Archive for December, 2020

Copa do Brasil 2020 – São Paulo 0x0 Grêmio

December 31, 2020

Foto: Diego Souza (Twitter)

O Grêmio teve uma atuação segura. Correu pouquíssimos riscos ao segurar o 0x0 que lhe era favorável. E mesmo com essa postura mais “reativa”, foram do Grêmio as três melhores chances de gol da partida (a bola na trave de Vitor Ferraz, a bicicleta de Diego Souza e o chute de Pepê, todas ainda no primeiro tempo)

As escolhas de Renato se mostraram muito acertadas. Lucas Silva foi o melhor em campo e deu muita segurança para defesa.

Surreais as críticas do São Paulo. Fernando Diniz inventou um número mágico de 12 minutos de acréscimo e Tiago Volpi achou que era papel do árbitro ajudar a um time a “acelerar o jogo“.

Com o que foi possível ver nesses três jogos com o Grêmio em 2020 fica muito difícil de entender a liderança do São Paulo no Brasileirão. Mais difícil ainda é entender todo o “hype” em torno dessa equipe.

 

Foto: Diego Souza (Twitter)

 

Foto: Lucas Uebel (Grêmio.net)

São Paulo 0x0 Grêmio

SÃO PAULO: Volpi; Juanfran, Bruno Alves (Paulinho Bóia, aos 33/2ºT), Arboleda, Léo (Toró, aos 20/2ºT); Luan (Vitor Bueno, aos 20/2ºT), Tchê Tchê (Hernanes, 33/2ºT), Daniel Alves, Gabriel Sara e Igor Gomes (Tréllez, aos 33/2ºT); Brenner
Técnico: Fernando Diniz

GRÊMIO: Vanderlei; Victor Ferraz (Ferreira, aos 23/2ºT), Rodrigues, Kannemann e Diogo Barbosa; Matheus Henrique e Lucas Silva; Alisson (Thaciano, aos 14/2ºT), Jean Pyerre (Darlan, aos 35/2ºT) e Pepê (Everton, aos 36/2ºT); Diego Souza (Paulo Miranda, aos 35/2ºT)
 Técnico: Renato Portaluppi

Copa do Brasil 2020 – Semifinal – jogo de volta
Data: 30 de dezembro de 2020, quarta-feira, às 21h30min
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo – SP
Árbitro: Bruno Arleu de Araujo (RJ)
Assistentes: Luiz Claudio Regazone e Thiago Henrique Neto Correa Farinha (RJ)
VAR: Rodrigo Dalonso Ferreira (SC)
Cartões amarelos: Juanfran, Bruno Alves, Fernando Diniz e Toró (São Paulo), Matheus Henrique, Thaciano (Grêmio)
Cartões vermelhos: Tréllez (São Paulo)

Confrontos como visitante contra o São Paulo pela Copa do Brasil

December 30, 2020

Foto: Carlinhos Rodrigues (Zero Hora)

 

Abaixo os links para os posts para todos os jogos que o Grêmio fez como visitante, contra o São Paulo, pela Copa do Brasil:

Copa do Brasil 1990 – Oitavas – Volta – São Paulo 0x0 Grêmio

Copa do Brasil 1995 – Quartas – Ida – São Paulo 1×1 Grêmio

Copa do Brasil 1998 – Oitavas – Ida – São Paulo 2×0 Grêmio

Copa do Brasil 2001 – Quartas – Volta – São Paulo 3×4 Grêmio

Copa do Brasil 2001 – São Paulo 3×4 Grêmio

December 29, 2020

Foto: Rubens Chiri (Correio do Povo)

Sem pensar muito, eu afirmaria que Marcelinho Paraíba teve nessa partida uma das maiores atuações individuais que eu vi um jogador fazer com a camisa do Grêmio.

Foto: Carlinhos Rodrigues (Zero Hora)

Ex-são-paulino faz 3 e tira São Paulo da Copa do Brasil
Grêmio vence em pleno Morumbi e ameaça cargo de Oswaldo Alvarez

A torcida do São Paulo teve ontem mais um motivo para reclamar do desmanche feito no time no ano passado. O meia-atacante Marcelinho, um dos atletas vendidos pela diretoria, fez três gols na vitória do Grêmio por 4 a 3, à tarde, no estádio do Morumbi. O resultado eliminou o São Paulo da Copa do Brasil e pode provocar a demissão do técnico Oswaldo Alvarez. O treinador são-paulino foi xingado de burro pelos torcedores, que pediram a sua saída. “Essa pressão é natural, mas só a diretoria pode dizer o que vai acontecer agora”, afirmou Alvarez. Os dirigentes já tinham sido pressionados a trocar a comissão técnica após a eliminação na primeira fase do Paulista. Em cinco meses no Morumbi, Alvarez conquistou o inédito Rio-São Paulo e foi eliminado de dois torneios. O próximo compromisso dos são-paulinos é a Copa dos Campeões, no final de junho. Os gaúchos, que venceram o primeiro jogo por 2 a 1, enfrentarão o Coritiba, pelas semifinais. A vitória foi comandada por Marcelinho, que também permitiu que o São Paulo melhorasse no final, graças a sua expulsão. “Jogamos com três zagueiros para fazer uma marcação especial nos atacantes deles. Mas fomos mal e deixamos o Marcelinho jogar bem”, disse Alvarez. O meia-atacante foi vendido pelo time paulista ao Olympique, que o repassou ao clube de Porto Alegre. Agora ele já está negociado com o Hertha (Alemanha). O Grêmio jogou quase todo o primeiro tempo no ataque. Aos 27min, Marcelinho fez o seu primeiro gol, ao aproveitar rebote. Os são-paulinos passaram a depender de uma vitória por pelo menos dois gols de diferença. Mas, logo após Marcelinho marcar, Carlos Miguel sofreu pênalti de Marinho. França cobrou no canto direito de Danrlei, aos 30min, e empatou. Aos 44min, França acertou um chute de perna esquerda e fez o segundo do seu time. Os gremistas reclamaram que ele teria ajeitado a bola com a mão. “Matei a bola no peito”, afirmou o atacante, que foi observado por um representante do Borussia Dortmund (Alemanha). Aos 9min do segundo tempo, Marcelinho fez o seu segundo gol, dessa vez em cobrança de falta no canto direito de Rogério. Aos 12min, o ex-jogador do São Paulo driblou Rogério e recolocou o seu time em vantagem. Com um chute rasteiro, o volante são-paulino Alexandre empatou a partida, aos 23min e voltou a dar esperanças à torcida. Cinco minutos depois, Marcelinho foi expulso, por reclamação. Mas, aos 38min, o juiz Wilson de Souza Mendonça marcou pênalti de Maldonado em Luiz Mário. Os são-paulinos reclamaram, pois a infração havia sido fora da área. Zinho cobrou e fez o quarto gol gremista. A cobrança foi feita com um torcedor do São Paulo em campo, o que é irregular. (Ricardo Perrone, Folha de São Paulo, quinta-feira, 24 de maio de 2001 )

