo, Jorge Higuaín, Guillermo Rivarola eCarlos Enrique; Júlio Toresani, Leonardo Astrada, Juan Borrelli eSérgio Berti (Pablo Lavallén 10 do 2ºT); Cláudio Spontón e Ramón Díaz
Técnico: Daniel Passarela

Supercopa 1988 – Oitvas de final – Jogo de ida
Data: 2 de outubro de 1991
Local: Estádio Monumental de Nuñez, Buenos Aires – ARG
Árbitro: Enrique Marin (Chile)
Auxiliares: Gaston Castro e Ivan Guerrero
Cartões Amarelos: Toresani, João Marcelo, Ramon Diaz a Volnei Caio
Gols: Caio, aos 11 minutos; Spontón aos 20 do 1º tempo; Alcindo Sartori aos 27 minutos e Jorge Higuaín aos 28 do segundo tempo

Copa do Brasil 1991 – Coritiba 1×1 Grêmio

August 19, 2015

O primeiro confronto entre Grêmio e Coritiba pela Copa do Brasil ocorreu no dia 22 de maio de 1991, no Couto Pereira. Era o primeiro compromisso do tricolor após o rebaixamento sofrido após a derrota para o Botafogo em Caio Martins 72 horas antes.
Surpreendentemente o time de Dino Sani teve um bom início de jogo (válido como partida de ida da semifinal da competição) e saiu na frente aos 16 minutos, num belo gol de Caio (foto abaixo).  O Coxa, que tinha Sérgio Ramirez estreando no comando da equipe, só chegou ao empate aos 24 minutos do segundo tempo, numa cabeçada de Hélcio após falta cobrada por Nardela.

Fontes: Correio do Povo e Zero Hora
Fotos:
José Doval (Zero Hora)  e Gazeta do Povo

Coritiba 1×1 Grêmio

CORITIBA: Luís Henrique; Márcio, Pinela, Heraldo e Paulo César (Ricardo); Hélcio, Émerson e Pedrinho (Nardela aos 32/1ºT), Ronaldo, Chicão e Pachequinho:
Técnico: Sergio Ramirez
GRÊMIO: Gomes; Chiquinho, João Marcelo, Ion e Hélcio; Norberto, Donizete Oliveira (Jamir), João Antônio e Caio; Maurício  (Darci aos 12/2ºT e Nando.
Técnico: Dino Sani

Copa do Brasil 1991 – Grêmio 1×1 Criciúma

July 14, 2015

O primeiro confronto entre Grêmio e Criciúma pela Copa do Brasil aconteceu no Olímpico no dia 30 de maio de 1991. O bizarro é que o tricolor chegara na final da competição (a sua segunda em três edições) apenas 11 dias após ser rebaixado no Campeonato Brasileiro daquele ano.

A equipe gremista, comandada por Dino Sani (Contratado em 19 de março daquele ano) acabou sofrendo um gol cedo, na tradicional bola parada treinada por Felipão e só conseguiu chegar ao empate aos 38 minutos do segundo tempo, num pênalti batido por Maurício.

Eu lembro vagamente dessa partida, de ter ficado atrás da goleira que o Grêmio fez o gol e de como o grande número de torcedores visitantes impressionava as pessoas na minha volta.


Fontes: Correio do Povo e Zero Hora
Fotos: Fernando Gomes (ZH)

Grêmio 1×1 Criciúma

GRÊMIO: Gomes; China (Jamir), João Marcelo, Vilson, Hélcio; Norberto, Donizete Oliveira (Darci), João Antônio, Caio; Maurício, Nando.
Técnico: Dino Sani

CRICIÚMA: Alexandre; Sarandi, Vilmar, Altair, Itá; Roberto Cavalo, Zé Roberto, Grizzo; Gélson, Soares, Jairo Lenzi (Vanderlei)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

Copa do Brasil 1991 – Final – Jogo de ida
Data: 30/05/1991 – Quinta-feira – 18h30min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre-RS
Público: 32.052 pagantes
Renda: Cr$ 36.090.000,00
Árbitro: Márcio Rezende de Freitas (MG)
Auxiliares: Evaristo Franco Souza e Luis Soares Azevedo
Cartões Amarelos: Alexandre, Itá, Vanderlei
Gols: Vilmar, aos 15 minutos do 1º tempo e  Maurício (de pênalti) aos 38 minutos do 2º tempo.

Hamburgo em Porto Alegre

July 23, 2012

Para desespero de alguns, alegria de outros e, espero eu, indiferença da maioria, um jornal alemão se confundiu ao anunciar a vinda do Hamburger SV para inagurar o a arena gremista no final do ano. É verdade que o mau jornalismo não se restringe a Alemanha. É um problema global e temos vários exemplos disso bem próximos a nós.

Mas talvez exista alguma explicação, algum atenuante para a desatenção do períodico germânico. Algum trauma reprimido do jornalista que redigiu a matéria, alguma evocação de uma lembrança positiva do passado. Tergiverso apenas para lembrar de um fato que não foi mencionado por jornalistas europeus e brasileiros: O Hamburgo já jogou (e venceu) em Porto Alegre.

Foi em janeiro 1991. Os alemães já haviam jogado com Palmeiras e Corinthians nos dias anteriores e enfrentariam o Inter no Beira-Rio, na primeira partida do co-irmão naquela temporada.