 

 

SÃO PAULO: Rogério Ceni, Jean (Kaká 42/1), Rogério Pinheiro, Wilson, Reginaldo Araújo, Maldonado, Alexandre, Souza (Renatinho 21/2), Carlos Miguel, Ilan (Oliveira 29/2), França.
Técnico: Oswaldo Alvarez (Vadão)
GRÊMIO: Danrlei; Marinho, Mauro Galvão e Anderson Polga; Anderson Lima (Gavião 43/2), Tinga (Roger 39/2), Eduardo Costa, Zinho e Rubens Cardoso; Warley (Luís Mário 29/2), Marcelinho Paraíba.
Técnico: Tite

Copa do Brasil 2001 – Quartas de final – Jogo de Volta
Data: 23 de maio de 2001, Quarta-feira, 15h00min
Local: Morumbi, São Paulo
Juiz: Wilson de Souza Mendonça-PE
Auxiliares: Cid Bezerra e Julio Cesar Bezerra da Silva
Cartões Amarelos: Mauro Galvão, Anderson Lima, Tinga
Cartões Vermelhos: Marcelinho Paraíba 28/2< >Gols: Marcelinho Paraíba 28/1T, França 30/1T (pen), França 44/1T, Marcelinho Paraíba 08/2T, Marcelinho Paraíba 12/2T, Alexandre 23/2T e Zinho (pênalti) 39/2T.

Copa do Brasil 1998 – São Paulo 2×0 Grêmio

December 29, 2020

Foto: Mauro Vieira (Zero Hora)

O ano de 1998 não foi dos melhores para o Grêmio, mas quando entrou em campo para enfrentar o São Paulo no Morumbi pelas oitavas de final da Copa do Brasil a equipe gremista vivia um momento relativamente tranquilo, sem ainda ter estreado no Campeonato Gaúcho e liderando o seu grupo na Libertadores. De tal modo, a derrota por 2×0 foi um dos primeiros golpes que o time sofreu ao longo da temporada.

Nas matérias abaixo é possível notar que a Placar, Folha de São Paulo e Zero Hora ainda chamavam Ronaldinho de Ronaldo.

Foto: Mauro Vieira (Zero Hora)

 

“GRÊMIO PERDE E DECIDE NO OLÍMPICO
O time não soube segurar a velocidade paulista e agora tentará reverter o resultado em casa, dia 14 de abril

Carlos Miguel cumprimentou antes do jogo cada um dos gremistas em campo. Foi no banco de reservas do adversário, saudou a comissão técnica. Enfim, fez tudo que um mestre de cerimônias faria com elegância. Quando São Paulo e Grêmio começou, porém, a camaradagem terminou. Foi ele o maestro time paulista. Lançou, correu, fez gol e ajudou a construir os 2 a 0 sobre seu ex-time. Agora, resta ao Grêmio devolver as mesuras a Carlos Miguel no Olímpico. Dia 14, o time gaúcho precisa fazer três gols para passar à próxima fase. Se fizer dois, e não sofrer nenhum, terá de decidir nos pênaltis a vaga à Copa do Brasil.

O São Paulo foi um time pretensioso no início. Tocou a bola de um lado para o outro, exagerou na troca de passes pelo centro, tentou um drible a mais, desfilou talento. Só não chutou a gol. Do outro lado, havia a objetividade do Grêmio. E então Guilherme recuperou um rebote, avançou sobre Rogério e só não marcou aos 22 minutos porque o goleiro tocou para escanteio. O São Paulo voltou a dar 10 mil toques na bola, até Ronaldo fugir em contra-ataque e chutar forte, rasteiro, cruzado, mas para fora. Foi a melhor chance de gol no primeiro tempo. E o time de craques teve de se contentar com uma falta isolada cobrada pelo goleiro-goleador Rogério, espalmada por Danrlei.

O técnico Sebastião Lazaroni segurou bem o jogo com as suas anunciadas triangulações. Aílton flutuou pelo lado esquerdo, deu cobertura a Roger, evitou os avanços de Zé Carlos, enfim, fez funcionar o triângulo da esquerda. Mas do outro lado, Itaqui sofreu. O garoto Ronaldo, razoável na frente, não acompanhava Serginho. Assim foi o primeiro tempo. Assim começou o segundo, com uma diferença: o São Paulo partiu resoluto ao ataque. Denílson ainda acertou um chutão no poste. Três minutos depois, Serginho partiu dois quilômetros atrás de Itaqui. Chegou à frente e cruzou numa velocidade meteórica. A bola caiu nos pés de Carlos Miguel, que fez o 1 a 0, aos 14 minutos do segundo tempo.

Lazaroni reagiu de imediato. Retirou Ronaldo e apostou no contra-ataque com Zé Alcino. Mas Denílson apareceu na área gremista, serviu Aristizábal, que deixou França em condições de entrar com bola e tudo. Era o 2 a 0. Então o Grêmio resolveu ser mais parecido com o Grêmio. Goiano cedeu lugar para Otacilio. Fez chuver bolas na área, mas Rogério estava lá. Então, o São Paulo trocou os toques pelos contra-ataques, sempre através de Carlos Miguel. No final, o jogo ficou aberto, emocionante. Denílson perdeu dois gols (e podia ter liquidado o Grêmio). Beto e Itaqui também erraram. E deixaram de amenizar o sofrimento gremista.” Zero Hora, sexta-feira, 20 de março de 1998)

 

“LAZARONI LAMENTA CHANCES PERDIDAS

O abatimento no vestiário gremista depois da partida denunciava a decepção pela derrota. A partida era propicia para o Grêmio garantir a  vantagem para o segundo jogo em Porto Alegre, dia 14 de abril. O São Paulo concedeu generosos espaços no primeiro tempo e permitiu que o Grêmio desperdiçasse duas grandes oportunidades de marcar. “Poderia ter sido a bola do jogo”, lamentou-se o técnico Sebastião Lazaroni, recostado a uma parede do vestiário do Morumbi. Elegantemente vestido e transpirando muito, Lazaroni lamentou a falta de experiência de alguns “Só jogando eles vão adquirir maturidade”, conformou-se.

A decepção do técnico era principalmente pelo panorama em que se apresentou o jogo. A torcida do São Paulo abandonou a equipe e compareceu em número muito reduzido ao Morumbi. Aliás, o futebol não tem sido o melhor programa para os são-paulinos nos últimos tempos. Ontem, além dos últimos decepcionantes resultados e do horário (21h40min), a transmissão do jogo para a capital paulista colaborou para afugentar os torcedores. Pouco mais de 3 mil pessoas compareceram. O reformado e imponente Morumbi ficou atirado às moscas. Alguns setores nem foram abertos.

O estádio estava tão vazio que era possível ouvir os diálogos entre os jogadores nas cabines. Foi um festival de “pega”, “fica” e “sai”. Talvez a técnico Sebastião Lazaroni não necessitasse berrar tanto para passar instruções para a equipe. As suas orientações eram ouvidas pelos torcedores na arquibancada superior localizada no outro lado do gramado. Para completar, os momentos mais empolgantes para os são-paulinos foram escassos e se resumiram a três lances, até o golaço de Carlos Miguel. No mais, se resumiram ao pagode emanado pelas caixas de som antes do jogo e no intervalo. A pasmaceira do time Nelsinho Batista era tamanha que, ao fim do Primeiro tempo, a torcida pediu a entrada de Susi, craque da equipe feminina do clube e da Seleção Brasileira “Se ao menos segurássemos o resultado, eles se perturbariam e abririam mais espaços”, afirmou volante Fabinho.

A mobilização para a partida de volta iniciou antes mesmo de os jogadores entrarem no vestiário. O vice-presidente Dênis Abrahão repetiu a atitude tomada depois da derrota de 2 a O para Portuguesa no Brasileirão e prometeu reação “a cobra vai fumar no Olímpico”, avisou Abrahão.“ (Leonardo Oliveira, Zero Hora, sexta-feira, 20 de março de 1998)

 

“PELO LADO ESQUERDO, SÃO PAULO BATE O GRÊMIO NA COPA DO BRASIL

O São Paulo venceu ontem o Grêmio por 2 a 0, no Morumbi, pela Copa do Brasil, e pode perder por até um gol diferença a segunda partida da série entre os dois times para se classificar para as quartas-de-final da competição.
As duas equipes voltam a jogar no dia 14 de abril, em Porto Alegre. Nas quartas-de-final, o vencedor dessa série vai enfrentar o Vasco da Gama. O primeiro jogo será no Rio de Janeiro.

O São Paulo concentrou suas jogadas pelo lado esquerdo de seu ataque, com o meia Denílson e o lateral Serginho. Com uma marcação forte e abusando das faltas, os gremistas conseguiram barrar a maioria das jogadas.
Os dois atacante dos São Paulo – Aristizábal e Marcelo Sergipano- ficaram isolados, pouco produzindo. A primeira oportunidade da partida foi numa falta batida pelo goleiro são-paulino Rogério. Danrlei defendeu.
O Grêmio respondeu logo depois. O jovem atacante Ronaldo, 17, campeão mundial sub17, avançou sem marcação e cruzou na pequena área do São Paulo. Porém nenhum atleta gaúcho apareceu para completar o passe.
Mesmo dominando a maioria das ações no primeiro tempo, o São Paulo teve outra chance de gol somente aos 34min. Carlos Miguel cruzou e Fabiano cabeceou, rente ao gol gremista.

Para tentar abrir o placar, o técnico Nelsinho, do São Paulo, fez duas alterações na sua equipe no começo do segundo tempo.
Ele tirou Fabiano e Marcelo Sergipano para a entrada de, respectivamente, Gallo e França.
As alterações não mudaram o perfil tático do São Paulo, que continuou concentrando suas jogadas ofensivas pelo lado esquerdo de seu ataque. Dessa maneira, aos 11min, o São Paulo teve sua primeira oportunidade no segundo tempo. Denílson, na entrada da área do rival, chutou na trave.
Mantendo o estilo, o São Paulo abriu o placar aos 13min. Carlos Miguel, que jogou por nove anos na equipe gaúcha, passou para Serginho e avançou para a área do Grêmio. O lateral e cruzou para o meia completar: 1 a 0.

Depois do gol, o técnico Sebastião Lazaroni, do Grêmio, tirou Ronaldo e colocou o atacante Zé Alcino para tentar o empate.
A equipe adiantou sua marcação e passou a pressionar o São Paulo dentro do campo do adversário.
Num bom contra-ataque, novamente pelo lado esquerdo, o São Paulo definiu a partida. Denílson, numa jogada individual, passou para Aristizábal. O atacante cruzou na pequena área para França, que tocou para o gol: 2 a 0.
A desvantagem desnorteou os gremistas, que passaram a atacar o São Paulo sem coordenação.

Aos 40min, a equipe paulista teve a chance de ampliar. Denílson invadiu a área do Grêmio e cruzou. A defesa gaúcha cortou.
Aos 42min, Aristizábal tabelou com Carlos Miguel. Porém o atacante chutou para fora.
Aos 43min, o Grêmio teve a chance de diminuir. Capitão cortou, de cabeça, um cruzamento nos pés do meia Beto. Porém o atleta chutou para fora.” (Folha de São Paulo, 20 de março de 1998)

“GRÊMIO PERDE E SE COMPLICA
São Paulo de Nelsinho fez 2 a 0 e deixou a equipe gaúcha em situação dramática na Copa do Brasil

O Grêmio não resistiu ao habilidoso setor esquerdo do São Paulo e acabou perdendo de 2 a 0, ontem à noite, no Morumbi, pela segunda fase da Copa do Brasil. Um dos principais destaques do jogo, Carlos Miguel, abriu o caminho da vitória sobre seu ex-clube. Dia 14, no Olímpico, o Grêmio precisa vencer por três gols de diferença para seguir na competição e 2 a 0 levam aos pênaltis.

Com um posicionamento correto no setor de marcação, o Grêmio conseguiu controlar o rápido ataque do São Paulo no primeiro tempo. Na direita, Itaqui contou com a ajuda decisiva de Goiano no combate a Denílson. Além disso, Ronaldinho, bisonho ontem com a bola nos pés, foi eficiente no primeiro combate a Serginho.

Os dois times abusaram das faltas. No primeiro tempo, Danrlei fez uma grande defesa na cobrança de falta do goleiro Rogério. No segundo tempo, o time de Nelsinho encontrou mais espaço pelo seu lado esquerdo. Aos 12, Denílson, livre, chutou na trave. Aos 14, Serginho arrancou espetacularmente e cruzou para Carlos Miguel fazer 1 a 0. Aos 28, Aristizabal cruzou para França marcar 2 a 0.” (Correio do Povo, 20 de março de 1998)

 

 

“DESTA VEZ, CARLOS MIGUEL DEIXA O CAMPO COMO CARRASCO DOS GREMISTAS

Com um belo gol aos 14 minutos do segundo tempo, Carlos Miguel foi o carrasco do Grêmio, ontem à noite. Além de marcar o gol que deu tranqüilidade ao São Paulo e fez com que o seu ex-time se abrisse para buscar o empate, Carlos Miguel foi um maestro em campo, tocando a bola com precisão e mostrando a Denílson que não é preciso abusar dos dribles para chegar ao gol. No final, saiu consagrado pela torcida e fez questão de destacar seu carinho pelo clube que o projetou. “Vibrei no gol como sempre faço, ainda mais num jogo difícil. Não teria por que sentir um gostinho especial, porque nada tenho contra o Grêmio. Pelo contrário, só tenho amigos lá.”