A estrela da noite deveria ser Cuca, que fazia sua estréia com a camisa vermelha e foi aplaudido por 11 mil pagantes. Mas quem efetivamente se destacou no jogo foi o atacante Thomas Doll, marcando o único gol da partida logo aos 5 minutos.

As fotos são dos jornais Zero Hora e Correio do Povo

Camisa Comissão Técnica 1991 – Holanda 1988

February 6, 2012


HOLANDA 1988 d

Além da camisa do treinador “inspirada” na camisa da Alemanha na Copa de 1990, outra peça curiosa produzia pela Penalty para o Grêmio é essa da foto acima.

Trata-se de uma clara cópia (ou seria homenagem?) do desenho criado pela Adidas para Eurocopa de 1988, que ficou eternizado pela Seleção de Holandesa de Van Basten & Cia. A URSS usou a mesma estampa no referido torneio. O uniforme da reserva da Alemanha entre 1988 e 1990 valia-se do mesmo desenho. Nesse tom de azul, o uniforme foi usado pela seleção dos EUA em 1988 e pelo Belenenses, de Portugal, em 1989.

Alguns colecionadores afirmam que essa versão gremista é de 1988. Contudo, nas minhas pesquisas, eu só achei imagens dela sendo usada, por membros da comissão técnica, no começo dos anos 90, como nas fotos abaixo que registram treinos em 1991.

 

Outra curiosidade é que, recentemente, a Adidas fez uma releitura desse desenho, aplicando-o em azul numa hipotética camisa Jedi, na coleção em homenagem ao filme “Guerra nas Estrelas”

Camisa Treino Penalty 1991/1992 – Alemanha 1990

January 25, 2012

Certamente um dos desenhos mais famosos da história das camisetas de futebol é o que Adidas fez para a seleção da Alemanha Ocidental usar na Eurocopa de 1988 e na Copa de 1990. Um design que marcou e influenciou muito. A própria Adidas repetiu esse padrão em outras equipes, como o Boca Juniors em 1989.

GREMIO ALEMANHA 1990a

 

Existe um site que se arrisca a montar camisas imaginárias, aplicando este desenho na camisa de times brasileiros. Achei a do Fluminense interessante, mas não gostei muito do resultado da camisa imaginada para o Grêmio (no dos outros sempre é refresco).

O curioso é que o tricolor já teve um uniforme inspirado nesse clássico alemão, mas era uma camisa de treino, feita pela Penalty. Nas fotos acima e abaixo, Valdir Espinosa usa tal peça no início de 1992 e no final de 1991.

Link

P.S. Nessa mesma época, a penalty também aplicou esse desenho na camisa titular do América Mineiro. O coelho inclusive usou ela nos confrontos contra o tricolor em 1992.

P.S. 2: A NR fez uma camisa parecida com essa para o Napoli, na temporada 1989/1990.

Amistoso 1991 – Grêmio 5 x 0 Seleção de Capão da Canoa

January 18, 2012
A organização da Copa de 2014 é uma fonte inesgotável de assunto. Confesso que fico um pouco supreso com a grande quantidade de cidades gáuchas que de se candidatam a ser subsede na Copa do Mundo. Na última segunda-feira, ao ler as notícias que davam conta da vistoria feita por técnicos da Fifa em Capão da Canoa, imediatamente lembrei dos jogos que o Grêmio fez no litoral gáucho nos anos 90.

Um deles foi realizado em 26 de janeiro de 1991 no Estádio Mariscão (que até hoje resiste a especulação imobiliária). Uma goleada na “seleção de Capao da Canoa”. Foi o segundo jogo do Grêmio naquele (triste) ano.

Abaixo relato da partida segundo o Correio do Povo:

Goleada do Grêmio em Capão da Canoa

Com Assis marcando três gols, o Grêmio goleou a seleção de Capão da Canoa, sábado, por 5 a 0. Em seu segundo amistoso na temporada e último antes da estréia no campeonato brasileiro, dia 4, contra o Goiás, o time treinado por Cláudio Duarte já mostrou um futebol superior ao apresentado no empate diante do Novo Hamburgo. Os destaques foram Assis e João Antônio, além de Nilson, que voltou a marcar.

O estádio do Capão da Canoa F.C lotou. O espetáculo para os veranistas só não foi melhor porque o adversário do Grêmio era muito frágil. Já aos 3 minutoi, Nílsonn venceu a zaga e cabeceou para fazer 1 a 0. Aos 38, Santo marcou contra. No segundo tempo, Assis ampliou para 3 a 0, aos 26. Aos 34, ele voltou a marcar. Aos 42, de pênalti, Aos 42, de pênalti, Assis completou a goleada (Correio do Povo – 27 de janeiro de 1991)

Grêmio 5 x 0 Seleção de Capão da Canoa

GRÊMIO: Sidmar (Gérson): China (Luciano), Luis Fernando (Ion), Vilson e Marco Antônio; João Antônio, Donizete e Caio; Maurício (Biro-Biro), Nilson (Rodrigo) e Assis
Técnico: Cláudio Duarte

SELEÇÃO DE CAPÃO: Beto (Rato), Amarildo, Kiko, Santo e Giba; Cidinho, Zico (Fernando) e Jair; Tarciso, Spina e Jorjão.

Amistoso
Data: 26 de Janeiro de 1991
Horário: 17 horas
Juiz: Antônio Howes
Gols: Nilson, Santo (contra) e Assis (3 vezes)