Carlos Miguel salientou, ainda, que o objetivo foi alcançado: “A gente sabe como é a Copa do Brasil. Precisávamos vencer por dois gols para jogar com boa chance de classificação em Porto Alegre e conseguimos isso”. No vestiário gremista, o presidente Cacalo lamentou a derrota e considerou o resultado injusto: “O Grêmio não merecia perder, e muito menos por 2 a 0. Mas nada está perdido. No Olímpico, com a ajuda da torcida, vamos buscar a vaga”.”(Correio do Povo, 20 de março de 1998)

 

HILTOR MOMBACH – PELA ESQUERDA
A pedra havia sido cantada. Não apenas por mim, não, mas por quem se dispôs a arriscar opiniões sobre o jogo. Estava claro: o São Paulo forçaria pela esquerda. Ali atuam Denílson, Serginho e Carlos Miguel, todos de estupenda habilidade.

Pois por ali, exatamente por onde se previa, o São Paulo venceu a partida. Numa cruzada precisa de Serginho, Carlos Miguel bateu Danrlei para fazer 1 a 0. Logo Carlos Miguel: o ex-companheiro de conquistas se transformou num vibrante carrasco.

O segundo gol, de França, foi todo ele também construído pela esquerda. Poderá haver o pensamento mágico de que aqui o torcedor resolverá tudo. Este São Paulo precisará de um pouco mais do que o estádio lotado para cair: o Grêmio terá que ousar. Isto significa arriscar numa partida onde levar um gol significa o fim da linha. Antecipa-se um jogo dramático. Bem ao estilo do Grêmio.” (Hiltor Mombach – Correio do Povo, 20 de março de 1998)

 

Foto: Mauro Vieira (Zero Hora)

São Paulo 2×0 Grêmio

SÃO PAULO: Rogério; Zé Carlos, Capitão, Márcio Santos e Serginho; Alexandre (Edmílson), Fabiano (Gallo), Carlos Miguel e Denílson; Marcelo Sergipano (França) e Aristizabal
Técnico: Nelsinho Batista
GRÊMIO: Danrlei; Itaqui, Jorginho, Scheidt e Roger (André Silva); Fabinho, Luiz Carlos Goiano (Otacílio), Aílton e Beto; Ronaldinho (Zé Alcino) e Guilherme
Técnico: Sebastião Lazaroni

Copa do Brasil 1998 – Oitavas de final – Jogo de ida
Data: 19 de março de 1998, quinta-feira, 21h40min 
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo
Árbitro: Márcio Rezende de Freitas (FIFA/MG)
Auxiliares: Herbert Costa Andrade e Marco Antônio Gomes
Cartões Amarelos: Capitão, Carlos Miguel, Jorginho, Roger e Fabinho
Gols: Carlos Miguel aos 14 do 2º tempo e França aos 28 minutos do 2º tempo

Copa do Brasil 1990 – São Paulo 0x0 Grêmio

December 28, 2020

Foto: Orlando Kissner (Placar)

Na partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil de 1990 o Grêmio não conseguiu sair do 0x0 com o São Paulo no Morumbi e acabou sendo eliminado da competição.

 

O TORNEIO DOS ERROS
São Paulo Elimina o Grêmio

Aos 14 minutos do segundo tempo, o meia Assis do Grêmio errou um lançamento e presenteou a bola ao são-paulino Carrasco. A torcida vibrou com a possibilidade do contra-ataque, mas logo se enfureceu. O armador uruguaio deixou a bola passar e teve de usar o braço. Num jogo de tantos erros, domingo no Morumbi, só podia mesmo dar 0 x 0, um resultado que classificou o São Paulo para a terceira fase da confusa Copa do Brasil.

O retrato mais fiel dessa confusão era o técnico Pablo Forlan, que, apesar da classificação de seu time, não se mostrava muito entusiasmado depois da partida. “Não sei se preparo o time para a Copa do Brasil ou para o Campeonato Brasileiro”, reclamou o treinador. De fato, o Brasileiro deve iniciar antes do final deste torneio, que ninguém sabe quando vai terminar. Por enquanto, o certo é que o tricolor enfrentará o vencedor de Criciúma x Coritiba (dias 8 e 12). Quem sobrar daí joga contra o Goiás. A outra semifinal também vai custar: Remo x Santa Cruz decidem no próximo dia 10 (a primeira partida foi 0x0) quem disputa com o Náutico. Só depois desses dois jogos, o Flamengo conhecerá seu adversário. Até lá, o Brasileiro já terá iniciado (começa dia 18) e ninguém mais vai prestar muita atenção na Copa do Brasil.

Tanto isso é verdade que, mesmo agora, o público não tem comparecido. Na quinta-feira, menos de 6 000 pagantes foram ao Beira-Rio, em Porto Alegre, para ver o 1 x 1 entre os tricolores. No domingo, o Morumbi recebeu 6 500 torcedores, que devem ter-se arrependido por enfrentar o frio para ver um jogo tão ruim. O Grêmio, sem Cuca (vendido para a Espanha) e sem criatividade no meio-campo, não soube fazer o gol que precisava contra um São Paulo preocupado somente em não sofrer.

Na falta de futebol, sobrou violência. Uma sucessão de cotoveladas e pontapés que culminou com a expulsão do centroavante Nilson no último minuto do jogo. Um fecho digno para uma partida que teve pênalti perdido por Flávio, do São Paulo, contusões dos gremistas Hélcio e Fábio, chutões e muita discussão. Os gremistas, campeões da última Copa do Brasil, saem dela sem deixar saudade. Os são-paulinos, porém, eliminados no Paulistão, ficam sem saber se fizeram um grande negócio.” (Placar, edição n.º 1.051, 10 de agosto de 1990)

 

RETRANCA DO SÃO PAULO ALCANÇA CLASSIFICAÇÃO

O São, Paulo empatou em O a O com o Grêmio, ontem à tarde no Morumbi, e classificou- se para as quartas-de-final da Copa do Brasil. A vaga foi obtida por ter feito um gol na casa do adversário, quinta-feira passada, no empate em 1 a 1 em Porto Alegre (RS).

O próximo adversário do São Paulo sairá do confronto entre Coritiba e Criciúma. O primeiro jogo está marcado para quarta-feira, em Curitiba (PR), e o segundo domingo, em Criciúma (SC). Quem vencer jogará uma das semifinais contra o Goiás. Não há datas definidas pela CBF para os jogos das quartas nem das semifinais.

O técnico uruguaio Pablo Forlan manteve o esquema defensivo com cinco jogadores no meio-campo e apenas um atacante para assegurar o empate, como já havia feito na primeira partida, A tática não deu chance ao Grêmio nem ao próprio São Paulo de jogar ofensivamente,

Num ataque esporádico, o volante Bernardo, um dos três utilizados por Forlan, invadiu a área e foi derrubado pelo zagueiro João Marcelo, campeão brasileiro pelo Bahia em 88. Mas o também volante Flávio chutou o pênalti fraco e para fora, aos 19min do primeiro tempo, No intervalo, ele não arrumou nenhuma desculpa pela cobrança mal feita. “Errei mesmo”, disse.

O trio de atacantes do Grêmio, formado por Paulo Egídio, Nilson e Assis, não passou pela muralha defensiva do São Paulo até ser favorecido pela expulsão do meia Betinho. Ele já tinha recebido um cartão amarelo por colocar a mão na bola quando impediu um contra-ataque gaúcho segurando o lateral China pela camisa. Só então o Grêmio, com um jogador a mais, ganhou força para tentar a vitória.

Mesmo assim, não criou nenhuma chance para marcar. As jogadas ofensivas foram conduzidas sem precisão pelo ponta-esquerda Paulo Egídio. Ora cruzava mal, ora não passava pela marcação do lateral Zé Teodoro ou pela cobertura de Flávio ou do zagueiro Antônio Carlos. A pressão ainda ofereceu alguns perigosos contra-ataques ao São Paulo, que não soube aproveitai-los em Jogadas individuais dos uruguaios Juan Carrasco e Diego Aguirre.

A eliminação iminente levou o centroavante Nilson ao desespero quando, a três minutos do rural, após ser desarmado no meio-campo, agrediu com um soco na cabeça o zagueiro Antônio Carlos. Foi fazer companhia a Betinho, também expulso.

O Grêmio manteve sua rotina neste ano de só se dar bem no campeonato estadual, quando conquistou o hexacampeonato, Além de estar fora da Copa do Brasil, onde lutava pelo bicampeonato, já havia sido eliminado da primeira fase da Taça Libertadores da América, ficando em quarto lugar num grupo com quatro clubes que classificou três, Olimpia e Cerro Porteño, do Paraguai, e Vasco.” (Fernando Santos, Folha de São Paulo, Segunda-feira, 6 de agosto de 1990)

Foto: Orlando Kissner (Placar)

 

GRÊMIO DESPEDE-SE DA COPA DO BRASIL

O Grêmio não teve forças ofensivas ontem à tarde, no Morumbi, e acabou ficando no 0 a 0 com o São Paulo. Com o resultado, o he­xacampeão gaúcho se despede da Copa do Brasil, dando lugar ao São Paulo, que soube segurar-se na defe­sa e garantir o resultado que lhe era favorável. O jogo foi bastante corri­ do, porém muito truncado, com muitas faltas de parte a parte.

A equipe gremista errou muitos passes, foi pouco objetiva no ataque, setor que apresentou muitos problemas na partida de ontem. Até 28 minutos do primeiro tempo, o Grê­mio esteve bem até o meio-de-campo, mas, no ataque, Nílson e Paulo Egídio ficavam isolados, sem alguém que lhes auxiliasse. Já a equi­pe paulista, que prossegue na competição graças ao empate, prendeu muito a bola no meio-de-campo, em­ bolando o setor. Aos 17 minutos do primeiro tempo, o zagueiro João Marcelo, do Grêmio, cometeu pênal­ti em Bernardo, que Luís Carlos Félix, assinalou. Mas Flávio desper­diçou, para alívio da torcida gremista. Para o segundo tempo, o Grêmio veio com mais disposição e melhorou de rendimento, porém os problemas ofensivos continuavam, e, no meio-de-campo, João Antônio apresentava deficiências, pois é um joga­ dor de pouca habilidade. Aos 20 mi­ nutos da segunda etapa, Betinho, do São Paulo, fez falta por trás em China e foi expulso, já que possuía anteriormente o cartão amarelo. O São Paulo estava com dez homens, mas a equipe porto-alegrense não soube tirar proveito disso e acabou tendo o centroavante Nílson expul­so. O empate sem gols acabou sen­do um resultado justo pelo que apresentaram São Paulo e Grêmio.” (Folha de Hoje, 6 de agosto de 1990)

 

GRÊMIO EMPATE DE NOVO E SAI DA COPA DO BRASIL

Campeão da Copa do Brasil de 1989, o Grêmio foi prematuramente eliminado da competição deste ano após dois empates com o São Paulo. O último deles aconteceu ontem: 0 a 0, no Morumbi. Agora o campeão gaúcho pensa no Campeonato Brasileiro e na Supercopa e admite que vai precisar reforçar-se.

O Grêmio, ainda se ressentindo da ausência de Cuca, não conseguiu vencer o São Paulo ontem à tarde, no Morumbi, e acabou eliminado da Copa do Brasil. Com o resultado de O a O, o São Paulo ficou com a vaga em função de ter obtido um empate com marcação de gol em Porto Alegre (1 a 1).

Na 1ª etapa, o jogo foi equilibrado. O são Paulo, especialmente no início, teve algumas chances, enquanto o Grêmio, aos poucos, foi recuperando o terreno. Mas as principais jogadas ofensivas foram do São Paulo. A principal delas aconteceu aos 17min, quando Bernardo realizou boa jogada individual e acabou derrubado por João Marcelo. O árbitro carioca Luís Carlos Félix marcou pênalti que Flávio cobrou muito mal, colocando a bola para fora.

No 1° tempo, as principais jogadas do São Paulo aconteceram com Zé Teodoro, o lateral-direito, que subia para o ataque e não era acompanhado por Paulo Egídio. Na fase final, o Grêmio foi para cima do adversário, pois precisava marcar gols. A equipe do técnico Evaristo de Macedo teve maior volume de jogo, mas pecou nas finalizações. Durante toda esta parte do jogo, apenas em duas vezes o Grêmio esteve próximo da marcação de seu gol.

A tarefa tricolor parecia ter ficado facilitada quando o atacante do São Paulo, Betinho, foi expulso aos 13min. Ao final do jogo, nova expulsão aconteceu. Desta vez, o centroavante gremista Nilson perdeu a calma e partiu para a agressão contra o zagueiro Antônio Carlos, alegando que havia sido atingido antes. Félix não perdoou e expulsou o jogador gremista.

FUTURO

Com a eliminação, o Grêmio passa a preocupar-se com o Campeonato Brasileiro, competição onde estréia no próximo dia 19 jogando contra o Coríntians, em Porto Alegre. A direção promete contratações para esta semana. Sidimar, da Portuguesa, é dado como certo no Olímpico, enquanto Donizetti e Silas são lembrados para a vaga de Cuca, mas custam muito caro.” (Pioneiro, 06 de agosto de 1990)

Foto: Orlando Kissner (Placar)

São Paulo 0 x 0 Grêmio

SÃO PAULO: Gilmar Rinaldi; Zé Teodoro, Antônio Carlos, Ronaldão, Ivan; Bernardo, Flávio, Betinho, Cafu; Carrasco (Raí), Diego Aguirre (Vizolli)
Técnico: Pablo Forlan

GRÊMIO: Mazaropi; China, João Marcelo, Vilson, Hélcio (Fábio, depois Vander); Jandir, João Antônio, Caio, Assis; Nílson, Paulo Egídio
Técnico: Evaristo de Macedo

Copa do Brasil 1990 – Oitavas de final – Jogo de volta
Data: 05 de agosto de 1990, Domingo, 16h00min
Local: Estádio do Morumbi
Público: 6.501
Renda: Cr$ 2.600.400,00
Juiz: Luiz Carlos Félix-RJ
Auxiliares: Sérgio Cristiano Nascimento e Reinaldo Barros
Cartões Amarelos: Raí e João Marcelo
Cartões Vermelhos: Betinho aos 19 e Nílson aos 44 do 2º

Brasileirão 2020 – Grêmio 2×1 Atlético Goianiense

December 28, 2020

Gostei de Churin, não só pela participação nos gols como também por NÃO ter comemorado como seu o gol marcado pelo defensor adversário.

Sei que já faz algum tempo que essa não é a orientação corrente na arbitragem, mas eu acho que lances como do segundo gol deveria ser marcado o impedimento de Alisson.

Fotos: Lucas Uebel (Grêmio.net)

Grêmio 2×1 Atlético Goianiense

GRÊMIO: Vanderlei; Vanderson (Thaciano, aos 22’/2ºT), Paulo Miranda, Ruan e Bruno Cortez; Darlan, Lucas Silva (Matheus Henrique, aos 29’/2ºT), Alisson, Pinares (Everton, aos 22’/2ºT) e Ferreira (Pepê, aos 29’/2ºT); Churín (Rodrigues, aos 41’/2ºT)
Técnico: Renato Portaluppi

ATLÉTICO-GO: Jean; Dudu (Arnaldo, aos 32’/2ºT), Éder, Gilvan (Matheus Vargas, aos 38’/2ºT) e Nicolas; Marlon Freitas, William Maranhão (Pereira, no intervalo) e Gustavo Ferrareis (Danilo, aos 28’/2ºT); Wellington Rato e Chico; Roberson (Janderson, no intervalo
Técnico: Marcelo Cabo

27ª Rodada – Campeonato Brasileiro 2020
Data: 27 de dezembro de 2020, domingo, 20h30min
Local: Arena do Grêmio, em Porto Alegre, RS
Árbitro: Felipe Fernandes de Lima (MG)
Assistentes: Alessandro Alvaro Rocha de Matos (Fifa-BA) e Felipe Alan Costa de Oliveira (MG)
VAR: Emerson de Almeida Ferreira (MG)
Cartões Amarelos: Dudu, Gilvan e Éder (Atlético-GO). Paulo Miranda e Vanderson (Grêmio)
Gols: Dudu (contra), aos 43 minutos do 1º tempo; Gustavo Ferrareis, aos 11 minutos do 2º tempo; Churín, aos 19 minutos do 2º tempo

1995 – Três meias diferentes nas três finais em casa

December 26, 2020

 

Uma curiosidade da temporada de 1995 é que o Grêmio jogou com três tipos diferentes de meias brancas nas três finais que fez em casa.

A mais peculiar foi a usada na partida de volta contra o Corinthians na final da Copa do Brasil. Elas foram usadas algumas vezes pelos goleiros nas partidas de Libertadores. Os jogadores de linha usaram ela no jogo contra o Flamengo pela Copa dos Campeões Mundiais (na qual Renato jogou um tempo pelo tricolor).

Como são poucos os jogos, são poucas as imagens e eu não consigo ter certeza do desenho. Suponho que esteja escrito Grêmio por cima da faixa preta da parte superior da meia, mas pode ser que esteja escrito Penalty e pode ser que fossem apenas listras.

 

Foto: Mauro Vieira (Folha de São Paulo)

 

Na final do Gauchão, o time usou a meia branca com listras pretas e azuis na parte de cima, com o logo da Penalty em branco. Essa meia já foi usada na campanha da Copa do Brasil de 1993 (por isso o tom de azul é bem mais escuro). Vale lembrar que essas meias também foram usadas nos jogos contra o Olimpia na Libertadores.

Foto: Placar

 

E na final da Libertadores foi usada a meia toda branca, com apenas o distintivo do Grêmio e escrito Penalty logo abaixo. Era meia que foi na maioria dos jogos da Copa do Brasil de 1994 e que era vendida para o público em geral.

Fonte: Zero Hora

Copa do Brasil 2020 – Grêmio 1×0 São Paulo

December 24, 2020


Impressionante como aumentou o nível de concentração da equipe gremista em relação aos jogos contra o Santos. Isso já faz uma brutal diferença. O Grêmio não fez uma partida brilhante, chegou a “sofrer” bastante no início do segundo tempo, mas “competiu” e “combateu” sem perder o foco durante os 90 minutos e saiu de campo com uma suada e importante vitória.

Kannemann só pode ficar de fora de jogos decisivos quando está totalmente sem condições de atuar. Ele é um monstro. Contagia todo o time com sua entrega.

Acho que a arbitragem acertou ao anular o gol de Victor Ferraz. Contudo, já vi marcações distintas em lances parecidos. Diego Souza atrapalhou mesmo o goleiro? Sua movimentação se enquadra mais na figura 6 da página 215 ou na figura 7 da página 216 do livro de regras?

Em 2010 eu fiz um post sobre uma matéria publicada em um site alemão onde Tim Vickery afirmava que as estrelas que retornam da Europa para o Brasil são tratadas de forma privilegiada pela arbitragem. Em 2020 Daniel Alves parece ser um exemplo claro disso. Joga muito, mas anda fazendo faltas em demasia, entrando sempre com mais força do que a jogada pede e ainda assim conta com a complacência dos juízes.

Durante o jogo, vi no twitter que a aplicação do logo da Umbro na camisa do Churin estava diferente, com as cores invertidas.

Fotos: Lucas Uebel (Grêmio.net)

Grêmio 1×0 São Paulo

GRÊMIO: Vanderlei; Victor Ferraz, Geromel (Rodrigues, 34/2ºT), Kannemann e Diogo Barbosa; Darlan (Lucas Silva, 16’/2ºT), Matheus Henrique; Thaciano (Ferreira, 16/2ºT), Jean Pyerre (Everton, 37’/2ºT) e Pepê; Diego Souza (Churín, 37’/2ºT)
Técnico: Renato Portaluppi

SÃO PAULO: Tiago Volpi; Juanfran, Arboleda, Bruno Alves (Vitor Bueno, 28’/2ºT) e Reinaldo; Luan, Daniel Alves, Gabriel Sara, Igor Gomes (Toró, 41’/2ºT); Luciano (Tchê Tchê, 28’/2ºT) e Brenner
Técnico: Fernando Diniz

Copa do Brasil 2020 – Semifinal – Jogo de volta
Local: Arena do Grêmio, em Porto Alegre – RS
Data: 23 de dezembro de 2020, quarta-feira, 21h30min
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Assistentes: Rodrigo Figueiredo Correa (Fifa-RJ) e Michael Correia (RJ)
VAR: Rodrigo Nunes de Sá (RJ)
Cartões amarelos: Bruno Alves, Vitor Bueno, Reinaldo, Daniel Alves e Gabriel Sara; Thaciano, Matheus Henrique e Vanderlei
Gols: Diego Souza, aos 17 minutos do 2º tempo

Confrontos contra o São Paulo pela Copa do Brasil em Porto Alegre

December 23, 2020

Abaixo os links para os posts para todos os jogos que o Grêmio fez, em Porto Alegre, contra o São Paulo, pela Copa do Brasil:

Copa do Brasil 1990 – Oitavas – Ida – Grêmio 1×1 São Paulo

Copa do Brasil 1995 – Quartas – Volta – Grêmio 2×0 São Paulo

Copa do Brasil 1998 – Oitavas – Volta – Grêmio 0x2 São Paulo

Copa do Brasil 2001 – Quartas – Ida – Grêmio 2×1 São Paulo

Copa do Brasil 2001 – Grêmio 2 x 1 São Paulo

December 23, 2020

Foto: Paulo Franken (Zero Hora)

 

Na Copa do Brasil de 2001, o Grêmio venceu o São Paulo por 2×1 no Olímpico, pelo jogo de ida das quartas de final.

Foi uma mostra de força gremista, que buscou a vitória mesmo com os importantes desfalques de Anderson Lima, Rodrigo Mendes e Marcelinho Paraíba

 

Foto: Paulo Franken (Zero Hora)

 

“SÃO PAULO SOFRE PRIMEIRA DERROTA NA COPA DO BRASIL
Equipe paulista perde por 2 a 1 e precisa de vitória por 1 a 0 no Morumbi

O São Paulo perdeu ontem a sua invencibilidade na Copa do Brasil ao ser derrotado pelo Grêmio por 2 a 1, no estádio Olímpico, em Porto Alegre. A equipe do técnico Oswaldo Alvarez havia vencido as suas cinco partidas anteriores na competição e precisa de uma vitória por 1 a 0, no Morumbi, quarta-feira, para ir às semifinais. Alvarez, que estava hospitalizado e teve alta ontem pela manhã, comandou o time de uma cabine, enquanto o auxiliar Ivo Secchi ficou no banco de reservas. A equipe da casa foi mais ofensiva desde o início, sem se descuidar na marcação. Os meias e atacantes souberam marcar os defensores adversários, o que deixou os são-paulinos com dificuldades para armar as suas jogadas. Aos 9min, o Grêmio abriu o placar com Warley, ex-jogador do São Paulo. Sem marcação, ele rebateu a bola após Rogério tentar defender cobrança de falta feita pelo meia Zinho. Os gaúchos tentaram seguir no ataque, mas o São Paulo não demorou para empatar. Reginaldo Araújo cruzou para França, dentro da área, chutar e marcar, aos 15min do primeiro tempo. Foi o sexto gol do artilheiro são-paulino na competição. O Grêmio continuou com a posse de bola por mais tempo até o final da primeira etapa. No começo do segundo tempo, o clube de Porto Alegre conseguiu ser ainda mais ofensivo do que nos primeiros 45 minutos. Aos 2min, a equipe já havia desperdiçado duas chances para marcar. Mas os gaúchos não mantiveram esse ritmo por muito tempo. Como o rival já não fazia uma marcação eficiente, o São Paulo passou a ser mais ofensivo. Mas os atacantes França e Ilan, que aos 30min saiu para a entrada de Fabiano Souza, não conseguiram finalizar as jogadas. Ao contrário da etapa anterior, foram os gaúchos que passaram a optar pelos contra-ataques. Mesmo sem corrigir as suas falhas, o Grêmio chegou ao segundo gol, aos 38min. Após cobrança de escanteio, Eduardo Costa chutou da entrada da área, a defesa tentou tirar a bola, mas ela sobrou para Marinho, que desempatou. O goleiro Rogério reclamou de impedimento do autor do gol.” (Folha de São Paulo, quinta-feira, 17 de maio de 2001)

 

Foto: Paulo Franken (Zero Hora)

GRÊMIO DERROTA O SÃO PAULO NO OLÍMPICO PELA COPA DO BRASIL
O Grêmio derrotou o São Paulo por 2 a 1, ontem à noite, em Porto Alegre, no jogo de ida das quartas-de-final da Copa do Brasil 2001. Agora, na partida de volta, na próxima semana, em São Paulo, o tricolor porto-alegrense precisará do empate ou de derrotas por diferença de um gol a partir de 2 a 3. Se o São Paulo devolver o 2 a 1 a vaga será decidida nos pênaltis. E se ganhar por 1 a 0 passará às semifinais. No primeiro tempo de ontem o Grêmio foi arrasador, lembrando o time com alma castelhana dos tempos de Felipão em 94 e 95. E largou na frente com um gol de Warley aos 9 minutos, aproveitando um rebote do goleiro Rogério Ceni após cobrança de falta de Zinho. Mas cinco minutos depois, aos 14, o goleador França empatou num vacilo da zaga gremista. Na segunda parte, o tricolor gaúcho diminuiu o ritmo e o tricolor paulista equilibrou. Mas as chances de gol foram do Grêmio, que pararam nas mãos do ótimo goleiro Rogério Ceni. Aos 39 ele não pode evitar que Marinho, embaixo da meta, marcasse o gol da vitória. Ele aproveitou-se de uma bola chutada por Eduardo Costa que bateu em Fábio Simplício.” (Diário Popular17/05/2001)

Foto: Ricardo Giusti (Correio do Povo)

“GRÊMIO GANHA COM GARRA INCOMUM
Time faz 2 a 1 no São Paulo mostrando muita determinação. Precisa de um empate para estar na semifinal da Copa do Brasil

O Grêmio venceu o São Paulo por 2 a 1, ontem, no Olímpico. Agora, a equipe de Tite precisa de apenas um empate contra os paulistas, no Morumbi, para garantir a vaga à semifinal da Copa do Brasil. Derrota a partir de 3 a 2 também classificará o Grêmio. Para o São Paulo a vitória de 1 a 0 já é suficiente. Uma derrota gremista por 2 a 1 levará a decisão para os pênaltis.

Jogando com uma vontade incomum, o Grêmio atacou desde o início. Depois de intensa pressão, Warley fez 1 a 0, aos 9 minutos. Luiz Mário sofreu falta na entrada da área. Zinho cobrou e Rogério Ceni espalmou para a frente. A bola bateu no peito de Warley e entrou. A resposta paulista veio logo em seguida. Aos 14, Souza se aproveitou de um erro da defesa, invadiu a área e passou para França empatar. O Grêmio não se abalou e voltou a atacar. Apesar da vontade, o ritmo já não era o mesmo. Aos 33, porém, Tinga deixou Warley na frente do goleiro, que fez grande defesa.

No 2º tempo, o Grêmio voltou revigorado ao ataque. A 1 minuto, Zinho bateu e Ceni espalmou. Na seqüência, cruzamento de Itaqui, a defesa afastou e Tinga bateu a gol, mas Wilson salvou. No rebote, novo cruzamento; a bola sobrou para Zinho, que chutou para fora.

Depois do susto inicial, o São Paulo equilibrou o jogo. Aos 27, Warley foi substituído por Cláudio. “Não entendi nada”, protestou ele ao deixar o campo. Aos 38, o gol da vitória. Zinho cobrou escanteio, a defesa afastou e Eduardo Costa, no rebote, bateu a gol. Simplício salvou com o peito e Marinho, ao lado da trave esquerda, esticou a perna e empurrou a bola para o gol.” (Correio do Povo, quinta-feira, 17 de maio de 2001)

“PELO EMPATE NO MORUMBI

É ruim levar gol em casa, mas não é nada desesperador. Importante mesmo é vencer.

Especialmente para o novo Grêmio do técnico Tite: agressivo, ousado, que não escolhe lugar nem hora para ir ao ataque com energia. Os 2 a 1 de ontem, contra o São Paulo, darão  vaga com qualquer empate ou derrota partir de 3 a 2 (2 a 1 dá pênaltis). Vitória de 1 a 0 ou por mais de um gol de diferença classifica o São Paulo.

Mas convém tirar lições da merecida e justa vitória de ontem.

Uma deles é que o Grêmio torou-se um tanto óbvio sem os deslocamentos rápidos de Marcelinho e Rodrigo Mendes. As jogadas de ataque da dupla ofensiva reserva se resumi-quase que exclusivamente a disparadas e cruzamentos de Luiz Mário pelo lado direito. Warley fez o gol, meio sem querer, embora estivesse ali, acima do lance, depois da falta batida por Zinho e da ótima defesa parcial de Rogério Ceni, aos nove minutos. Com nitidez , apareceu a falta de centroavante de oficio, o chamado camisa 9 de “referência”, como dizem os especialistas.

 Só para se ter uma idéia: com dois minutos do primeiro tempo, o Grêmio já tinha erguido cinco bolas para a área, todas da linha de fundo, sempre pelo lado direito. Todas terminaram nas mãos de Rogério ou foram tiradas pelos fracos zagueiros Jean e Wilson. A crena se repetiu o jogo todo, com pequenas variações. E o Grêmio não conseguiu encontrar alternativas ofensivas para o problema. Energia e disposição sobraram, registre-se. Bem como disciplina tática. Só que o São Paulo, ao contrário do Fluminense, é bem mais veloz, organizado. Sem falar na qualidade técnica. É mais difícil marcar Carlos Miguel do que Ramon, assim como França é infinitamente mais matador na estocada final e inteligente com a bola nos pés do que Marco Brito.

Tanto que o gol de empate do São Paulo foi dele, França, após bobeira da zaga. O arremesso lateral foi cobrado para Reginaldo Araújo, livre de marcação. Ele cruzou para trás e o artilheiro não perdoou.

No segundo tempo, o Grêmio voltou fulminante. Perdeu três gols incríveis em 2min20s. Zinho chutou forte e Rogério Ceni, o melhor em campo do São Paulo, fez grande defesa, fechando o ângulo. Itaqui cabeceou fraco, sem goleiro, e Wilson tirou de cima da linha. Zinho, também sem goleiro, errou o alvo logo em seguida. Depois, o ânimo arrefeceu. Mas Tite mexeu certo no time.

Fábio Baiano entrou no lugar de Itaqui e Cláudio no de Luiz Mário. Aos 38 do segundo tempo, Eduardo Costa chutou de dentro da área. A bola bateu no braço de Wilson e ficou picando em cima da linha, rente ao poste direito. Marinho, o melhor do Grêmio, empurrou para dentro. Outra vez a estrela de Tite, que segurou Eduardo e liberou Marinho, convertido em atacante várias vezes.

A nota negativa foi o público escasso: 16, 4 mil pessoas. Pouco para um jogo tão importante — mesmo descontados o frio, o horário e o dinheiro escasso. Quem foi estádio, porém, empurrou o time até o fim. A partida de volta será na próxima quarta-feira.” (Diogo Olivier, Zero Hora, quinta-feira, 17 de maio de 2001)

“O GOL COMO PRÊMIO AO FUTEBOL DE MARINHO
Copa do Brasil –  Zagueiro mostra recuperação depois de atuações ruins e deixa o gamado como o maior destaque do Grêmio

Se restava ainda alguma dúvida quanto a total recuperação de Marinho depois da crise técnica que levou a diretoria a tentar negociá-lo, ela desapareceu por completo ontem à noite. Melhor jogador em campo, o zagueiro teve sua atuação coroada com a marcação do segundo gol.

Execrado no começo do ano, em conseqüência das sucessivas falhas, o zagueiro teve seu nome gritado em coro pela torcida após a partida.

— Jogador tem que ter personalidade. E eu tenho — desabafou Marinho.

Humilde, ele preferiu valorizar o esquema montado pelo técnico Tite, que permite suas chegadas freqüentes ao ataque. Na sua avaliação, cada um dos jogadores do Grêmio merecia ter deixado o gramado com um troféu de destaque da partida nas mãos.

O presidente José Alberto Guerreiro voltou a elogiar o esquema tático montado por Tite, enfatizando que todos os jogadores têm a mesma capacidade de doação.

 — Encaixotamos o adversário com a nossa marcação. Tite soube dar esse espírito ao grupo — disse Guerreiro.

O capitão Zinho também saudou a recuperação do companheiro, dizendo que a fé do zagueiro em Deus ajudou na sua recuperação.” (Zero Hora, quinta-feira, 17 de maio de 2001)

 

Foto: Edison Vara (Placar)

Grêmio 2×1 São Paulo

GRÊMIO: Danrlei, Marinho, Mauro Galvão e Anderson Polga; Itaqui (Fábio Baiano 28 do 2ºT), Tinga, Eduardo Costa, Zinho e Rubens Cardoso; Luís Mário (Roger 42 do 2ºT) e Warley (Cláudio Pitbull 29 do 2ºT).
Técnico: Tite

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Reginaldo Araújo, Jean, Wilson e Gustavo Nery; Alexandre (Kaká), Fábio Simplício, Carlos Miguel e Souza (Júlio Baptista); França e Ilan (Fabiano Souza)
Técnico: Ivo Cecchi (auxiliar)

Copa do Brasil 2001 – Quartas de Final – Jogo de Ida
Data: 16 de maio de 2001, Quarta-feira, 21h45min
Local: Olímpico, em Porto Alegre-RS
Público: 16.450 (15.082 pagantes)
Renda: R$ 95.254,00
Juiz: Luciano Augusto Teotonio Almeida (FIFA-DF)
Auxiliares: Jorge Paulo Gomes e Nilson Alves Carrijo
Cartões Amarelos: Rogério Ceni, Jean, Gustavo Nery, Alexandre, Souza, Fabiano Souza
Gols: Warley, aos 9 minutos do 1º tempo; França aos 14 minutos do 1º tempo e Marinho aos 36 minutos do 2º tempo